Clima Econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável Maiores avanços em relação a janeiro ocorrem no Brasil e no México

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Transcrição:

Maio de 2017 Clima Econômico melhora na América Latina, mas continua desfavorável Maiores avanços em relação a janeiro ocorrem no Brasil e no México O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV 1 - avançou 9 pontos entre janeiro e abril de 2017, atingindo 78 pontos, nível ainda baixo em termos históricos. A maior contribuição para a alta foi dada pelo Indicador de Expectativas (IE), que subiu 16 pontos em relação a janeiro passado, atingindo 127 pontos, um quadro de otimismo moderado que vigora desde julho de 2016. O Indicador da Situação Atual (ISA) avançou 4 pontos em relação a janeiro, permanecendo na zona desfavorável do ciclo econômico. No plano mundial, o ICE manteve trajetória ascendente ao avançar mais de 10 pontos, para 13 pontos. O resultado foi determinado pela alta de 14 pontos do ISA, que alcançou 105 pontos, e de 7 pontos do IE, que ficou em 21,6 pontos. Esta é a primeira vez que o ISA supera a barreira dos 100 pontos desde julho de 2011, indicando, portanto, uma recuperação lenta considerando-se que o IE permanece na zona favorável desde abril de 2012. O resultado do mundo reflete a trajetória das grandes economias no comércio mundial (ver metodologia ao final deste documento) que, como ilustra o Gráfico2, estão com ICEs na zona favorável. A experiência das grandes economias mundiais mostra que é preciso tempo para que a consolidação das expectativas favoráveis se traduza em melhora da situação corrente econômica. Na região latina, a entrada das expectativas na zona favorável ocorreu em julho de 2016, logo é preciso esperar para observar se esse resultado anuncia um ciclo positivo para a região. No momento, ainda estamos num ambiente de clima desfavorável na região, afirma a pesquisadora Lia Valls. 1 Tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES).

Resultados para os países selecionados da América Latina Argentina, Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai registraram melhora no clima em abril mas apenas Uruguai e Paraguai estão na zona de clima favorável. A Argentina está próxima à linha neutra onde avaliações favoráveis e desfavoráveis tendem a se compensar. No caso do Brasil, numa escala de 0 a 200, o ISA do país melhorou, mas está ainda muito baixo (11 pontos). Por outro lado, as expectativas, que haviam recuado em janeiro, voltam a melhorar ao saltar de 154 pontos para 189 pontos, o maior indicador da série histórica iniciada em janeiro de 1989. No México, após queda acentuada das expectativas com o início do governo Trump, houve melhora no ISA e no IE, embora ambos continuem na zona desfavorável. Houve certo alívio com a atenuação, até o momento, do discurso anti- México do presidente dos Estados Unidos. Em relação aos outros países, apenas o Uruguai registrou melhora nos dois indicadores. Na Argentina, o ISA melhorou, mas as expectativas mantiveram a trajetória declinante iniciada em outubro de 2016. 2

