Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT Aula Inaugural: NR-7 PCMSO Professor Roniere Miranda



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Transcrição:

Olá futuros colegas de trabalho, vamos iniciar aqui nossa jornada rumo ao próximo concurso para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho. Concurso este que está cada vez mais próximo. A solicitação feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), está prestes a ser autorizada. Vocês podem conferir o andamento do processo no seguinte endereço: http://cprodweb.planejamento.gov.br/consulta_externa.asp?cmdcommand=busca r&proccodprocedencia=3970&protnumprotocolo=3000008427201113 Inicialmente farei uma breve apresentação deste professor que vos escreve, afinal de contas, se você decidir por acompanhar nossas aulas, passaremos um bom tempo juntos, e compartilharemos aqui do mesmo objetivo: foco na tua aprovação!!! Nada mais justo do que nos conhecermos um pouco mais, certo?! Meu nome é Roniere Miranda, com formação inicial em Administração de Empresas, pela UFPI, sou especialista em Administração Pública com ênfase em Planilha Eletrônicas para Tomada de Decisão, fiz 04 (quatro) anos de Ciências Contábeis, mas não conclui. Cursei algumas aulas em Ciência da Computação, mas também não prossegui. Não sei o que quero da vida né. Sei sim, fazer concursos, e foi o que fiz, olha só. Fiz vários concursos, vamos à lista: Recenseador do IBGE, Auxiliar Administrativo para Prefeitura de Teresina, Técnico em Desenvolvimento da CODEVASF, Administrador da AGU, Analista Administrativo do INCRA, e finalmente, para Auditor-Fiscal do Trabalho em 2010, cargo que ocupo hoje. Alguns que passei, mas não assumi: Administrador na SEDUC, Técnico em venda dos CORREIOS, Técnico Judiciário do TJ/Ma. 1/48

Quanto aos que não obtive aprovação, não irei colocar para não fazer vocês dormirem, pois foram muitos. Outra coisa posso até não saber, mas concurso fiz demais da conta. Nesse decorrer fui professor Universitário e para concurso, ministrando Matemática e Raciocínio Lógico. Como dá pra notar minha formação e área de atuação é bem eclética, e isso me fez muito bem como AFT, vocês terão a oportunidade de passar por essa experiência como AFT s, de poder atuar em várias áreas, se quiserem claro. O desafio aqui é comentar as Normas Regulamentares, que aprendi a gostar em minha preparação para o concurso AFT/2010. Na época, como estudei antes de sair o Edital, e estava com muita vontade de passar, li todas umas sem-número de vezes. Fiz uma planilha no Excel e ia marcando todas as vezes que as lia. Consolidando o que aprendi em 02 anos de fiscalização e com alguns cursos que participei, promovidos pelo MTE. Minha lotação inicial foi Imperatriz /MA (cidade muito boa, na minha imparcial opinião; quem passar e tiver em dúvidas sobre lotação pode me pedir orientação, tranquilamente). Voltando ao que interessa, passei 02 anos por lá fiscalizando de tudo um pouco, Construção Civil, FGTS, Trabalho Infantil, Trabalho Escravo e principalmente Indústria da Transformação, pois bem, foi uma boa escola, mas atualmente estou lotado em Brasília, mais precisamente na Corregedoria do MTE, e percorrendo parte do Brasil, principalmente próximo ano, fazendo correições!!! Como vocês podem notar, atuando no cargo de AFT, todo mundo se encontra, ou seja, todos podem achar algo que gostará de fazer; Eu sou apaixonado pelo cargo, gosto muito mesmo, mas isso é papo para depois. 2/48

No que concerne ao Curso proposto, acredito que possa ser aquela luz que estava faltando para que o aluno possa fixar e desvendar, de uma vez por todas, os "mistérios" que rondam as tão temidas Normas Regulamentadoras de SST, do Ministério do Trabalho e Emprego; justifico: temos a necessidade da explicação das NR s de forma mais direta e simples, então é o que pretendo fazer, aliar teoria e prática, tentando pensar como a ESAF gosta de cobrar este tema. Como será o curso então? Desse jeito: Tomaremos por base o ultimo edital, desta forma, neste curso inicial teremos as NR s comentadas, propostas na seguinte sequência de aulas: AULA ASSUNTO DATA Aula Inaugural Aula 01 - NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Normas Regulamentadores, conceito, histórico e processo de elaboração; - NR 01 Disposições Gerais 13/12/2012 19/12/2012 Aula 02 - NR 06 Equipamentos de Proteção Individual - EPI 26/12/2012 Aula 03 - NR 09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 09/01/2013 Aula 04 - NR 10 Instalações e Serviços em Eletricidade 16/01/2013 Aula 05 - NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos 30/01/2013 Aula 06 - NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão 06/02/2013 Aula 07 - NR 17 Ergonomia e Anexos I e II 13/02/2013 3/48

