Currículo do Curso de Medicina Universidade Federal Fluminense



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Transcrição:

Currículo do Curso de Medicina Universidade Federal Fluminense I Conferência Curricular do Curso de Medicina 14 a 17 de Setembro de 2010 Organização Apoio

3 APRESENTAÇÃO Há quase 18 anos começava o processo burocrático para mudar o currículo do curso de medicina da UFF, e já fazia mais de 10 anos que os estudos e o trabalho de elaboração aconteciam. Hoje o currículo novo é quase uma lenda: algo que pode ter acontecido, mas não se vê mais. Inovador, premiado, modelo, encontrou resistências e dificuldades que com o passar dos anos se acumularam e tornaram impossível sua aplicação. O curso que temos agora é uma colcha de retalhos, passando longe do seu primeiro objetivo a busca da interdisciplinaridade. Por que temos tantas disciplinas de Saúde Coletiva e vemos pouco de seus conceitos sendo aplicados quando chegamos à prática clínica? Por que MICA e MIAI cheias de módulos de especialidades que pouco têm em comum, ficando o resultado tão longe da Medicina Integral? Por que o TCS com tantas características que fogem à sua regulamentação? Precisamos de um momento para pausar essa rotina e ouvirmos uns aos outros, e foi por isso que pensamos em uma Conferência Curricular. E precisamos também de um material que nos mostre o currículo, para podermos ler, refletir e sonhar além desse evento. Este livro apresenta grande parte da documentação do currículo. Todos os formulários iniciais foram incluídos, e as disciplinas obrigatórias foram divididas por fase (ano) e programa. Seguem as tabelas de equivalência entre o currículo velho e o novo, e as resoluções do Conselho de Ensino e Pesquisa que regulamentam o Internato e o PPC. Ficaram de fora as disciplinas optativas, pois muitas não são mais oferecidas. Esperamos que seja uma leitura inspiradora. Saudações estudantis, Diretório Acadêmico Barros Terra Gestão 2009-2010 Para ver o todo há de lhe dar a volta

5 Sumário CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES E JUSTIFICATIVA... 9 PERFIL DO PROFISSIONAL...12 OBJETIVOS...14 DETALHAMENTO DO MODELO CURRICULAR...14 Programa Teórico-Demonstrativo...16 Programa Prático-Conceitual...17 Programa de Internato...18 Programa de Iniciação Científica...18 DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS 1ª FASE...19 2ª FASE...24 3ª FASE...30 4ª FASE...34 5ª FASE...38 6ª FASE... 38 EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS...38 RESOLUÇÃO CEP Nº 38/94... 43 RESOULUÇÃO CEP Nº 39/94...45

7 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES E JUSTIFICATIVA Os problemas apontados no ensino da área médica guardam uma relação direta com a crise do modelo de educação no Brasil e a forma de organização e operação dos serviços de saúde. Embora, em período recente, se tenha conseguido avanços significativos na legislação a respeito da organização do Sistema de Saúde criação do SUS (Constituição Brasileira 1988) e a Lei Orgânica de Saúde (Decreto 8080), não se conseguiu traduzir, no nível da prática, o espírito de seus conteúdos. A forma de financiamento do setor por produção de serviços, utilizada até o presente momento, tem-se mostrado inadequada para atender às reais necessidades da população. O funcionamento das instituições públicas, cada vez mais sucateadas, dificulta a operacionalização de seus serviços e a sua participação no processo de capacitação de recursos humanos, na produção de conhecimentos e no desenvolvimento de tecnologias. O ensino médico brasileiro vem sendo analisado e debatido pela sociedade em geral, pelos profissionais da área médica e, também, pelos meios de comunicação. Há, de certa forma, um consenso quanto à necessidade de reformular determinados aspectos da formação médica e do atendimento das patologias da população brasileira. As modificações processadas no sistema de saúde, em especial no que concerne aos cuidados básicos à saúde, não foram acompanhadas pelos currículos dos cursos médicos. A educação médica no Brasil não valoriza o alcance de objetivos coerentes com a realidade social, nem elabora planejamentos eficazes. Várias experiências brasileiras e latino-americanas contribuíram para a análise das questões ligadas à saúde/doença/educação, detectando dificuldades semelhantes nos diversos locais. A fragmentação do curso médico em várias disciplinas, a grande ênfase dada às especialidades, a teorização excessiva, a falta de preparação adequada do corpo docente, constituíram-se num denominador comum, em todas as experiências consultadas. Deve ser observada uma urgente revalorização de interação ser humano/sociedade/ meio-ambiente e a formação integral do médico, de tal forma que, ao final do curso, o recém-formado passa atender às necessidades básicas de saúde de uma população, desempenhando tarefas e cuidados de promoção, prevenção, cura e reabilitação. Para tanto, o currículo precisa buscar uma integração de eixos nos sentidos horizontal e vertical. O eixo horizontal representaria o nível de complexidade das matérias e o eixo vertical, a integração entre a informação científica e o treinamento de habilidades práticas. Este enfoque acompanharia o desenvolvimento total do curso, permitindo ao aluo um contato progressivo e cada vez mais complexo, com a realidade em que deverá atuar.

8 O rumo dessas tendências, no Brasil, levou ao desenvolvimento de idéias e práticas reunidas sob a designação de Integração Docente Assistencial (IDA). Embora seja grande o número dessas experiências não concluídas, no que se refere a alterações mais profundas na formação profissional, permanece válida a proposta da IDA, abrindo uma possibilidade de interação pessoal docente e discente da área de saúde da universidade com a comunidade. Em todas essas experiências, o ensino tem-se tornado extramuros. Isto não significa que as experiências extrapolam o âmbito curricular, tornando-se desligadas do sistema formal de ensino. A utilização de distritos sanitários e unidades de saúde confirma o acerto destas escolhas como campo de trabalho concreto fornecido pela OMS, de que entre os elementos de uma comunidade, uma pequena parcela necessita de internação hospitalar. Assim, a formação exclusivamente dentro das enfermarias permitiria ao futuro médico apenas acompanhar essa parcela da população. O hábito adquirido nas escolas médicas de criar um simulacro do real para ensinar tem impedido o aluno de presenciar e vivenciar fatos que deverão enfrentar na atividade profissional. Isso leva a concluir que o ensino médico não deve ser considerado, essencialmente, hospitalar. Há um consenso de que hospitais de alta complexidade e pacientes hospitalizados não refletem a problemática real de saúde da população, nem as condições ideais em que deveria ocorrer a formação do profissional médico. Levando-se em consideração a leitura documental, de bibliografia especializada e a observação crítica de cursos de medicina, e posterior comparação entre os cursos existentes e o Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense, verificou-se que em todos em sua maioria, apresentam características comuns, tais como: - grande ênfase dada à doença e não à saúde; - desvinculamento entre ensino básico e profissional, além do distanciamento físico entre as duas áreas; - frequente despreparo do profissional médico sobre o aspecto pedagógico e didático, implicando na utilização de uma metodologia pouco adequada ao desempenho da função docente; - ênfase no conteúdo a ser ensinado sem a preocupação com a aprendizagem real do aluno; - massificação do ensino resultante do grande afluxo de candidatos que ingressam nas escolas superiores, sem obedecer a uma planificação adequada; - carência de desenvolvimento de uma metodologia científica que integra conhecimento clínico com conhecimento epidemiológico;

