TEMA 15: DIREITO DE PROPRIEDADE

Documentos relacionados
Direitos Reais. Posse: direito de retenção; responsabilidade pelos danos causados à coisa;

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010.

Direito das Coisas Continuação

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010.

DIREITO CIVIL IV AULA 5: Propriedade. Aspectos gerais

TEMA 11: DIREITO DOS CONTRATOS: CONTRATOS EM ESPÉCIE

TEMA 9: DIREITO DOS CONTRATOS: PARTE GERAL

Direitos Reais. Posse: objeto; desdobramento da posse; composse

Direitos Reais. CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010.

Propriedade. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Departamento de Direito Civil Professor Doutor Antonio Carlos Morato

PERDA DA PROPRIEDADE Aula 07

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal

LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE. Resumo de aula

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PUBLICIDADE ENGANOSA. Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo: Introdução ao Código de Defesa do Consumidor

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA MANUTENÇÃO DO COLABORADOR E DO APOSENTADO NO PLANO DE SAÚDE

Superior Tribunal de Justiça

Aula 118 DESAPROPRIAÇÃO

5.6 Ações Trabalhistas Advindas da Relação de Emprego

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

Superior Tribunal de Justiça

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

TEMA 1: DIREITOS REAIS: GENERALIDADES

O Condômino Antissocial em Debate. César Augusto Boeira da Silva

Poder Judiciário Tribunal Regional Federal da 5ª Região Gabinete do Desembargador Federal Rogério Fialho Moreira

TEMA 8: DIREITO DOS CONTRATOS: PARTE GERAL

REEMBOLSO PLANO DE SAÚDE

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

Direito Processual Civil

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Reis Friede Relator. TRF2 Fls 356

Direito das Coisas Generalidades

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula 14/05/2018, Prof. Durval Salge Junior. Posse.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Superior Tribunal de Justiça

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: alimentação imprópria

Superior Tribunal de Justiça

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

DIREITO CONSTITUCIONAL

Superior Tribunal de Justiça

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA RELAÇÃO DE CONSUMO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Responsabilidade civil responsabilidades especiais

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 12a edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Júnior. (Aula 13/11/2017) EFEITOS DA POSSE.

O Novo CPC e o Direito Privado. Diálogos necessários

Aula nº. 113 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. NOÇÕES GERAIS SOBRE PROPRIEDADE Arts a do CC

DIREITO FINANCEIRO. Precatórios. Conceito de Precatório Parte - 1. Prof. Thamiris Felizardo

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 9ª edição) Prefácio Apresentação Introdução Referências Introdução...

Superior Tribunal de Justiça

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA JULIA RHAUANY FARIA ALVES LUISA DE ALMEIDA ANDRADE !!!!! CONFLITO DE COMPETÊNCIA

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann

PETIÇÃO INICIAL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

A Construção da Jurisprudência no Direito Educacional - Como decidem os Tribunais? (Contrato de Prestação de Serviços Educacionais)-

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS

Retificação Extrajudicial Daniela Rosário Rodrigues

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Superior Tribunal de Justiça

Empresarial. Informativos STF e STJ (setembro/2017)

Superior Tribunal de Justiça

Tributação na Propriedade

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO.

SUMÁRIO. Capítulo 1 - Teoria Geral do Direito Agrário... 17

A EXECUÇÃO FISCAL E NOVO CPC. NATHALY CAMPITELLI ROQUE Mestre e Doutora em Direito PUC/SP Professora da PUC/SP Procuradora do Município de São Paulo

Ação de Repetição do indébito

Superior Tribunal de Justiça

Sumário. Palavras Prévias (à guisa de apresentação da 13ª edição) Prefácio Apresentação Introdução... 25

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV

PLANO DE ENSINO - DEP DIRGV

Superior Tribunal de Justiça

Efeitos das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

ISENÇÃO. Rubens Kindlmann

FACULDADE LEGALE PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO MÉDICO MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE DE EMPREGADO DEMITIDO SEM JUSTA CAUSA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DIREITO CONSTITUCIONAL

Superior Tribunal de Justiça

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Pagamento indevido. Prof. Marcello Leal

AVALIAÇÃO INTEGRADA UNINOVE CURSO DE DIREITO 7º SEMESTRE - NOITE 2011/1

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 14ª Câmara de Direito Público. Registro: ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO PAULO. Registro: DECISÃO MONOCRÁTICA

CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. Agosto/2017. Daniel Machado da Rocha

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS

Superior Tribunal de Justiça

Reserva Legal: Compensação em Unidades de Conservação em São Paulo. Análise da Resolução SMA 165/2018, sob a ótica do setor privado.

