PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC): UM ESTUDO DA CONCEPÇÃO DE QUALIDADE

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Transcrição:

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC): UM ESTUDO DA CONCEPÇÃO DE QUALIDADE Raquel Blanco Aquino/PIBID/FAED/UFGD/CAPES 1 Maria Alice de Miranda Aranda/P PPGEdu/FAED/UFGD 2 Agências Financiadoras: FUNDECT/CAPES Eixo Temático 8:Educação, políticas públicas e gestão educacional Categoria: Comunicação oral Resumo: O presente artigo provém de estudos desenvolvidos em iniciação científica no período de 2013-2014, trabalho de graduação e participação no PIBID, no período de 2015-2016. Tem como objetivo estudar a concepção de qualidade apreendida no documento que sistematiza o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O PNAIC foi instituído pela Portaria n 867, de 4 de julho de 2012 e atende ao compromisso previsto no Decreto n 6.094 de 24 de abril de 2007, com o objetivo de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, ao final do 3 ano do Ensino Fundamental. Para tanto, o caminho metodológico percorrido contempla uma pesquisa de caráter qualitativo que engloba as pesquisas bibliográfica e documental. O PNAIC, na sua sistematização, define a criança como um ser integral, articula o tema da alfabetização ao letramento, à formação de professores alfabetizadores, bem como a importância de materiais pedagógicos, avaliação e gestão, fatores que, no conjunto, direcionam para o alcance de uma qualidade socialmente referenciada. Palavras-chave: PNAIC. Qualidade. Políticas de Alfabetização. Introdução O presente estudo situa-se na Linha de Pesquisa Política e Gestão da Educação do Grupo de Estudos e Pesquisas Estado, Política e Gestão da Educação (GEPGE), da Universidade Federal da Grande Dourados. Este estudo provém de estudos realizados no 1 Egressa do Curso de Pedagogia. E mail: manraque_@hotmail.com. 2 Doutora em Educação. Docente da Graduação e Pós-Graduação. Coordenadora dos seguintes Projetos de Pesquisa em andamento A gestão do processo alfabetizador com enfoque na política educacional: do nacional ao local (COPQ/PROPP/UFGD) e Política, gestão e avaliação da educação básica: o processo alfabetizador da criança em foco (Chamada FUNDECT/CAPES N 11/2015 - EDUCA-MS - CIÊNCIA E EDUCAÇÃO BÁSICA). E mail: mariaaranda@ufgd.edu.br.

2 Curso de Pedagogia, bem como, trabalhos desenvolvidos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC - CNPq/UFGD) no período entre (2013-2014) e da participação e no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/UFGD) nos anos de 2015 e meados de 2016. Diante das experiências decorrentes dos estudos mencionados, foi possível identificar que a consolidação da alfabetização se apresenta como uma das grandes urgências na educação brasileira, o que remete a pensar qual a concepção de qualidade presente na implementação de ações da política educacional para a alfabetização. Dessa forma, este trabalho tem o objetivo de estudar a concepção de qualidade apreendida no documento que o sistematiza o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O conceito de alfabetização presente no PNAIC remete aos fundamentos do letramento defendido por Soares (2004), como algo para além do que decifrar códigos, ou seja, apenas interpretar informações. Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações. Significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz (BRASIL, 2012, p.16). Percebe-se que o Pacto traz consigo um avanço para o entendimento de alfabetizar considerando que para além de codificar e decodificar signos, a interpretação como propulsora dos processos de interações. Entende-se, assim, que a concepção de alfabetização está voltada para a questão funcional e social. O tema da qualidade nos aportes legais Cabe aqui destacar alguns aspectos legais que buscam assegurar a educação para todos, exigindo tanto do governo quanto dos gestores educacionais e escolares o acordo ético, claro e transparente no trato com a educação e sua gestão escolar. O Artigo 205 da Constituição Federal (CF/1988) dispõe sobre a educação como um direito de todos e um dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Destaca-se aqui que ao contrário