9 - predomínio do uso de situações fictícias em sala de aula e laboratórios, em detrimento de situações reais, tanto no ciclo básico quanto no ciclo profissional; - excessivo número de disciplinas, dadas de forma fragmentada, sem integração interdisciplinar; - utilização das enfermarias como única possibilidade de contato aluno/paciente, gerando uma relação profissional exagerada, que dificulta o aprendizado do aluno e a recuperação do paciente; - valorização excessiva da especialização, resultando em prejuízo da formação integral do médico. O estudo crítico do Curso Médico da Universidade Federal Fluminense foi estruturado ao longo desses últimos anos, apontando para a necessidade de renovação, não só do currículo, da metodologia de ensino, como também do relacionamento professor/aluno, em que ambos se percebem como sujeitos do mesmo processo ensino-aprendizagem, com as mesmas responsabilidades na formação clínica na atuação profissional futura. Nesse sentido, é conveniente à formação de médicos na graduação, estudos e atividades de atendimento assistencial a nível individualizado, a nível de distritos sanitários e unidades de saúde e a nível hospitalar, tanto na zona urbana quanto na rural, fornecendo a integração de conhecimentos teórico-práticos. As conclusões acima tiveram como referencial teórico o seguinte modelo de análise curricular, que será também abordado para estruturação do novo currículo: SOCIEDADE Universidade Marcos Teóricos Conteúdos Experiências de aprendizagem Metodologia Recursos Plano Estudo Avaliação Desenho Curricular MODELO DE ANÁLISE CURRICULAR

10 A elaboração do novo currículo levará em consideração: PONTOS DE RELEVÂNCIA necessidade de mudança curricular; participação de alunos e professores no processo de mudança; ampliação da interface entre teoria, prática e pesquisa; atividades práticas que resultem na capacitação do profissional médico; criação de modelos que permitam avaliação permanente; criação de estrutura de administração do curso e de orientação acadêmica individualizada; inclusão de conteúdos de medicina alternativa; interrelações entre ciência da saúde e ciências humanas. MARCOS TEÓRICOS 1. A Escola Médica não pode permanecer isolada da realidade social. 2. Cabe à Escola Médica preparar um profissional que adquira uma bagagem de conteúdo teórico, interanalise atitudes e execute ações determinadas (habilidades específicas). 3. É imprescindível a integração do ensino com o sistema de saúde da região na qual a Escola Médica está inserida. 4. A formação profissional resulta de uma integração e constante realimentação entre a teoria, a prática e a pesquisa. PERFIL DO PROFISSIONAL MÉDICO A reformulação do Curso de Medicina passa pela reflexão sobre o perfil do profissional médico. A dimensão implementada ao Curso de Medicina precisa estar diretamente ligada aos seus fins sua Filosofia. Este posicionamento irá influir na caracterização do Tipo de Médico que se pretende graduar e do Tipo de Curso que se quer implantar. O Curso de Medicina, como processo educacional, tanto pode abrir como pode bloquear os caminhos para o Trabalho e o Saber. Muitos talentos perdem por não encontrarem na estrutura curricular motivações correspondentes aos seus interesses

11 e aspirações. Também muitas expectativas irrealistas e/ou desinformadas geram frustrações e críticas, nem sempre fundamentadas, em relação ao Curso. Estudos e pesquisas sobre o perfil do médico concluíram ser necessário ao profissional possuir raciocínio abstrato-verbal, aptidões psico-motoras, memória visual e auditiva, equilíbrio emocional, rapidez nas decisões, interesse científico-assistenciais e humanísticos, valores éticos. Apesar da personalidade do indivíduo, suas aptidões e interesses serem de fundamental importância para o exercício profissional, não são determinantes suficientes. Todo potencial do ser humano ficará perdido se o Curso de Medicina não oferecer oportunidades para o seu desenvolvimento. O curso de Medicina da UFF, partindo do conhecimento sobre os requisitos pessoais, técnico-científicos e atividades profissionais que o médico deve desenvolver, de acordo com as necessidades da comunidade, pretende implantar um Modelo Curricular que forneça uma visão não fragmentada de Saber e de Fazer, proporcionando uma formação integral de futuro profissional da Medicina. O Modelo Curricular propõe a integração entre teoria e prática, em uma perspectiva interdisciplinar, por intermédio dos Programas Teórico-Demonstrativo e Prático- Conceitual. Esta proposta desenvolverá estudos e atividades que capacitem o profissional a atuar nas grandes áreas: Pediatria, Tocoginecologia, Medicina Clínica e Cirúrgica. Nestas áreas serão desenvolvidas atividades em diferentes níveis de assistência à saúde e em diferentes setores do serviço de saúde. As atividades serão desenvolvidas em vários níveis de complexidades, buscando-se correlacionar as questões individuais a seus determinantes sociais. Serão enfocadas ao longo do processo desde as demandas da comunidade até as especificidades da atenção hospitalar. O aluno receberá informação e treinamento em grau de complexidade correspondente ao ato médico pretendido, tendo portanto oportunidade para conhecer o campo de trabalho médico e desenvolver-se de acordo com suas potencialidades. Através do Programa de Iniciação Científica este modelo curricular pretende dotar o profissional de conhecimentos relativos a metodologia, ética, consciência crítica e utilização da pesquisa para produção do saber. A interação entre as características pessoas do candidato ao exercício da Profissão do Médico e a proposta curricular do Curso de Medicina da UFF terá como resultado, provável, um profissional adequado ao espaço que irá ocupar do Mundo do Trabalho, na Sociedade e na Cultura.