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SC RELATOR: LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE AGRAVANTE: UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO AGRAVADA:

Fazenda Pública em Juízo Guilherme Kronemberg Hartmann

Transcrição:

TEMA 15: DIREITO DE PROPRIEDADE EMENTÁRIO DE TEMAS: Direito de Propriedade: Evolução do Instituto; Concepção do direito de propriedade no CCB; Função Social da Propriedade; Limites Físicos da Propriedade; LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Direitos Reais. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lumen júris, 2010. LEITURA COMPLEMENTAR: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume V: direito das coisas. São Paulo: Saraiva PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil Vol. IV: direitos reais. 21a. ed. Rio de Janeiro: Forense, v. 4, 2012 ROTEIRO DE AULA 1

2

3

4

5

6

7

ESTUDO DE CASO: Enunciados da Jornada de Direito Civil do CJF: 82 Art. 1.228: É constitucional a modalidade aquisitiva de propriedade imóvel prevista nos 4º e 5º do art. 1.228 do novo Código Civil. 83 Art. 1.228: Nas ações reivindicatórias propostas pelo Poder Público, não são aplicáveis as disposições constantes dos 4º e 5º do art. 1.228 do novo Código Civil. (Alterado pelo Enunciado 304 IV Jornada) 84 Art. 1.228: A defesa fundada no direito de aquisição com base no interesse social (art. 1.228, 4º e 5º, do novo Código Civil) deve ser argüida pelos réus da ação reivindicatória, eles próprios responsáveis pelo pagamento da indenização. 240 Art. 1.228: A justa indenização a que alude o 5º do art. 1.228 não tem como critério valorativo, necessariamente, a avaliação técnica lastreada no mercado imobiliário, sendo indevidos os juros compensatórios. 241 Art. 1.228: O registro da sentença em ação reivindicatória, que opera a transferência da propriedade para o nome dos possuidores, com fundamento no interesse social (art. 1.228, 5º), é condicionada ao pagamento da respectiva indenização, cujo prazo será fixado pelo juiz. 304 Art. 1.228: São aplicáveis as disposições dos 4º e 5º do art. 1.228 do Código Civil às ações reivindicatórias relativas a bens públicos dominicais, mantido, parcialmente, o Enunciado 83 da I Jornada de Direito Civil, no que concerne às demais classificações dos bens públicos. 305 Art. 1.228: Tendo em vista as disposições dos 3º e 4º do art. 1.228 do Código Civil, o Ministério Público tem o poder-dever de atuar nas hipóteses de desapropriação, 8

inclusive a indireta, que encerrem relevante interesse público, determinado pela natureza dos bens jurídicos envolvidos. 9

306 Art. 1.228: A situação descrita no 4º do art. 1.228 do Código Civil enseja a improcedência do pedido reivindicatório. 307 Art. 1.228: Na desapropriação judicial (art. 1.228, 4º), poderá o juiz determinar a intervenção dos órgãos públicos competentes para o licenciamento ambiental e urbanístico. 308 Art. 1.228: A justa indenização devida ao proprietário em caso de desapropriação judicial (art. 1.228, 5º) somente deverá ser suportada pela Administração Pública no contexto das políticas públicas de reforma urbana ou agrária, em se tratando de possuidores de baixa renda e desde que tenha havido intervenção daquela nos termos da lei processual. Não sendo os possuidores de baixa renda, aplica-se a orientação do Enunciado 84 da I Jornada de Direito Civil. 309 Art. 1.228: O conceito de posse de boa-fé de que trata o art. 1.201 do Código Civil não se aplica ao instituto previsto no 4º do art. 1.228. 310 Art. 1.228: Interpreta-se extensivamente a expressão imóvel reivindicado (art. 1.228, 4º), abrangendo pretensões tanto no juízo petitório quanto no possessório. 311 Caso não seja pago o preço fixado para a desapropriação judicial, e ultrapassado o prazo prescricional para se exigir o crédito correspondente, estará autorizada a expedição de mandado para registro da propriedade em favor dos possuidores. 496 O conteúdo do art. 1.228, 4º e 5º, pode ser objeto de ação autônoma, não se restringindo à defesa em pretensões reivindicatórias. 507 Na aplicação do princípio da função social da propriedade imobiliária rural, deve ser observada a cláusula aberta do 1º do art. 1.228 do Código Civil, que, em consonância com o disposto no art. 5º, inc. XXIII, da Constituição de 1988, permite melhor objetivar a funcionalização mediante critérios de valoração centrados na primazia do trabalho. 508 Verificando-se que a sanção pecuniária mostrou-se ineficaz, a garantia fundamental da função social da propriedade (arts. 5º, XXIII, da CRFB e 1.228, 1º, do CC) e a vedação ao abuso do direito (arts. 187 e 1.228, 2º, do CC) justificam a exclusão do condômino antissocial, desde que a ulterior assembleia prevista na parte final do parágrafo único do art. 1.337 do Código Civil delibere a propositura de ação judicial com esse fim, asseguradas todas as garantias inerentes ao devido processo legal. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. MATA ATLÂNTICA. DECRETO 750/1993. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. ART. 1.228, CAPUT E PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. 1. É inadmissível Recurso Especial quanto a questão que, a despeito da oposição de Embargos Declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal de origem. Incidência da Súmula 211/STJ. 2. Ressalte-se, inicialmente, que a hipótese dos autos não se refere a pleito de indenização pela criação de Unidades de Conservação (Parque Nacional ou Estadual, p.ex.), mas em decorrência da edição de ato normativo stricto sensu (Decreto Federal), de observância universal para todos os proprietários rurais inseridos no Bioma da Mata Atlântica. 3. As restrições ao aproveitamento da vegetação da Mata Atlântica, trazidas pelo Decreto 750/93, caracterizam, por conta de sua generalidade e aplicabilidade a todos os imóveis incluídos no bioma, limitação administrativa, o que justifica o prazo prescricional de cinco anos, nos moldes do Decreto 20.910/1932. Precedentes do STJ. 4. Hipótese em que a Ação foi ajuizada somente em 21.3.2007, decorridos mais de dez anos do ato do qual originou o suposto dano (Decreto 750/1993), o que configura a prescrição do pleito do recorrente. 10