3 do que remete o texto constitucional, a criança já nasce cidadã com seus direitos garantidos, os quais podem ser requeridos por seu representante legal. Monteiro (2003, p.764) afirma a necessidade de respeitar, proteger e realizar todos os direitos do ser humano, e o direito à educação em particular, são as principais obrigações de um Estado de Direito. Entende-se, portanto, o Estado de direito como a organização para o atendimento e solicitação de todos na concretização dos direitos constitucional, incluindo todas as dimensões da vida social, econômico, política e educacional. O estado de direito pressupõe a possibilidade das pessoas exigirem que seus direitos sejam atendidos na sua essência. princípios de: Por sua vez no Artigo 206 da CF/1988 dispõe que o ensino será ministrado com base nos I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Observa-se no que se refere ao direito à educação, que a garantia de padrão de qualidade está assegurada legalmente em que essa seguridade não deve ocorrer de qualquer forma, mas segundo padrões que não são especificados no documento. Desse modo, o texto constitucional identifica a qualidade como uma garantia, porém, abre uma lacuna na efetivação dessa garantia, em que se registra a seguinte questão: Quais seriam os indicadores de qualidade no ensino? Oliveira e Araújo (2005, p. 17), analisam que na Constituição Federal de 1988 está posta questão da qualidade do ensino e decorrente deste imperativo legal a legislação decorrente também incorporou o tema, entretanto: [...] essa incorporação não foi suficiente para estabelecer de forma razoavelmente precisa em que consistiria ou quais elementos integrariam o padrão de qualidade do ensino brasileiro, o que dificulta bastante o acionamento da justiça em caso de oferta de ensino com má qualidade.

4 De acordo com os autores, outros fatores são necessários para que o conteúdo da Lei se efetive. Mas analisa Oliveira (1999) que só o fato de algo ter reconhecimento legal já cria a possibilidade de luta pela efetivação, oportunizando reflexões em direção à novos rumos e definições para política educacional. Em consonância com a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) n 9.394 de 20 de dezembro de 1996, seguindo os princípios constitucionais apresenta no Artigo 3º os princípios em que o ensino deverá será ministrado, entre eles a garantia de padrão de qualidade. Posteriormente, no Artigo 4 da LDBEN está definido que o dever do Estado com a escola pública será efetivado mediante a garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem (BRASIL, 1996). A melhoria da qualidade da educação está prevista também no Decreto n 6.094 de 24 de abril de 2007, que dispõe sobre o compromisso assumido pelos entes federados. O referido documento Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estado, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica (BRASIL. 2007). O principal objetivo do plano é a melhoria da qualidade da educação básica, uma iniciativa que visa à articulação entre o Distrito Federal, estados e municípios, os quais se constituem como entes federados, priorizando a união entre números as ações. No mencionado Decreto, em especial no Art. 3, está ressaltado a questão da aferição da qualidade na educação básica: A qualidade da educação básica será aferida, objetivamente, com base no IDEB, calculado e divulgado periodicamente pelo INEP, a partir dos dados sobre rendimento escolar, combinados com o desempenho dos alunos, constantes do censo escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, composto pela Avaliação Nacional da Educação Básica - ANEB e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Prova Brasil) (BRASIL, 2007). A Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) dispõe de várias metas sobre a qualidade, entre elas a de [...] fomentar a qualidade da