12 OBJETIVOS Os objetivos gerais que se colocam para o Curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense são: - a busca da interdisciplinaridade; - a necessidade de repensar constantemente os conhecimentos da área médica, em decorrência da velocidade do desenvolvimento da ciência e da tecnologia; - a formação de um médico que seja humanista, um técnico competente, possuindo conhecimentos, atitudes e comportamentos éticos, habilidades psicomotoras e compromisso social. DETALHAMENTO DO MODELO CURRICULAR A proposta do novo currículo visa corrigir algumas questões apontadas como obstáculos à formação do profissional da área médica; visa também, adaptá-la à realidade brasileira, sem deixar de incorporar os avanços tecnológicos e de produção do saber que vêm ocorrendo no mundo contemporâneo. Neste sentido convém ressaltar alguns aspectos: - a incorporação crescente de conteúdos teóricos e de práticas, organizadas em fases específicas, que ao serem desenvolvidas proporcionarão aos alunos o desenvolvimento do raciocínio clínico; - a interrelação entre os conteúdos teóricos e práticos distribuídos nas etapas teórico-demonstrativas e prático-conceituais: na primeira associa-se o conteúdo teórico a uma demonstração prática executada pelos docentes, e na segunda completa-se uma prática executada pelos alunos, sempre baseada em uma discussão conceitual das ações e de seu referencial teórico; - a integração do ciclo básico ao profissional ensejando a participação dos alunos nas atividades práticas faz-se sentir desde as primeiras fases do curso; - a crescente complexidade do processo de aprendizagem através de atividades práticas culmina com a aquisição de competências nas duas últimas fases (Internato), quando a terminalidade do curso possibilitará aos recém-formados exercerem a prática médica; - a ampliação do campo de estágio além do Hospital Universitário Antônio Pedro permitirá maior aproximação dos alunos com a realidade onde desenvolverão sua atividade profissional; permitirá, também, uma interação entre a estrutura universitária e a da rede de serviços, somando-se esforços técnicos, financeiros e de pessoal para fins comuns, viabilizando um campo de ação ilimitado (ensino, pesquisa e extensão); - o envolvimento de equipes interdisciplinares na organização e desenvolvimento das atividades dar-se-á de forma independente de suas vinculações a nível de departamentos e/ou unidades. Exemplo desta nova abordagem é a proposta de constituição de equipes

13 de coordenação das atividades prático-conceituais envolvendo os vários departamentos, os alunos e a rede de serviços; - a visão do aspecto integral atribuído à saúde incorporada em proporções mais adequadas aos conteúdos e práticas, que envolvem questões relativas ao meio-ambiente, aos determinantes sociais, aos aspectos psíquicos, além do tradicional biológico; e, finalmente; - a valorização dos aspectos éticos da profissão, da liberdade de discussão ideológica, metodológica e, consequentemente o questionamento das verdades científicas. A organização estabelecida no modelo curricular criado, foge aos padrões habituais do curso, com programas teóricos e práticos. A proposta é baseada em um modelo com 03 (três) programas interdependentes, mas planejados de forma que um programa sirva, a cada momento, de pré-requisito ou de elemento motivador para o outro e vice-versa. Ao todo, o curso médico será desenvolvido em 06 (seis) etapas, um apor ano, sendo as 04 (quatro) primeiras comuns a dois programas Teórico-Demonstrativo e Prático- Conceitual e as 02 (duas) últimas etapas destinadas ao Programa de Internato. Como elemento de formação, distribuído paralelamente aos programas supra-citados, desenvolve-se o Programa de Iniciação Científica. Neste programa estrutura-se uma base de caráter obrigatório e contida no Programa Prático-Conceitual, complementada por atividades de natureza, inicialmente optativa, as quais no futuro deverão se agregar definitivamente ao corpo curricular. Esta base e seus complementos culminarão com a apresentação do Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso. MODELO CURRICULAR Início Término INTEGRAÇÃO INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TREINAMENTO DE HABILIDADES PRÁTICAS EIXOS INTEGRADOR PROGRAMA TEÓRICO-DEMONSTRATIVO PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL 4 anos 2 anos I N T E R N A T O CRESCENTE NÍVEL DE COMPLEXIDADE

14 INTEGRAÇÃO INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E HABILIDADES PRÁTICAS PROGRAMA TEÓRICO DEMONSTRATIVO PROGRAMA PRÁTICO CONCEITUAL Bio Mecanismo Iniciação Clínica Fisio Agressão e Clínica Morfológ. Defesa Determin. Promoção Cuidados Atendim. Sociais de Saúde Básicos Médico de Saúde O B R I G A T Ó R I O E L E T I V O Formação Acadêmica Internato 4 anos 2 anos EIXOS INTEGRADORES CRESCENTE COMPLEXIDADE PROGRAMA TEÓRICO-DEMONSTRATIVO Exposição e/ou demonstração de conteúdos pertinentes a uma doutrina teórica, capaz de fornecer o embasamento necessário à formação do médico. Este programa será desenvolvido em quatro fases, com oito períodos letivos, dois períodos por fase, globalizando uma carga horária de 3.195 horas, e 213 créditos teóricos. Os períodos letivos serão definidos em Calendário Escolar específico, com a duração de vinte semanas, acrescidas de duas semanas para Recuperação e Verificação Suplementar. FASE Conteúdo Duração Carga Horária 1ª FASE O ser humano nas duas características bio-fisio-morfológicas e psíquicas. Dois períodos letivos 870 horas, sendo 450 horaspara o 1º período e 420 horas para o 2º período. 2ª FASE Abordagem conceitual dos mecanismos de agressão e defesa biológicos, físicos, químicos e psíquicos. Dois períodos letivos 905 horas, sendo 455 horas para o 3º período e 450 horas para o 4º período. 3ª FASE Interpretação de sinais e sintomas, relação médico/paciente, semiótica, exames complementares e desenvolvimento emocional. Dois períodos letivos 720 horas, sendo 360 horas para cada período. 4ª FASE Diagnóstico e tratamento das patologias mais frequentes em Pediatria, Adolescência, Tocoginecologia, Medicina Clínica, Cirúrgica e Psiquiátrica. Dois períodos letivos 720 horas, sendo 360 horas para cada período.

