3.5 Utilizador Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma construção ou de um elemento.

Documentos relacionados
REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, PROCESSO E SERVIÇO CONDIÇÕES PARTICULARES. Modo Produção Biológico CONTROLO DA PRODUÇÃO DE BETÃO

2 Âmbito Esta Instrução de Trabalho aplica-se à Certificação do Controlo da Produção de Cabos, de acordo com a norma NS 9415.

Certificação do Controlo da Produção

Certificação do Controlo da Produção das Centrais de Betão

PG 31. Produção e Fornecimento de Betão Pronto

Betão com comportamento especificado PEQ 098. Procedimento Especifico da Qualidade Página: 1/6

NP EN 206 O que muda EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NP EN Decreto-Lei n.º 301/2007 de 23 agosto

O produtor deve preparar e implementar um Sistema de Controlo de acordo com os requisitos das normas

Certificação no Sector da Construção

As Tendências da Certificação

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, PROCESSO E SERVIÇO Modo Produção Biológico CONDIÇÕES PARTICULARES EN 694

Marcação CE e Certificação de Produtos da Construção

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO CONDIÇÕES PARTICULARES HUMANO

Certificação. Produtos Solares Térmicos

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO CONDIÇÕES PARTICULARES. IPQ Produção Biológico

Varão de aço para armadura PEQ 084 Procedimento Específico da Qualidade PÁGINA: 1/6

Atuar no planejamento e execução das Auditorias da Qualidade. Estabelecer lista de verificação para auditoria;

CERTIF ASSOCIAÇÃO PARA A CERTIFICAÇÃO

Introdução: A implementação da ISO 9001:2008

Certificação de cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais de 450/750 V, sem cobertura para instalações fixas

Portaria n.º 369/2004, de 12 de Abril

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, PROCESSO E SERVIÇO CONDIÇÕES PARTICULARES APCER 3004

AMOSTRAGEM PARA FINS DE AVALIAÇÃO

Procedimentos de Aprovação e Recepção

Auditorias Ambientais: referências normativas, classificação e definições

ABNT NBR ISO/IEC NÃO CONFORMIDADES MAIS FREQUENTES

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, PROCESSO E SERVIÇO CONDIÇÕES PARTICULARES NP 4492

Procedimento. P.5.3 Funcionamento de Recintos e Licença Especial de Ruído LISTA DE ALTERAÇÕES. Descrição da alteração Páginas Edição Data

PSGQ 006 Transferência, Suspensão, Cancelamento, Extensão e Redução de Escopo de Certificação

Organismos Notificados para Marcação CE das Vigotas

Controlo da qualidade dos ensaios

1ª Sessão de trabalho 21 Novembro Castro Verde

A CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PREFABRICADOS DE BETÃO

Por Constantino W. Nassel

Curso de Mestrado Integrado em Engenharia Civil

Trabalho apresentado para obtenção do Título de Especialista (Desp. N.º 8590/2010 de 20 de Maio)

Bureau Veritas. NP 4510:2014 Actividades de enriquecimento curricular e apoio à familia. Ricardo Lopes Ferro. 09 Fevereiro 2015

Estimativa da Incerteza de Medições Por Laboratórios de Calibração e Especificação da Calibração e Capacidade de Medição em Tabelas de Acreditação

ELABORADO VERIFICADO APROVADO

Certificação de Produtos Alimentares - CERTIF

Certificação de cabos ou cordões flexíveis para tensões até 750 V, com isolação/cobertura extrudada de policloreto de vinila (PVC)

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO CONDIÇÕES PARTICULARES

Na obra usar-se-ão os betões definidos no projecto de execução.

Proposta de. REGULAMENTO (CE) n.º / DA COMISSÃO

GUIA PARA A AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DO QUEIJO RABAÇAL - DOP

AVALIAÇÃO VERTICAL DE LABORATÓRIOS, NORMA ISO/CEI 17025:2005

ISO 9000:2005 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

Procedimento de Aprovação e Recepção

REPRESENTANTE E SIGNATÁRIOS NOMEADOS: RESPONSABILIDADES, QUALIFICAÇÃO E APROVAÇÃO

RSQM-DO DECLARAÇÃO_DOCUMENTADA_PROCESSO_DE_CERTIFICAÇÃO-ELETRODOMÉSTICOS

07/06/2015 Imprimir Auditorias de Qualidade e/ou Ambiente preparação e... Gestão Ambiental Naturlink