5 educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem. Desse modo, está em pauta a seguinte projeção em relação ao IDEB: Tabela 1 - Metas projetadas em Nível Nacional do IDEB 2015-2021 IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos Iniciais do ensino 5,2 5,5 5,7 6,0 fundamental Anos finais do ensino 4,7 5,0 5,2 5,5 fundamental Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2 Fonte: Lei 13.005 de 25 de junho de 2014. O IDEB é divulgado a cada dois anos com o objetivo de fazer o monitoramento da qualidade da educação e segundo Fletcher (1995, p. 98) pode ser entendido como um um levantamento recorrente de informações a intervalos regulares e previsíveis com o propósito de produzir um juízo de valor. Analisam Aranda e Lima (2014, p. 306): que a qualidade pretendida e medida pelo IDEB, por meio das avaliações em larga escola e relacionadas ao fluxo escolar, não envolve toda a complexidade do processo educacional. Pensar, pois, apenas o alcance de médias exigidas pelo IDEB como qualidade do ensino é uma forma limitada de pensar a educação. Segundo Monteiro (2003, p.764) O direito à educação é um direito prioritário, mas não é direito a uma educação qualquer: é direito a uma educação com qualidade de direito do homem, portanto, as leis necessitam de avanços na política educacional direcionado ao contexto escolar abrangendo as salas de aulas em todas as dimensões (pedagógica, política, administrativa, em termos de recursos, formação do professor, avaliação, etc,) para um atendimento de qualidade aos alunos. Concepção de qualidade presente no PNAIC O tema educação de qualidade defendida como principal prioridade no Plano de Desenvolvimento da Educação suscita inquietações no âmbito da alfabetização, uma vez que, a responsabilidade de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, está registrada como uma diretriz no inciso II do Artigo 2º do Decreto nº 6.094, de 24/4/2007, a partir do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação da Educação.

6 Esse mesmo compromisso está estabelecido na Meta 5 do Plano Nacional de Educação 2014/2024. Contudo, esses mesmos documentos registram que a qualidade da educação continua sendo aferida por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que contempla o fluxo escolar mais o desempenho em Língua Portuguesa e Matemática. Diante desse contexto, tem-se em destaque o Pacto de Alfabetização na Idade Certa que em sua sistematização documental já é possível identificar quais são as prioridades estabelecidas no processo de efetivação das ações para o cumprimento dessa meta. Destaca-se aqui que cada objetivo pressupõe uma ação, assim, a Portaria nº. 867, de 4 de julho de 2012, apresenta cinco objetivos do PNAIC em seu Artigo 5. O primeiro objetivo proposto visa garantir que todos os estudantes dos sistemas públicos de ensino estejam alfabetizados e, ao tratar de alfabetização o destaque está para: Língua Portuguesa e em Matemática. Percebe-se aqui que o Pacto congrega o mesmo direcionamento que o previsto no Decreto 6.094 de 2007 em que a prioridade se constitui por ênfase em duas disciplinas. O segundo objetivo busca reduzir a distorção idade-série na Educação Básica. Considera-se aqui um avanço para a qualidade da educação, pois, o Pacto institui um ciclo de alfabetização em que a criança não reprova no primeiro e segundo ano, fato este, que conduz a ideia de que essas práticas de retenção são excludentes e taxativas. O terceiro objetivo das ações do PNAIC é melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Justifica-se aqui a razão de existir objetivos anteriores à este, pois, para elevar o IDEB é preciso melhorar em Língua Portuguesa e Matemática, bem como, diminuir as taxas de reprovações. Enfatiza-se também que melhorar o IDEB para a 6,0, equipara o Brasil com o índice obtido pelos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Tem-se assim uma relação estabelecida entre educação e desenvolvimento econômico. O quarto objetivo visa contribuir para o aperfeiçoamento da formação dos professores alfabetizadores. Esse objetivo constitui o primeiro eixo do Pacto e contempla também uma constituição e formação para professores orientadores de estudo. Uma observação a se fazer é que essa formação não se estende a gestores e outras equipes que contribuem no processo organizacional. Outro ponto relevante é que os professores são estimulados a participar dessas formações por meio de bolsas de estudo. O quinto objetivo das ações do Pacto busca construir propostas para a definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças nos três primeiros anos do ensino

