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Indicadores CNI INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Momento difícil da indústria se reflete nos investimentos Intenção de investimento para 2015 é a menor da pesquisa Em 2014, 71,8% das empresas investiram 7,9 pontos percentuais abaixo do registrado em 2013 e o menor percentual desde o início da pesquisa, em 2009. Das empresas que tinham planos de investimento, apenas 41,4% conseguiram realizá-los como planejado. Opinião CNI A elevação da taxa de investimento da economia é condição indispensável ao crescimento sustentado e deve apoiar-se na participação do setor privado. A expansão dos projetos privados de investimento exige a construção de um ambiente institucional que combine Estado eficiente, credibilidade da política econômica, regulação de qualidade e segurança jurídica. Dois foram os principais fatores que prejudicaram o investimento em 2014. O primeiro, e mais importante, foi a incerteza econômica, fator intimamente ligado à falta de confiança que atinge toda a indústria. Em seguida, a reavaliação da demanda frustrou os empresários ao longo de 2014, como se pôde perceber pela elevação dos estoques e da ociosidade. O investimento em aumento de competitividade, através da melhoria do processo produtivo, foi o principal motivo do investimento em 2014, devido à necessidade de aumentar as vendas em um ambiente de demanda pouco dinâmico. Por outro lado, a ocio- sidade desestimulou o investimento em aumento da capacidade. Em 2015 o quadro permanecerá difícil. Parcela ainda menor das empresas pretende investir, a maioria em continuação de projetos anteriores. A incerteza econômica é um risco ainda maior para os investimentos, assim como dúvidas com relação à demanda e aos custos do investimento. As perspectivas de compras de máquinas e equipamentos são mais modestas que em anos anteriores. A taxa de câmbio mais desvalorizada dará estimulo adicional para a queda nas compras de máquinas e equipamentos no caso dos importados, enquanto a parcela do investimento que tem como foco o mercado externo deverá aumentar ainda que permaneça muito pequena. Menos investimento Um percentual de empresas menor do que foi previsto em 2013 investiram em 2014 e um percentual ainda menor pretende investir em 2015 78,1% 71,8% 69,3% das empresas pretendiam investir em 2014 ao fim de 2013 das empresas investiram em2014 pretendem investir em 2015

INVESTIMENTO 2014 Baixo investimento em 2014 Percentual de empresas que investiram é o menor desde 2009 Em 2014, 71,8% das empresas investiram. Trata-se do menor percentual desde o início da pesquisa, em 2009. O percentual é 7,9 pontos percentuais (p.p.) inferior ao registrado em 2013 e 17,8 p.p. abaixo do maior valor da série, ocorrido em 2010. Percentual de empresas que investiram 89,6 87,7 83,1 78,7 79,7 71,8 2009 2010 2011 2012 2013 2014 POUCOS NOVOS PROJETOS Dentre as empresas que investiram, dois terços o fizeram, principalmente, na continuação de projetos anteriores. Apenas 30,6% das empresas afirmaram que os investimentos em novos projetos foram mais significativos. COMPRAS DE MÁQUINAS Das empresas que investiram em 2014, 91,3% afirmaram ter adquirido máquinas e equipamentos no ano passado: 48,2% compraram exclusivamente máquinas e equipamentos nacionais, 5,9% somente importados e 37,2% ambos. Menos da metade dos planos de investimento de 2014 foi realizada como planejado Incerteza econômica foi a principal razão para a frustração do investimento Realização dos planos de investimento Adiados por tempo indeterminado ou cancelados Adiados para o próximo ano 7,5% 9,2% Sem resposta 2,2% 41,4% Realizados como planejados Das empresas que tinham planos de investimento para 2014, menos da metade (41,4%) realizou seus investimentos como planejado. 39,8% das empresas realizaram seus investimentos apenas parcialmente, 7,5% adiaram o investimento para 2015, enquanto 9,2% o fizeram por tempo indeterminado ou cancelaram os investimentos planejados. Realizados parcialmente 39,8% 2