CTCV Serviços de Apoio às s Empresas

Beira Tradição, Certificação de Produtos da Beira, Lda Gouveia, 24 de Janeiro de 2012 Luísa Barros, António Mantas

Processo de design e desenvolvimento

Plano de Formação 2017 Ed

CERTIFICAÇÃO PEDRAS NATURAIS

COMPARAÇÃO INTERLABORATORIAL - UMA FERRAMENTA AO SERVIÇO DOS LABORATÒRIOS DE ACÚSTICA E VIBRAÇÕES

A revisão da Norma ISO/IEC 17025:2005. Seminário IPQ - IPAC A acreditação e o desenvolvimento da qualidade em Portugal

Associação Portuguesa de Certificação

Manual de Procedimentos. Volume 9.4 Área Para a Qualidade e Auditoria Interna

ANEXO 13 MANUAIS E SISTEMAS

ELABORADO VERIFICADO APROVADO

CIRCULAR CLIENTES N.º 1/2019

CONTROLO E CERTIFICAÇÃO EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Certificação de Produtos Argamassas para a Construção

O Processo de Certificação do Sistema de Gestão da Inovação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) NP 4457:2007

O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO SEGUNDO A NP EN ISO 22000:2005 NA APCER SEMINÁRIO: CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR. A NORMA NP EN ISO 22000

(nome do empreendimento) CADERNO DE ENCARGOS CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS Materiais e Elementos de Construção. (Cliente)

Procedimentos de aprovação e Recepção

OBJECTIVO ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO INTRODUÇÃO

Documentos externos e transições. Antonio Mario R Terra Chefe da Dicor, substituto

Profa. Dra. Suelí Fischer Beckert

Observações. Referência Título / Campo de Aplicação Emissor Data de adoção

RELATÓRIO DE AUDITORIA

CERTIFICAR PARA GANHAR O FUTURO VISEU AUDITORIAS: UMA VISÃO PRÁTICA

ELABORADO VERIFICADO APROVADO

(DESENVOLVIMENTO, QUALIFICAÇÃO, MANUTENÇÃO E CONTROLE)

ELABORADO VERIFICADO APROVADO

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

Laboratório de Ensaio de Colectores Solares. (Pré-qualificação de equipamentos)

ELABORADO VERIFICADO APROVADO

DIAGNÓSTICO DA CERCIPENICHE PARA A QUALIDADE.

7. Auditorias em Qualidade e Segurança Alimentar

Auditorias a Sistemas de Gestão na Construção com base na norma NP EN ISO 19011:2011

SUMÁRIO &'! " " (%)& % ( )

REGULAMENTO GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTO, CONDIÇÕES PARTICULARES PROCESSO E SERVIÇO. Modo Produção Biológico CONDIÇÕES PARTICULARES

Plano de Formação 2019 Ed

1. HISTÓRICO DE MUDANÇAS ESCOPO MANUTENÇÃO REFERÊNCIAS DEFINIÇÕES QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE DE AUDITORES...

Circular Informativa

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

REQUISITOS DE ENSAIOS DE APTIDÃO E DE OUTROS PROGRAMAS DE COMPARAÇÃO PARA LABORATÓRIOS DE CALIBRAÇÃO

Plano de Formação 2º Semestre 2019 Ed

INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DA

Transcrição:

1 Objectivo Esta Instrução de Trabalho define o esquema de certificação do controlo da produção de Betão, nomeadamente os Planos de Controlo Externo e Interno a efectuar pela EIC e pelo produtor, respectivamente. O Plano de Controlo Externo tem por objectivo permitir à EIC verificar a conformidade do produto com o(s) documento(s) de referência e, simultaneamente, aferir a confiança nos resultados do controlo da produção do produtor. O Plano de Controlo Interno descreve as verificações e ensaios implementados pelo produtor por forma a assegurar a permanente conformidade dos produtos certificados com o documento de referência. 2 Âmbito Esta Instrução de Trabalho aplica-se à Certificação do controlo da produção de Betão, de acordo com a norma NP EN 206-1 e com o Decreto-Lei n.º 301/2007, de 23 Agosto. 3 Definições 3.1 Betão Material formado pela mistura de cimento, agregados grossos e finos e água, com ou sem a incorporação de adjuvantes e adições, que desenvolve as suas propriedades por hidratação do cimento. 3.2 Betão Pronto Betão entregue num estado fresco por uma pessoa ou entidade que não é o utilizador. No âmbito da Norma NP EN 206-1 é também betão pronto: - o betão produzido fora do local de construção pelo utilizador; - o betão produzido no local de construção, mas não pelo utilizador. 3.3 Família de Betões Grupo de composições de betão, para as quais se encontra estabelecida e documentada uma correlação fiável entre as propriedades relevantes. 3.4 Produtor Pessoa ou entidade que produz betão fresco 3.5 Utilizador Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma construção ou de um elemento. Pág 1 de 11