15 PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL Execução pelos discentes, sob supervisão docente, de atividades práticas envolvendo uma permanente discussão epidemiológica, técnico-administrativa e política das ações executadas, de sua evolução histórica, de sua inserção social e de propostas alternativas emergente. Este programa será desenvolvido de forma contínua, ou seja, não obedecerá ao calendário escolar, pois as atividades desenvolvidas a nível comunitário ou em unidades de prestação de serviço não devem sofrer solução de continuidade, sob o risco de acarretar desconfiança na relação da Universidade com a Comunidade, no sentido de utilizá-la somente como instrumento, pervertendo o real propósito da Universidade na Sociedade. Por isso serão destinadas aos alunos férias de 08 (oito) semanas, distribuídas da seguinte forma: a) quatro semanas no mês de janeiro; b) duas semanas no mês de julho; c) a semana correspondente ao Carnaval; d) a semana do final do ano. A este programa serão destinados 2.610 horas e 87 créditos práticos. FASE Conteúdo Duração Carga Horária 1ª FASE Determinantes históricos, sociais, ambientais e ideológicos do processo saúde/doença. População. Instrumental estatístico. Relação ciência/realidade. 44 semanas 540 horas 18 créditos 2ª FASE Processos de agressão e defesa na perspectiva do coletivo através da construção do perfil epidemiológico e institucional comunitário. 44 semanas 540 horas 18 créditos 3ª FASE Desenvolvimento da capacidade de agir, de forma integral, para promover, proteger e recuperar a saúde. Exercício de interpretação de sinais e sintomas e da aplicação de medidas de intervenção, segundo o perfil epidemiológico e institucional local a nível primário da hierarquização dos serviços de saúde. 44 semanas 630 horas 21 créditos. 4ª FASE Desenvolvimento da capacidade de agir, de forma integral, para promover, proteger e recuperar a saúde. Exercício do diagnóstico, do tratamento e da aplicação de medidas de intervenção de caráter coletivo, a níveis secundário e terciário, da hierarquização dos serviços de saúde. 44 semanas 900 horas 30 créditos.

16 PROGRAMA DE INTERNATO Será executado basicamente por treinamento em serviços de saúde sob supervisão docente, de forma contínua. O programa terá uma carga horária global de 3.150 horas e 70 créditos de estágio supervisionado. FASE Atividades Duração Carga Horária consulta ambulatorial fixa em todo o período anual período 1 pediatria e tocoginecologia período 2 cirurgia, clínica médica e psiquiatria 5ª FASE emergência fixa em todo o período anual período 1 emergência pediátrica período 2 emergência geral 48 semanas 1.170 horas, sendo 36 horas por semana enfermaria fixa em todo o período anual sob a forma de rodízio. 6ª FASE Será um programa de livre escolha, em que o aluno poderá optar por qualquer área do conhecimento da Medicina. Nesta fase o aluno deverá apresentar o seu Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso, atividade obrigatória para a integralização curricular. 40 semanas 1.140 horas, sendo 36 horas por semana PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA O conteúdo básico deste programa está incluído no Programa Prático-Conceitual, em sua 1ª fase, abordado dentro da disciplina Saúde e Sociedade II (Ciência e Realidade). Nesta fase será abordado o método científico, a ética na pesquisa científica, referenciações e informatização. As etapas intermediárias serão, para efeito de registro acadêmico, relacionadas como disciplinas optativas e correspondendo a atividades em projetos de pesquisa desenvolvidos nos diversos setores da instituição. Pelo caráter excepcional das disciplinas, as mesmas terão como ementa uma descrição geral das atividades, servindo a numeral sequencial apenas para diferenciar quantitativamente o número destas disciplinas cumprido pelo aluno. A etapa final, constituinte do Programa de Internato, consiste da elaboração do Trabalho Monográfico de Conclusão de Curso, cuja normatização está prevista pelo Regimento do Internato.

17 1ª FASE - PROGRAMA TEÓRICO-DEMONSTRATIVO 1º PERÍODO Biologia Celular e Molecular (180h; 12 créditos) 1. Reconhecer os diversos componentes das moléculas biológicas. 2. Analisar os tipos existentes de organização celular. 3. Interpretar as alterações e interações decorrentes do metabolismo celular. 4. Diferenciar os modelos celulares existentes. 5. Identificar os mecanismos e estruturas correlatos com a fisiologia celular. 6. Identificar os diversos mecanismos reguladores corporais. Métodos de estudos e organização celular. Moléculas biológicas. Digestão. Metabolismo de glicídios, lipídios, aminoácidos, energética. Biologia molecular. Regulação metabólica e homeostasia. Biologia Geral I (60h; 4 créditos) 1. Descrever a evolução histórica no uso de plantas medicinais. 2. Conhecer o cultivo de plantas medicinais. 3. Reconhecer as espécies terapêuticas e sua viabilidade de produção em larga escala. 4. Conhecer a alimentação de espécies exóticas. 5. Reconhecer plantas venenosas. 6. Reconhecer as características das relações simbióticas. 7. Descrever a evolução e sistemática de microorganismos e parasitas. 8. Caracterizar os tipos e distribuição do reino animal de animais venenosos e peçonhentos descrevendo a sua reprodução e manutenção em cativeiro. Plantas medicinais cultivo, espécies terapêuticas, produção em larga escala. Espécies exóticas. Plantas venenosas. Simbiose origem, tipo, importância e extensão. Evolução de microorganismos e parasitas. Veneno e peçonha. Tipo e distribuição no reino animal. Manutenção e reprodução de animais venenosos e peçonhentos em cativeiro.