A distância entre as avaliações sobre a situação atual e as expectativas no Brasil indica um cenário com elevado potencial de instabilidade, caso os especialistas considerem que os sinais positivos que esperam, provavelmente as reformas associadas ao ajuste fiscal, não se verifiquem, continua Lia. Por último, chama atenção a queda do ICE do Peru que apresenta, desde o início dos anos 2000, indicadores favoráveis, exceto por curtos períodos. Novamente, este deve ser o caso e que pode ser explicado pelos danos causados pelas enchentes que atingiram fortemente o país no final de março. Principais problemas nas economias Nas edições de abril e outubro, a Sondagem da América Latina inclui um quesito especial em que os especialistas consultados avaliam os principais problemas enfrentados pelas economias por eles acompanhadas. O quesito é apresentado na forma de uma lista de temas para serem classificados pelos especialistas entre as categorias muito relevante, relevante ou sem relevância para o país. A Sondagem de abril traz duas mudanças neste quesito. Primeiro, alguns temas foram descontinuados (desemprego, déficit público, dívida externa e inflação) e outros foram incorporados (falta de inovação, infraestrutura inadequada, barreiras legais e administrativas para os investidores, clima desfavorável para investidores estrangeiros, falta de credibilidade na política do Banco Central, gerenciamento ineficiente do débito, aumento na desigualdade de renda e instabilidade política). A segunda modificação ocorreu na forma de agregação dos resultados. Individualmente, as respostas desfavoráveis (problema muito relevante ) recebem nota 100; as respostas neutras, nota 50; e as respostas favoráveis, nota 0. O resultado agregado é obtido então, a cada nível, pela média aritmética das notas individuais, e divulgado numa escala entre 0 e 100 pontos. Na faixa entre 0 e 49, o problema não é considerado relevante, sendo 0, o nível menos relevante. Entre 51 e 100, o problema é relevante, sendo 100, o mais relevante. O nível 50 é considerado neutro. O Gráfico 4 mostra a importância de cada questão, somando-se os resultados apontados como relevantes em cada país latino americano analisado. A falta de competitividade internacional foi o principal problema da região em abril de 2017, seguido de falta de inovação e infraestrutura inadequada, todas questões relacionadas à competitividade internacional. Corrupção é o quarto maior problema, recebendo pontuação máxima (100) na Bolívia, Brasil, Equador, México e Peru. Já na Argentina, o tema não foi considerado relevante (39 pontos) e menos ainda no Uruguai (0 ponto). Apenas na Bolívia, Equador e Venezuela, o clima não favorável ao investidor estrangeiro foi considerado um problema relevante, o que explica este ser o 12º problema em ordem decrescente de importância na região. Barreiras às exportações não são uma questão relevante para a maioria dos países, exceto Uruguai e Venezuela, o que levanta questões sobre o papel dos acordos comerciais na região. Por fim, o tema Banco Central não funciona bem é um problema relevante segundo os especialistas no Equador e na Venezuela. 3

RANKING DE CLIMA ECONÔMICO DOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA Posição Anterior Posição Atual País ICE Médio dos últimos 4 trimestres jan-17 abr-17 2 1 Paraguai 118 125 1 2 Peru 130 123 5 3 Uruguai 89 102 3 4 Argentina 97 100 4 5 Colômbia 92 94 6 6 Bolívia 85 76 8 7 Brasil 56 67 9 8 Chile 54 59 10 9 Equador 51 58 7 10 México 60 56 11 11 Venezuela 8 8 4

ANEXO INDICADOR DE CLIMA ECONÔMICO ICE out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 Média 10 anos América Latina 66 63 57 59 54 60 63 73 70 69 78 91 Argentina 32 50 67 57 63 99 89 90 108 100 101 79 Bolívia 128 103 88 88 68 84 98 94 66 83 62 92 Brasil 42 43 33 30 26 29 37 59 66 62 79 97 Chile 63 76 113 55 63 50 32 57 56 71 51 102 Colômbia 116 77 75 108 80 83 91 100 82 95 98 107 Equador 75 58 33 50 25 30 30 47 58 68 58 74 México 95 77 65 86 83 79 86 67 45 41 72 84 Paraguai 130 133 133 99 93 105 105 133 117 119 133 116 Peru 115 136 96 121 94 96 104 139 146 130 77 132 Uruguai 93 99 98 90 55 78 81 70 86 121 130 120 Venezuela 0 0 0 0 0 0 0 10 12 12 0 33 INDICADOR DA SITUAÇÃO ATUAL ISA out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 Média 10 anos América Latina 48 44 41 39 38 41 40 38 31 36 40 87 Argentina 17 21 40 39 39 40 43 36 53 47 57 78 Bolívia 160 175 120 120 125 125 125 150 114 114 120 112 Brasil 13 13 4 0 0 0 0 0 0 4 11 91 Chile 25 38 78 20 40 13 0 43 22 29 14 107 Colômbia 165 150 117 100 109 110 100 100 71 83 75 122 Equador 120 150 33 50 25 20 20 20 25 25 25 82 México 73 46 57 67 67 80 80 64 31 44 63 75 Paraguai 150 144 144 111 113 100 88 117 117 113 150 118 Peru 77 100 67 92 69 86 92 100 131 127 57 139 Uruguai 113 117 130 109 88 86 75 44 63 100 113 141 Venezuela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 INDICADOR DE EXPECTATIVAS IEX out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 Média 10 anos América Latina 86 85 75 83 73 82 89 117 122 111 127 99 Argentina 50 86 100 77 92 182 150 164 182 173 157 87 Bolívia 100 50 60 60 25 50 75 50 29 57 20 75 Brasil 79 80 70 69 59 67 88 154 175 154 189 110 Chile 113 125 156 100 90 100 75 71 100 129 100 104 Colômbia 77 25 42 117 55 60 82 100 92 108 125 99 Equador 40 0 33 50 25 40 40 80 100 125 100 71 México 120 114 73 107 100 79 93 69 62 38 81 97 Paraguai 113 122 122 88 75 111 125 150 117 125 117 117 Peru 162 179 131 154 121 107 117 185 162 133 100 128 Uruguai 75 83 70 73 29 71 88 100 113 144 150 103 Venezuela 0 0 0 0 0 0 0 0 20 25 25 40 5