RAZÕES PARA A NÃO REALIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PREVISTOS A incerteza econômica foi a principal razão para a não realização dos investimentos conforme planejado: o item foi assinalado por 72,9% das empresas cujos investimentos foram realizados parcialmente ou adiados. A elevada assinalação se compara somente ao verificado em 2009, ano influenciado pela crise financeira internacional de 2008. Ainda assim, em 2009, a assinalação de incerteza econômica foi menor (66,2%). Em seguida, tem-se a reavaliação da demanda / ociosidade elevada com 42% de assinalações em 2014. Dois problemas relacionados ao crédito (custo e dificuldade de obtenção) empataram no terceiro lugar, com 24,3% de assinalações. Em quinto lugar, a dificuldade burocrática foi assinalada por 20,5% das empresas. Razões para a frustração dos planos de investimento Participação (%) no total de empresas cujos investimentos em 2014 foram realizados parcialmente ou adiados Incerteza econômica Reav. da demanda / ociosidade elevada Dific. de obtenção de crédito / financ. Custo do crédito / financiamento Dificuldades com burocracia Aumento inesperado no custo previsto do investimento Dificuldade de obtenção de mão de obra Deficiência da infraestrutura Restrições relacionadas ao meio ambiente 5,9 13,2 12,5 20,5 17,7 24,3 24,3 42,0 72,9 Dificuldades tecnológicas Dific. de obtenção de matéria-prima Outros 5,6 5,2 9,7 Nota: Soma dos percentuais supera 100% devido a possibilidade de múltiplas respostas Aumenta a proporção dos investimentos que tinham como objetivo melhorar o processo produtivo Nos últimos quatro anos, participação cresceu 10,4 pontos percentuais Objetivo do investimento Participação (%) no total de empresas que investiram* Melhoria do processo produtivo atual Aumento da capacidade da linha atual Manutenção da capacidade produtiva Introdução de novos produtos 16,9 12,9 14,9 13,1 22,3 38,2 36,4 Para 38,2% das empresas que investiram em 2014, o principal objetivo dos planos de investimento foi a melhoria do processo produtivo, ou seja, a busca pela redução de custos e aumento da competitividade. O percentual é 1,8 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em 2013. Ao mesmo tempo, o investimento em aumento da capacidade da linha produtiva recuou 6,2 p.p. entre 2013 e 2014, para 22,3%. Introdução de novos processos produtivos 6,2 6,8 Outros 1,5 2,4 2014 2013 * - Excluídas respostas em branco 3

Objetivo do investimento Participação (%) no total de empresas que investiram* 38,2 35,3 36,4 33,6 33,5 31,3 27,8 28,1 22,3 2010 2011 2012 2013 2014 AUMENTO DO INVESTIMENTO EM COMPETITIVIDADE O aumento do investimento em melhoria do processo produtivo e redução no aumento da capacidade é uma tendência verificada desde o início da pesquisa. A maior competição e a crescente ociosidade do parque industrial, especialmente em 2014, justificam a tendência. Aumento da capacidade da linha atual Melhoria do processo produtivo atual * - Excluídas respostas em branco Uso de recursos próprios ficou acima do desejado Bancos oficiais de desenvolvimento continuaram sendo as principais fontes de recursos de terceiros Em média, 62,2% dos investimentos realizados em 2014 foram financiados com recursos próprios, enquanto a participação de recursos de terceiros ficou em 37,8%. Os percentuais são muito próximos aos observados em 2013 e revelam frustração dos empresários. Em 2013, a expectativa era que a participação de recursos de terceiros alcançassem 45,1% do total investido, em média. Os bancos oficiais de desenvolvimento mantiveram-se como as principais fontes de recursos de terceiros: 20,3%, em média, dos investimentos de 2014. Em seguida, têm-se os bancos comerciais privados (8,6%) e públicos (6,9%). Distribuição média das fontes de financiamento do investimento da indústria em 2014 (planejada e efetiva) Percentual médio (%) considerando somente empresas que investiram 3,0 2,1 8,8 6,9 6,4 8,6 27,1 54,9 Planejadas * 20,3 62,2 Efetivas * Distribuição média do financiamento prevista para 2014, ao fim de 2013. ** Financiamento externo, construção de parcerias, emissão de ações e outros. Recursos próprios Bancos oficiais de desenvolvimento Bancos comerciais privados Bancos comerciais públicos Outros** 4

