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173 Revista Petrobras 1

índice 8 identidade corporativa Uma forma diferente de comunicação com os públicos de interesse ANO 19 N O 173 MAR/ABR 2013 12 mobilidade Petroleiros de malas prontas e mente aberta para novos desafios 16 custos Procop chega para garantir futuros investimentos da companhia 18 integração Veteranos e novatos trocam conhecimentos e experiências 20 ecoeficiência Nossos prédios são cada vez mais inteligentes e sustentáveis 26 nós fazemos parte Duas mulheres no comando do navio. Vamos zarpar com elas! 28 ambiente de trabalho Reunião ao ar livre? Rede compartilhada de ideias? Se liga 2 Revista Petrobras 173

40 prática Gestão da mudança é a onda certa para uma transição tranquila e MAis... editorial 4 sua.revista.online 5 abre aspas 6 forma e conteúdo 24 eu curto... 42 nosso olhar 44 a palavra é sua 46 38 conceito Construir plataformas pode ser bem mais simples do que se imagina 36 biodiesel e agricultura familiar Um mar de girassóis está mudando a vida no campo 32 cotidiano O botijão de gás agora é chique: bonito, prático, leve e elegante 34 gestão integrada Distância e tamanho não são problemas para a tecnologia expediente revista petrobras 173 ano 19 março e abril de 2013 Av. República do Chile, 65, sala 1.202 Rio de Janeiro RJ CEP: 20031-912 E-mail: revista_petrobras@petrobras.com.br Chave: FRP2 gerente executivo de comunicação institucional Wilson Santarosa gerente de relacionamento Gilberto Puig gerente de relacionamento com o público interno Luiz Otávio Dornellas conselho editorial Eduardo Villela, Georges Kallay, Helena Tinoco, Katia Pecoraro, Luiz Otávio Dornellas, Marco Antônio Pessoa, Rodrigo Moreira de Faria, Sandra Chaves coordenação editorial Gabriela Mendes, Nádia Ferreira, Patrícia Alves consultor para versão digital Bruno Rodrigues editor responsável Alexandre Medeiros, Mtb 16.757 editor assistente Francisco Luiz Noel Projeto Gráfico e Editorial Azul Publicidade Diagramação, Infografia e Produção da versão digital Azul Publicidade colaboradores Claudia Lima, Fernanda Pedrosa, Luciana Conti, Marina Gadelha, Pedro Paulo Malta copidesque Bella Stal Fotografia Banco de Imagens Petrobras (BIP), Rogério Reis e Pedro Paulo Malta capa Banco de Imagens Fotolia impressão Edigráfica tiragem 75.000 exemplares 173 Revista Petrobras 3

EDITORIAL Evolução Mahatma Gandhi, principal personagem da independência da Índia, pregou a desobediência civil como forma de revolução pacífica e libertação dos povos. A frase-símbolo de seu pensamento diz: Seja você a mudança que quer ver no mundo Uma mudança puxa outra. Em meio ao turbilhão de transformações pelo qual nossa companhia vem passando às vésperas de seus 60 anos de vida, a Revista Petrobras também mudou. Depois de um intenso trabalho de pesquisa e muita discussão saudável nenhuma mudança é fácil, não é mesmo?, chegamos a um novo projeto editorial e gráfico, que agora apresentamos aos leitores. Nossa revista passou a ser bimestral, ganhou mais páginas, um desenho mais leve e moderno. Tudo isso para incorporar duas outras mudanças: temos agora um tema que norteia cada edição, em torno do qual giram todas as matérias, e novas seções. O tema desta edição, é claro, não poderia ser outro: mudança. Nossa intenção é abrir mais espaço na revista para uma reflexão mais profunda e abrangente sobre cada tema proposto. E logo nesta edição de estreia do novo modelo você terá a chance de perceber a diversidade de abordagens com que pretendemos convidá-lo a essa reflexão. Vamos falar de mudança nos negócios, no jeito de trabalhar, na forma de nos comunicarmos, na concepção e construção de prédios administrativos e de plataformas. E assim será com cada tema o próximo será futuro: muitas abordagens e um mesmo fio condutor. Esperamos que você curta muito a nova Revista Petrobras. E por falar em curtir, que tal mais uma mudança? Nossa edição digital está repleta de mais informações para você dê uma olhada na página ao lado e navegue à vontade! Descubra seu lugar em mais essa grande jornada que se inicia e vamos juntos, sempre. foto: BRuNO veiga BANcO de imagens petrobras

SUA.REVISTA.ONLINE Na rede, na vida A Revista Petrobras tem agora uma versão digital, onde o leitor poderá buscar informações complementares ao conteúdo da edição impressa. São gravações de áudio e vídeo, infográficos animados, galerias de fotos, links para sites e blogs. As indicações de todos esses recursos estão distribuídas ao longo das matérias e seções desta edição, e algumas delas ganham destaque nesta página, uma espécie de guia para os nossos leitores- -internautas. Num mundo onde as in- Web ipad formações são cada vez mais distribuídas por várias plataformas que dialogam entre si, a Revista Petrobras não poderia deixar de oferecer uma versão digital, acessada por computadores convencionais ou ipads. Veja as dicas de navegação a seguir e boa viagem! como acessar o conteúdo exclusivo para ipad 1. Acesse a App Store. 2. Busque pelo nome da Revista Petrobras. 3. Digite sua senha da itunes Store e o aplicativo da revista digital será baixado no seu ipad. basta tocar e acessar. sua revista agora vem recheada de interatividade Confira o vídeo Nossas câmeras levam você ao cenário da matéria. acesse o site/blog Links para conteúdos complementares disponíveis na Internet. mande um e-mail para a redação Gostou, tem críticas ou sugestões? É só digitar revista_petrobras@petrobras.com.br e enviar. Confira o áudio As histórias dos personagens das reportagens, em depoimentos exclusivos. veja a galeria/ envie fotos Quer ver mais imagens ou mandar as suas? Saiba como. envie carta Escreva para a redação, e teremos prazer em responder. Nossos destaques Mobilidade Em gravações de áudio, os empregados Gilson Campos e Erick Portela falam de suas andanças pelo Brasil e pelo mundo a serviço da Petrobras. Por dentro do prédio de Vitória Na versão para ipad, você vai visitar as novas instalações administrativas da companhia na capital capixaba com nosso infográfico animado. Na telinha O novo espaço de convivência no Cenpes, o bate-papo entre um petroleiro veterano e dois novatos, e as ondas radicais de nosso surfista sergipano. fotos: RogéRio REis ENgENhaRia/pEtRobRas arquivo pessoal pedro paulo malta 173 Revista Petrobras 5