Aula 08 Aula 09 Aula 10 Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT - NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura - NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 27/02/2013 13/03/2013 20/03/2013 Aula 11-100 Questões comentadas 27/03/2013 Qualquer alteração nas datas será comunicada com antecedência, mas acredito que não será necessária. Mas, e se o próximo concurso vier como o de 2006, com praticamente todas as NR s? Na minha nobre opinião, isso é sim possível de acontecer, mas estas que veremos são as mais importantes no dia a dia da fiscalização, quanto às demais, utilizei pouquíssimas vezes durante esse tempo de AFT, e vejo como as mais essenciais para o certame. É claro que prova de concurso é pra eliminar candidato, e a banca não se importa muito se a NR é "bonita" ou utilizável pelo AFT. Além disso, existe a ideia de atrair mais profissionais que tenham maior noção da SST. De qualquer forma, o site Concurseiros 24horas tem um compromisso com a sua aprovação caro aluno, e pensando nisso, seja comigo sozinho ou dividindo a responsabilidade com outro professor, trataremos as demais NR's de forma estratégica, em momento oportuno e que seja viável para uma ótima revisão; ou seja, se você tem tempo ou um cronograma de estudos bem elaborado, nada mais inteligente do que estudar todas desde já, concorda? 4/48

Como será nosso curso? A proposta do curso é ousada. Comentarei item por item das NR que caíram no ultimo concurso, isso mesmo, item por item, somente quando isso não se tornar prático poderemos mudar a didática. Assim você poderá ler uma NR qualquer e buscar, no caso de dúvida o item comentado. Considero essa forma bem didática, pois posso fazer os comentários e ao mesmo tempo inserir a legislação pertinente e quando possível inserir alguma questão para verificar como o item foi cobrado. Que acham, eu gostei da ideia, espero sinceramente que gostem também. E nossa aula inaugural? Para a aula inaugural escolhi a NR 7. "Mas Roniere, porque logo a NR-7"? Por dois motivos básicos: 1º) ela é muito cobrada em nosso concurso. 2º) demonstrando a aula do meio do curso, você terá uma ideia melhor de como será o curso inteiro, não tendo surpresas negativas no decorrer do curso. O que quero dizer com isso? Não vejo como nada ético e justo, realizar uma aula inaugural "top de linha", para surpreender os alunos e motivá-los a adquirir o Curso, e depois baixar o nível das aulas, correndo rápido para terminar logo o curso. Faremos aqui e agora, um pacto pela qualidade do curso, acima de qualquer coisa. Sem mais delongas, vamos lá caros alunos, é hora de detonar nossas amadas e queridas NR's :) Como toda construção precisa de uma base, nada mais propício que começar pela base legal (trocadilho horrível eu confesso). Os detalhes com relação à formação das NR s, conceito e seu respaldo jurídico ficarão para aula própria, no entanto vou adiantar alguma coisa. 5/48

Importantíssimo conhecer na íntegra o art. 7 de nossa constituição, em especial o que determina o inciso XXII, cuja redação é a seguinte: redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Com se vê a proteção à saúde e segurança, inerentes ao trabalho, tem status constitucional. Também não podem ser esquecidos os seguintes artigos da CLT: 168, 169, 200, VI, 373-A, IV, 390, 392, Parágrafo 4º, e 405 Na medida em que for necessário irei transcrevê-los no decorrer do texto. Importante também lembrar as seguintes convenções da OIT: 136,139, 148, 155,161 e 170. Número Título Adoção OIT Ratificação Brasil 136 139 Proteção Contra os Riscos da Intoxicação pelo Benzeno Prevenção e Controle de Riscos Profissionais Causados por Substâncias ou Agentes Cancerígenos 1971 24/03/1993 1974 27/06/1990 148 Contaminação do Ar, Ruído e Vibrações. 1977 14/01/1982 155 Segurança e Saúde dos Trabalhadores 1981 18/05/1992 161 Serviços de Saúde do Trabalho 1985 18/05/1990 170 Segurança no Trabalho com Produtos Químicos 1990 23/12/1996 6/48

Vamos agora então, trabalhar item a item o texto da norma. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO 7.1 Do Objeto 7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Futuros colegas de trabalho, Logo de início, neste primeiro item, a NR diz a que se propõe: Promover e Preservar a saúde do Conjunto dos seus trabalhadores, pois bem, este item da NR é exigência do art. 168 e 169 da CLT (recomendo a leitura dos artigos sempre que eu mencionar para ir se familiarizando ainda mais com o assunto) e está respaldada na Convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Desta forma o Programa deve garantir que o empregado não adoeça na empresa por conta dos riscos a que esta exposto (vide NR 09 e 15), como sempre falo, o empregador deve garantir que a saúde do trabalhador não se altere durante o período da vigência de seu contrato de trabalho, e como veremos, nem mesmo depois. 7/48