INVESTIMENTO 2015 Capacidade produtiva é suficiente para atender a demanda prevista para 2015 Adequação da capacidade instalada para atender a demanda prevista 2015 11,3 60,6 18,2 8,4 1,4 Para 87,2% das empresas industriais a capacidade produtiva instalada está adequada ou mais que adequada ao atendimento da demanda prevista para 2015. 2014 14,8 65,8 13,3 3,8 2,3 O percentual de empresas que acreditam que a capacidade instalada supera a demanda prevista alcançou 26,6%, ante 17,1% na pesquisa anterior (ou seja, na comparação da capacidade instalada ao fim de 2013 com a demanda prevista para 2014). Muito pouco ou pouco adequada Adequada Mais do que adequada Muito mais do que adequada NS/NR Essa folga na capacidade instalada explica a orientação dos investimentos para aumento da competitividade e um menor investimento para aumento da produção. Perspectiva é de menor investimento em 2015 Intenções de investimento 83,3 91,1 84,6 83,0 78,1 69,3% das empresas pretendem investir em 2015. O percentual representa uma queda de 8,8 pontos percentuais (p.p.) na comparação com a intenção de se investir em 2014 e de 21,8% p.p. frente a intenção para 2011 ao fim de 2010. 69,3 2010 2011 2012 2013 2014 2015 POUCOS NOVOS PROJETOS Um terço das empresas que planejam investir em 2015 deverá fazê-lo em novos projetos. A maioria das empresas (61,2%) investirá em projetos em andamento. 5

Razões para a frustração dos planos de investimento Participação (%) no total de empresas que pretendem investir Incerteza econômica Reavaliação da demanda / ociosidade elevada Custo do crédito / financiamento Aumento inesperado no custo previsto do investimento Dificuldade de obtenção de crédito / financiamento Dificuldades com burocracia 45,0 38,5 42,4 34,2 29,2 28,1 33,9 25,7 22,5 25,1 26,1 24,0 18,1 22,6 22,5 60,9 61,0 77,4 RISCOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS Na comparação com os anos anteriores, o ranking de fatores que podem impedir total ou parcialmente os investimentos previstos não se alterou substancialmente. Ressalte-se, contudo, que a preocupação do empresário com os principais fatores se tornou mais comum, ou seja, a assinalação dos principais fatores do ranking aumentou. A incerteza econômica segue como principal risco ao investimento, mas a assinalação passou de 60,9% para 77,4% das empresas. O risco de ter que reavaliar a demanda segue em segundo lugar, com um aumento de 38,5% para 45% das assinalações. O custo do crédito segue em terceiro, com 34,2% de assinalações, ante 29,2% em 2014. Dificuldade de obtenção de mão de obra Deficiência da infraestrutura 12,3 18,8 20,6 8,8 12,4 12,1 O aumento inesperado do custo do investimento, que era a quinta principal preocupação dos empresários com relação ao investimento previsto para 2014, passou ao quarto lugar em 2015. A assinalação passou de 25,7% para 33,9% das empresas. Restrições relacionadas ao meio ambiente 6,8 10,4 9,3 Dificuldade de obtenção de matéria-prima 4,5 7,0 9,5 Dificuldades tecnológicas 4,3 3,5 4,5 Outros 3,3 5,6 4,5 2015 2014 2013 Nota: Soma dos percentuais supera 100% devido a possibilidade de múltiplas respostas 6

Investimento em 2015 voltado para a melhoria de processo produtivo Objetivo do investimento previsto Participação (%) no total de empresas que pretendem investir* Melhoria do processo produtivo atual Aumento da capacidade da linha atual Introdução de novos produtos Manutenção da capacidade produtiva Introdução de novos processos produtivos 4,2 7,4 4,4 17,8 17,0 18,2 15,7 11,7 11,8 36,1 32,1 34,6 25,1 29,6 Os dois principais objetivos dos investimentos previstos para 2015 são idênticos ao realizado em 2014: foco em melhoria do processo produtivo, seguido por aumento da capacidade. A introdução de novos produtos quarto principal objetivo dos investimentos realizados em 2014 está em terceiro lugar no ranking de objetivos previstos para 2015. Ao se comparar as intenções de investimentos para 2015 com as intenções de 2014, verifica-se que há maior foco na melhoria do processo produtivo e uma queda das intenções em se aumentar a capacidade instalada em linha com a avaliação que a capacidade instalada está adequada para atender a demanda prevista para o ano. Outros 1,0 2,2 2,5 2015 2014 2013 * - Excluídas respostas em branco Intenção de comprar de máquinas e equipamento em 2015 é mais modesta que em anos anteriores Expectativa de compra de máquinas e equipamentos Participação (%) no total de empresas que pretendem comprar máquinas e equipamentos 90,5% das empresas consultadas pretendem comprar máquinas e equipamentos em 2015, percentual próximo ao registrado nas pesquisas anteriores (91,9% pretendiam comprar em 2014 e 90,8% em 2013). Considerando somente as empresas que pretendem comprar máquinas e equipamentos em 2015, 45,3% pretendem aumentar ou aumentar muito suas compras, enquanto 23,2% deverão reduzi-las. As intenções de comprar são mais modestas que de pesquisas anteriores. 4,1 4,5 4,3 53,8 49,1 24,6 41,0 31,5 14,7 12,6 18,3 2,8 5,3 4,9 2013 2014 2015 Reduzir muito Reduzir Manter inalteradas Aumentar Aumentar muito 7

