02/08/2013 Pergunte à CPA ICMS Alíquota 4% nas operações interestaduais Apresentação: José A. Fogaça Neto
RESOLUÇÃO SENADO FEDERAL Nº 13/2012 Alíquota de 4% nas operações interestaduais com produtos importados nas seguintes hipóteses: saídas interestaduais de produtos não submetidos a processo de industrialização Produto industrializado (transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento) com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento)
Hipóteses de não aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, a serem definidos em lista do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex); bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/1967, e as Leis nºs 8.248/1991, 8.387/1991, 10.176/2001, e 11.484/2007 operações que destinem gás natural importado do exterior a outros Estados Produto industrializado com conteúdo de importação inferior ou igual a 40% Produto 100% nacional (Insumos nacionais)
Hipóteses de não aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional Definição pela Resolução CAMEX nº 79/2012: a) bens e mercadorias sujeitos a alíquota de zero ou dois por cento do Imposto de Importação, conforme previsto nos anexos I, II e III da Resolução Camex nº 94, de 8 de dezembro de 2011, e que estejam classificados nos capítulos 25, 28 a 35, 37 a 40, 48, 54 a 56, 68 a 70, 72 e 73, 84 a 88 e 90 da NCM ou nos códigos 2603.00.10, 2613.10.10, 2613.10.90, 8101.10.00, 8101.94.00, 8102.10.00, 8102.94.00, 8106.00.10, 8108.20.00, 8109.20.00, 8110.10.10, 8112.21.10, 8112.21.20, 8112.51.00 b) bens e mercadorias relacionados em destaques "Ex" constantes do anexo da Resolução Camex nº 71, de 14 de setembro de 2010
Hipóteses de não aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais c) bens e mercadorias objeto de concessão de ex-tarifário em vigor estabelecido na forma das Resoluções Camex nº 35, de 22 de novembro de 2006, e nº 17, de 3 de abril de 2012 d) Também serão considerados sem similar nacional os bens e mercadorias cuja inexistência de produção nacional tenha sido atestada pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em procedimento específico de licenciamento de importação de bens usados ou beneficiados pela isenção ou redução do imposto de importação a que se refere o art. 118 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.
CONVÊNIO ICMS 38, DE 22 DE MAIO DE 2013 - Publicado no DOU de 23.05.13 Dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, e autoriza a remissão de crédito tributário na hipótese em que especifica. C O N V Ê N I O Cláusula primeira A tributação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS - de que trata a Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, dar-se-á com a observância ao disposto neste convênio.... Cláusula décima terceira Este convênio entra em vigor na data de publicação da sua ratificação nacional, produzindo efeitos, em relação a entrega da Ficha de Conteúdo de Importação - FCI, a partir de 1º de agosto de 2013.
Ato Declaratório ICMS nº 9, de 10.06.2013 - DOU de 11.06.2013 Ratifica o Convênio ICMS 38/2013. O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso X do art. 5º do Regimento deste Conselho e em cumprimento ao art. 5º da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, declara ratificado o Convênio ICMS 38/2013, que dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, e autoriza a remissão de crédito tributário na hipótese em que especifica, celebrado na 195ª reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, realizada em Brasília, DF, no dia 22 de maio de 2013, e publicado no Diário Oficial da União de 23 de maio de 2013, seção 1, páginas 28 e 29. MANUEL DOS ANJOS MARQUES TEIXEIRA
Convênio ICMS 38/2013 a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Conteúdo de importação - insumo importado pelo estabelecimento industrializador - valor da parcela importada Valor aduaneiro da mercadoria (FOB) + frete +seguro. Sem tributos: II, IPI, PIS, COFINS, taxas e ICMS. CST 1 Mercadoria estrangeira sem similar nacional não integra o cálculo CST 6
Convênio ICMS 38/2013 - a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Conteúdo de importação - insumo adquirido no mercado interno pelo estabelecimento industrializador Produto não industrializado pelo fornecedor: Importado CST 2 será considerado o valor de mercadoria, excluídos os valores de ICMS e IPI. Importado CST 7 não será considerada no cálculo do CI.