ABRE ASPAS Como você enfrenta as ESTE É UM ESPAÇO ABERTO AOS INTEGRANTES DA FORÇA DE TRABALHO, ONDE PODEM EXPRESSAR SEUS PONTOS DE VISTA SOBRE O TEMA CENTRAL DA EDIÇÃO MUDANÇA PARA MIM SIGNIFICA PLANEJAR E AFASTAR TODA INDECISÃO OU MEDO DE FAzER ALGO NOVO. CREIO QUE QUANDO O DESEJO DE MUDANÇA É SOMADO à FORÇA DE VONTADE, AO PENSAMENTO CRIATIVO, à EXPERIêNCIA, AO SENTIMENTO E à AÇÃO, Dá COMO RESULTADO O MOTOR DESSA MUDANÇA. NO MEU DIA A DIA, O PROCESSO DE MUDANÇA É AMPLIAR CADA VEz MAIS A BUSCA PELO CONHECIMENTO Jerônimo barbosa dos santos, técnico de suprimento de bens e serviços da Regional Norte-Nordeste dos serviços compartilhados SOU DO CONCURSO DE 2005, E SÓ EM 2010 FUI CHAMADO. EU ESTAVA COM CASAMENTO MARCADO E TIVE QUE MORAR NO RIO POR NOVE MESES; TUDO ACONTECEU MUITO RáPIDO. MINHA NOIVA VINHA DE MANAUS A CADA 15 OU 21 DIAS PARA PASSAR O FIM DE SEMANA. CHEGOU O DIA DO CASAMENTO, E EU FUI PARA MANAUS UM DIA ANTES. CASEI NO SáBADO, E Já NO DOMINGO EU ESTAVA DE VOLTA. A FAMÍLIA ESTá HOJE REUNIDA, APÓS MUITO ESFORÇO, SAUDADE E MUDANÇAS. VALEU A PENA! fábio Ângelo matos dos santos, engenheiro da Malha Norte de gasodutos da transpetro 6 Revista Petrobras 173 fotos: ARQUIVO PESSOAL ANTôNIO GARCêS MIRIAM ABREU

mudanças? DESDE QUE ENTREI PARA A PETROBRAS, Há SEIS ANOS, MUDEI DE ESTADO E DE PROFISSÃO. CASEI E ME TORNEI PAI. às VEzES TEMOS MEDO DAS INCERTEzAS, DA INSTABILIDADE, DAS NOVIDADES. PRECISAMOS TER A HUMILDADE DE ACEITAR QUE NÃO SABEMOS TUDO, MAS DEVEMOS SEMPRE ENCARAR AS MUDANÇAS COMO UMA QUESTÃO DE ATITUDE: A MELHOR MANEIRA DE LIDAR COM ELAS É SENDO PARTE DA SOLUÇÃO, E NÃO DO PROBLEMA, CONTRIBUINDO PARA QUE AS MUDANÇAS ACONTEÇAM DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL PARA TODOS. Vinícius Bastiani, coordenador de gestão do conhecimento da Área internacional CONSEGUI FAzER DUAS MUDANÇAS NA MINHA VIDA QUE PARECIAM IMPOSSÍVEIS: EM 2002, PARAR DE FUMAR, E EM 2012, EMAGRECER. UMA LEVOU à OUTRA. QUANDO PAREI DE FUMAR, GANHEI MAIS DE 20 QUILOS. POR MAIS DE NOVE ANOS CONVIVI COM O MEU AUMENTO DE PESO, ATÉ QUE, EM 2011, UM EXAME DETECTOU UMA ESTEATOSE HEPáTICA LEVE, OU SEJA, GORDURA NO FÍGADO. SE EU NÃO PERDESSE PESO, O PROBLEMA SE AGRAVARIA. FOI UMA GUINADA DE VIDA. ESTOU HOJE COM EXATOS 20,6 QUILOS A MENOS. DURMO BEM MELHOR, TENHO MAIS DISPOSIÇÃO PARA TUDO. SOU MAIS FELIz. regina maria gartz de vasconcellos, técnica de Administração e controle da transpetro no terminal de são Francisco do sul (sc) 173 Revista Petrobras 7

mudança IDENTIDADE CORPORATIVA dialogar, integrar, cada vez melhor Os profissionais de comunicação douglas Malentaqui e tiago pereira: padronização visual, verbal e sonora a serviço da marca 8 Revista Petrobras petrobras 173

comunicar crescimento da petrobras e NOvO perfil da FORÇA de trabalho impõem inovações e desafios À comunicação com Os públicos de interesse uma marca e muitos atributos A comunicação na Petrobras está fluindo pelo caminho do diálogo e da inclusão. A contagem regressiva para os 60 anos da companhia, que serão comemorados em outubro, marca um tempo de transformações na maneira de a empresa se expressar diante dos seus públicos, interna e externamente. A necessidade de mudar foi mostrada por pesquisas em especial, por um diagnóstico das expectativas dos empregados a respeito do tema. Na Comunicação Institucional, o dia a dia da Gerência de Imagem Corporativa e Marcas já indicava a importância de fortalecermos a marca Petrobras como a única a ser utilizada em toda a companhia. Outro imperativo: valorizar os atributos da nossa marca, dando-lhe uma identidade facilmente reconhecida por todos. Assim nasceu o projeto Sistema de Identidade, Visual, Verbal e Sonora da Petrobras (IDE), dedicado à criação de um conjunto de elementos que identifiquem a marca e possam ser usados de maneira estruturada e flexível em todos os tipos de comunicação do Sistema Petrobras. Havia também uma demanda das gerências de Comunicação das áreas e unidades por uniformidade e identidade naquilo que passamos para os nossos públicos, dentro e fora da companhia, conta o profissional de comunicação Douglas Yakabe Malentaqui. força da marca Desde o início de 2012, novos conceitos de identidade visual, verbal e sonora vêm sendo desenvolvidos por um empresa de energia Responsável competente Atuação global compromisso com o desenvolvimento sustentável Operações integradas Origem brasileira Rentável inovadora foto: ROGÉRIO REIS 173 Revista Petrobras 9

