Acompanhamento do desenvolvimento inicial de diferentes espécies olerícolas cultivadas em ambiente protegido no Distrito Federal

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Transcrição:

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Acompanhamento do desenvolvimento inicial de diferentes espécies olerícolas cultivadas em ambiente protegido no Distrito Federal Projeto apresentado ao Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa das Faculdades Icesp/Promove de Brasília em resposta ao Edital ICESP/PROMOVE: 01/2015 - Bolsa de Iniciação Científica Aluno proponente: Ednei Pereira do Prado Orientador: Prof. Dr. Marcelo da Silva Marinho Brasília-DF 2015

Introdução Nas últimas décadas, o cultivo de plantas em ambiente protegido, especialmente em estufas, veio revolucionar a fisiologia da produção de hortaliças. As estufas trouxeram a possibilidade de ajustar o ambiente às plantas e, consequentemente, estender o período de produção para épocas do ano e mesmo regiões antes inaptos à agricultura (Andriolo, 1999). O cultivo de hortaliças em ambiente protegido no Brasil não é tão recente, pois existem trabalhos que registram seu início no final dos anos 60. Entretanto, somente no fim dos anos 80 e, principalmente, no início da década de 90 é que esta técnica de produção passou a ser amplamente utilizada. Projeções de crescimento realizadas no início dos anos 90 relatam uma área cultivada de 10.000 ha, no final do milênio (Goto &Tivelli, 1998). Inicialmente houve interesse pelo cultivo protegido tanto por parte de produtores experientes em cultivo de hortaliças como também de outros, sem nenhuma experiência agrícola. Esses últimos entraram na atividade após observar, através da mídia, propagandas sobre a não utilização de defensivos agrícolas e a garantia de um retorno líquido aparentemente fácil (Goto, 1997). Depois do entusiasmo inicial pelo cultivo protegido, houve uma estabilidade na ampliação de áreas, devido à falência de muitos produtores. Esta situação foi gerada por diversos fatores, destacando-se a contaminação dos solos, o manejo inadequado de doenças e pragas, falta de uma política governamental específica para o cultivo protegido. Observa-se, que na atividade houve um processo seletivo, permanecendo aqueles com maior eficiência produtiva (Goto, 1997). A região do Distrito Federal destaca-se em escala regional pela grande produção de hortaliças. Com vistas à produção de hortaliças de melhor qualidade e em épocas diferenciadas na tentativa de alcançar melhores preços, alguns produtores da região resolveram investir no segmento de cultivo protegido que iniciou-se nos anos de 1990 e 1991. Por iniciativa da EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, encontros e palestras foram promovidos com profissionais ligados a empresas que comercializam estufas plásticas, produtores tradicionais de hortaliças e outros interessados. As palestras abordavam aspectos técnicos e econômicos do sistema com uma forte carga de incentivo ao investimento na atividade.

2.Objetivos 2. 1. Objetivo Geral: Acompanhar o desenvolvimento inicial (período pré-plantio em canteiros) de espécies olerícolas cultivadas em ambiente protegido a partir de diferentes níveis de aplicação de calcário e fertilizantes. 2.2. Objetivos específicos: Caracterizar as espécies olerícolas de interesse econômico incidentes do Distrito Federal Identificar as contribuições do estudo para a tomada de decisão dos órgãos públicos estabelecendo diretrizes para técnicas que otimizem a produção e o manejo de hortaliças sob cultivos protegidos no Distrito Federal. Delinear estratégias de manejo disponíveis e sua aplicação economicamente viável no Distrito Federal. Elaborar um ranking de utilização de calcários (calcíticos, dolomíticos e magnezianos) para cultivos protegidos de mudas olerícolas no Distrito Federal. Ampliar a publicação científica no curso de Agronomia e a consequente participação em eventos científicos ampliando a experiência e o conhecimento dos profissionais formados pelas Faculdades Icesp/Promove de Brasília. 3. Justificativa Atualmente vem crescendo a procura por informações sobre a aplicação de calcário e fertilizantes em hortaliças cultivadas sob estufa plástica. As produtividades de hortaliças sob cultivo protegido tais como pimentão, tomate e pepino, são de duas até quatro vezes superiores às obtidas no campo, a céu aberto, tal fato tem estimulado a realização de novas pesquisas científicas voltadas à definição sobre as melhores quantidades e maneiras de aplicação de fertilizantes para este moderno sistema de produção de hortaliças. A utilização de mudas de procedência conhecida, com bom estado sanitário, produzidas em substratos que receberam fertilização adequada constitui-se no início fundamental para a obtenção de boas produtividades

