SIMPÓSIO CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS COM DEFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA Estratégias inovadoras e desenvolvimento inclusivo
Diversidade Funcional Mulheres e homens que pela diferença de funcionamento do seus corpos realizam as tarefas habituais (movimentar se, ler, vestir se, comunicar se, etc.) de maneira diferente.
O que os dados revelam Distribuição da população por deficiência Distribuição de vagas legais por deficiência 17,6 48,1 27,1 8,2 DF DA DV DI 1,27 5,78 6,71 22,61 9,08 54,55 DF DA DV DI DM Reab
MODELO MÉDICO DA DEFICIÊNCIA A deficiência é um problema da pessoa que a tem. Por isso, a pessoa com deficiência precisa ser reabilitada ou mudada para se adaptar à sociedade. Cabe à sociedade (através de instituições especializadas) prover os serviços de reabilitação e outros que possam resolver esse problema. E cabe à pessoa com deficiência a responsabilidade de tornar se apta para fazer Toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; Fonte: Decreto N. 3.298/99 parte da sociedade
MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA A deficiência é uma condição imposta pelo contexto social sobre as pessoas. Por isso, a sociedade precisa eliminar suas barreiras físicas, programáticas e atitudinais a fim de que as pessoas com deficiência possam ter acesso a serviços e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoas, social, educacional e profissional. A sociedade precisa adequar se às A deficiência é o resultado da interação entre pessoas funcionalmente diversas e as barreiras ambientais e atitudinais que impedem a participação destas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidade com as demais pessoas. Convenção da ONU sobre os Direitos das PcD necessidades de seus membros.
INSERÇÃO LABORAL Integração Inserção em empresas que não fazem adequações técnicas que seriam necessárias para acomodar as necessidades advindas da deficiência. CONSEQUÊNCIA: Poucas PcD podem ser contratadas. Poucas PcD são retidas Inclusão Inserção em empresas que se dispõem a modificar tecnicamente os empregos e locais de trabalho para adequá los à forma singular pela qual a PcD executa seu trabalho. CONSEQUÊNCIA: Muitas PcD podem ser contratadas. Muitas PcD serão retidas Fonte: Romeu Sassaki
REALIDADE SOBRE O BPC O que é: Benefício de prestação continuada Quanto? Garantia de um salário mínimo mensal. Pra quem? PcD e idosos com 65 anos ou mais. Em situação de miserabilidade. Impedimentos de longo prazo. (incapacitam para a vida independente e para o trabalho por no mínimo 2 anos. Renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo.
BPC LOAS POPULAÇÃO PcD POPULAÇÃO BPC PcD BPC % BRASIL 190,76 milhões 45,62 milhões 3,87 milhões 2,83 milhões 6,2 SP 41,26 milhões 9,35 milhões 636 mil 288 mil 6,9 Apenas 900 mil PcD com idade entre 16 e 45 anos recebem o BPC. Seriam 900 mil PcD trabalhando se a cota fosse preenchida. O que representa 1,92% do total de vagas formais. Há 29 milhões de PcD em idade para trabalhar. Apenas 325,3 mil estão contratadas. Isso representa 0,7 % dos 46,3 milhões de empregos formais. Fonte: Previdência Social e IBGE Fonte: DATAPREV/síntese http://www.mds.gov.br/relcrys/bpc/download_beneficiarios_bpc.htm
INSTRUÇÃO NORMATIVA SIT Nº 98 Art. 13. Caberá ao AFT verificar se no processo de inclusão da pessoa com deficiência ou reabilitada a empresa promoveu as modificações dos postos de trabalho, da organização do trabalho e as condições ambientais, em conformidade com as necessidades do trabalhador, com garantia desde a acessibilidade arquitetônica até adaptações específicas de mobiliários, máquinas e equipamentos, dispositivos de segurança, utilização de tecnologias assistivas, ajudas técnicas, facilitação de comunicação, apoios e capacitação específica, dentre outros, de modo a eliminar as barreiras porventura existentes.