7 fundamental. Assim o Manual 2014 do Pacto 3 considera que estar alfabetizado pressupõe a capacidade de interação por meio de textos escritos em diferentes situações, ou seja, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aluno, de modo a produzir com autonomia textos para atender a diferentes propósitos e compreender o sistema alfabético de escrita. Em busca dessa melhoria pela qualidade o PNAIC considera três fatores: professores alfabetizadores bem preparados, motivados e comprometidos; disponibilidade de materiais didáticos e pedagógicos apropriados e que os professores saibam manuseá-los de modo dinâmico. Percebe-se aqui uma preocupação com a melhoria da qualidade educacional associada diretamente ao trabalho do docente alfabetizador. Enquanto que, a qualidade é entendida por esta pesquisadora como uma qualidade socialmente referenciada que contempla fatores sociais e culturais. A aprendizagem dos alunos no PNAIC parece se restringir a prática do professor, quando, no entanto, a aprendizagem ocorre em boas acomodações físicas, crianças bem alimentadas, saudáveis, entre outros fatores. Outro ponto a ser destacado é a preocupação com a avaliação por meio de testes padronizados que antecedem a aferição do IDEB, constituídos pela Provinha Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização que visam atender os resultados do nível de alfabetização, concomitantemente, uma forma de resposta diagnóstica da implementação do Pacto. Esses exames padronizados para os segundos e terceiros anos seguem a lógica do Ideb ao verificar habilidades e competências ambos quantificados. Sabe-se que uma avaliação só é efetivada se a partir do diagnóstico realizado haja uma intervenção, ou seja, quando se tem os usos dos resultados para correção do percurso de trabalho. Destaca-se aqui que segundo Freitas (2007) para um teste ou exame adquirir caráter de avaliação é necessário que após o estudo dos resultados haja uma intervenção que mude ou aperfeiçoe os resultados obtidos. Assim, pode-se pensar em sair de uma qualidade total que foca nos resultados e sim pensar em uma qualidade que foca nos usos dos resultados. O PNAIC uma ação configurada para o avanço na alfabetização, por sua vez, sistematizado em cadernos explicativos que apresentam toda sua organização e funcionamento. Uma organização com seções objetivas: iniciando a conversa; aprofundamento do tema; compartilhando; para saber mais; sugestões de atividades para 3 http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/pacto_livreto.pdf

8 encontros em grupos; atividade para casa e escola dando suporte no andamento da formação desde orientador de estudo, professor formador e para o alfabetizador. Registra-se aqui que, a ação do PNAIC no trabalho pedagógico considera quatro princípios centrais (BRASIL, 2014, p.25). 1. o Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador; 2. o desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias; 3. conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade; 4. a ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem. Quatro princípios que consideram o aluno na sua especificidade atendendo ao seu tempo de aprendizagem desde o primeiro ano do ensino fundamental. Pode-se observar que nesses quatro princípios contradizem a ideia da alfabetização em ciclo ao contemplar a alfabetização como um trabalho contínuo considerando o aluno em amplitude no seu desenvolvimento. Mortatti, (2006, p.3) ao tratar a perspectiva do letramento nos diz que [...] os processos de ensinar e de aprender a leitura e a escrita na fase inicial de escolarização de crianças se apresentam como um momento de passagem para um mundo novo - para o Estado e para o cidadão -: o mundo público da cultura letrada, que instaura novas formas de relação dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história e com o próprio Estado; um mundo novo que instaura, enfim, novos modos e conteúdos de pensar, sentir, querer e agir. Pensar a aprendizagem como um processo que ocorre dentro de contextos sociais já é um indicador de uma concepção da qualidade socialmente referenciada. Considera-se um indício de qualidade a alfabetização na perspectiva do letramento em que se busca subsidiar o corpo docente na conexão entre a teoria e a prática. Soares (2004, p. 97) explica que [...] a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto das práticas sociais de leitura e de escrita [...]. Assim, entender os termos em questão é de suma importância para alcançar o objetivo principal do pacto. Outro indício de qualidade da educação está identificado no quarto eixo do PNAIC denominado de Gestão, Controle Social e Mobilização que menciona o modo de organização do Pacto constituído por um Comitê Gestor Nacional; uma coordenação institucional em cada estado; uma Coordenação Estadual; uma Coordenação Municipal.