Problemas enfrentados pelos países Problemas Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador México Paraguai Peru Uruguai Venezuela Falta de confiança na política econômica 54 40 70 86 50 100 87 60 50 38 100 Demanda insuficiente 86 40 100 67 67 100 53 50 64 63 67 Falta de inovação 54 100 77 71 92 100 93 80 93 86 67 Infraestrutura inadequada 93 100 93 43 100 33 60 100 100 88 100 Falta de competitividade internacional 100 100 86 57 100 100 53 80 79 88 100 Barreiras às exportações 8 20 44 14 33 0 27 0 7 86 67 Falta de mão de obra qualificada 54 60 62 71 58 25 33 83 86 88 67 Barreiras legais e administrativas para os investidores 36 80 89 43 58 100 33 20 64 38 100 Clima desfavorável para os investidores estrangeiros 31 80 48 29 25 100 33 20 21 0 100 Falta de capital 57 40 62 57 17 100 25 100 21 0 75 Falta de credibilidade da política do banco central 15 0 12 0 0 67 6 0 7 14 75 Gerenciamento ineficiente da dívida 23 20 48 14 17 100 50 0 0 0 75 Aumento na desigualdade de renda 71 40 77 57 50 67 81 67 57 13 75 Instabilidade política 46 20 93 43 17 33 44 83 57 0 75 Corrupção 39 100 100 57 83 100 100 83 100 0 75 Obs: Entre 0 e 49, o problema não é relevante, sendo 0, o menos relevante. Entre 51 e 100, o problema é relevante, sendo 100, o mais relevante, e 50 seria neutro. 6

MUDANÇAS METODOLÓGICA NA SONDAGEM DE ABRIL DE 2017 A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia - simultaneamente - em todos os países da região, método que permite a construção de um ágil e abrangente retrato da situação econômica de países e blocos econômicos. Em abril de 2017, foram consultados 132 especialistas econômicos em 17 países da América Latina. A pesquisa gera informações tanto de natureza qualitativa quanto quantitativa. O Indicador de Clima Econômico (ICE) é o indicadorsíntese, composto por dois quesitos de natureza qualitativa, o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE), que tratam, respectivamente, da situação econômica geral do país no momento e nos próximos seis meses. A partir de janeiro de 2017, os indicadores da Situação Atual (ISA) e de Expectativas (IE) cada país passaram a ser expressos como o saldo de respostas dos respectivos quesitos qualitativos mais cem (+100), conforme a fórmula apresentada abaixo: opção+ = Opção Favorável; opção- = Opção Desfavorável; e n = número de experts que responderam esta opção de pergunta. A fórmula do IE é análoga. ISA = 100 + opção + opção 100, n O índice de Clima Econômico é construído como a média geométrica dos saldos de resposta dos quesitos da situação atual e de expectativas menos 100 (-100), conforme a fórmula descrita abaixo: ICE = Índice de Clima Econômico ICE = ISA + 200 IE + 200 100, Para se chegar a qualquer agregado de países, como o total da América Latina, os índices de países são agregados pelo PIB, corrigido pela Poder de Paridade do Poder de Compra (PIB PPP, segundo dados do FMI). A nova metodologia modificou a importância relativa dos dois principais países da região no resultado agregado. Antes, com os pesos de países determinados pela Corrente de Comércio (Exportações + Importações), o México representava 45% dos países da região pesquisados, e o Brasil, 21%. Com a mudança, o peso do Brasil subiu a 36,7%, enquanto os indicadores do México passaram a contribuir com 25,6% para o resultado da região. A Argentina agora passou ao terceiro lugar (10,2%), no lugar do Chile (4,9%). Veja abaixo a estrutura de peso para fechamento de ICE, ISA e IE da América Latina em Janeiro de 2017: Os pesos ponderados pelo PIB PPP são modificados anualmente respeitando a disponibilidade de dados a cada período de referência. 7