mudança IDENTIDADE CORPORATIVA Na Comunicação Institucional, o dia a dia da Gerência de Imagem Corporativa e Marcas já indicava a importância de fortalecermos a marca Petrobras como a única a ser utilizada em toda a companhia grupo de trabalho formado por representantes das gerências da Comunicação Institucional e gerências de Comunicação de áreas e subsidiárias, em parceria com uma empresa contratada. Na base de tudo estão os atributos da marca Petrobras. A divisão entre visual, verbal e sonoro foi só uma maneira de organizar o trabalho. As três vertentes se completam na construção da identidade da marca, explica Tiago Correa de Araújo Pereira, colega de gerência de Douglas. A identidade visual vai incluir novas regras de aplicação da marca Petrobras e a criação de um elemento gráfico corporativo um polígono que deve estar presente nas peças de comunicação do Sistema Petrobras. Também foram estabelecidos uma paleta de cores para essas peças e critérios para a escolha de imagens ilustrativas. Outra inovação é a criação de uma tipografia exclusiva. Esta letra de uso exclusivo da companhia a Petrobras Sans está estreando nesta edição da revista e em outros produtos de comunicação, assim como o novo elemento gráfico. tom petrobras Para a identidade verbal, há orientações de forma e conteúdo, que também serão aplicadas em toda a comunicação da empresa. O objetivo é estabelecer as características de um discurso único da Petrobras o chamado tom de voz e as mensagens-chave que devem ser transmitidas aos diversos públicos, além de padrões de redação e estilo. No campo dos sons, a identidade se traduz em uma marca sonora um som característico da empresa, uma assinatu- Refinando a comunicação o processo de crescimento da petrobras e a mudança do perfil dos empregados, com o ingresso de milhares de trabalhadores nos concursos recentes, vinham exigindo uma maneira diferente de fazer a comunicação interna. mais da metade dos empregados tem menos de dez anos de empresa. um extenso diagnóstico, por meio de uma série de pesquisas e reuniões com grupos de foco de diversas áreas e unidades, gerou elementos que vão orientar toda a comunicação interna daqui para a frente. a expectativa é de mais diálogo, agilidade, transparência e participação. para conciliar os anseios do público interno com as necessidades da companhia, seis projetos foram elaborados, com envolvimento de integrantes das gerências de comunicação de todas as áreas. o objetivo comum é pôr em prática uma comunicação mais direta, mais próxima, mais focada nas pessoas, com espaço para interação. cada projeto tem um foco: comunicação da estratégia da petrobras; comunicação dos valores da companhia; comunicação entre líderes e equipes; relacionamento e diálogo entre os integrantes da força de trabalho; veículos, campanhas e eventos internos; e comemoração dos 60 anos. a cam panha do aniversário começou a ser vista em janeiro e se estende até outubro. os demais projetos, em andamento, serão entregues ao longo do ano e em 2014. o plano é uma parceria da comunicação institucional e do rh com todas as áreas, levando em conta suas especificidades, rumo a uma comunicação interna mais aberta e mais inclusiva, que gere vínculos e leve ao engajamento. estamos preparando a comunicação interna para o futuro da petrobras. 10 Revista petrobras 173

azul escuro Petro azul claro Petrob 3. CORES 3.1 Introdução As cores do sistema são classificadas em três grupos: principal, de apoio e especial. cores principais verde Petrobras amarelo Petrobr azul Petrobras branco cores principais cores de apoio cores especiais São as cores que devem ser predominantes nos layouts. Têm o papel de ampliar as possibilidades de criação de materiais, desde que em combinação com as cores principais. De uso restrito, conforme especificado no item 3.4. cores de apoio verde água Petro verde claro Petro amarelo claro Pe VERDES AMARELOS laranja Petrobra cinza escuro Pet cinza claro Petro AZUIS NEUTROS cores especiais verde fluorescen prata Petrobras ÍNDICE PORTAL PETROBRAS UTILIZE SEMPRE ARQUIVOS ORIGINAIS Em caso de dúvida, cons canalmarca@petrob ra a ser sempre reconhecida pela audição. A identidade sonora traz ainda orientações para locuções e elaboração de trilhas sonoras, incluídas as usadas em comerciais de tevê e em gravações para a espera nas chamadas telefônicas. Todas as definições derivadas do projeto serão reunidas em quatro manuais, que estarão concluídos até junho e ficarão disponíveis no site da Petrobras na Internet. Além da Revista Petrobras, o blog Fatos e Dados, o perfil da Petrobras no Facebook e a campanha dos 60 anos já estão usando a identidade visual, a parte do trabalho que está mais adiantada, informa Douglas. Modernos e dinâmicos, os elementos gráficos da nova identidade visual, assim como os tons da paleta de cores, já acompanham a marca petrobras em várias de nossas peças de comunicação, como o blog Fatos e dados 173 Revista Petrobras 11

mudança MOBILIDADE sempre de prontidão por iniciativa própria Ou NecessidAde da petrobras, MuitOs de NOssOs petroleiros ROdARAM O BRAsiL e O MuNdO, ganharam MAis experiência e disposição para MudAR OutRA vez Minha vida é andar por es se país, pra ver se um dia descanso feliz... Os versos do xote Vida de viajante, grande sucesso de Luiz Gonzaga nos anos 1950 (parceria com Hervé Cordovil), são inspirados nas andanças do próprio Rei do Baião. No entanto, poderiam muito bem ter sido criados em pleno século XXI, como uma crônica que retratasse o dia a dia de muitos de nossos empregados. Afinal, para os petroleiros, o conceito de mu dança muitas vezes significa também trocar de endereço. Que o diga o gerente-geral de SMS da área de Engenharia, Tecnologia e Materiais Corporativo (ETM-Corp) da Petrobras, Gilson Campos, que em seus 33 anos de vida profissional fez as malas e mudou de cidade 15 vezes. Entre idas e vindas, morou em Aracaju, Be lo Horizonte, Curitiba, Maceió, Niterói (RJ), Rio de Janeiro, Santos (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Na vida de seminômade, ganhou companhia a partir de 1984, quando se casou com Isabel, com quem teve três filhos: o belo-horizontino Ra fael, a san tista Luísa e o curitibano Lucas. Dos meus filhos, o que mais viveu as mudanças foi o mais velho, que quando aprendeu a falar em Aracaju me chamava de paínho, depois em BH passou a usar uai, sô e trem, e em Curitiba virou piá, recorda Gilson, nascido em 1958 no município mineiro de Bambuí e desde agosto de 2012 residente do Rio de Janeiro, para onde se mudou antes da família, que só desembarca neste início de 2013. A família talvez saia um pouco sacrificada, mas, por outro lado, ganha uma bagagem cultural e uma capacidade de adaptação imensas. Junto com os sotaques, costumes e direções aprendidos em cada cidade, as mudanças de setor e as relações com os colegas também exigem uma boa capacidade de adaptação. O que é que a companhia espera de nós, seja qual for nosso endereço? Resultado. Para isso, é preciso entender o jeito das pessoas, ser entendido, estar apto a participar daquele universo, explica o gerente-geral de SMS da ETM-Corp. Sempre que chegamos a uma cidade para ficar, pensamos que ela vai ser o melhor lugar para morar. Na Petrobras desde 1987, Gilson ressalta a importância da família na prontidão para mudanças. Acabei vivendo muito no ambiente da companhia, numa rotina inten sa de casa-trabalho, trabalho-casa. Uma dinâmica que fez crescer para mim a importância do meu núcleo familiar o suporte que não muda no meio de tantas mudanças. 12 Revista Petrobras 173