3.6 Vida Útil Período de tempo durante o qual o desempenho do betão na estrutura se mantém a um nível compatível com a satisfação dos requisitos de desempenho da estrutura, desde que haja adequada manutenção. 3.7 Ensaio inicial Ensaio ou ensaios realizados antes do início da produção, para determinar qual deve ser a composição de um novo betão ou dos betões de uma nova família de betões, de modo a satisfazer, nos estados fresco e endurecido, todos os requisitos especificados. 3.8 Ensaio de identidade Ensaio para determinar se amassaduras ou cargas específicas provêem de uma população conforme. 3.9 Ensaio de conformidade Ensaio executado pelo produtor para avaliar a conformidade do betão. 3.10 Avaliação da conformidade Exame sistemático para verificar se o produto satisfaz os requisitos especificados. 3.11 Plano de Controlo Externo Plano de auditorias e ensaios a efectuar pela EIC ou por subcontratação. 3.12 Plano de Controlo Interno Plano de Inspecções e Ensaios a efectuar pelo produtor, nomeadamente ensaios de rotina. 4 Referências NP EN 45011:2001 - Requisitos gerais para organismos de certificação de produtos (ISO/IEC Guia 65:1996). NP EN 206-1 Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade. OP 01 Certificação de Produtos. MP 58 Esquema de Certificação de Betão Lista de documentos a enviar com o pedido de certificação. MP 52 Lista de Comprovação NP EN 206-1 MP 55 Relatório da Auditoria. 5 Descrição 5.1 Sistema de controlo da produção O sistema de controlo da produção de betão implementado pelo produtor deve estar conforme com os requisitos das secções 8 e 9 da norma NP EN 206-1. Pág 2 de 11

O sistema de controlo da produção de betão deve estar documentado (Manual de Controlo da Produção) e deve ser revisto pela direcção do produtor, pelo menos de dois em dois anos, para assegurar a respectiva aptidão e eficácia. O sistema de controlo da produção de betão deve incluir procedimentos e instruções adequadamente documentados. 5.2 Processo de Certificação A certificação do controlo da produção de betão compreende: - a realização de inspecções à central de betão e ao respectivo controlo da produção; - a recolha de amostras e a realização de ensaios. As inspecções (inicial, de rotina e extraordinárias) devem ser realizadas de acordo com o estabelecido no Anexo C da NP EN 206-1. As inspecções a cada central devem ser feitas (pelo menos) duas vezes por ano, ajustando as inspecções ao calendário de laboração de cada central (inspecções por cada semestre). Durante as inspecções devem ser recolhidas amostras de forma a efectuar ensaios para garantir a confiança na amostragem e nos ensaios efectuados pelo produtor no que respeita ao controlo da conformidade. A colheita de amostras, a execução dos ensaios sobre betão fresco (por ex.: consistência), a fabricação de provetes, a sua cura até à data de ensaio e os ensaios de betão endurecido (por ex.: resistência à compressão) são actividades que têm de ser executadas de acordo com os documentos de referência claramente identificados na NP EN 206-1, nomeadamente: Betão Fresco Betão Endurecido Características Normas de ensaio Amostragem de betão fresco NP EN 12350-1:2002 - Ensaios do betão fresco. Parte 1: Amostragem. Medição da consistência do NP EN 12350-2:2002 - Ensaios do betão betão fresco. Parte 2: Ensaio de Fabricação de provetes para ensaios de resistência Ensaio de compressão abaixamento. NP EN 12390-1:2003 - Ensaios do betão endurecido. Parte 1: Forma, dimensões e outros requisitos para o ensaio de provetes e para moldes; NP EN 12390-2: 2002 - Ensaios do betão endurecido. Parte 2: Execução e cura dos provetes para ensaios de resistência mecânica. NP EN 12390-3:2003 - Ensaios do betão endurecido. Parte 3: Resistência à compressão dos provetes de ensaio. Pág 3 de 11