Vejam que a NR estabelece uma obrigatoriedade de Elaboração e Implementação do PCMSO (ao longo do curso falaremos detalhadamente do programa), sendo assim não basta o empregador contratar os serviços de algum médico para elaborar o Programa e depois, como digo em minhas fiscalizações, o esquecer em uma gaveta, para quando o AFT chegar ser apresentado a este. Desta forma a obrigação é dupla Elaborar (confeccionar, fazer, etc) e Implementar (por em execução o que foi programado). Sendo a primeira a mais fácil para o empregador. Mas olha o que determina a CLT: Art. 157 - Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; Esse binômio será ampliado nas obrigações do empregador, pela expressão: garantir sua eficácia, daqui a pouco veremos isso!! Como fica claro, essa dupla obrigação é para todos aqueles que "admitam trabalhadores como empregados", portanto não há exceção para empresa de pequeno porte, número de empregados, atividade econômica, etc. Todos que tem em seu quadro de funcionários trabalhadores com CTPS assinada, celetistas, devem Elaborar e Implementar o PCMSO. Espero que alguém tenha se perguntado, fazendo um link com o Direito Administrativo, será que uma Empresa Pública deve Elaborar e Implantar esse tal de PCMSO? Se alguém se questionou já é um bom indicativo de estar entendendo o assunto. Pois bem, como tá claro, Empresa Pública como tem seus empregados, regidos pela CLT, estão sim obrigadas a Elaborar e Implantar o PCMSO. 8/48

7.1.2 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Este item é quase que auto-explicativo. Nada impede que o empregador ultrapasse os parâmetros mínimos desta NR. Como exemplo podemos citar: O empregado resolve diminuir os intervalos dos exames periódicos (veremos do que se trata mais a frente), proporcionando uma melhor avaliação de como os riscos inerentes ao local de trabalho está afetando o seu empregado. 7.1.3 Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. É muito comum termos que fiscalizar empresas terceirizadas, e quando isso acontece algo que devemos verificar é se esta elabora e implementa seu PCMSO, assim sendo na relação entre empresa contratante e empresa contratada esta será a responsável pelo PCMSO, devendo aquela, a contratante, auxiliar a contratada na elaboração do PCMSO, pois a empresa contratante é que tem pleno conhecimento dos riscos inerentes ao local onde estarão sendo executados os serviços (com a leitura da NR 09 será melhor entendido este item). Ficou difícil? Deixem-me tentar melhorar o entendimento por meio de um exemplo bastante comum. Suponhamos que você está fiscalizando Limpel LTDA, que presta serviços de limpeza ao Hospital Tudo Igual S.A, portanto o seu João Alberto, zelador da Limpel, tem o direito de ter sua saúde preservada de acordo 9/48

com os riscos existentes no seu local de trabalho, desta forma a Limpel LTDA deve informar por meio de seu PCMSO, por exemplo, quais os exames que seu João deve ser submetido, para isso a Limpel deve saber quais riscos seu João está exposto, o Hospital Tudo Igual S.A, por seu turno, informará a Limpel o riscos inerentes dentro de seu hospital, como por exemplo algum risco biológico. Veja que se a Limpel prestar serviços em outra empresa, deverá adequar seu PCMSO para os novos riscos existentes. Melhorou o entendimento? Isso será útil na hora da prova e também quando estiverem fiscalizando. OBS: O MTE recomenda que as empresas contratantes de prestador de serviço coloquem como critério de contratação a realização do PCMSO. Ora da confissão: Quando estava estudando estas NR's ficava imaginando como iria aplicar estas Normas, e quando me vi preenchendo o meu primeiro Auto de Infração com esta NR foi uma emoção só, rsrs!! Mas vamos lá, falta muito pra terminarmos... 10/48

7.2 Das Diretrizes Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT 7.2.1 O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR. Ora pessoal, o PCMSO é um programa que deve estar em sintonia com as outras NR s, vejamos, se no PPRA (esta aula será dada) estiver escrito que o sujeito que trabalha na empresa Sinos Betel LTDA tem como risco principal o ruído, e você como Auditor Fiscal do Trabalho não vislumbrar a indicação do exame complementar Audiometria (por exemplo) dentre os elencados nos exames admissionais e/ou periódicos, você terá certeza que o PCMSO não está articulado com o PPRA. É importante observar que o PCMSO tem que está articulado com todas as outras NR s mas principalmente com a NR 09 PPRA, estando claro também que o PCMSO só deverá ser elaborado após a elaboração do PPRA, até por uma questão de lógica, visto ser o PPRA que indicará os riscos a que o trabalhador estará exposto e PCMSO dirá ao empregador como se prevenirá os danos a saúde do trabalhador. 11/48

Espero que tenha ficado claro, é relativamente simples, mas será repisado em outro item. 7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. Esse é um item de compreensão relativamente fácil, mas de difícil fiscalização, principalmente para os que não possuem formação médica ou na área de saúde. Veja bem, a primeira parte do item não há problema de interpretação, pois nos informa que o PCMSO deverá ponderar sobre tudo que interferir sobre a saúde do trabalhador considerado individualmente e sobre este inserido dentro de uma população a ser estudada. Com exemplo sempre fica mais fácil, não é mesmo, pois vamos a ele. Em uma grande empresa qualquer podemos ter 12/48