Sempre que chegamos a uma cidade para ficar, pensamos que ela vai ser o melhor lugar para morar gilson campos, gerente-geral de SMS da área de Engenharia, Tecnologia e Materiais Corporativo (ETM-Corp) Quem concorda é o gerente-geral da Petrobras Bolívia, Erick Portela, que ainda se adapta à condição de habitante de Santa Cruz de la Sierra, onde foi morar com a família no último mês de agosto. E foi justamente na esposa, Renata, e nos filhos gêmeos Carolina e Bernardo que ele pensou assim que recebeu o convite para se transferir para a cidade mais populosa da Bolívia. Eles são meu conselho administrativo doméstico, que consultei antes de dar a resposta positiva, diz Erick, que se preocupou com todos os detalhes que favorecessem a adaptação, como levar objetos da casa carioca para forrar a residência boliviana, dando aquele cheiro de casa. Erick Portela ingressou na Petrobras em 1998. Sempre envolvido na área de gás, sua trajetória esteve constantemente ligada à Bolívia, para onde viajou com Confira o áudio com gilson Campos contando suas mudanças em nossa edição digital Os vários crachás que gilson usou ao longo de sua vida, emoldurados como relíquias: história e orgulho de ser petrobras foto: ROGÉRIO REIS

mudança MOBILIDADE as andanças do petroleiro gilson campos 1979 como empregado da techint, trabalha na ampliação da Regap, em Betim (Mg). No segundo semestre de 1983 e no primeiro de 1984, divide-se entre os estudos em Belo Horizonte e a moradia e o trabalho no Rio de Janeiro. No mesmo ano, vai morar no Rio para trabalhar na instalação em alto-mar da plataforma de pampo, desenvolvida pelo consórcio Mentech (Mendes Júnior e techint). 1985 Muda-se para santos (sp), a fim de trabalhar nas obras de modernização da Refinaria de cubatão. volta para o Rio, indo trabalhar na jaqueta do campo de vermelho. 1986 Ainda pela techint, muda-se para Aracaju, para trabalhar na estação de compressão de Atalaia. Faz concurso para a petrobras. frequência nesses 14 anos de companhia. O país não era novidade para mim, mas uma coisa é você fazer três reuniões e ir embora. Outra é se mudar com sua família, colocar os filhos na escola, opções de lazer, explica o gerente, que foi aos livros estudar sobre a condição de expatriado antes de seguir para Santa Cruz. Há uma curva de adaptação que se assemelha a um U de cabeça para baixo: o expatriado primeiro identifica o que piorou em sua vida e só aos poucos vai assimilando o que há de bom. Quando está se sentindo local, muitas vezes já é hora de voltar ao país de origem. Entre as referências que ainda vão sendo assimiladas pela família Portela estão os bons restaurantes de Santa Cruz, a telefonia com discagem por pulso, a In ternet 4G e a paixão dos habitantes locais pela década de 1980 tanto na idolatria por astros pop como Madonna e Michael Jackson quanto no vestuário. Sunga no clube, nem pensar. Só usam bermudão de náilon, e passei a usar também, pois o expatriado deve entender esses traços culturais locais e assimilá-los na medida do possível. Só não vou mascar coca, pois não gosto nem de pensar em ficar com aquele bagaço de folha dentro da boca, revela o gerente. Do ponto de vista profissional, Erick Portela se encheu de orgulho com o convite pa ra mudar de país. A Petrobras, quando es colhe você para ser expatriado, na verdade está entendendo que você pode representar bem a empresa. Para o profissional, significa ter uma confiança grande da companhia. Você é um diplomata da companhia em outro país, define Erick, que tem 39 anos e é natural de Volta Redonda (RJ). Para ele, a oportunidade dada aos empregados acaba se espelhando na própria Petrobras. Ao nos proporcionar essa possibilidade de enfrentar novos desafios, alternando entre as zonas de conforto e desconforto, ela faz com que todos estejam prontos para mudar, para dizer não à acomodação. No fim das contas, o petroleiro transforma a Petrobras numa empresa que se transforma. 1987 volta a morar no Rio, para trabalhar na plataforma semissubmersível de Bicudo. ingressa na petrobras. vai trabalhar embarcado na plataforma de cação, no espírito santo, e volta a morar em Belo Horizonte durante um ano e meio. 1988 volta a morar em Aracaju, para trabalhar nas plataformas pcm10 e pcm11. 1989 Faz as malas e vai para Maceió, onde trabalha no etenoduto camaçari-salgema. Confira o áudio com as impressões de viagem de Erick Portela, gerente-geral da Petrobras Bolívia, em nossa edição digital 14 Revista Petrobras 173 fotos: andré motta de souza geraldo falcão/ banco de imagens petrobras

1999 vai trabalhar na Refinaria de capuava (sp). Mora em são Bernardo do campo (sp), mas a família fica em curitiba. 1991 Retorna a BH para trabalhar na construção da unidade de coqueamento retardado da Regap. 1995 volta para santos, indo trabalhar na unidade de hidrotratamento de diesel da Refinaria de cubatão, onde chega à sua primeira função gerencial: chefe de setor. 1998 embarca para curitiba e passa a trabalhar no tre cho sul do gasoduto Bolívia-Brasil (gasbol). 2000 em julho, muda-se com a família para o Rio, onde atua na contratação da unidade de hidrotratamento de diesel da Reduc. em outubro, volta a trabalhar em Belo Horizonte, na unidade de hidrotratamento de diesel da Regap. em janeiro de 2001, toda a família se transfere para a capital mineira. 2012 desembarca em agosto para mais uma temporada carioca. gilson aguarda a chegada da família neste início de 2013. 173 Revista Petrobras 15