PARÂMETROS DE ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA: Sem barreiras ambientais físicas. ATITUDINAL: Sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. COMUNICACIONAL: Sem barreiras na comunicação. METODOLÓGICA: Sem barreiras nos métodos e técnicas. INSTRUMENTAL: Sem barreiras nos instrumentos e ferramentas. PROGRAMÁTICA: Sem barreiras invisíveis embutidas em políticas e normas. NATURAL: Sem barreiras nos espaços criados pela natureza e existentes em terras de propriedade pública ou particular. Fonte: Romeu Sassaki
DESENHO ACESSÍVEL X DESENHO UNIVERSAL Desenho acessível: Projetos de construção de ambientes e utensílios que beneficiem a pessoa com deficiência. Ex.: Piso tátil direcional Desenho Universal: Produtos, serviços e ambientes utilizáveis por todas as pessoas, na maior medida possível, sem necessidade de adaptação ou desenho específico. Ex.: Passeios planejados com faixa livre distinta das faixas adjacentes. (de serviços e de acesso)
CUSTO DA ACESSIBILIDADE Pesquisa mostra que: A maioria dos recursos de acessibilidade é útil também aos colegas sem deficiência, pulverizando o investimento. Investimento Retorno 1 dólar 11,20 dólares Fonte: Project Midwest Association of Business Harvard Business Review, julho agosto 1982, p. 156.
CUSTO DA ACESSIBILIDADE De cada 100 ações ou recursos para acessibilidade: 31 custo zero. 19 custam de 1,80 a 89 reais. 19 custam de 90 a 899 reais. 19 custam de 900 a 1.799 reais. 11 custam de 1.800 a 5.000 reais. Fonte: Romeu Sassaki, 2010.
DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO Elaboração e implementação de ações e políticas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico e humano que visam à igualdade de oportunidades e de direitos para todas as pessoas, independentemente de seu status social, gênero, condições físicas, mentais ou sensoriais e de sua raça.
DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO E DEFICIÊNCIA Considerar as pessoas com diversidade funcional como possíveis colaboradores pressupõe: Relacionar diversidade funcional e competência. Conhecer o conceito de modelo social e a relação entre competência e desempenho. Saber operacionalizar os conceitos de apoio, parâmetros de acessibilidade e adequações razoáveis.
Ciclo de contratação de PcD A maioria dos programas não apresentam resultados qualitativos positivos; Os ciclos existentes não se baseiam em aspectos técnicos; A maioria dos consultores não possuem qualificação técnica para a prestação do serviço; As empresas não usam critérios técnicos rigorosos na escolha e contratação das consultorias ou parcerias; Na maioria das vezes a escolha é justificada apenas pela deficiência do consultor; As empresas focam em um único prestador de serviço e restringem suas ações a uma única metodologia. As empresas gastam em programas específicos para PcD que por não serem inclusivos não atingem os objetivos.
O CUSTO DA MÁ CONTRATAÇÃO Contratar sem dar condições para produtividade; Pagar um salário para ficar em casa; Adquirir tecnologias sem critérios; Fazer adequações aparentes; Capacitações segregadoras; Oferecimento de vagas inferiores à qualificação; Incoerências dos processos; Gastar com sensibilizações que não foram elaboradas adequadamente; A divulgação feita de forma equivocada e sem o conhecimento necessário; Estas e outras ações não garantem a sustentabilidade do programa e sua eficácia e geram apenas custos e frustrações aos envolvidos no programa.
PONTOS CRUCIAIS DE UM BOM PROGRAMA DE CONTRATAÇÃO DE PCD Análise da atividade econômica, análise da empresa, barreiras e facilitadores; As soluções devem ser customizadas desde o primeiro contato; Participação da empresa: empresa, consultoria e instituições devem ser parceiras no processo; O trabalho precisa ser multi e interdisciplinar; A qualificação técnica específica dos consultores é tão importante quanto a experiência e deve ser transmitida à empresa durante o programa; Deficiência não é sinônimo de competência; Conhecimentos específicos que envolvem um bom programa: Tecnologia Assistiva, planejamento centrado na pessoa, reabilitação, deficiência, direitos da PcD, segurança e deficiência, empregabilidade etc.
TRABALHO DECENTE:... não é qualquer trabalho, não é o trabalho pelo trabalho.... é trabalho com qualidade, tornado adequado para a singularidade de cada trabalhador.... é trabalho inspirado nos princípios de: equiparação de oportunidades, exclusão zero, inclusão, empoderamento, protagonismo, participação plena.
Quando você muda o modo de observar as coisas, as coisas que você observa mudam. Contatos 55 11 2476 5208 55 11 96066 1346 55 11 99643 2703 E mail: incluirconsultoria@gmail.com renataincluir@hotmail.com
BIBLIOGRAFIA "Emprego Apoiado" Alexandre Prado Betti, 2011, ed do autor, disponível em www.agbook.com.br. Instrução normativa da secretaria de inspeção do trabalho SIT nº 98 Avaliação de pessoas com deficiência para acesso ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome Ministério da Previdência Social Brasilia DF 2007 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/convencao sobre os direitosdas pessoas com deficiencia