milhares de empregados, em certa oportunidade fiscalizei uma grande produtora de carvão, com mais de 10.000 empregados, pois nesta empresa havia da plantação do eucalipto até os carvoeiros. Note que um trabalhador que lida com agrotóxico, na preparação do solo para plantação de eucalipto, deve ser avaliado pelo médico-coordenado ou examinador de maneira diferente do trabalhador que lida com os fornos de carvão, o qual inala fumaça o dia inteiro, este primeiro deve ser avaliado individualmente mas também de acordo com os diagnósticos de seus pares de trabalho, outros que lidam com agrotóxicos. Pense, se o médico avaliar os sintomas do trabalhador que lida com agrotóxico e comparar algum sintoma que venha a relatar com a população dos carvoeiros, o médico pode ter a falsa percepção de se tratar de um caso isolado, quando na verdade pode ser um caso, por exemplo, de falta de equipamentos corretos para todos aqueles que aplicam agrotóxicos nas plantações de eucalipto. Para que se tenha uma real situação da saúde do trabalhador a NR 07 obrigou aos profissionais da saúde que avaliassem esses casos por meio de instrumental clínico-epidemiológico. O que seria isso? Epidemiologia é de fácil conceituação (epi=sobre demos=povo logos=conhecimento), portanto o instrumental clínico-epidemiológico seria tudo que auxiliasse ao médico a quantificar os níveis patológicos do indivíduos inseridos em uma população e medir se as intervenções feitas (como vacinas, ou exames complementares, por exemplo) estão surtindo os efeitos desejados. Vejam algumas fotos de uma fiscalização que fiz, em operativo no interior do Maranhão, em uma carvoaria com mais de 10.000 empregados! 13/48

Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT Setor de carbonização! Aplicação de Agrotóxicos! Não acredito que a sem-alma da ESAF ultrapasse esse nível de conhecimento, mas em todo caso é bom saber que o PCMSO tem caráter individual e coletivo, guardem isso. 14/48

7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Essa é uma das principais características do PCMSO, ter caráter preventivo, rastreando e diagnosticando precocemente qualquer dano a saúde do trabalhador, que esteja ligado a suas atividades laborativas, tudo isso também nas fases subclínicas, ou seja, em momentos em que a doença ainda não se instalou de forma definitiva no organismo do trabalhador. Vale aqui reproduzir o conceito de doença profissional do artigo 20 da lei 8213/91: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; O PCMSO pode ser alterado a qualquer momento, em seu todo ou em parte, sempre que o médico detectar mudanças nos riscos ocupacionais decorrentes de alterações nos processos de trabalho, novas descobertas da ciência médica em relação a efeitos de riscos existentes, mudança de critérios de interpretação de exames ou ainda reavaliações do reconhecimento dos riscos. 15/48

7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. Complementando o comentário feito ao item 7.2.1 pode acontecer de o PPRA não identificar a existências de riscos na empresa, sendo assim o controle médico poderá se resumir a uma avaliação clínica global de todos os exames existentes (admissional, periódico, demissional, mudança de função ou retorno ao trabalho). OBS.: O PCMSO não é um documento que deve ser homologado ou registrado nas Delegacias Regionais do Trabalho, sendo que o mesmo deverá ficar arquivado no estabelecimento à disposição da fiscalização. 7.3 Das Responsabilidades 7.3.1 Compete ao empregador: a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso da empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 16/48

A primeira observação a ser feita é a respeito da responsabilidade da elaboração, implementação e eficácia do PCMSO, que ficou a cargo do empregador, não do médico, muito menos dos empregados. A NR 07 afirma ainda que todos os procedimentos relativos ao PCMOS devem ser custeados, pagos, pelo empregador, tais como ASO S, e exames complementares. Infelizmente, não raro, encontramos durante a Fiscalização denúncias de que os empregados são obrigados, para serem contratados, a pagarem seus exames admissionais, por exemplo. Se a empresa possuir um SESMT e este for constituído por um Médico do Trabalho, o empregador indicará este para coordenar o PCMSO, que será o responsável pela execução do programa. Caso contrário, se a empresa estiver desobrigada do SESMT, poderá indicar Médico do Trabalho, empregado ou não da empresa, para ser o coordenador do PCMSO. Como a realidade do Brasil é diversa em várias regiões é bem possível que a empresa esteja em uma localidade (a NR é silente sobre a precisão deste conceito) onde não haja Médico do Trabalho, neste caso o empregador tem a liberdade de indicar médico de outra especialidade. Vamos às exceções, que como se sabe são as mais prováveis de cair na prova: 7.3.1.1 Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4, com até l0 (dez) empregados. 7.3.1.1.1 As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. 17/48

7.3.1.1.2 As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Em resumo temos a seguinte exceção pra a obrigação da indicação do médico coordenador, lembrando que o Grau de Risco esta relacionado na NR 04. Grau de Risco Número de Empregados Número de Empregados 1 e 2 Até 25 3 e 4 Até 10 + de 25 até 50 (Depende de Negociação Coletiva) + de 10 até 20 (Depende de Negociação Coletiva assistida) 7.3.1.1.3 Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas previstas no item 7.3.1.1 e subitens anteriores poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. 18/48