mudança CUSTOS menos gastos, mais investimentos PROGRAMA DE OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS (PROCOP) PÕE EM FOCO A CULTURA de gestão e A participação de todos NA RAciONALizAÇÃO de RecuRsOs O ano de 2013 está começando com uma das mais abrangentes mudanças já vividas pela Petrobras. Estamos pondo em prática, desde janeiro, o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), que busca identificar oportunidades de redução de custos com impacto relevante e contínuo nas operações da companhia. Tra ta-se de um reforço da cultura de gestão muito mais profundo do que metas e números fazem supor. No anúncio do plano à força de trabalho, no ano passado, a presidente Graça Foster explicou que a medida visa a alcançar três objetivos principais: no plano financeiro, aumentar a geração de caixa no horizonte do Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2012-2016; no plano operacional, elevar a produtividade de nossas atividades a partir de benchmarks internos e externos; e no plano organizacional, co mo programa estruturante dentro do PNG, reforçar um modelo de gestão voltado para a eficiência em custos. Com metas claramente definidas, o Procop pretende envolver toda a companhia em um esforço coletivo para racionalizar custos com o intuito de gerar caixa para os investimentos previstos no PNG 2012-2016. O mais importante, contudo, é justamente a participação de todos nós, pois o objetivo é aumentar o foco na cultura de gestão, tanto nas mais simples ope- 16 Revista Petrobras 173 foto: AGêNCIA PETROBRAS

rações da companhia quanto nas mais complexas. Em 19 de dezembro foram divulgadas as metas de redução de custos do Procop, e uma cifra chamou a atenção: R$ 32 bilhões. Este é o montante que se pode economizar no período 2013-2016. É aí que entra o empenho de cada um, e, como uma reação em cadeia, se constrói a força coletiva para que o plano seja um sucesso. Não vai ser fácil, mas na Petrobras estamos acostumados a superar desafios, não é mesmo? O programa partiu de um escopo que inclui as atividades de Exploração e Produção, Abastecimento e Gás e Energia no Brasil, abrangendo também a logística operada pela subsidiária Transpetro. Com base nesse escopo, foram identificadas 39 oportunidades de otimização nos processos produtivos e de suporte, envolvendo custos de R$ 43 bilhões. Esse montante representa 70% do total dos gastos gerenciáveis em 2011 (R$ 63 bilhões). Os restantes R$ 20 bilhões não alcançados pelo Procop dizem respeito a atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, Engenharia, Exploração, Comunicação, Responsabilidade Social, área Financeira e processos de gestão. As 39 oportunidades foram desdobradas em 515 iniciativas de otimização de custos, cada uma com um plano de trabalho detalhado. Cada diretor é responsável direto pelas metas de otimização de custos. E estas são mo nitoradas mensalmente pela Diretoria Executiva colegiada, que as encaminha a ca da três meses ao Conselho de Administração. Como um dos vários programas es truturantes do PNG 2012-2016, criados pa ra que os investimentos aconteçam, o Procop será estendido também, este ano, ao Cenpes, à Petrobras Distribuidora, à Petrobras Biocombustível, à Liquigás e à Gás Brasiliano. Todos participam desse processo e ele será mais rico na medida do envol vi mento de cada um de nós. aumento da produtividade nas operações algumas iniciativas apresentadas pelo procop exploração e produção Redução do consumo de combustíveis nos equipamentos de produção offshore. Redução do custo anual de intervenção por poço terrestre. Aumento do fator de utilização das unidades de processamento de gás natural. Redução do número de embarcações por unidade marítima atendida. Aumento dos dias produtivos das sondas para manutenção de poços (workover). abastecimento Aumento da eficiência do custo de manutenção de rotina e de paradas programadas em Refino. Redução do consumo específico de químicos nas refinarias. Redução da produção de resíduos, diminuindo o reprocessamento no Refino. Redução do número de horas em excesso de estadia nos portos. Melhoria da eficiência do uso da frota marítima. Otimização da programação das entregas de produtos, reduzindo custos logísticos. transporte Redução dos custos de manutenção pela otimização e padronização das intervenções de rotina nos terminais, oleodutos, gasodutos e tanques. gás e energia Redução do consumo específico de gás natural no processo de produção de amônia. centralização de compras e compartilhamento de estoques entre as fábricas de fertilizantes. demais processos de suporte às operações Redução dos custos por usuário de tecnologia da informação e telecomunicações. Redução dos gastos prediais, de viagens e de transporte terrestre. Clique e saiba mais sobre o Procop na apresentação da presidente Graça Foster, no Portal Petrobras 173 Revista Petrobras 17

mudança INTEGRAÇÃO o valor de cada geração troca de experiências entre veteranos e JOveNs petroleiros, Que ingressam em NÚMeRO cada vez MAiOR NA companhia, É incentivada em programas como O MeNtOR petrobras Dourado e reluzente, o broche mais parece uma medalha. No meio, brilha a logomarca da Petrobras, sob quatro pedras verdes, de esmeralda bra si lei ra. Cada uma representa uma década de serviços prestados, contabiliza o técnico de operação da UO-Rio Guilherme Santa Brígida, 66 anos de idade, 41 na companhia e muitas histórias para contar. Sou do tempo em que as informações sobre o poço eram passadas por rádio VHF, por um sujeito que ficava horas de plantão na boca do poço, recorda Guilherme, explicando que hoje a transmissão é informatizada. Era como um índio batendo tambor para se comunicar com outra tribo! Boquiaberto, o jovem Rafael Moreira de Araujo técnico de administração e controle, de 23 anos, desde agosto de 2011 na Petrobras ouve as histórias do veterano com admiração. É quase inacreditável o quan to foi feito na geração dele sem os recursos tecnológicos disponíveis hoje, exclama Rafael, cuja troca de experiências com Guilherme é um bom exemplo do contexto atual da Petrobras, onde experientes e recém-admitidos interagem no ambiente de trabalho. Esse convívio com os mais experientes nos dá muita segurança. Além da convivência com os veteranos da Gerência de Recursos Humanos da UO-Rio, onde trabalha, e de conversas como essa com Gui lherme (marcada especialmente para esta matéria da Revista Petrobras), Rafael ouve algumas histórias da companhia também por meio de projetos como o Mentor iniciativa da Petrobras em que, presencial ou virtualmente, os mais experientes compartilham seu conhecimento com os mais novos. Programas como o Mentor Petrobras têm o desafio de aproximar essas realidades tão distintas e também reforçar os nossos va lores junto aos mais jovens. Para atingir o alvo, o projeto trabalha em cima de dados como os obtidos na pesquisa geração Y, realizada no fim de 2010 como uma radiografia desses jovens que, a cada No detalhe, o broche dourado que guilherme (ao lado, de pé) exibe com o mesmo orgulho que sente ao passar sua experiência a jovens como Marina e Rafael Eles são muito mais bem preparados hoje do que eu fui na época da minha admissão Guilherme Santa Brígida, 66 anos, 41 anos de Petrobras 18 Revista Petrobras 173 fotos: PEDRO PAULO MALTA