Convênio ICMS 38/2013 - a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Conteúdo de importação - insumo adquirido no mercado interno pelo industrializador Produto industrializado pelo fornecedor: CI maior que 40% e inferior/igual a 70% - será considerado 50% importado, excluídos o ICMS e IPI, e esse valor será utilizado no cálculo do CI. CST 3 ; CI maior que 70% - produto importado será considerado integralmente no cálculo do CI, excluídos os valores de ICMS e IPI. CST 8. CI inferior/igual a 40% - produto nacional não será considerado no cálculo do CI. CST 5 ; Mercadoria industrializada por estabelecimento abrangido pelo processo produtivo básico não será utilizada no cálculo do CI. CST 4
Convênio ICMS 38/2013 - a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Conteúdo de importação - valor da saída interestadual Valor da saída interestadual, excluídos o ICMS e o IPI.
Convênio ICMS 38/2013 - a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Conteúdo de importação - valores/recálculo Valores unitários média ponderada do penúltimo período de apuração Na falta de saída interestadual no penúltimo, o contribuinte usará o valor das saídas internas, excluídos o ICMS e IPI Na falta de importação ou saída interna no penúltimo, o contribuinte usará os valores da importação e saídas internas, dos períodos anteriores ao penúltimo período de apuração Recálculo quando o produto é submetido a nova industrialização.
Conteúdo de Importação Produto Novo 1 - o valor da parcela importada: a) importados diretamente pelo industrializador, o valor aduaneiro, assim entendido como a soma do valor free on board (FOB) do bem ou mercadoria importada e os valores do frete e seguro internacional; b) adquiridos no mercado nacional: b.1) não submetidos à industrialização no território nacional, o valor do bem ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI; b.2) submetidos à industrialização no território nacional, com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento), o valor do bem ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, observado:
Conteúdo de Importação Produto Novo Exclusivamente para fins do cálculo do Conteúdo de Importação, o adquirente, no mercado nacional, de bem ou mercadoria submetida a processo de industrialização, ou seja, com Conteúdo de Importação, deverá considerar: I como nacional, quando o Conteúdo de Importação for de até 40% (quarenta por cento); II como 50% (cinquenta por cento) nacional e 50% (cinquenta por cento) importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 40% (quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento); III como importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 70% (setenta por cento). Valor total da saída interestadual: O preço estimado de venda, excluindo-se os valores do ICMS e do IPI.
Convênio ICMS 38/2013 a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Ficha de Conteúdo de Importação -FCI Entrega mensal. * sem data fixada. Entrega independente do CI Reenvio quando houver alteração da alíquota interestadual. Reenvio quando o produto é submetido a nova industrialização. Geração do número no momento da entrega. Entrega a partir de 01/08/2013
Versão 1.0.4 Manual do Usuário Ficha de Conteúdo de Importação Há dois tipos de consulta de FCI que podem ser realizadas através da Internet: Consulta Pública: permite confirmar a autenticidade de um número de controle (código) da FCI. Os valores da parcela importada e do conteúdo de importação não são revelados, somente informações gerais do produto vinculado ao código da FCI consultado; Consulta Restrita: acesso mediante certificado digital e-cnpj. Contribuinte deverá acessá-la para obter os números de controle (códigos) da FCI relacionados à sua empresa mediante informação do código do Protocolo de Recepção do arquivo transmitido
Convênio ICMS 38/2013 a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Nota fiscal Produto importado saída sem industrialização identificação pelo CST. Nesta hipótese não há CI e FCI
Convênio ICMS 38/2013 a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Nota fiscal Produto industrializado com utilização de insumos importados. Informação em dados adicionais do produto do Conteúdo de Importação (CI) e Ficha de Conteúdo de Importação (FCI). Saída subsequente de produto industrializado revenda - cópia do nº da FCI e CI.
Nota fiscal Conteúdo de Importação regra específica para o Estado de São Paulo O percentual do conteúdo de importação do produto deverá ser informado no documento fiscal, conforme o caso, utilizando-se os seguintes valores: a) 0%, quando o conteúdo de importação for menor ou igual a 40% - CST 5 ; b) 50%, quando o conteúdo de importação for maior que 40% e menor ou igual a 70% - CST 3 ; c) 100%, quando o conteúdo de importação for superior a 70% - CST 8.