18 Neurobiologia (180h; 12 créditos) 1. Compreender a utilização do método científico para o estudo dos fenômenos biológicos. 2. Conhecer os conceitos fundamentais relativos a: ligações químicas e estrutura celular, aspectos biofísico das membranas biológicas, transporte de moléculas através da membrana, potencial de ação, propagação do impulso nervoso, transmissão sináptica, sinalização química, receptores sensoriais, contração muscular e mecanismos de integração neural. Metodologia científica. Bases moleculares da evolução. Os seres vivo. Estrutura e transporte de membrana plasmática. Moléculas inteligente. Soro fisiológico. Hemólise. Sinalização química. Bases moleculares da comunicação intercelular e suas enfermidades. Neurotransmissores e neuromoduladores. Moléculas da excitação visual. O fator de crescimento nervoso. Introdução à bioeletrogênese. Potencial de repouso. Potencial de ação. O axônio. Sinapses. Neurônios. Receptores e sistemas sensoriais. Citoesqueleto. Transporte axonal. Contração muscular bases estruturais, bioquímica, fisiológica. Psicologia Médica I (30h; 2 créditos) 1. Identificar a organização e função dos grupos humanos primários e secundários. 2. Identificar nos grupos humanos os vários papéis, vínculos e porta-vozes. 3. reconhecer a dinâmica e os sistemas de interações dos grupos humanos. 4. Determinar as finalidades dos grupos. Organização e função dos grupos humanos. Grupos primários e secundários. Papel, vínculos e porta-voz. A dinâmica, sistema de interações. Determinação das finalidades dos grupos.

19 2º PERÍODO Imunobiologia (90h; 6 créditos) 1. Descrever os conceitos básicos e imunologia e suas origens históricas. 2. Identificar os aspectos morfofuncionais, a recirculação de linfócitos e o trajetode antígenos nos órgão linfóides primários e secundários. 3. Caracterizar as diferentes sub-populações e funções das células linfóides e acessórios. 4. Identificar os receptores clonais de linfócitos caracterizando seus aspectos estruturais e genéticos. 5. Identificar o complexo principal de histocompatibilidade. 6. Caracterizar as interações celulares na resposta imune humoral e celular. 7. Caracterizar a ativação do complemento, seus produtos, suas funções biológicas e o controle do sistema. 8. Identificar os mecanismos de tolerância imunológica e sua relevância biológica. 9. Caracterizar os mecanismos básicos em imunopatologia. Organização morfofuncional do sistema linfóide. Origem e diferenciação das células linfóides e acessórias. Antígenos. Estrutura genética dos receptores clonais dos linfócitos. Complexo principal de histocompatibilidade e seus produtos. Interações celulares no sistema linfóide. Imunidade celular. Imunidade humoral. Complemento. Tolerância. Mecanismos básicos em imunopatologia. Morfologia I (330h; 22 créditos) 1. Identificar todas as estruturas relacionadas à vida de relação, com suas sintopias. 2. Identificar todas as características normais dos tecidos fundamentais do corpo humano, não só em relação às células, como em relação à matriz extra-celular. 3. Identificar o desenvolvimento embrionário normal, desde a fecundação até a formação do feto. Introdução ao estudo da anatomia conceito de visão, métodos de estudo. Estudo geral dos ossos, articulações, músculos, vasos e nervos. Sistema tegumentar. Membros superiores e inferiores estudo regional. Coluna vertebral, cabeça e pescoço estudo regional. Paredes torácica e abdominal. Tecidos fundamentais. Sistema tegumentar. Sistema vascular, sangue e medula óssea. Órgãos hematopoéticos sistema imune. Gametogênese. Fecundação. Formação de germes didérmicos e tridérmicos. Neurulação. Anexos embrionários.

20 PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL Trabalho de Campo Supervisionado I (360h; 12 créditos) 1. Reconhecer o cenário social da ação de um profissional de saúde. 2. Compreender o seu papel e a sua responsabilidade na investigação dos determinantes sociais da saúde e doença. 3. Executar com eficiência as suas tarefas, determinadas pelo planejamento de investigação. 4. Relacionar-se e comportar-se eticamente com o seu grupo de trabalho. 5. Valorizar e saber divulgar os resultados obtidos. Caracterização qualitativa e quantitativa do cenário ambiental, populacional e psicossocial, nos níveis local, distrital e municipal. Experiência com trabalho em grupos. Identificação de grupos, seu papel e tipos de vínculos. Epidemiologia I (60h; 2 créditos) 1. Conhecer a importância do instrumental estatístico na Medicina. 2. Conhecer os elementos componentes do instrumental estatístico e a sua aplicação. 3. Selecionar métodos estatísticos adequados ao estudo de situações. 4. Compreender os conceitos demográficos de população. Instrumental estatístico. Probabilidade e amostragem. Coleta crítica e apuração de dados. Apresentação gráfica e tabular de dados. Medidas das tendências central e de dispersão. Conceito demográfico de população. Composição e estrutura. Natalidade, mortalidade e Migração.

21 Saúde e Sociedade I (90h; 3 créditos) 1. Compreender a inserção da Medicina da Sociedade. 2. Relacionar o meio-ambiente com o ser vivo. 3. Conhecer os condicionamentos determinados à Medicina pelas Ciências Sociais e Humanas, em suas manifestações mais influentes. 4. Conhecer a história da Medicina em âmbito continental, nacional e local. História Geral e História da Medicina. O Meio Ambiente. Ciências Sociais e Humanas. A Política e o Estado. O Iluminismo e a Razão. O Materialismo Dialético. Positivismo, Historicismo, Capitalismo, Socialismo e Liberalismo. História do Brasil e da Medicina no Brasil. Saúde e Sociedade II (30h; 1 crédito) 1. Correlacionar Ciência e Realidade. 2. Compreender as relações da Medicina com o conhecimento científico, suas possibilidades e seus limites. 3. Participar, sob supervisão, da elaboração de projetos de pesquisa básica, clínica e sócio-epidemiológica. 4. Selecionar e utilizar adequadamente a bibliografia. 5. Conhecer a importância da estatística e da informática para a elaboração de um trabalho científico. 6. Compreender e desenvolver o método utilizado em um trabalho científico, valorizando a divulgação dos resultados. 7. Valorizar o comportamento ético em relação à equipe e ao objeto de pesquisa. Ciência e Conhecimento: Fundamentos filosóficos da Ciência e das teorias do Conhecimento. Ética e Ciência. Ética da pesquisa científica. O Método Científico: métodos clínico, epidemiológico e das ciências sociais. Fundamento das estatísticas. Bibliografia e Informática.