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS IMPORTADOS 57,3% das empresas pretendem comprar máquinas e equipamentos importados em 2015. O percentual é menor que em pesquisas anteriores. Expectativa de compras de máquinas e equipamentos importados O grupo de empresas que pretendem comprar máquinas e equipamentos importados mostram menor disposição em aumentar suas compras do que em anos anteriores. Em 2015, 34,9% pretendem aumentar suas compras na comparação com o ano anterior. Em 2014, esse percentual alcançava 41,3%. No outro extremo, o percentual de empresas que esperavam reduzir suas compras aumentou de 16,0% para 20%. Expectativa de compra de máquinas e equipamentos importados Participação (%) no total de empresas que pretendem comprar máquinas e equipamentos importados 6,6 3,6 3,0 72,2 31,9 37,7 31,9 66,2 62,1 57,3 40,6 42,6 45,1 2012 2013 2014 2015 14,6 12,1 16,2 6,3 3,9 3,8 2013 2014 2015 Reduzir muito Reduzir Manter inalterada Aumentar Aumentar muito Empresas esperam aumentar participação de capital de terceiros Distribuição média das fontes de recursos para os investimentos Percentual médio (%) 2,1 3,4 6,9 8,6 20,3 62,2 8,0 8,6 27,4 52,6 Recursos próprios Bancos oficiais de desenvolvimento Bancos comerciais privados Bancos comerciais públicos Outros* Como em anos anteriores, as empresas industriais planejam reduzir o uso de recursos próprios para financiar seus planos de investimento. Em 2014, os recursos próprios cobriram, em média, 62,2% dos investimentos e os empresários esperam reduzir esse percentual para 52,6% em 2015. A maior parte da diferença seria coberta pelo aumento do uso de recursos oriundos de bancos oficiais de desenvolvimento, cuja participação subiria de 20,3% para 27,4%. Efetiva 2014 Planejada 2015 * Financiamento externo, construção de parcerias, emissão de ações e outros. 8

Participação de investimentos com foco no exterior voltou a crescer Apesar do aumento, proporção de investimentos com foco no exterior ainda é pequena Mercado alvo do investimento Participação (%) no total de empresas que pretendem investir em 2015 2,0 1,2 0,8 2,3 1,3 3,2 5,1 3,2 3,9 4,6 3,6 4,9 20,0 44,4 19,3 22,3 14,4 15,5 42,2 34,1 44,2 28,8 Somente o mercado interno Principalmente o mercado interno Igualmente os mercados interno e externo Principalmente ou somente mercado externo Sem resposta 36,7 35,6 42,0 44,0 18,8 38,3 34,9 2010 2011 2012 2013 2014 2015 A indústria brasileira continua a mostrar pouco interesse no mercado externo, mas os investimentos em 2015 voltaram a considerar o mercado externo um pouco mais do que em anos anteriores. Apenas 4,9% das empresas que pretendem investir em 2015 têm como foco, totalmente ou principalmente, o mercado externo. Embora baixo, o percentual é maior desde a pesquisa realizada em 2010, sobre os investimentos previstos para 2011 (a pesquisa de 2009 mostrava que o investimento de 5,1% das empresas era focado no mercado externo). O foco exclusivo no mercado interno também diminuiu: 34,9% dos investimentos previstos para 2015 tem como objetivo atender somente o mercado interno, ante 44% dos investimentos previstos para 2014. Considerando empresas com foco totalmente ou principalmente no mercado interno, o percentual alcança 73,2% dos investimentos previstos para 2015, ante 79,6% para 2014. i Veja mais Mais informações como série histórica e metodologia da pesquisa em: www.cni.org.br/investindustria Dados da pesquisa Perfil da amostra: 592 empresas, sendo 67 pequenas, 213 médias e 312 grandes. Período de coleta: de 04 de novembro a 12 de dezembro de 2014. INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Publicação anual da Confederação Nacional da Indústria CNI www.cni.org.br Diretoria de Políticas e Estratégia DIRPE Gerência Executiva de Política Econômica - PEC Gerente-executivo: Flávio Castelo Branco Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC Gerente-executivo: Renato da Fonseca Análise: Marcelo Souza Azevedo, Roxana Maria Rossy Campos Informações técnicas: (61) 3317-9472 - Fax: (61) 3317-9456 - Design Gráfico: Alisson Costa Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (61) 3317-9989 - email: sac@cni.org.br Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.