Convênio ICMS 38/2013 a partir de 11/06/2013 Portaria CAT 64/2013 a partir de 01/07/2013 Ficha de Conteúdo de Importação -FCI e Conteúdo de Importação Convênio ICMS 88/2013 31/08/2013 Depende de Ratificação Nacional Conforme os artigos 35, 36 e 37 do Convênio ICMS nº 133/1997 (Regimento Interno do CONFAZ), após a publicação de um Convênio ICMS os Estados têm 15 dias para manifestarem a sua concordância ou não com o ato legal. Não tendo havido qualquer rejeição após esse prazo, a Secretaria Executiva do CONFAZ tem até 10 dias para publicar Despacho ratificando o Convênio. Somente a partir dessa publicação é que as disposições do Convênio ICMS nº 88/2013 serão aplicadas.
Convênio ICMS nº 88, de 26.07.2013 - DOU de 31.07.2013 Altera o Convênio ICMS 38/2013, que dispõe sobre procedimentos a serem observados na aplicação da tributação pelo ICMS prevista na Resolução do Senado Federal nº 13, de 25 de abril de 2012, e autoriza a remissão de crédito tributário na hipótese em que especifica. CONVÊNIO Cláusula primeira. Os dispositivos a seguir indicados do Convênio ICMS 38/2013, de 23 de maio de 2013, passam a vigorar com as seguintes redações: I - a cláusula sétima: Cláusula sétima. Nas operações interestaduais com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do emitente, deverá ser informado o número da FCI em campo próprio da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e. Parágrafo único. Nas operações subsequentes com os bens ou mercadorias referidos no caput, quando não submetidos a novo processo de industrialização, o estabelecimento emitente da NF-e deverá transcrever o número da FCI contido no documento fiscal relativo à operação anterior.";
Convênio ICMS nº 88, de 26.07.2013 - DOU de 31.07.2013 II - a cláusula décima primeira: Cláusula décima primeira. Enquanto não forem criados campos próprios na NF-e para preenchimento da informação de que trata a cláusula sétima, deverá ser informado no campo Dados Adicionais do Produto (TAG 325 -infadprod), por bem ou mercadoria, o número da FCI do correspondente item da NF-e, com a expressão: Resolução do Senado Federal nº 13/2012, Número da FCI.". Cláusula segunda. Ficam convalidados os procedimentos adotados, no período de 11 de junho até o início de vigência deste convênio, em conformidade com as alterações realizadas no Convênio ICMS 38/2013, nos termos da cláusula primeira. Cláusula terceira. Fica adiado para o dia 1º de outubro de 2013 o início da obrigatoriedade de preenchimento e entrega da Ficha de Conteúdo de Importação (FCI). Parágrafo único. Fica dispensada também, até a data referida no caput, a indicação do número da FCI na nota fiscal eletrônica (NFe) emitida para acobertar as operações a que se refere o Convenio ICMS 38/2013. Cláusula quarta. Este convênio entra em vigor na data da publicação da sua ratificação nacional no Diário Oficial da União.
AJUSTE SINIEF 20/2012 DOU 09.11.12 "Tabela A - Origem da Mercadoria ou Serviço 0 - Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3 a 5; 1 - Estrangeira - Importação direta, exceto a indicada no código 6; 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7; 3 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento); 4 - Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; 5 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40% (quarenta por cento); 6 - Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural; 7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de Resolução CAMEX e gás natural 8 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70% (setenta por cento).