concurso, são mais numerosos na Petrobras e que vêm mudando o perfil do empregado. Respondida por 6.124 profissionais nascidos a partir de 1980, a pesquisa revelou que se trata de uma geração orgulhosa da companhia, que tem bom relacionamento com colegas de outras faixas etárias e cuja dedicação à Petrobras cresce pro porcionalmente aos investimentos da companhia em suas carreiras. Eles são muito mais bem preparados hoje do que eu fui na época da minha admissão, afirma guilherme santa brígida, que ingressou na companhia como auxiliar de escritório, em concurso realizado logo após dar baixa do Exército. Foi na caserna que aprendi os valores mais fundamentais aqui dentro: o senso de responsabilidade e a importância do trabalho em equipe. Colega de Rafael na Gerência de RH, Marina Carvalho de Vasconcelos é outra profissional recém-admitida (em outubro de 2011) a reconhecer o esforço da geração de Guilherme. Sinto a responsabilidade de manter esse trabalho, que é feito há tanto tempo, tão bem, e superando tantos desafios, conta marina, de 33 anos. quando eu estiver com o tempo de serviço dele na companhia e chegar a hora de eu ter um broche desses, vai ser um orgulho e tanto. nossa gente idade pessoas até 25 anos 3.109 de 26 a 30 anos 8.766 de 31 a 35 anos 9.631 de 36 a 40 anos 6.074 de 41 a 45 anos 4.932 de 46 a 50 anos 10.320 de 51 a 55 anos 11.273 de 56 a 60 anos 5.934 de 61 anos em diante 1.882 total geral 61.921 Quer saber mais sobre o Programa Mentor? Fonte: RH, dezembro de 2012 Clique e confira o vídeo com um bate-papo entre o veterano Guilherme e os novatos Rafael e Marina Rafael e Guilherme Guilherme e Marina 173 Revista Petrobras 19

mudança ECOEFICIêNCIA 20 Revista Petrobras 173

Da concepção ao funcionamento, passando pelo projeto e pela obra, os novos prédios da Petrobras são re ferência em responsabilidade ambiental pa ra a construção civil no país, mostrando como o compromisso com a sustentabilidade é parte integrante do nosso negócio. O foco nas edificações é a ecoeficiência, que se traduz no uso racional de água e energia, e na geração mínima de efluentes e resíduos sólidos, numa combinação de excelência operacional e redução de impactos sobre o meio ambiente, em no me de um futuro sustentável para as no vas gerações. Reúso da água, captação da chuva, aproveitamento da luz e da energia solar, adoção de materiais e processos especiais que potencializam a utilização dos recursos naturais estão entre as práticas do nosso novo modo de construir. Provas dessa mudança, que incorpora tecnologias de ponta, são prédios co mo a expansão do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), projetado pelo arquiteto Siegbert zanettini, na Ilha do Fundão, no Rio, e, na capital capixaba, o Edifício Vitória, projeto do arquiteto Si do nio Porto, que é a sede da companhia no Espírito Santo. Para erguer prédios sustentáveis e inteligentes, a Engenharia da Petrobras segue princípios e conceitos com reconhecimento global. Entre eles, os da certificação norte-americana Leed (Liderança em Ener - gia e Design Ambiental), conferida a construções ecologicamente corretas. exemplo do cenpes A expansão do Cenpes é exemplo de como a adoção dos princípios de sustentabilidade desde a fase de projeto pode resultar em ganhos ambientais e econômicos. O conjunto de prédios, entregue em 173 Revista Petrobras 21

mudança ECOEFICIêNCIA A expansão do cenpes (fotos acima e abaixo) ganhou em 2011 o prêmio nacional de obra pública sustentável, que considera critérios como a concepção e a construção outubro de 2010, ampliou para 300 mil metros quadrados o complexo tecnológico da companhia um dos maiores do mundo em pesquisa aplicada. Na operação das instalações, que reúnem 23 edificações para 66 laboratórios, o destaque é a gestão ecoeficiente da água, com previsão de economia de 600 milhões de litros anuais. Pela concepção, projeto, construção e funcionamento, a expansão ganhou, em 2011, o prêmio nacional de obra pública sustentável, concedido pela organização não governamental Green Building Council Brasil (GBC Brasil), que incentiva a indústria ecoeficiente. Operado pela Regional Baía de Guanabara (RBG) dos Serviços Compartilhados, o conjunto de prédios te ve ativada em julho a Estação de Tratamento e Reúso de águas (Etra), que recebe também os esgotos sanitários, químicos e oleosos da antiga instalação do Cenpes, do outro lado da Avenida Horácio de Macedo, na Ilha do Fundão. A estação de tratamento, em fase de pré-operação, proporciona o reúso de grande quantidade de água das novas instalações uma economia que chegará a R$ 12 mi lhões por ano, quando a Etra estiver a to do o vapor. Além dos efluentes de banheiros, co zinhas, copas, laboratórios e plantas piloto, a estação processa todos os despejos das torres de refrigeração do sistema de ar-condicionado. Graças à gestão ecoeficiente dos recursos hídricos, a água reaproveitada após o tratamento dos efluentes soma-se a da chuva. Ela é coletada em cinco das seis cisternas subterrâneas da expansão e utilizada nas bacias sanitárias e na irrigação das áreas verdes, contribuindo para a economia no consumo de água da Companhia Estadual de águas e Esgotos (Cedae). A água potável adquirida da concessionária é destinada a: pias dos banheiros, dependências ligadas à alimentação, bebedouros, parte das torres de refrigeração, laboratórios e plantas de teste. Quando as novas instalações do Cenpes chegarem ao pico de atividades previsto pela Petrobras, a Etra vai tratar 72 mil litros de efluentes por hora 35 mil de origem sanitária; 10 mil, oleosa; e 27 mil litros da água utilizada nas torres de resfriamento, dos quais cinco mil litros serão descartados sob a forma de concentrados salinos. No processamento desses efluentes, a Etra terá tratado 67 mil litros de água, bombeados para reúso nas torres do sistema de refrigeração. Mesmo sem ter entrado em força máxima, as novas instalações já rendem ganhos em ecoeficiência no uso da água. Tu do de- 22 Revista Petrobras 173 fotos: andré motta de souza / banco de imagens petrobras