4. Metodologia Será realizado um levantamento em literatura das principais espécies olerícolas de interesse agropecuário no DF, esses dados serão organizados por grupo (folhosas, tubérculos e rizhomas), quantidade de ocorrências na literatura (de forma a gerar um índice de frequência), locais de ocorrência, tipo de suplementação e formas conhecidas de manejo. Com os dados em mãos poderemos avaliar a eficiência dos manejos utilizados, assim como as estratégias mais eficientes empregadas para cada espécie quando adaptadas em cultivos protegidos, de forma a definir características que apresentam maior potencial de sucesso em decorrência do tipo de adubação testada. Na literatura há diversas definições para espéciesolerícolas. No entanto, como o objetivo desse estudo não é discutir as diferentes definições existentes na literatura científica, serão utilizadas as definições operacionais para fins de pesquisa: Hortaliças FOLHOSAS Hortaliças RIZHOMÁTICAS Hortaliças TUBÉRCULOS Além da aplicação do questionário e análise de dados, serão realizados levantamentos nas bases de dados ISI Web of Science e Scielo, assim como em sites governamentais na área de interesse. Algumas das palavras chave que poderão ser utilizadas na busca são: hortaliças, olerícolas, rizhomas, folhosas, tubérculos, plasticultura e produção hortifuti do Distrito Federal. Depois um refinamento poderá ser feito usando a ferramenta utilizando palavras que permitam estabelecer contraste entre os grupos afim delimitar sua ocorrência ou impacto, tais como "urbana" e "rural". Os mesmos procedimentos serão utilizados com palavras equivalentes em Inglês. Serão considerados, inicialmente, apenas artigos científicos, revisões e relatórios técnicos. Poderão haver adequações metodológicas para tornar a pesquisa mais efetiva. No caso dos dados encontrados em literatura se mostrarem insuficientes, poderá se ampliar a busca em bibliotecas técnicas tais como as da EMBRAPA, EMATER e outros órgãos relacionados.

Visando interação com a comunidade e busca do seu entendimento a respeito das hortaliças produzidas em ambientes protegidos, também será aplicado um questionário será elaborado e aplicado no segundo semestre de 2015, a produtores de hortaliças que produzem ou estavam produzindo em cultivo protegido, no Distrito Federal. No questionário serão abordados pontos técnicos e econômicos da produção, desde a instalação da estufa até a comercialização dos produtos, tais como: Tipo de estufa (estrutura da cobertura, dimensões, material usado, custo por m2); O plástico (empresa fornecedora, espessura, custo, uso de telado ou sombrite); O mulching (coloração, preço); A produção de mudas (estrutura de produção, origem e tipo de semente, substrato); A mão-de-obra (tipo, quantidade, assistência técnica); A irrigação (tipo de água, método de irrigação); A adubação (uso de corretivos e adubos, quantidade, análise nutricional das plantas); As hortaliças cultivadas (variedade, pragas e doenças, época de plantio, produtividade); A colheita (embalagem,horário, perdas); A pós-colheita (uso de tratamento, vida útil, perdas); A comercialização (tipo, problemas enfrentados); Os custos totais e as principais dificuldades enfrentadas. Além da opinião do produtor sobre as perspectivas futuras com relação à plasticultura e se o mesmo aconselharia alguém entrar neste tipo de produção Os dados obtidos serão organizados em planilhas eletrônicas e serão realizadas analises estatísticas descritivas e quantitativas a fim de verificar, significância e diferenças entre os diferentes grupos de espécies abordados. Os testes estatísticos específicos a serem utilizados serão determinados de acordo com os tipos de dados obtidos, visando atender suas premissas sempre tendo em mente a robustez dos testes e confiabilidade das informações obtidas. Os resultados da pesquisa também poderão ir além dos especificados, devido a este projeto se encontrar inserido dentro do grupo de pesquisa "Grupo de estudos de manejo & produção de mudas de espécies agronômicas,

florestais e zootécnicas no bioma Cerrado: Uma ação de Educação e Responsabilidade Social e Agroambiental". O referido grupo de estudos apresenta linhas de pesquisas paralelas e relacionadas a esta, o que permite interação entre os demais estudantes e pesquisadores possibilitando o cruzamento de dados e gerando informações mais precisas e completas possibilitando publicações e resultados de maior impacto acadêmico e científico. 5. Resultados gerais esperados - Espera-se concluir um levantamento concreto sobre a quantidade de espécies olerícolas cultivadas sob proteção no Distrito Federal, sistematizando resultados de importância, impacto e área de ocorrência. Desta forma será possível traçar estratégias pontuais e recomendações efetivas para produtores e tomadores de decisão nas áreas de agricultura embasados na realidade local e peculiaridades sociais e ambientais da região. - Planeja-se redigir ao menos dois artigos a respeito do tema (incluindo uma revisão) para publicação em periódicos científicos indexados de bom impacto na área. - Elaboração de resumos para congressos de forma a divulgar o trabalho e a instituição assim como interagir com outros pesquisadores e buscar construção e visibilidade coletiva do conhecimento. - Capacitação discente em realização de buscas eletrônicas, utilização de base de dados e meta- análises. 6. Referências FNP. Anuário da agricultura brasileira. São Paulo: FNP, 1999. 521 p. ANDRIOLO, J.L. Fisiologia das culturas protegidas. Santa Maria: UFSM, 1999. 142 p. GOTO, R. Plasticultura nos trópicos: uma avaliação técnico econômica. Horticultura Brasileira. Brasília, v. 15, p. 163 65, 1997. Suplemento. GOTO, R., TIVELLI, S.W. Produção de hortaliças em ambiente protegido: Condições subtropicais.são Paulo: UNESP, 1998. 319 p. MAKISHIMA, N. Hortaliças. In: REIS, N.V.B. (ed.). Produção de hortaliças com o uso de agrofilmes. Brasília: EMBRAPA/CNPH, 1994. p.32-34.

MARTINS, S.R. Desafios da plasticultura brasileira: limites socio-econômicos e tecnológicos frente às novas e crescentes demandas. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 14, n. 2, p. 133-138, 1996.