O item 7.3.1.1.3 é a exceção da exceção, pois embora a empresa se enquadre nos itens 7.3.1.1 e subitens, e esteja desobrigada da indicação do médico coordenador, por determinação do Delegado Regional do Trabalho (atual Superintendente Regional do Trabalho), este com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhado, no caso AFT, ou em decorrência de negociação coletiva, a empresa pode voltar a ser obrigada a indicar médico do trabalho. 7.3.2 Compete ao médico coordenador: a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; Fica claro aqui que a Norma não exige a coincidência entre elaborador do PCMSO e médico coordenador, embora no dia-a-dia da fiscalização seja isso o que acontece. Pois bem, o médico coordenador será o que realizará os exames indicados no PCMSO, admissional, demissional, etc, ou encarregar estes a profissional habilitado. b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. 19/48

Os exames complementares (Hemograma, audiometria, Raio X do tórax, Acuidade Visual, etc ), que irão depender dos riscos aos quais o trabalhador esta exposto pode ser encarregado a outro profissional qualificado. Só teoria é chato às vezes. Vamos ver como esse assunto foi cobrado pela ESAF em 2010? (AFT 2010 - ESAF) - Julgue as proposições seguintes e assinale a opção correta. I. No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, deverá o empregador indicar enfermeiro do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e, inexistindo esses profissionais na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade. II. O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-biológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. III. O PCMSO deverá ter caráter de preventivo-ambulatorial com forte ênfase no tratamento precoce dos agravos à saúde dos trabalhadores, bem como os primeiros socorros. IV. Ao empregador compete custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO, salvo convenção coletiva que poderá dispor de modo diverso. a) Todas as proposições estão corretas. b) I e III estão corretas. c) I e II estão corretas. d) Todas as proposições estão erradas. e) I e IV estão corretas. 20/48

Vamos começar pelo item I: Poxa, as vezes a ESAF parece uma mãe, em momento algum o item 7.3.1, d, da NR 07 não fala de Enfermeira do Trabalho, pois mesmo não sendo obrigado a ter em seu quadro médico do trabalho do SESMT, deve ainda indicar médico do trabalho para coordenar o PCMSO. Dessa forma o item I cai fora. Item II, Pegadinha da ESAF, fazendo essa questão confortavelmente em casa parece fácil, mas com toda uma pressão, cansado, etc e etc pode passar despercebida a troca de uma simples palavra, epidemiológico por biológico, do item 7.2.2. Pronto, item verificado e marcado como errado. Item III Pessoal o PCMSO não trata o trabalhador doente, como indica este item com as palavras ambulatorial / tratamento e primeiros socorros. O PCMSO é preventivo, deve evitar agravos a saúde do trabalhador. Item Errado. Item IV O salvo é o que mata a questão, tornando-a errada, não existe tal exceção, a Negociação Coletiva não tem esse condão. O resto é cópia do item 7.3.1,b. Alternativa D Se esse tipo de questão se repetir você poderá chegar dizendo: mãe a Esaf pensa que sou menino, a questão de PCMSO estava dada. Mas vamos seguindo no comentário dos itens, a questão é pra relaxar e lhe mostrar que VOCÊ É CAPAZ!!! 21/48

7.4 Do Desenvolvimento do PCMSO 7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódicos; c) do retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. Antes do comentário veja o que diz a CLT em seu art. 168: Art. 168 - Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: I - a admissão; II - na demissão; III - periodicamente. 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: Veja que a NR 07 acrescentou mais dois tipos de exame: Mudança de Função e Retorno ao Trabalho. Acrescentando ainda instruções relativas a eles. 22/48

NR 07 (item 7.4.1) CLT (art. 168) Admissional Periódico Admissão Periódico Mudança de Função - Retorno ao Trabalho - Demissional Demissão Como se vê pessoal os exames básicos são estes: admissional, periódicos, do retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. Na forma de acróstico fica melhor pra memorizar? Periódico; Admissional; Mudança de Função; Demissional Retorno ao trabalho; PAM,DR E Colorido? 23/48

Tudo é válido na hora de decorar, dê seu jeito, rsrs!! Primeiro quero dizer que estes exames são os básicos, nada impede o Coordenador do PCMSO decidir por outros mais, o que lhes digo ser raro, pois a grande maioria das empresas vêem estes exames como custo, não como precaução de danos a saúde do trabalhador. Vamos comentar cada exame, para isso pularemos alguns itens para dar sentido aos comentários. Tudo bem pra vocês? Veremos que cada exame tem seu período correto para ser analisado conforme determinou a CLT em seu art. 168: 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. 24/48