pende do nível de ocupação dos pré dios e de os laboratórios estarem em plena carga, mas, mesmo sem termos chegado ainda à vazão de projeto, já economizamos milhões em água nestes primeiros meses, afirma a coordenadora de Recursos Hídricos e Resíduos da Gerência de Operações de Utilidades da RBG, a engenheira química Taísis Bloomfield. A expansão, onde trabalham cerca de duas mil pessoas, deverá abrigar o dobro à medida que forem sendo abertos novos laboratórios. Na fase de operação assistida da estação de tratamento, destinada a ajustes técnicos, um dos focos de atenção é o desenvolvimento da cultura de micro- -organismos que atuam no tratamento dos efluentes sa nitários. Os efluentes oleosos são tratados pelo processo físico- -químico de osmose reversa e os das torres, pelo de desmineralização. A ecoeficiência na gestão dos recursos hídricos fez do Cenpes uma referência em tecnologia ambiental. O desempenho do sistema é acompanhado de perto pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e visitado com frequência por pesquisadores e universitários ligados à área. Harmonia capixaba A sede da Petrobras no Espírito Santo, inaugurada em 2011 na capital do estado, incorpora todos os conceitos de sustentabilidade das modernas construções inteligentes, caracterizadas pela ecoeficiência na gestão da água e da energia. Agregando soluções desenvolvidas no projeto do Cenpes, o Edifício Vitória foi projetado com atenção a fatores como a incidência da luz solar e a topografia do terreno, como forma de potencializar as vantagens naturais da área, na Praia do Canto. O prédio, que reuniu diversas atividades da companhia antes espalhadas pela Grande Vitória, ocupa um terço da área verde de 82 mil metros quadrados, favore- A principal característica do prédio da Universidade Petrobras é a economia de energia com o uso da luz solar, que se irradia pelo átrio por uma claraboia de 900 metros quadrados cido pelos ganhos de circulação de ar e integração com o ambiente. Os desafios começaram antes mesmo da construção. O maior desafio foi construir um prédio desse porte em uma área residencial, especialmente na fase de desmonte de rocha foram 102 mil metros cúbicos de rocha desmontada com explosões controladas, sem que fosse registrado nenhum incidente relevante, lembra Celso Araripe D Oliveira, gerente da Unidade de Implementação de Empreendimentos de Cabiúnas. energia solar no rio Outro exemplo de construção é o Edifício Cidade Nova, a sede da Universidade Petrobras, no centro carioca. Uma de suas marcas é a economia de energia graças ao uso intensivo da luz solar, que se irradia pelo átrio por uma claraboia de 900 metros quadrados. Também usamos cada vez mais a energia do sol para aquecer água em nossos prédios, como no edifício-sede (Edise), no coração do Rio, e na sede da Petrobras Distribuidora, no bairro do Maracanã. Inovações sustentáveis co mo essas são parte integrante do Centro Empresarial Senado, onde a companhia vai agrupar atividades espalhadas por outros locais do centro do Rio. Clique e acesse a galeria de fotos da expansão do Cenpes O prédio da universidade petrobras, no Rio, impressiona pelo aproveitamento da luz solar Nas páginas 24 e 25, a seção Forma e Conteúdo mostra em detalhes a nova sede de Vitória 173 Revista Petrobras 23

FORMA E CONTEÚDO ele é sustentável NOssO conjunto de prédios em vitória ApOstA NA eficiência para combater O desperdício 24 Revista Petrobras 173 fonte: ENgENhaRia/pEtRobRas fotos: ENgENhaRia/pEtRobRas ilustração: VaNEssa gonçalves/ azul

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mudança NÓS FAzEMOS PARTE o timão é delas! pela primeira vez NA HistóRiA da MARiNHA MeRcANte do BRAsiL, duas MuLHeRes OcupAM As principais FuNÇÕes de comando em um NAviO de grande porte É uma senhora mudança. A comandante Hildelene Lobato Bahia, de 38 anos, e a imediata Vanessa dos Santos Silva, de 30, controlam desde janeiro o timão do Rômulo Almeida, quarto navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro sem dispensar os brincos, a sorridente Hildelene vai ocupar pela segunda vez o posto de comando de um navio 26 Revista Petrobras 173

A imediata Vanessa confia na sensibilidade feminina para facilitar o entendimento com a comandante Hildelene ela enxerga longe Fiquei muito lisonjeada quando fui convidada a assumir essa função, não apenas por estar ao lado de uma comandante mulher, mas por ser um navio novo, de um projeto grande como o Promef. E também pela confiança que depositaram em meu trabalho, porque sei que a tripulação desse navio foi escolhida a dedo por sua competência. Minha família ficou radiante quando dei a notícia. Sou imediata há três anos, trabalhei em navios como Potengi, Pedreiras, Lindoia e Neusa, sempre com comandantes homens, e nunca tive problemas de relacionamento profissional. Mas estou muito confiante nessa nova experiência com a comandante Hildelene. A relação entre mulheres é diferente, acho que naturalmente temos afinidades de pensamento e no jeito de fazer as coisas. Não é uma questão de competência apenas, é de interação, e acho que vai fluir muito bem. vanessa dos santos silva, imediata a pioneira não perde o pique Nós participamos do processo de construção do navio no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), e fiquei muito feliz de acompanhar esse projeto desde o nascedouro junto com a Vanessa. Eu já tinha o orgulho de ter sido a primeira mulher no comando de um navio, o Carangola, que assumi em 2009 e de onde só saí em setembro passado para acompanhar a fase final de preparo do Rômulo Almeida. Foi como desbravar uma frontei ra, abrir uma nova porta em um mercado de trabalho onde antes só havia homens. Vai ser uma honra trabalhar com uma imediata mulher, e é também uma novidade para mim. Já havia trabalhado no Carangola com mulheres como oficial de náutica, maquinista e até bombeado ra. A imediata é o braço direito da comandante, e eu me dou muito bem com a Vanessa, ela é uma referência profissional para mim. Estar com ela no comando sinaliza uma mudança de cultura, o avanço da mão de obra feminina em cargos de chefia. Hildelene lobato bahia, comandante fotos: thelma VidalEs E RENata mell0/banco de imagens petrobras 173 Revista Petrobras 27

mudança mudança NOVOS AMBIENTE PRÉDIOS DE TRABALHO um modo sustentável de construir um novo jeito cristina Bentz em seu escritório ao ar livre no cenpes: tendência mundial 28 Revista Petrobras 173 fotos: João l. anjos/ angular/ BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