22 2ª FASE - PROGRAMA TEÓRICO-DEMOSNTRATIVO 3º PERÍODO Fisiologia VI (90h; 6 créditos) 1. Analisar a função dos órgãos, sistemas e aparelhos que compõem o corpo humano. 2. Interpretar as modificações decorrentes da utilização do modelo experimental. Aspectos elétricos e mecânicos da função cardíaca: débito cardíaco e trabalho cardíaco. Circulação nas artérias, veias e capilares: dua regulação. Mecânica respiratória e sua regulação. Motilidade e mecanismos secretores do aparelho digestivo. Fisiologia renal e das glândulas endócrinas: sistema hipotálamohipofisário: tireóide, supra-renal, pâncreas e paratireóide: gônada, reprodução do homem e da mulher. Mecanismos de Agressão e Defesa I (105h; 7 créditos) 1. Identificar as várias parasitoses e seus mecanismos de agressão. 2. Identificar os principais componentes estruturais dos microorganismos e sua fisiologia. Parasitismo. Relação hospedeiro-parasita. Adaptação parasitária. Tipos ontogênicos fundamentais. Transmissão das parasitoses. Mecanismos de agressão nas protozooses e helmintíases. Artrópodes causadores e vetores de doença. Indicação e avaliação das técnicas de diagnóstico. A célula bacteriana. Morfologia e estrutura. Variação bacteriana e fisiologia do crescimento. Ação do meio sobre as bactérias. Morfologia, fisiologia, classificação, ecologia, métodos de diagnóstico, mecanismos de agressão dos fungos. Estudo do vírion. Composição química. Classificação. Multiplicação. Interferon. Interferância.

23 Morfologia II (240h; 16 créditos) 1. Identificar a constituição do Sistema Visceral correlacionando com seu funcionamento normal. 2. Identificar a constituição macro e microscópica do Sistema Visceral, assim como o desenvolvimento dos diversos sistemas componentes do corpo humano normal. Sistema Digestivo: boca a glândulas anexas; faringe; esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, pâncreas, órgãos do Sistema Linfóide. Peritônio. Sistema Respiratório: nariz, laringe, vias aéreas, pleura. Sistema Circulatório: coração, grandes vasos. Sistema Urinário: rins, ureteres, bexiga, uretra. Órgão genitais masculino e feminino. Períneo. Glândulas endócrinas. 4º PERÍODO Anatomia Médico-Cirúrgica (120h; 8 créditos) 1. Localizar a topografia normal do ser humano, inclusive as sintopias regionais. 2. Reconhecer através de métodos de visualização de imagem os componentes normais dos diversos sistemas corporais. 3. Correlacionar as estruturas visualizadas com o funcionamento normal. Anatomia com aplicações médico-cirúrgicas, inclusive métodos de imageamento do corpo humano normal. Cabeça: parte visceral, parte parietal. Pescoço: parte visceral e parietal. Tórax: regiões pleuro-pulmonares. Mediastinos: superior, médio posterior. Diafragma. Abdome: regiões supra e infra-mesocólicas. Loja renal. Retroperitônio. Pelve. Membros superior e inferior.

24 Fisiologia VII (90h; 6 créditos) 1. Identificar os mecanismos fisiológicos envolvidos nas diversas vias do sistema nervoso central. 2. Interpretar a fisiologia básica do comportamento animal. 3. Analisar as alterações fisiológicas decorrentes do exercício físico. Sistema Nervos, sinapses e reflexos, medula espinhal, tronco cerebral, movimento e postura, sensações, funções do córtex cerebral. Sistema nervoso autônomo. Fisiologia básica do comportamento animal. Fisiologia do exercício. Mecanismos de Agressão e Defesa II (120h; 8 créditos) 1. Identificar os principais mecanismos de imuno proteção anti-infecciosa, e dos métodos diagnósticos. 2. Interpretar as reações do organismo frente aos agentes agressores. 3. Reconhecer as anomalias do desenvolvimento e os processos blastomatosos. 4. Identificar as bactérias de interesse biomédico analisando seus mecanismos de ação. 6. Identificar os principais grupos de fungos de interesse biomédico analisando seus mecanismos de ação. Imunidade à infecção por bactérias, vírus e fungos. Imunidade à infestação por parasitos. Métodos diagnósticos para infecções por bactérias, vírus e fungos, e infestação por parasitos. Processos patológicos gerais frente a agentes agressores físicos, químicos e biológicos. Anomalias do desenvolvimento e processos blastomatosos. Resistência bacteriana a drogas. Ação das bactérias sobre o meio. Fatores de agressão bacteriana. Bactérias de interesse biomédico. Fungistáticos e fungicidas. Intoxicações fúngicas alimentares. Fungitóxicos. Inativação viral. Vírus de ARN e ADN. Vírus de interesse biomédico.

25 Morfologia III (90h; 6 créditos) 1. Identificar as estruturas relacionadas ao sistema nervoso central e seus componentes em seres humanos normais. 2. Reconhecer as estruturas macro e microscópicas do sistema nervoso central. 3. Reconhecer as diversas fases do desenvolvimento do sistema nervoso central. Introdução ao estudo do sistema nervoso central. Filogênese e ontogênese do sistema nervoso, medula espinhal. Tronco encefálico. Cerebelo. Diencéfalo. Rinencéfalo. Sistema reticular. Hemisférios cerebrais. Núcleos da base. Sistema límbico. Ventrículos, meninges. Estesiologia: olfato, visão, audição, gustação e tato. Psicologia Médica II (30h; 2 créditos) 1. Identificar os conceitos, funções, características e modelos do desenvolvimento biopsíquico da personalidade. 2. Descrever os condicionamentos, a consciência crítica e o determinismo inconsciente da personalidade. 3. Adquirir conhecimentos da função e prova da realidade. 4. Reconhecer as teorias, conflitos e mecanismos de defesa da ansiedade. Personalidade conceitos, funções, características e modelos de desenvolvimento biopsíquico. Condicionamentos, consciência crítica e determinismo inconsciente. Função e prova da realidade. Teorias da ansiedade, conflito e mecanismos de defesa.

26 PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL Trabalho de Campo Supervisionado II (360h; 12 créditos) 1. Reconhecer o cenário social da ação de um profissional de saúde. 2. Compreender a dimensão das ações de saúde em uma população, pela hierarquização em níveis de complexidade. 3. Promover o planejamento de saúde, de forma geral, baseado em dados obtidos na fase anterior. 4. Relacionar-se e comportar-se eticamente com o seu grupo de trabalho. 5. Valorizar e saber divulgar os resultados obtidos. Diagnóstico do setor Saúde, compreendido nos níveis local, distrital a municipal. Estudos sobre conteúdos, manifestos e latentes. Determinismo psíquico. Epidemiologia II (60h; 2 créditos) 1. Descrever as doenças e outros agravos à saúde coletiva. 2. Interpretar os padrões de ocorrência das doenças e outros agravos à saúde e formular hipóteses epidemiológicas. 3. Coletar, construir e analisar os indicadores de saúde (indicadores de morbidade e mortalidade). Epidemiologia Descritiva: Introdução ao método epidemiológico. Características tempo, lugar e pessoa. A interpretação dos padrões de ocorrência e a hipótese epidemiológica. Indicadores de Morbidade: Incidência e prevalência. Indicadores de Mortalidade: Coeficiente de mortalidade geral/infantil, por causa, idade, sexo e mortalidade proporcional.