Admissional: Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT Diz o item 7.4.3.1: no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades; Ora, a função precípua do exame admissional é verificar se o empregado está apto a exercer suas funções, não há que se querer adivinhar desta aptidão, só quem poderá verificar isso será o médico do trabalho. Um exemplo simples para fixar. Pense em um empregado que irá executar suas atividades em altura, no exame admissional deverá ser observado se o tal empregado tem algum tipo de vertigem no trabalho em altura (a anamnese serve pra isso, veremos a frente), se o exame admissional for realizado após o inicio de suas atividades poderá ocorrer acidente de trabalho logo no primeiro dia. Uma das tarefas mais corriqueiras na fiscalização é observar tal coincidência, data de admissão e data da realização do exame admissional, daqui a alguns dias vocês terão em cima de suas mesas 1000 ASO s, tendo que olhar um a um isso, mas com a prática isso é moleza. Se não houver o cumprimento da Norma é Auto de Infração garantido. Periódico: diz o item 7.4.3.2: no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: a) para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: 25/48

a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; É o seguinte pessoal, há algumas situações aqui que merecem destaque, primeiro, as situações da alínea a são as mais variadas, mas vamos citar duas com exemplo. Os trabalhadores que exercem atividades que envolvem o emprego de cimento podem desenvolver ulcerações cutâneas, doença ocupacional, pois é advinda da atividade, para estes trabalhadores o exame periódico deve ser anual, pois como visto o risco (cimento) pode implicar o desencadeamento ou agravamento de, em nosso exemplo, ulcera cutânea. Sabe-se ainda, pela literatura médica, que a Pressão Arterial elevada é uma doença crônica, e sabe-se também que o trabalho com ruído pode provocar o seu desencadeamento ou o seu agravamento, desta forma, os trabalhadores nesta situação deverão passar por exames periódicos, a cada ano. Este período, de um ano, nos dois casos acima, pode ser alterado para intervalos menores em 03 (três) casos: 1. a critério do médico encarregado; 2. se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho (observe que é apenas para o AFT que entrou na carreira como Médico do Trabalho); 3. Como resultado de negociação coletiva de trabalho. a.2) de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; 26/48

O segundo caso é mais simples, tais trabalhadores que executam suas atividades em condições hiperbáricas devem ser submetidos a exames a cada 06 (seis) meses. É só ir lá conferir. b) para os demais trabalhadores: b.1) anual, quando menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos de idade; b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta e cinco anos de idade; Depois dos casos um pouco mais chatos de compreender este ficou bem simples, o intuito da Norma é proteger quem tem menor idade (18 anos) e idade um pouco mais elevada (45 anos), por isso estes serão examinados a cada ano. Quem está dentro deixa faixa, entre 18 e 45 anos, a cada 02 (dois) anos. Cabe até uma tabelinha pra resumir: IDADE PERIOD. DO EXAME <18 e > 45 Anual >18 e < 45 Bianual De Retorno ao Trabalho: Diz o item 7.4.3.3 o seguinte: No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. 27/48

A ideia (ainda não me acostumei com esse novo acordo ortográfico, rsrs) do item é a seguinte, se o empregado passou mais de 30 dias sem exercer suas atividades por motivo de doença ou acidente (ocupacional ou não) ou por parto, entende-se que a aptidão física ou mental do trabalhador possa ter se alterado, desta forma deverão ser reexaminados em um no exame, chamado, por lógico, de exame de Retorno ao Trabalho. E quando esse exame deve acontecer? NO PRIMEIRO DIA DE VOLTA AO TRABALHO. Pense ai, se um empregado tem um acidente de moto, engessa a perna por 60 dias, e sua função é de vigilante, tendo que ficar em pé o dia inteiro, pois este deve ser examinado antes de retornar a suas atividades, um exemplo bem simples, mas supri o intento!!!! Mudança de Função: 7.4.3.4 No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da mudança. 7.4.3.4.1 Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. Estes dois itens poderiam ser um só. Todas as vezes que um trabalhador mudar de função e essa mudança acarretar exposição a um novo risco deverá, o empregado, ser submetido a novo exame. Vocês irão lembrar do que eu vou falar agora quando estiverem fiscalizando. Você pegará um ASO, no exame admissional, (daqui a pouco você verá detalhadamente) estará escrito o empregado João está submetido ao risco poeira, pois é pedreiro em um a obra. O João que não é bobo faz um curso e torna-se 28/48

operador de betoneira, tendo agora outro risco o da vibração e/ou ruído. Desta forma ele deve ser submetido a novo exame (de mudança de função) para verificar se está apto a exercer essa nova atividade. Já dei muito auto de infração por falta deste exame, o acho de extrema importância. Em uma análise de acidente verifiquei a situação acima exemplificada, o que aconteceu, o empregado que era pedreiro, estava operando uma betoneira, ficou tonto por conta da vibração, oito horas por dia nesse serviço não é fácil, e desequilibrou-se, teve sua mão amputada pela máquina. Triste não? Às vezes um simples exame evita um acidente!! Demissional: É isso mesmo, quem já foi demitido sabe como é chato ainda ter que fazer exame. Mas a Norma está mais que certa, o empregado deve deixar o trabalho nas mesmas condições físicas e mentais em que entrou, para isso deve realizar o exame demissional. Pense em um carvoeiro que trabalhou durante cinco anos, inalando fumaça 08 (oito) horas por dia, será que sua capacidade respiratória ainda é a mesma, então, é importantíssimo ele ser avaliado no momento de sua demissão. Como os outros exames, esse também tem prazo, vamos a eles: 7.4.3.5 No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: Essa é a regra geral para o exame DEMISSSIONAL, até a da HOMOLOGAÇÃO da rescisão do contrato de trabalho ou até o desligamento definitivo do trabalhador, nas situações excluídas da obrigatoriedade de realização da homologação. 29/48