9 Acredita-se dessa forma na articulação das diferentes realidades culturais que passam a terem oportunidades de serem contempladas. Por fim, ressalta-se também a ênfase do MEC no fortalecimento dos conselhos de educação, dos conselhos escolares e de outras instâncias comprometidas com a educação de qualidade nos estados e municípios. Contudo, ainda há um enfrentamento em avançar a mera aferição de resultados, para então constituir as práticas de intervenções para melhorias no processo e não de suas respostas. Breves Considerações Este estudo baseou-se na recente implementação do PNAIC, política educacional da educação básica que visa atender os primeiros anos do ensino fundamental. Utilizou-se de um estudo metodológico de caráter qualitativo que abrange as pesquisas bibliográfica e documental, com vistas a discutir brevemente a concepção de qualidade anunciada nos documentos que compõe o PNAIC. Desde a CF/1988 percebe-se um processo de leis que vem avançando com o propósito na qualidade do ensino. Dourado e Oliveira (2009) explica a qualidade como algo complexo, pois abrange aspectos sociais e culturais. Assim, tem-se uma busca por critérios estabelecidos, porém, percebe-se que pensar os fatores de qualidade é uma tarefa de todos. Aranda e Lima (2014) analisam que é preciso pensar a qualidade da educação tendo em vista a totalidade das relações sociais, cujo conceito é histórico-social, portanto, qualidade é uma categoria dinâmica e complexa e por isso precisa ser reconstruída constantemente em direção ao projeto de sociedade, de educação e de ser humano que se tem em vista, por isso se pretende socialmente referenciada para todos, sem distinção em qualquer aspecto da vida ou âmbito de formação. A organização do Pacto em eixos, fato que remete a uma base de sustentação, ou seja, ações firmadas em quatro eixos que abrangem a formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo; materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais; avaliações sistemáticas; gestão, mobilização e controle social. Concluindo o trabalho, não a discussão, os resultados possibilitados pela pesquisa apontam o PNAIC como uma ação que visa solucionar os problemas da alfabetização no Brasil, diante da implementação com o lema de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental (BRASIL, 2012).

10 Considera-se que mesmo a qualidade sendo aferida por um instrumento que foca resultados evidenciados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), fato este, que remete à concepção de qualidade total, deve-se considerar o processo que oportuniza resultados. O PNAIC, na sua sistematização, define a criança como um ser integral, articula o tema da alfabetização articulado ao letramento, com a formação de professores alfabetizadores, com materiais pedagógicos, com a avaliação e a gestão, fatores que, no conjunto, direcionam para o alcance de uma qualidade socialmente referenciada. Referências AQUINO, R. B; ARANDA, M. A. de M. A função da Coordenação Pedagógica da Escola no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa PNAIC. Disponível em: http://eventos.ufgd.edu.br/enepex/anais/arquivos/437.pdf. UFGD, 2015. ARANDA, M.A. de M. LIMA; R.F. O Plano Nacional de Educação e a busca pela Qualidade Socialmente Referenciada. Revista Educação e Políticas em Debate v. 3.n.2-ago. dez.2014. ARANDA, M. A. de M. A participação como ponto de convergência na gestão da política educacional dos anos iniciais do século XXI. Disponível em: http://www.ufgd.edu.br/faed/nefope/publicacoes/estado-politicas-educacionais-e-gestaodemocratica-da-escola-no-brasil. Acesso em: maio/2014. ARANDA. M. A. de M. A política educacional com enfoque na alfabetização da criança. In: SCAFF, E. A. S.; LIMA, P. G.;. (Orgs.). Política e Gestão da Educação Básica: desafios à alfabetização. 1ª. Ed.- São Paulo: Expressão e Arte Editora, 2013a. p.157-167 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil - 1988. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: maio/2015. BRASIL, Cadernos de Formação Pnaic: Alfabetização matemática, Língua Portuguesa. Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/2012-09-19-19-09-11 Acesso em: maio/2015. BRASIL. Decreto n. 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 abr.2007. Seção 1,p. 5-6.