Convênio ICMS nº 123/2012 Isenção x alíquota 4% Prevalece a isenção nas operações interestaduais
Convênio ICMS nº 123/2012 BC reduzida x alíquota inter (7% ou 12%) = carga tributária inferior a 4% APLICAÇÃO DA REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO Exemplo: Operação interestadual com insumos agropecuários destinada a contribuinte localizado nos Estados das regiões Norte, Nordeste, Centro-oeste e Estado do Espírito Santo. Alíquota interestadual 7% e redução da base de cálculo em 60% - Artigo 9º anexo II do RICMS/SP (100,00 60%) x 7% = 2,80
Perguntas Respostas www.fazenda.sp.gov.br/fci 1) APLICAÇÃO Para quais OPERAÇÕES, MERCADORIAS e BENS e será utilizada a alíquota de 4%? A alíquota de 4%, conforme definida pela Resolução do Senado Federal n.º 13/2012, será aplicada apenas para as operações INTERESTADUAIS. Será aplicada para bens e mercadorias importados do exterior que, após o desembaraço aduaneiro: I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; II - ainda que submetidos a processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). Observação 1: Nas operações de IMPORTAÇÃO não houve alteração, continuará a ser aplicada a alíquota definida pelo Estado sujeito ativo da obrigação tributária. Exemplo: uma empresa importa determinada mercadoria e a deposita em seu estoque. Posteriormente a empresa vende a mercadoria importada para contribuinte situado em outro Estado. Ocorreram duas operações: importação e interestadual. A importação utilizará a alíquota de ICMS determinada pelo Estado sujeito ativo da obrigação tributária. Já a operação subsequente (interestadual) utilizará a alíquota de 4%.
Observação 2: mesmo que a operação interestadual não seja imediatamente subsequente à operação de importação, deverá ser utilizada a alíquota de 4%. Ou seja, a Res. SF 13/2012 é aplicável a todas as operações interestaduais subsequentes à importação. Observação 3: a alíquota de 4% da Resolução do Senado Federal n.º 13/2012 é aplicável a todas as operações interestaduais a partir de 1º de janeiro de 2013 com bens e mercadorias importadas ou com Conteúdo de Importação maior que 40%, independentemente da sua data de importação. Ou seja, valerá inclusive para todos os bens e mercadorias existentes em estoque no dia 31 de dezembro de 2012. Exceções: Não se aplica a alíquota do ICMS de 4% (quatro por cento) nas operações interestaduais com: I - bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior - CAMEX - para os fins da Resolução do Senado Federal nº 13/2012; II - bens e mercadorias produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e 11.484, de 31 de maio de 2007; III - gás natural importado do exterior. Para estas situações, continuarão sendo utilizadas as alíquotas de 7% ou 12% nas operações interestaduais, a depender dos estados de origem e destino da mercadoria. O valor desses bens e mercadorias também não será considerado no cálculo do valor da parcela importada.
2) BENEFÍCIO FISCAL O meu produto possui benefício fiscal de redução de 70% da base de cálculo do ICMS nas operações interestaduais. Como fica com a Resolução 13/2012 do Senado Federal? Nos termos do Convênio ICMS 123/2012, a partir de 01/01/2013, não se aplica benefício fiscal anteriormente concedido às operações interestaduais com bem ou mercadoria importados do exterior, ou com conteúdo de importação, sujeitos à alíquota do ICMS de 4%. Há duas situações nas quais os benefícios fiscais poderão ser aplicados: I quando a mercadoria possuir benefício fiscal que resulte em carga tributária interestadual inferior a 4%. Para estas situações deverá ser mantida a carga tributária (menor que 4%) que esteja em vigor em 31/12/2012. Portanto novo valor da base de cálculo deverá ser estipulado de maneira que, ao aplicarmos a alíquota de 4% tenhamos a mesma carga tributária que esteja em vigor em 31/12/2012. Exemplo: Mercadoria com benefício fiscal de redução de base de cálculo de maneira que a carga tributária resultante da aplicação da alíquota de 12 % seja 6%. A partir de 01/01/13, benefícios fiscais como este não mais poderão ser utilizados, devendo, para cálculo do valor de ICMS devido na operação, ser aplicada a alíquota de 4% sobre o valor total da operação de saída interestadual, sem a aplicação do benefício fiscal. II quando se tratar de isenção.