Vamos às exceções? Curso de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4; Se a empresa for de grua de risco 1 e 2 e o empregador estiver feito qualquer outro exame (admissional, periódico, mudança de função ou retorno de função) há menos de 135 dias, não será necessário submeter o empregado ao exame demissional!! Exemplos pra mim sempre funcionam, ajuda a entender melhor o assunto, depois me falem se os que estou citando estão claros. Vamos supor que a Sofia, que trabalha como professora no ensino médio, grau de risco 2 (consulte a NR 04), realizou exame admissional em 06/08/2012, pois se o empregador rescindir seu contrato de trabalho até 19/12/2012 (135 dias depois, segundo o Excel, rsrs) não necessitará submeter a Sofia a um exame demissional. 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4. O mesmo se aplica neste caso, a diferença será no grau de risco da empresa, pois e for a 3 ou 4, será de 90 (noventa) o prazo para que não se necessite realizar o exame demissional se o empregado fora submetido a outro exame (admissional, periódico, mudança de função ou retorno de função). Alguém aí entendeu a lógica deste item? Pois é, quanto maior o risco a que o empregado estiver submetido menor o prazo de validade para um exame anterior!!! Entenda bem estes prazos para que a compreensão do próximo item seja fácil. Mas esse prazo de validade pode ser ampliado, vamos ler os itens a seguir: 30/48

7.4.3.5.1 As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135 (cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Então, por meio de negociação coletiva (que tenha a participação de um assistente, que pode ser indicado pelas partes ou pode ser um funcionário de uma SRTE) o prazo de validade dos outros exames pode ser aumentado em até 135 dias para as empresas de grau de risco 1 e 2. 7.4.3.5.2 As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo Quadro 1 da NR 4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90 (noventa) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Entendido o item anterior, este fica mole. Para as empresas de grau de risco 3 ou 4 o elastecimento do prazo de validade dos exames antecedentes pode ser elevado em até 90 dias, com o mesmo requisito, ser por meio de uma negociação coletiva, assistida por um profissional indicado em comum acordo ou ser do MTE) 31/48

7.4.3.5.3 Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. Todos esses prazos podem deixar de existir, independentemente da época da realização de qualquer outro exame, se um AFT (autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador) elaborar um parecer atestando que as condições de trabalho representarem risco grave aos trabalhadores, ou também em decorrência de negociação coletiva. Vou ser sincero, se eu fosse a ESAF tiraria uma questão destes itens sobre de exame demissional, é exceção demais, rsrs!!!! Vai um resumo pra memorizar: Antes do início das atividades. Admisssional - item 7.4.3.1 NR 07 1º dia da volta ao trabalho para afastamento superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. Retorno ao trabalho - item 7.4.3.3 NR 07 32/48

Antes da data da mudança de função Mudança de função - item 7.4.3.4 NR 07 Demissional - item 7.4.3.5 NR 07 Desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: Até a data da homologação (regra geral) 90 dias, G.R 3 ou 4 135 dias, G.R 1 ou 2 Obs. Esses prazos podem ser dobrados por meio de convenção ou acordo coletivo. Exames: - Admisisonal; - Periódico; - Retorno ao Trabalho e - Mudança de função Vamos voltar ao item 7.4.2, nele temos os seguinte: 7.4.2 Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem: a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; 33/48

Essa avaliação é de responsabilidade do Médico do Trabalho (ou de outra especialidade, já vimos essa possibilidade), e compreenderá estas 03 (três) aspectos mínimos: anamnse ocupacional, que nada mais seria do uma entrevista do médico com o paciente (empregado), na qual o Médico faria uma série de perguntas buscando compreender a função que o trabalhador irá exercer, questionando sobre, por exemplo, jornada de trabalho, se diária ou semanal, pausas, folgas, trabalho noturno e em rodízio de turnos, horas extras, Equipamentos utilizados ou não, ou seja, tudo que pode interferi na saúde do trabalhador. E juntamente a isso, o exame físico e mental. b) exames complementares, realizados de acordo com os termos especificados nesta NR, e seus anexos. O item está de acordo com a CLT, senão vejamos: Art. 168: 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. Os exames complementares estarão a critério, mas de acordo com os riscos ocupacionais envolvidos, do Médico do Trabalho que elaborar o PCMSO, cabendo ao médico coordenador, ou encarregado, pô-los em prática, no entanto a NR 07 traz em seus anexos alguns exames que estão diretamente ligados ao risco que o empregado está ou estará exposto, se não confia no que estou dizendo, pode ir até o anexo e verificar um exemplo, veja que para o trabalhador que estiver exposto a aerodispersóides (poeira vegetal, por exemplo) deverá ser submetido ao 34/48