Para cada uma das amostras devem ser fabricados 3 provetes para ensaio aos 28 dias de idade. Por este motivo, de modo a assegurar que aquelas actividades são executadas por pessoal devidamente qualificado e com a utilização de equipamentos específicos devidamente controlados, a EIC subcontrata Laboratórios acreditados, para: - a execução da amostragem de acordo com a NP EN 12350-1; - o ensaio de abaixamento de acordo com a NP EN 12350-2; - a preparação e cura dos provetos para ensaio de acordo com a NP EN 12390-2; - o ensaio de resistência à compressão de acordo com a NP EN 12390-3. 5.3 Concessão da certificação Para efeitos de concessão da certificação do controlo da produção, a EIC efectua uma inspecção inicial a cada central de betão e ao correspondente controlo da produção; Esta inspecção inicial tem como objectivo verificar se as condições da central, em termos de pessoal e de equipamento, são adequadas para uma correcta produção e para o correspondente controlo da produção. No decorrer da inspecção inicial devem ser efectuadas 3 amostras, que, quando possível, e dependendo da produção prevista, deverão ser referentes a betões de classes de resistência diferentes. Estas amostras devem ser executadas em obra, cabendo ao produtor assegurar a viabilidade da sua execução, incluindo a garantia da manutenção da integridade dos equipamentos colocados em obra para efeitos de cura inicial dos provetes. A amostragem deve ter uma contrapartida de amostras efectuadas em paralelo pelo produtor. Em cada amostra deve ser efectuado um ensaio de abaixamento. 5.4 Acompanhamento da certificação Durante a validade do(s) certificado(s) a EIC efectua inspecções de acompanhamento/rotina com o objectivo de verificar se as condições inicialmente aceites se mantêm. Deve ser efectuada uma amostra no decorrer de cada inspecção de rotina. Esta amostra, que deve ser efectuada sem aviso prévio, deve ser executada em obra, cabendo ao produtor assegurar a viabilidade da sua execução, incluindo a garantia da manutenção da integridade dos equipamentos colocados em obra para efeitos de cura inicial dos provetes. Esta amostragem deve ter uma contrapartida a ser efectuada em paralelo pelo produtor. Os ensaios de rotina constam da realização de 1 amostra, constituída por três provetes, medição do abaixamento e ensaios de compressão aos 28 dias de idade dos provetes. Pág 4 de 11

No caso do laboratório do produtor estar acreditado, a EIC pode optar por não colher amostras em todas as inspecções realizadas, devendo no entanto fazê-lo, no mínimo, uma vez por ano. 5.5 Avaliação dos resultados Uma vez efectuados os ensaios, é necessário proceder à sua avaliação, nomeadamente nos dois ensaios previstos: ensaio de consistência e ensaio de resistência à compressão. 5.5.1 Ensaio de consistência O resultado de cada ensaio de consistência deve encontrar-se dentro dos limites estabelecidos para a classe de consistência especificada, ou dentro das tolerâncias face a um valor pretendido especificado, consoante o caso. 5.5.2 Ensaio de resistência à compressão 5.5.2.1 Comparação dos resultados obtidos pelo laboratório acreditado com os resultados obtidos pelo produtor. A diferença entre cada um dos resultados obtidos pelas duas entidades não deve ser superior a 10%. No caso de ser efectuada mais uma amostra de um mesmo betão (p.e. quando da inspecção inicial), este critério aplica-se à diferença entre as médias das amostras. 5.5.2.2 Avaliação qualitativa dos resultados obtidos pelo laboratório acreditado. Para avaliar qualitativamente os resultados dos ensaios efectuados pelo laboratório acreditado, devem aplicar-se os critérios de identidade estabelecidos no Quadro B.1 da NP EN 206-1, quer quando da inspecção inicial, quer quando das inspecções de rotina. Quadro B.1 Critérios de identidade para a resistência à compressão NP EN 206-1 Número n de resultados de ensaio da resistência à compressão do volume de betão em causa Critério 1 Critério 2 Média de n resultados (f cm ) Qualquer resultado individual (f ci ) 1 Não aplicável f ck - 4 2-4 f ck + 1 f ck - 4 5-6 f ck + 2 f ck - 4 Quando da inspecção inicial: - se forem recolhidas 3 amostras de um mesmo betão, aplicam-se os critérios estabelecidos para n=3; Pág 5 de 11