11 BRASIL. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 Disponível em:http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf Acesso em: mar./2014. BRASIL. Dicionário Aurélio. Disponível em: http://www.dicionariodoaurelio.com/ Acesso em: out./2015. BRASIL. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB (2012). Disponível em: ideb.inep.gov.br/resultado,resultado.seam?cid=3642799. Acesso em: jun./2014. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Plano Nacional de Educação - PNE, Lei n 13.005 de 25 de junho de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm Acesso em fev./2014. BRASIL, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Disponível em: http://pacto.mec.gov.b./images/pdf/pacto_livreto.pdf Acesso em: out./2015. BRASIL, Medida provisória nº. 586 de 8 de novembro de 2012. Dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e, dá outras providências. Ministério da Educação, 2012d. Disponível em: www.pacto.gov.br. Acesso em: maio/2013. BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP. Provinha Brasil, 2011. Disponível em: <http://provinhabrasil.inep.gov.br/apresentacao>. Acesso em 29 nov. 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Portaria nº 90 de 6 de Fevereiro de 2013. Define o valor máximo das bolsas para os profissionais da educação participantes da formação continuada de professores alfabetizadores no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, doc 27, sec. 1, p. 6, Brasília, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. 2012. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/o-pacto>. Acesso em: 29 abril de 2013. BRASIL, Ministério da Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ Acesso em: mar/2014. BRASIL. Portaria nº. 867 de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto pela Educação na Idade Certa e as ações do Pacto e define suas diretrizes gerais. Ministério da Educação, 2012b. Disponível em: www.pacto.gov.br. Acesso em: maio/2013. BRASIL. Portaria nº. 1.458 de 14 de dezembro de 2012. Define categorias e parâmetros para a concessão de bolsas de estudo e pesquisa no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ministério da Educação, 2012c. Disponível em: www.pacto.gov.br. Acesso em: mar/2014. DEMO, P. Prática da Avaliação Quantitativa. Disponível em: file:///c:/users/user/downloads/241-667-1-pb%20(2).pdf Acesso em: mar./2015.

12 DOURADO, L. F.; OLIVEIRA, J. F. de; SANTOS, C. de A. A Qualidade da educação: definições. Brasília, 2007. Disponível em: <www.inep.gov.br. Acesso em: mar./2015. FLETCHER, P. R. Propósitos da avaliação educacional: uma análise das alternativas. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, n. 11, p.93-141, jan-jun. 1995. FREITAS, D. N. T de. A avaliação da educação básica no Brasil: dimensão normativa, pedagógica e educativa. Campinas: Autores Associados, 2007. MONTEIRO, A. dos R. O pão do direito à educação. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v24n84/a03v2484acesso em: mar./2015. MORTATTI, M. R. L. História dos métodos de alfabetização no Brasil. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ensfund/alf_mortattihisttextalfbbr.pdf Acesso em: nov./2014. OLIVEIRA, R. P. de; ARAÚJO, G. C. de. Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta pelo direito à educação. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n28/a02n28. Acesso em: 09/01/2014. OLIVEIRA, R. P. de. O Direito à Educação na Constituição Federal de 1988 e seu restabelecimento pelo sistema de Justiça. Disponível em: http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/30315-31270-1-pb.pdf Acesso em: 05/02/2014. SAVIANI, D. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise crítica da política do MEC. Campinas: Autores Associados, 2009. SOARES, M. B. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação [online], n.25, p. 5-17, 2004.