Prática em Perícia Perícia Trabalhista Conceitos e Prática

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Transcrição:

Prática em Perícia Perícia Trabalhista Conceitos e Prática

Relembrar - SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO - REMUNERAÇÃO E SALÁRIO - DA DURAÇÃO DA HORA DO TRABALHO - CÁLCULO DO SALÁRIO HORA - Art. 64 da CLT - RSR REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - FÉRIAS INDIVIDUAIS / PROPORCIONAIS - ADICIONAL NOTURNO - Art. 73 da CLT. - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - HORAS EXTRAS - Art. 59. - 13º SALÁRIO OU GRATIFICAÇÃO NATALINA - DESCONTOS - RESCISÃO - RESCISÃO - MULTAS: CLT, art. 477, 8º

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO EMPREGADOR A CLT dispõe que "considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços" (art. 2º). Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais as instituições de beneficência, as associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos ( 1). EMPREGADO A CLT, em seu art. 3º, dispõe que "considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário". A doutrina acrescenta a essa definição um outro requisito: a prestação pessoal do serviço.

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO DURAÇÃO: Quanto à sua duração os contratos podem ser celebrados por prazo determinado ou indeterminado. CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO: É a forma comum de contratação, a qual será sempre presumida se houver dúvida. Assim, aquele que alegar a determinação do prazo deverá prová-la, na forma e pelos meios admitidos em direito, caso não tenha êxito, considerar-se-á que o contrato é por prazo indeterminado. É todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado (art. 452). CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO: A CLT fixa o prazo máximo de dois anos para os contratos a prazo determinado em geral, e de noventa dias para o contrato de experiência (arts. 445 e 451). Admite-se uma única prorrogação, que deve ser feita dentro dos prazos que a lei fixou. Havendo uma segunda prorrogação, ainda que dentro do prazo legal, o contrato passará a ser considerado por prazo indeterminado.

REMUNERAÇÃO E SALÁRIO SALÁRIO É o valor econômico pago pelo empregador ao empregado em função da prestação dos serviços. Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, porcentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador (art. 457, 1º). O salário base será aquele definido pelo empregador no ato da contratação, existem vários tipos de salário, como: por mês (mensalista), por hora (horista), por comissão (comissionado), entre outros. REMUNERAÇÃO - Entende-se como remuneração o salário acrescido dos adicionais, como por exemplo: Horas Extras, Adicional de Periculosidade, Adicional de Insalubridade, gorjetas a receber e outros... Considera-se gorjeta a que é dada pelo cliente e também a cobrada pela empresa ao cliente.

Formas de Gorjetas a) Por tempo: mês, semana quinzena, hora. b) Por produção: calculada com base no número de unidades produzidas pelo empregado. c) Por tarefa: com base na produção; a economia de tempo traz vantagem ao empregado. d) Por comissão: geralmente estipulada pelos empregados no comércio, podendo ser um valor determinado por unidade vendida (ex.: R$ 5,00 por unidade) ou um percentual sobre as vendas (ex.: 3% sobre as vendas).

DA DURAÇÃO DA HORA DO TRABALHO O art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal, preceitua: "Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho". Segundo este dispositivo, a duração normal do trabalho em qualquer atividade não poderá ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais. A lei, porém, faculta a compensação de horários e permite que o empregador escolha.

Opções de escolhas: a) Oito horas diárias de segunda a sexta-feira e quatro horas aos sábados, perfazendo um total de quarenta e quatro horas semanais; 5 dias (segunda a sexta) x 8h...= 40 h 1 dia (sábado) 4h...= 4 h Total da semana... = 44 h b) No caso de compensação de horário semanal, deverá o empregador fazer acordo por escrito a fim de não trabalhar aos sábados. Para o cumprimento das 44 horas semanais I - De segunda a sexta-feira, 8 horas e 48 minutos diários: 8h. x 5 dias (seg. a sexta) = 40h x 60min = 2.400 min / 60min = 40h 48min x 5 dias (seg. a sexta) = 4h x 60min = 240 min / 60min = 4h 8h 48m dia = 2.640min / 60 min = 44h semanais II - De segunda a quinta-feira, 9 horas diárias (oito horas normais e uma de compensação) e na sexta- feira oito horas: 4 dias x 9h = 36 h. sexta-feira = 8 h. Total = 44 h.

CÁLCULO DO SALÁRIO HORA ART. 64 DA CLT O salário hora normal é o básico para o cálculo do valor da hora extra, ausência parcial a jornada etc. Para se obter o valor correspondente, devemos em primeiro lugar apurar qual a Jornada Mensal do colaborador, da seguinte forma: - dividir 44 horas semanais entre 6 dias úteis, que resultam em 7:20 horas diárias (7,3333...), - multiplicadas por 30 dias do mês alcançam 220 horas mensais. Se a jornada corresponde a um número menor de horas, multiplica-se este por 30 dias.

RSR REPOUSO SEMANAL REMUNERADO O repouso semanal remunerado pode ser conceituado como o período de ausência de trabalho por 24 horas, com direito à remuneração, para o descanso do empregado, que deve ocorrer uma vez por semana, preferencialmente aos domingos (art. 7º, XV, da CF/88). No descanso semanal, bem como no feriado civil ou religioso, o empregado não presta serviços, mas faz jus à respectiva remuneração, a qual é devida desde que presentes os requisitos do art. 6º da Lei 605/49, quais sejam: assiduidade e pontualidade durante a semana anterior.