de fazer REUNIÕES EM JARDIM SUSPENSO, TROCA DE INFORMAÇÕES COM CLIENTES POR MEIO DE FERRAMENTA DIGITAL E MUITA ColaboRação Em REdE Já percebeu Como o mundo DO TRABALHO VEM MUDANDO? Há um ano, a gerente de Implementação de Soluções em Tecnologias (IST II), da área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (TIC), Martha Gomes, fez um único pedido aos seus oito coordenadores: inovação. A resposta que obteve foi uma nova forma de trabalho entre estes profissionais e seus clientes dentro da companhia, com a utilização da ferramenta wiki, de compartilhamento de informações. A partir dali, eles foram desenvolvendo uma comunicação mais ágil e colaborativa, permitindo mais rapidez e maior facilidade para a documentação dos projetos desenvolvidos. Em pouco tempo, glossários de termos que apa recem em relatórios, e são construídos por clientes e pela TIC nos wikis, também foram integrados à ferramenta. Este movimento de mudança, de busca por novos modelos de trabalho, ocorreu em diferentes áreas da Petrobras e cada vez estará mais presente no dia a dia da nossa força de trabalho. Estamos trazendo para dentro da corporação o que o mundo nos impulsiona, sempre garantindo a segurança da informação. As maneiras de trabalhar estão mudando, e a companhia está despertando para isso, atesta Martha, acrescentando que existem 166 wikis em produção. Estes grupos de toda a companhia se comunicam e constroem conhecimento colaborativamente, democratizando e compartilhando a informação. colaboração em rede Uma comunicação mais participativa, humana e transparente. Com essa tríade, que direciona a nova comunicação da companhia, está sendo desenvolvido o piloto de uma rede voltada para a colaboração e para o compartilhamento, destinada a aper feiçoar o trabalho e estreitar o relacionamento dos integrantes de nossa força de trabalho. A rede é subprojeto do Comunicação Interna 2.0, um dos seis projetos estratégicos do Plano Integrado de Comunicação As maneiras de trabalhar estão mudando, e a companhia está despertando para isso martha gomes, gerente de Implementação de Soluções em Tecnologias (IST II), da área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (TIC) Clique e confira o vídeo com o depoimento de Cristina Bentz fotos: RogéRio REis/ banco de imagens petrobras 173 Revista Petrobras 29

mudança AMBIENTE DE TRABALHO Rede de colaboração O objetivo é pôr as pessoas em rede para dialogar, falar e serem ouvidas, para que possamos trabalhar de forma mais integrada consuelo sánchez, líder do grupo de trabalho da rede colaborativa com o Público Interno (PIC Interno), implementado pela Comunicação Institucional e pelo RH. Para pôr a rede no ar, juntaram-se a eles três áreas da TIC Agilidade, Arquitetura e Desenvolvimento, no grupo de trabalho que conta ainda com representantes da Comunicação de E&P, Abastecimento, Gás e Energia e Engenharia. Além de perfil pa ra atualização de status e reunião de dados profissionais e pessoais, a rede engloba comunidades, blogs, fóruns e a ferramenta wiki. O objetivo é pôr as pessoas em re de para dialogar, falar e serem ouvidas, para que possamos trabalhar de forma mais integrada, conceitua Consuelo Sán chez, líder do grupo de trabalho. É um espaço para a troca de ideias das pessoas, e não somente dos departamentos, estimulando, assim, novas conexões. É o conhecimento das pessoas fluindo, acrescenta Leonardo Magela, da TIC, integrante do grupo. Iniciada como piloto, de setembro a dezembro de 2012, para um público de 1.300 pessoas, essa rede, ainda sem nome definitivo, deverá estar disponível este ano para 135 mil integrantes da força de trabalho que têm chave e senha. Trata-se de um ambiente sem pré-moderação, mas com utilização sujeita ao Código de Ética da companhia. Durante o projeto-piloto, não houve nenhum exemplo de mau uso ou postagens de conteúdo inapropriado, e percebemos que 70% das comunidades são relacionadas ao trabalho, conta Consuelo. A rede será um instrumento complementar ao portal da companhia. Nela, as informações do portal po derão ser compartilhadas, curtidas e disseminadas. A rede permite agilidade, facilidade e prontidão. Sua implantação foi um processo longo e difícil, mas gratificante, pois estamos dando voz ao nosso público, enfatiza Consuelo. Jardim suspenso No novo prédio do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), um jardim 30 Revista Petrobras 173 fotos: BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

WiKi suspenso no terceiro andar vem se transformando em local de trabalho dos mais concorridos. Arejado, com luz natural e uma infraestrutura que comporta ponto de rede, wireless e cabeamento, a extensa área tem plantas, flores e mobiliário em madeira, proporcionando um espaço de tra balho agradável. Em atividade na ex pansão do Cenpes desde outubro, a geofísica Cristina Bentz, da Gerência de Monitoramento Ambiental, conta que a utilização do espaço tem tido um aumento gradual e que as reuniões semanais de sua área agora são no jardim. É uma ótima solução. Acredito que esses espaços mais arborizados sejam uma tendência mundial, avalia. Identificar e maturar as tendências são ações que a TIC está desenvolvendo nos programas Mobilidade e Novo Ambiente de Trabalho (NAT). O primeiro, coordenado por Anderson Fagner, segue a tendência any screen, anywhere (qualquer tela em qualquer lugar) e busca soluções para dispositivos móveis rápidas, simples, seguras e de acordo com as necessidades dos diferentes grupos de usuários. O mercado passa a consumir esses dispositivos e pressiona para que as empresas os incorporem em seu dia a dia. As pessoas querem ver e-mails, sites, aplicações, agilizando assim as tomadas de decisões. Os institutos de pesquisa acreditam que até 2015 haverá uma mudança completa nos acessos às informações, sendo as tecnologias móveis a fonte principal de consumo de informação, conta Fagner. Já o projeto do Novo Ambiente de Trabalho (NAT), coordenado por Heloisa Salgado, será responsável por trazer, ao fim de quatro anos, um ambiente digital com interfaces, tendo como grande diferencial o foco nas pessoas. Os instrumentos de trabalho serão cada vez mais integrados. Uma pessoa poderá entrar na sala falando ao celular e transferir sua ligação para o softphone, diz Heloisa. Outro objetivo do NAT é criar ferramentas que diminuam o tempo de espera em alguns processos, dando menos cliques para fazer as mesmas operações, identificando as pessoas quando entram em outros prédios da Petrobras e conectando-as à rede automaticamente. Não é a tecnologia pela tecnologia. É negócio. É preciso focar nas vantagens competitivas, frisa Heloisa. Jardim ao ar livre no centro de convenções da expansão do cenpes: espaço de convivência 173 Revista Petrobras 31