- se forem recolhidas 2 amostras do um mesmo betão e uma amostra de outro betão, aplicam-se aos resultados das primeiras os critérios estabelecidos para n=2 e ao segundo os critérios estabelecidos para n=1; - se forem recolhidas 3 amostras de betões distintos, aplicam-se a cada um dos resultados os critérios estabelecidos para n=1. Além dos critérios de identidade, a EIC aplica as seguintes condições aos resultados dos ensaios efectuados sobre as amostras recolhidas: a) No caso de o resultado do ensaio ser inferior à resistência característica (f ck ) do betão ensaiado, devem ser efectuados três amostras nos três meses seguintes (uma por mês). b) No caso de o resultado do ensaio ser inferior à resistência característica do betão ensaiado em mais de 4 MPa, (f ck 4), deve ser efectuada uma inspecção extraordinária no decorrer da qual deve ser igualmente recolhida uma amostra. c) No caso de surgirem dois resultados consecutivos abaixo de (f ck 4), a certificação do controlo da produção deve ser suspensa. No caso de o produtor pretender readquirir a certificação, então deve ser reiniciado o processo de certificação. 6 Certificados de Conformidade Os certificados de conformidade emitidos pela EIC estão de acordo com a NP EN 45011 e os seguintes termos: - Titular da Certificação (Empresa), emitido por cada central de produção; - Identificação da central de produção; - Data da emissão; - Termo de validade, com indicação expressa do modo de confirmação da validade do mesmo a cada instante; - Referência à norma aplicável: NP EN 206-1; - Referência ao Decreto-Lei aplicável. 7 Dimensionamento das Auditorias/Inspecções As auditorias/inspecções a realizar pela EIC no âmbito da certificação de acordo com a NP EN 206-1, devem ser planeadas de acordo com os seguintes requisitos mínimos: a) 1 dia de auditoria por cada central de produção (quer para a inspecção inicial quer para as inspecções de rotina); b) no caso do laboratório do produtor não estar acreditado, deve ser considerado, pelo menos, um aumento de 0,5 dia de auditoria, anualmente (para as inspecções de rotina); c) como factor de redução da duração das auditorias/inspecções a realizar, podem ser considerados os seguintes casos: c1) A mesma entidade dispor de mais do que uma central de produção, existindo um único sistema de controlo de produção que pode ser auditado centralmente num único local da entidade. Neste caso o organismo de certificação poderá realizar auditorias/inspecções (inicial e de rotina) com a duração de 0,5 dia por cada central adicional; Pág 6 de 11

c2) A entidade e respectiva(s) central(ais) de produção possuem certificação acreditada para o seu sistema de gestão da qualidade, pela norma NP EN ISO 9001. Neste caso o organismo de certificação poderá realizar auditorias/ inspecções (inicial e de rotina) com a duração de 0,5 dia por central. No caso de concessão da certificação, a inspecção inicial à central de produção apenas poderá beneficiar desta redução no caso das constatações da auditoria NP EN ISO 9001 estarem encerradas. A certificação é concedida central de produção a central de produção, sendo entendido como uma extensão da certificação, quando uma determinada empresa com centrais certificadas decida incluir no âmbito de certificação outra central de produção. Neste caso devem ser consideradas duas situações diferentes: a) a empresa tem um controlo de produção único que implementa em todas as suas centrais; b) o controlo de produção é diferente de central para central. Em qualquer dos casos, a nova central terá de ter uma inspecção inicial previamente à extensão da certificação, com a duração mínima de 1 dia de auditoria, podendo no entanto ser considerado como factor de redução o descrito no ponto 7 alínea c2). Não será entendido com uma extensão da certificação, a movimentação de centrais de produção, onde se verifique que há alteração dos seguintes aspectos: - Matérias-primas, - Equipamentos; - Pessoas. Nestes casos, as empresas devem avisar atempadamente a EIC, para que esta possa ajustar o seu programa de inspecções anuais de modo a confirmar a manutenção das condições, incluindo a calibração dos equipamentos. Pág 7 de 11