5. Assegurada no Código Civil de 2002 (art. 1.228, caput), a faculdade de "usar, gozar e dispor da coisa", núcleo econômico do direito de propriedade, está condicionada à estrita observância, pelo proprietário atual, da obrigação propter rem de proteger a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitar a poluição do ar e das águas (parágrafo único do referido artigo). 6. Os recursos naturais do Bioma Mata Atlântica podem ser explorados, desde que respeitadas as prescrições da legislação, necessárias à salvaguarda da vegetação nativa, na qual se encontram várias espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção. 7. Nos regimes jurídicos contemporâneos, os imóveis - rurais ou urbanos - transportam finalidades múltiplas (privadas e públicas, inclusive ecológicas), o que faz com que sua utilidade econômica não se esgote em um único uso, no melhor uso e, muito menos, no mais lucrativo uso. A ordem constitucionallegal brasileira não garante ao proprietário e ao empresário o máximo retorno financeiro possível dos bens privados e das atividades exercidas. 8. Exigências de sustentabilidade ecológica na ocupação e utilização de bens econômicos privados não evidenciam apossamento, esvaziamento ou injustificada intervenção pública. Prescrever que indivíduos cumpram certas cautelas ambientais na exploração de seus pertences não é atitude discriminatória, tampouco rompe com o princípio da isonomia, mormente porque ninguém é confiscado do que não lhe cabe no título ou senhorio. 9. Se o proprietário ou possuidor sujeita-se à função social e à função ecológica da propriedade, despropositado alegar perda indevida daquilo que, no regime constitucional e legal vigente, nunca deteve, isto é, a possibilidade de utilização completa, absoluta, ao estilo da terra arrasada, da coisa e de suas virtudes naturais. Ao revés, quem assim proceder estará se apoderando ilicitamente (uso nocivo ou anormal da propriedade) de atributos públicos do patrimônio privado (serviços e processos ecológicos essenciais), que são "bem de uso comum do povo", nos termos do art. 225, caput, da Constituição de 1988. 10. Finalmente, observe-se que há notícia de decisão judicial transitada em julgado, em Ação Civil Pública, que também impõe limites e condições à exploração de certas espécies da Mata Atlântica, consideradas ameaçadas de extinção. 11. Recurso Especial parcialmente conhecido e não provido. (REsp 1109778/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/11/2009, DJe 04/05/2011) CIVIL. DIREITO DE PROPRIEDADE. DIREITO DE CONSTRUIR. SUBSOLO. LIMITES. 1. O art. 1.229 do CC/02 estabelece que a propriedade do solo abrange a do subsolo correspondente. A segunda parte do dispositivo legal, porém, limita o alcance desse subsolo a uma profundidade útil ao seu aproveitamento, impedindo o proprietário de se opor a atividades que sejam realizadas por terceiros a uma fundura tal que não tenha ele interesse legítimo em impedi-la. 2. O legislador adotou o critério da utilidade como parâmetro definidor da propriedade do subsolo, limitando-a ao proveito normal e atual que pode proporcionar, conforme as possibilidades técnicas então existentes. 3. O direito de construir previsto no art. 1.299 do CC/02 abrange inclusive o subsolo, respeitado o critério de utilidade delineado no art. 1.229 do mesmo Diploma Legal. 4. Recurso especial não provido. (REsp 1233852/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/12/2011, DJe 01/02/2012) 11