27 Planejamento e Gerência em Saúde I (90h; 3 créditos) 1. Reconhecer a relação do Estado com a saúde. 2. Reconhecer as diretrizes gerais que possam interferir na Política Pública. 3. Avaliar as Instituições do Setor de Saúde segundo parâmetros conceituais definidos. Estado e Políticas Públicas. Histórias das Políticas de Saúde. Análise das Instituições do Setor de Saúde. Saúde e Sociedade III (30h; 1 crédito) 1. Elaborar parâmetros adequados para um diagnóstico situacional de saúde. 2. Valorizar o planejamento com participação multiorganizacional e multiprofissional. 3. Avaliar e interpretar os dados colhidos com fins de diagnóstico situacional de saúde. Diagnóstico Participativo.

28 3ª FASE - PROGRAMA TEÓRICO-DEMONSTRATIVO 5º PERÍODO Medicina Integral da Criança e do Adolescente I (180h; 12 créditos) 1. Estabelecer o relacionamento médico-paciente. 2. Correlacionar o desenvolvimento físico e emocional aos determinantes familiares, ambientais, sociais e culturais. 3. Utilizar os preceitos semiotécnicos. 4. Interpretar os sinais e sintomas correlacionando-os com as enfermidades de maior frequência. 5. Estabelecer o diagnóstico e o acompanhamento da clientela de crianças e adolescentes em conformidade com os princípios éticos da profissão. 6. Identificar as bases físico-químicas e biológicas da hereditariedade. 7. Caracterizar os mecanismos reguladores da atividade e transmissão gênica. 8. Analisar as bases moleculares da Engenharia Genética e Oncogênese. Relacionamento médico-paciente. Desenvolvimento emocional na infância e na adolescência. Semiotécnica e interpretação de sinais e sintomas nos períodos da infância e da adolescência. Metodologia em genética. Genética das populações. Transmissão gênica.

29 Medicina Integral do Adulto e do Idoso I (180h; 12 créditos) 1. Analisar os deveres e direitos do médico. 2. Abordar a relação médico-paciente nos seus aspectos éticos e psicológicos. 3. Exercitar a técnica de anamnese e exame físico. 4. Interpretar o mecanismo fisiopatológico dos principais sinais e sintomas. 5. Caracterizar as fases metodológicas de execução dos exames complementares utilizados. 6. Analisar a utilização e pertinência dos exames complementares. 7. Reconhecer as vias de administração, a distribuição, as formas de atuação e depuração das drogas. 8. Caracterizar o mecanismo de atuação das drogas, relacionando-as com os principais sinais e sintomas. Deveres e direitos do médico. Aspectos éticos e psicológicos da relação médico-paciente. Desenvolvimento emocional. Técnica de anamnese e do exame físico. Principais sinais e sintomas. Utilização e pertinência dos exames complementares. Noções básicas de terapêutica. Farmacocinética. Farmacodinâmica.

30 6º PERÍODO Medicina Integral da Criança e do Adolescente II (180h; 12 créditos) 1. Caracterizar as fases metodológicas dos exames complementares utilizados. 2. Analisar a utilização e pertinência dos exames complementares. 3. Identificar as várias categorias de exames complementares e os custos envolvidos. 4. Indicar os exames complementares pertinentes interpretando seus resultados. 5. Estabelecer a terapêutica a ser utilizada nas principais enfermidades em crianças e adolescentes. Exames complementares: definição, métodos de execução, validade, análise de resultados. Farmacologia: indicação terapêutica, efeitos colaterais dos medicamentos, dosagem, custos e mecanismos de controle. Medicina Integral do Adulto e do Idoso II (180h; 12 créditos) 1. Abordar a relação médico-paciente nos seus aspectos éticos e psicológicos. 2. Caracterizar as transformações fisiológicas da gestação normal e do parto valorizando as questões éticas envolvidas. 3. Interpretar o mecanismo fisiopatológico das principais síndromes. 4. Identificar as várias categorias de exames complementares e os custos envolvidos. 5. Dominar noções básicas de terapêutica. Aspectos éticos e psicológicos da relação médico-paciente. Gestação normal e parto. Principais síndromes. Categorias e custos de exames complementares. Noções básicas de terapêutica.

31 PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL Trabalho de Campo Supervisionado III (420h; 14 créditos) 1. Desenvolver atitudes de relacionamento adequado, tecnica e eticamente, com indivíduos e grupos. 2. Compreender a importância do relacionamento adequado na aceitação e confiança das ações de saúde, pelo indivíduo e pelo grupo. 3. Promover ações de saúde, em nível primário na hierarquia das ações. 4. Avaliar a extensão de resultados destas ações. 5. Valorizar e divulgar os resultados obtidos. Atenção à saúde, compreendida no primeiro nível de hierarquização dos serviços de saúde. Desenvolvimento da relação do médico, em plano individual e de grupos populacionais. Valorização e compreensão do trabalho em equipes multiprofissionais. Epidemiologia III (90h; 3 créditos) 1. Dominar o conceito de risco epidemiológico e de experimento. 2. Inscrever, analisar e propor aplicação de medidas profiláticas para o controle ou indicação das doenças sob vigilância epidemiológica. Epidemiologia Analítica: Estudos observacionais: prospectivos, transversais e retrospectivos. Estudos experimentais: Avanços clínicos e em comunidades. Vigilância Epidemiológica: Coleta, processamento, análise de dados, aplicação de medidas profiláticas para o controle das doenças sob vigilância epidemiológica.