exame de Telerradiografia do tórax, no exame admissional e anualmente, no periódico. Tudo tranquilo até aqui? Espero que sim, esta NR tem muito a ver com a área da saúde, mas nada impe de aprendê-las!!! Para complementar o que eu comentei sobre o item anterior veja o que fala o próximo item, o 7.4.2.1: 7.4.2.1 Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho. Pois é pessoal, nas atividades constantes nos Quadros I e II os médicos deverão, como já disse, executar e interpretar os exames de acordo com os critérios constantes nestes Quadros. Veja a periodicidade dos exames para os indicadores biológicos do Quadro I dever ser semestral, podendo ser reduzida da mesma forma dos comentários do item 7.4.1, a1, parte final. 7.4.2.2 Para os trabalhadores expostos a agentes químicos nãoconstantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de 35/48

validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores. Alguém ai já foi verificar o que é indicador biológico, pois é simplesmente o material biológico que será coletado pelo médico para a verificação de algum resíduo que pode ser acumulado no organismo do trabalhador por conta da atividade que estiver exercendo, então temos, como exemplo, o sangue a urina para verificar uma série de elementos que podem ser analisados, como chumbo, arsênico, cádmio, cromo, etc. Sabendo disso podemos comentar melhor o item, que é bastante simples, se os trabalhadores estiverem expostos a agentes químicos que não estão listados nos Quadros I e II então se poderá utilizar de outros indicadores biológicos. Eu achei quase lógico isso, e vocês? 7.4.2.3 Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho. O número de exames complementares pode ser ampliado. Decorem esses nomes: Médico coordenador ou encarregado; Médico AFT; Negociação Coletiva são eles que podem solicitar essa ampliação nos exames complementares. 7.4.3 A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá 36/48

obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo relacionados: Já falamos deste item quando comentamos os tipos de exames: Admissional, Periódico, de mudança de Função, Demissisonal e Retorno ao Trabalho. 7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias. Pois é, seja periódico, admissional, demissional, de mudança de função ou de retorno a trabalho, para todos serão emitidos Atestados de Saúde Ocupacional, em 02 (duas) vias. 7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. Item claro. Os ASO s devem está a disposição do AFT, para evitar a prática, não rara, de se fabricar ASO s após a visita do MTE. Recomendo ler os conceitos de frente de trabalho na NR 01!! 7.4.4.2 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo da primeira via. 37/48

O empregado deve estar ciente de suas condições de saúde, desta forma é fundamental que seja entregue sua via do ASO! 7.4.4.3 O ASO deverá conter no mínimo: a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST; c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função especifica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no CRM. O modelo do ASO pode ser qualquer um, mas estes são os requisitos formais para os ASO s, importantes para que o AFT possa verificar sua correspondência com o PCMSO, e, por exemplo, com o PPRA. 38/48

Os riscos a que ser refere a línea b são aqueles que podem causar riscos ocupacionais, como ruído, radiação ionizante, calor,etc. Estes riscos são detectados na elaboração do PPRA e do PCMSO. Abaixo segue uma lista de riscos ocupacionais correspondente a algumas funções, retirada do site do MTE: Exemplos: prensista em uma estamparia ruidosa: ruído; faxineiro de empresa que exerça a sua função em área ruidosa: ruído; fundidor de grades de baterias: chumbo; pintor que trabalha em área ruidosa de uma metalúrgica: ruído e solventes; digitadora de um setor de digitação: movimentos repetitivos; mecânico que manuseia óleos e graxas: óleos; forneiro de uma função: calor técnico de radiologia: radiação ionizante; operador de moinho de farelo de soja: ruído e poeira orgânica; auxiliar de escritório que não faz movimentos repetitivos: não há riscos ocupacionais específicos; auxiliar de enfermagem em Hospital Geral: biológico; britador de pedra em uma pedreira: poeira mineral (ou poeira com alto teor de sílica livre cristalina se quiser ser mais específico) e ruído; gerente de supermercado: não há riscos ocupacionais específicos; impressor que usa tolueno como solvente de tinta em uma gráfica ruidosa: solvente e ruído; 39/48

supervisor da mesma gráfica que permanece em uma sala isolada da área de produção: não há risco ocupacional específico; pintor a revólver que usa thinner como solvente: solvente. Outra lista retira do site do MTE que ajuda a compreender o item c, quando se fala de indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, em função dos riscos a que o trabalhador está submetido no exercício de suas funções: Ruído: audiometria; Poeira mineral: radiografia do tórax; Chumbo: plumbemia e ALA urinário; Fumos de plásticos: espirometria; Tolueno: ácido hipúrico e provas de função hepática e renal; Radiação ionizante: hemograma. Uma imagem para fixar: 40/48

7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e a s medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário do médico coordenador do PCMSO. O prontuário é documento que irá contar o histórico de exames e avaliações clínicas por que passou o trabalhador. Somente o médico do trabalho tem acesso ao prontuário, e claro o médico AFT. Obs.: Vocês sabem que já houve concurso para área específica Médico e Engenheiro AFT? Pois é, só pra lembrar por que desta diferenciação que faço às vezes. 41/48