Exemplos: 1 Sem o benefício: Até 31/12/2012: BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA ICMS COBRADO BC reduzida 12% ICMS de 5% A partir de 01/01/13, sem o benefício: BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA ICMS COBRADO BC normal 4% ICMS de 4%
Exemplos: 2 Com o benefício mantido: Até 31/12/2012: BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA ICMS COBRADO BC reduzida 12% ICMS de 3% A partir de 01/01/13, mantém o benefício, com novo cálculo de BC: BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA ICMS COBRADO BC reduzida 2 4% ICMS de 3% Referências: - Convênio ICMS n.º 123/2012.
3) CONTEÚDO DE IMPORTAÇÃO - Definições. Conteúdo de Importação é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização. Se o Conteúdo de Importação for superior a 40%, deverá ser utilizada a alíquota de 4% nas operações interestaduais, salvo exceções previstas na legislação.
Valor da parcela importada do exterior, quando os bens ou mercadorias forem: a) importados diretamente pelo industrializador, o valor aduaneiro, assim entendido como a soma do valor free on board (FOB) do bem ou mercadoria importada e os valores do frete e seguro internacional; b) adquiridos no mercado nacional: 1. não submetidos à industrialização no território nacional, o valor do bem ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI; 2. submetidos à industrialização no território nacional, com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento), o valor do bem ou mercadoria informado no documento fiscal emitido pelo remetente, excluídos os valores do ICMS e do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, observando-se o seguinte: O adquirente, no mercado nacional, de bem ou mercadoria com Conteúdo de Importação, deverá considerar: I como nacional, quando o Conteúdo de Importação for de até 40% (quarenta por cento); II como 50% (cinquenta por cento) nacional e 50% (cinquenta por cento) importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 40% (quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento); III como importada, quando o Conteúdo de Importação for superior a 70% (setenta por cento). Valor total da operação de saída interestadual, o valor do bem ou mercadoria, na operação própria do remetente, excluídos os valores de ICMS e do IPI.
4) CONTEÚDO DE IMPORTAÇÃO - Se eu importo um bem sem similar nacional, constante na lista da CAMEX, como faço para calcular a parcela importada? Os bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional definidos em lista da CAMEX, assim como as demais exceções da Resolução 13 do Senado Federal, não são considerados no cálculo do valor da parcela importada. Assim, no limite, se o único insumo importado utilizado ou consumido no processo industrial for sem similar nacional, o estabelecimento industrial está dispensada da apuração do conteúdo de importação, e, por conseguinte, do preenchimento e entrega da Ficha FCI. 5) FICHA DE CONTEÚDO DE IMPORTAÇÃO (FCI) - Toda empresa deverá preencher e enviar a FCI? De acordo com a cláusula quinta do Convênio ICMS 38/2013, o contribuinte industrializador, que tenha submetido bens ou mercadorias importados a processo de industrialização, deverá preencher a Ficha de Conteúdo de Importação FCI. Não há exceção às empresas do Simples Nacional quanto a esta obrigação. Na hipótese de mera revenda, não há industrialização. Neste caso, não haverá preenchimento/entrega de FCI. Porém, o revendedor é obrigado a transcrever no seu documento fiscal as informações da nota fiscal de aquisição (nº controle FCI e o percentual do Conteúdo de Importação).
6) FICHA DE CONTEÚDO DE IMPORTAÇÃO (FCI) - O cálculo do Conteúdo de Importação deve ser feito a cada operação? Quando devo apresentar nova FCI? O cálculo do Conteúdo de Importação não deve ser feito por operação. Assim como a Ficha FCI, ele deve ser apurado mensalmente, utilizando-se o valor unitário, que será calculado pela média aritmética ponderada, praticado no penúltimo período de apuração. Se nos meses subsequentes, o Conteúdo de Importação apurado se mantiver dentro da mesma faixa (menor ou igual a 40%; maior que 40% e menor ou igual a 70%; superior a 70%) de que trata o 3º da cláusula quarta do Convênio ICMS 38/2013, o contribuinte industrializador está dispensado de apresentar a Ficha FCI correspondente, podendo utilizar o nº controle FCI obtido no período anterior. A entrega de nova FCI para um mesmo produto não substituirá a anteriormente apresentada, hipótese em que ambas permanecerão válidas, devendo ser utilizada conforme o CI apurado no período.
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