32 Planejamento e Gerência em Saúde II (60h; 2 créditos) 1. Reconhecer os elementos conceituais que fundamentam a Política de Saúde, em níveis nacional e local. 2. Avaliar a organização e a gerência do sistema local. 3. Programar um sistema de saúde que possa ser implantado em uma situação apresentada. Fundamentos da Programação: Organização e Gerência de Unidade Locais. Informação e Avaliação do Sistema Local. Saúde e Sociedade IV (60h; 2 créditos) 1. Reconhecer as técnicas elementares pedagógico-educacionais para difusão e programação de saúde. 2. Planejar ações educacionais de saúde, em diversos níveis. 3. Executar ações educacionais de saúde. 4. Avaliar os resultados de ações educacionais na saúde coletiva. Educação em Saúde e suas técnicas.

33 4ª FASE - PROGRAMA TEÓRICO-DEMONSTRATIVO 7º PERÍODO Medicina Integral da Criança e do Adolescente III (180h; 12 créditos) 1. Estabelecer o diagnóstico e o tratamento das enfermidades mais frequentes na criança e no adolescente. 2. Analisar as causas determinantes das principais enfermidades na criança e no adolescente procedendo à orientação quanto a sua prevenção e reabilitação. Enfermidades mais frequentes no período da infância e da adolescência: características, etiopatogenia, epidemiologia, mecanismos diagnósticos, terapêutica, análise da organização dos serviços em relação ao seu controle e atual estágio da produção do conhecimento sobre esses assuntos. Medicina Integral do Adulto e do Idoso III (180h; 12 créditos) 1. Analisar as patologias prevalentes nos seus aspectos clínicos, cirúrgicos, anátomo-patológicos e éticos. 2. Indicar os exames complementares pertinentes interpretando seus resultados. 3. Indicar a terapêutica adequada considerando os custos envolvidos. 4. Reconhecer as várias manifestações clínicas da Psiquiatria, com indicações de tratamento psicofarmacológicos e psicoterápicos. Aspectos clínicos, cirúrgicos, anátomo-patológicos e éticos das patologias prevalentes. Indicação e interpretação dos exames complementares. Terapêutica. Psiquiatria clínica.

34 8º PERÍODO Medicina Integral da Criança e do Adolescente IV (180h; 12 créditos) 1. Estabelecer o diagnóstico e o tratamento das enfermidades mais frequentes na criança e no adolescente. 2. Analisar as causas determinantes das principais enfermidades na criança e no adolescente procedendo à orientação quanto a sua prevenção e reabilitação. Enfermidades mais frequentes no período da infância e da adolescência: características, etiopatogenia, epidemiologia, mecanismos diagnósticos, terapêutica, análise da organização dos serviços em relação ao seu controle e atual estágio da produção do conhecimento sobre esses assuntos. Medicina Integral do Adulto e do Idoso III (180h; 12 créditos) 1. Analisar as emergências médicas nos seus aspectos clínicos, cirúrgicos, anátomo-patológicos e éticos. 2. Indicar os exames complementares pertinentes interpretando seus resultados. 3. Estabelecer a terapêutica adequada. 4. Caracterizar os achados médico-legais mais importantes. 5. Identificar as manifestações clínicas das várias intoxicações e seu tratamento. 6. Caracterizar os aspectos comunitários e éticos das afecções psiquiátricas. Aspectos clínicos, cirúrgicos, anátomo-patológicos e éticos das emergências médicas. Indicação e interpretação dos exames complementares. Terapêutica. Achados médico-legais. Toxicologia clínica. Psiquiatria comunitária.

35 PROGRAMA PRÁTICO-CONCEITUAL Trabalho de Campo Supervisionado IV (660h; 22 créditos) 1. Promover ações de saúde, nos níveis secundário e terciário na hierarquia das ações. 2. Avaliar a extensão de resultados destas ações. 3. Compreender o conceito de ações contínuas e descontínuas dos grupos multiprofissionais de saúde. 4. Valorizar e divulgar os resultados obtidos. Atenção à saúde, compreendida nos níveis secundário e terciário de hierarquização. Continuidade e descontinuidade da equipe de saúde. Epidemiologia IV (90h; 3 créditos) 1. Descrever, analisar e interpretar os fatores de risco que explicam o comportamento dos agravos à saúde de maior importância no Município. 2. Propor medidas preventivas que visam controlar ou indicar a ocorrência ou controlar a evolução desses agravos. Epidemiologia das Doenças Crônico-Degenerativas de causas externas e de Doenças Transmissíveis de maior importância no Município. Planejamento e Gerência em Saúde III (90h; 3 créditos) 1. Organizar em nível de complexidade crescente várias unidades de atendimento em saúde. 2. Adequar a tecnologia atualizada às unidades já existentes. 3. Avaliar em nível Estadual e Nacional o Sistema de Saúde. Organização e Gerência dos sistemas locais de saúde. Unidades de maior complexidade. Incorporação de Tecnologia. Formulação das Políticas de Saúde. Avaliação dos sistema Estadual e Nacional de Saúde.

36 Saúde e Sociedade V (60h; 2 créditos) 1. Reconhecer os métodos diagnósticos e terapêuticos convencionais e alternativos. 2. Valorizar os métodos convencionais e alternativos como fator cultural em uma comunidade. 3. Adequar os métodos alternativos de terapêutica à verdade científica, sem prejuízo de sua utilização. Fundamentos culturais nos métodos de diagnóstico e Tratamento. Abordagem dos métodos convencionais e alternativos sob o ponto de vista cultural. Correlação e adequação dos métodos convencionais e alternativos. 5ª FASE - INTERNATO OBRIGATÓRIO INTERNATO OBRIGATÓRIO (1710h; 38 créditos) 1. Executar ações de saúde em todos os níveis de atenção. 2. Compreender a atividade realizada em nível ambulatorial, de enfermaria e de centro cirúrgico. 3. Executar atendimento em nível emergencial. Estágio supervisionado em regime de tempo integral nas áreas de Pediatria, atendimento ao adolescente, Tocoginecologia, Clínica Médica e Cirúrgica e Psiquiatria.

37 6ª FASE - INTERNATO ELETIVO INTERNATO ELETIVO (1040h; 32 créditos) 1. Executar ações de saúde em todos os níveis de atenção gerais e em particular. 2. Compreender as atividades específicas de determinada áreas, escolhida por livre opção, e sua inserção e correlação com o atendimento médico de modo geral. 3. Executar atendimento emergenciais em determinada área. Estágio supervisionado em regime de tempo integral, por opção do alunos, em qualquer área do conhecimento médico.