D.S.R sobre Hora Extra Sobre o valor da hora extra é devido o reflexo sobre o Repouso Semanal Remunerado, para calculá-lo iremos utilizar a seguinte fórmula:

FÉRIAS INDIVIDUAIS / PROPORCIONAIS FÉRIAS INDIVIDUAIS Conforme o Capitulo IV das Férias Anuais, do Direito a Férias e da sua Duração, da CLT art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: CONCESSÃO FORA DO PERÍODO Sempre que as férias forem concedidas fora do prazo, isto é, após o período concessivo, o empregador estará obrigado a pagá-las em dobro.

ADICIONAL NOTURNO - Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Em situação normal o empregado trabalho entre as 22:00 e 5:00 h da manhã. Além do Ad. Not. (20%) faz jus a redução do horário noturno, que corresponde a trabalhar 52 30 e recebe 60, ou seja, trabalha 7 e recebe por 8 horas.

Relação entre trabalhar 52 30 e 60, é a seguinte: 60 : 52 30 = 1,142857 (coeficiente) 8 horas : 7 horas = 1,142857 (coeficiente) Exemplo: Hora Normal (R$ 10,00) + Adicional Noturno (R$ 2,00) = R$ 12,00 Hora Noturna (R$ 12,00) x 1,142857 (coeficiente) = R$ 13,71 Então uma hora reduzida equivale a 1,14 horas normais.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE CLT 192 O adicional de Insalubridade é devido aos funcionários, cuja atividade profissional esteja exposta a agentes nocivos a sua saúde (FRIO, CALOR, RUÍDO ou CLARIDADE), acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e do efeito. A respeitável sentença condenará qualquer desses percentuais incidentes sobre o Salário Mínimo, podendo também recair sobre o Salário Mínimo Profissional (médicos e técnicos em radiologia).

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE CLT Art. 193 O adicional de periculosidade é devido aos funcionários, que na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, no exercício de suas atividades estejam em contato permanente com inflamáveis, eletricidade ou explosivos em condições de risco. O empregado que laborar em condições de periculosidade receberá um adicional de 30% sobre o salário que percebe, esse percentual não será devido sobre participação nos lucros ou premiações, este será proporcional à quantidade de dias trabalhados no mês.

HORAS EXTRAS CLT Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1º Do acordo ou contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

13º SALÁRIO OU GRATIFICAÇÃO NATALINA Todos empregados, urbanos, rurais ou domésticos, bem como os trabalhadores avulsos têm direito ao recebimento do 13º salário, independentemente da remuneração que faz jus. É uma gratificação compulsória devida a todo empregado no mês de dezembro de cada ano. O seu valor equivale a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço. Considerando-se a fração igual ou superior a 15 dias como mês inteiro. O 13º salário sofre a incidência do FGTS e das contribuições previdenciárias. Obs. : É importante observar o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional que pode conter prazos diferentes aos aqui descritos, desde que estes sejam mais benéficos ao funcionário.

Descontos INSS

IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte O Imposto de Renda é a tributação devida sobre os rendimentos do trabalho assalariado, tais como: salários, horas extras, adicionais e outras receitas admitidas em lei pela RECEITA FEDERAL. Para cálculo do Imposto de Renda é importante verificar as verbas que sofrem incidências, além das mencionadas na apostila, podemos verificar outras verbas na Instrução Normativa 25 de 29/04/1996. Obs.: O cálculo do Imposto de Renda será efetuado sobre o valor recebido pelo funcionário. O cálculo será efetuado sempre pela data de pagamento, ainda que o mês de referência seja outro. ** Devemos observar com atenção: Para calcular o IRRF de Férias, devem-se considerar apenas os eventos relativos às férias. Para calcular o IRRF de 13º Salário, devem-se considerar apenas os eventos relativos a 13º. Para calcular o IRRF de Salário, devem-se considerar apenas os eventos relativos ao salário.

RESCISÃO Os tipos de rescisões mais comuns são: Demissão, Pedido de Demissão e Término de Contrato. Aos funcionários que tiverem contrato firmado com a empresa, por um período igual ou superior a um ano, o recibo de quitação só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato, ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho, independente do desligamento ter sido ou não a pedido do empregado. No recibo de quitação ou Termo de Rescisão, qualquer que seja o motivo de desligamento, deve ter especificado a natureza de cada parcela paga ao empregado e seu respectivo valor, sendo válido somente a quitação das parcelas discriminadas.

AVISO PRÉVIO Aviso Prévio é a notificação que, na relação de emprego, uma das partes confere á outra, comunicando a cessação do contrato de trabalho por prazo INDETERMINADO. Como os contratos de trabalho podem ser encerrados a qualquer época, sem justificativa, o legislador, no intuito de evitar prejuízos ás partes, instituiu a figura do AVISO PRÉVIO, de forma que o empregado tenha tempo de procurar outra colocação no mercado de trabalho enquanto não se efetiva o término do contrato de trabalho. Da mesma forma, proporcionar ao empregador tempo para procurar outro empregado, evitando assim a interrupção do trabalho. A Falta de cumprimento do aviso prévio implica o pagamento de seu valor, o que minimiza o prejuízo pelo não cumprimento.

MULTAS: CLT, art. 477, 8º Se houver atraso no pagamento, isto é, se o empregador não cumprir os prazos previstos no 6º do art. 477, ficará sujeito a multa administrativa, devida ao Ministério do Trabalho e Emprego, bem como ao pagamento de multa em favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário. Todavia, se foi o empregado que deu causa ao atraso no pagamento das verbas rescisórias, o empregador fica isento do pagamento de multa.