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Transcrição:

Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 63 - Data 7 de março de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário Ementa: LEI Nº 11.196, DE 2005. INCENTIVO FISCAL. DISPÊNDIOS REALIZADOS COM PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. A despesa operacional realizada com propaganda e marketing para incrementar a venda de produtos novos ou aprimorados não pode ser considerada como dispêndio em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para fins de fruição dos incentivos fiscais previstos nos arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 2005. Dispositivos Legais: Lei nº 11.196, de 2005, art. 17, I e art. 19; Decreto nº 5.798, de 2006, art. 2º, II, arts. 3º, 4º e 8º; Instrução Normativa RFB nº 1.187, de 2011, art. 2º, II e arts. 4º, 5º e 7º; art. 96 da Lei nº 5.172, de 1966. Relatório A pessoa jurídica, acima qualificada, é pessoa jurídica que se dedica precipuamente às atividades de fabricação, de importação e exportação e de comercialização de produtos destinados ao consumo humano e animal, dentre outros. Acrescenta que incorre em custos e despesas relativos à inovação tecnológica, gozando dos incentivos fiscais previstos no Capítulo III da Lei nº 11.196, de 2005, em especial aqueles previstos nos seus artigos 17, inciso I, e 19 (fl. 3) 1

Fls. 2 2. Afirma adicionalmente que incorre em dispêndios com propaganda e marketing necessárias à divulgação comercial do produto fabricado e/ou vendido, classificáveis como despesas operacionais nos termos dos arts. 299 e 366 do RIR/1999 (fls. 4 e 5). 3. Nesse contexto, a consulente requer a confirmação do seu entedimento no sentido de que os dispêndios com propaganda e marketing se incluem no âmbito das despesas relativas às atividades de inovação tecnológica objeto do incentivo fiscal previsto no art. 17, inciso I e art 19 da Lei nº 11.196, de 2005, desde que necessárias para a implantação do produto novo ou aprimorado, ou seja, desde que necessárias para a introdução deste produto no mercado, a teor do conceito de custos e despesas relativos à inovação tecnológica estabelecido no Manual de Oslo, documento elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE, e no Manual Frascatti (fls. 5 a 8). Fundamentos 4. A Lei nº 11.196, de 2005, prevê hipótese de incentivo fiscal em razão de despesas efetuadas pela pessoa jurídica em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, desde que classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto de Renda, verbis: Art. 17. A pessoa jurídica poderá usufruir dos seguintes incentivos fiscais: I - dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ ou como pagamento na forma prevista no 2 o deste artigo; Art. 19. Sem prejuízo do disposto no art. 17 desta Lei, a partir do anocalendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios 2

Fls. 3 realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesa pela legislação do IRPJ, na forma do inciso I do caput do art. 17 desta Lei. 5. Por sua vez, o Decreto nº 5.798, de 2006, que regulamenta os incentivos fiscais de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 2005, define o conceito de inovação tecnológica e de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para a fruição do benefício fiscal em tela. Ainda, estabelece que a pessoa jurídica poderá usufruir dos benefícios em tela desde que as despesas efetuadas se classifiquem como despesas operacionais pela legislação do Imposto de Renda: Art. 2 o Para efeitos deste Decreto, considera-se: I - inovação tecnológica: a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado; II - pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, as atividades de: a) pesquisa básica dirigida: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir conhecimentos quanto à compreensão de novos fenômenos, com vistas ao desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas inovadores; b) pesquisa aplicada: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento de produtos, processos e sistemas; c) desenvolvimento experimental: os trabalhos sistemáticos delineados a partir de conhecimentos pré-existentes, visando a comprovação ou demonstração da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, 3

Fls. 4 processos, sistemas e serviços ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos; d) tecnologia industrial básica: aquelas tais como a aferição e calibração de máquinas e equipamentos, o projeto e a confecção de instrumentos de medida específicos, a certificação de conformidade, inclusive os ensaios correspondentes, a normalização ou a documentação técnica gerada e o patenteamento do produto ou processo desenvolvido; e e) serviços de apoio técnico: aqueles que sejam indispensáveis à implantação e à manutenção das instalações ou dos equipamentos destinados, exclusivamente, à execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação tecnológica, bem como à capacitação dos recursos humanos a eles dedicados; Art. 3 o fiscais: A pessoa jurídica poderá usufruir dos seguintes incentivos I - dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, ou como pagamento na forma prevista no 1 o deste artigo; Art. 4 o A dedução de que trata o inciso I do caput do art. 3 o aplica-se também para efeito de apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. Art. 8 o Sem prejuízo do disposto no art. 3 o, a partir do ano-calendário de 2006, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação 4

Fls. 5 do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor corresponde a até sessenta por cento da soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas pela legislação do IRPJ, na forma do inciso I do caput do art. 3 o. (grifou-se) 6. No mesmo sentido, dispõe a Instrução Normativa RFB nº 1.187, de 2011: Art. 2 º Para efeitos desta Instrução Normativa, considera-se: I - inovação tecnológica: a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado; II - pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, as atividades de: a) pesquisa básica dirigida: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir conhecimentos quanto à compreensão de novos fenômenos, com vistas ao desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas inovadores; b) pesquisa aplicada: os trabalhos executados com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, com vistas ao desenvolvimento ou aprimoramento de produtos, processos e sistemas; c) desenvolvimento experimental: os trabalhos sistemáticos delineados a partir de conhecimentos pré-existentes, visando a comprovação ou demonstração da viabilidade técnica ou funcional de novos produtos, processos, sistemas e serviços ou, ainda, um evidente aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos; d) tecnologia industrial básica: aquelas tais como a aferição e calibração de máquinas e equipamentos, o projeto e a confecção de instrumentos de 5

Fls. 6 medida específicos, a certificação de conformidade, inclusive os ensaios correspondentes, a normalização ou a documentação técnica gerada e o patenteamento do produto ou processo desenvolvido; e e) serviços de apoio técnico: aqueles que sejam indispensáveis à implantação e à manutenção das instalações ou dos equipamentos destinados, exclusivamente, à execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação tecnológica, bem como à capacitação dos recursos humanos a eles dedicados; Art. 4 º A pessoa jurídica poderá deduzir do lucro líquido, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), ou como pagamento na forma prevista no 1 º. 1 º O disposto no caput aplica-se também aos dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica contratadas no País com universidade, instituição de pesquisa ou inventor independente de que trata o inciso IX do art. 2 º da Lei n º 10.973, de 2 de dezembro de 2004, desde que a pessoa jurídica que efetuou o dispêndio fique com a responsabilidade, o risco empresarial, a gestão e o controle da utilização dos resultados dos dispêndios. 8 o Os dispêndios e pagamentos de que trata este artigo somente poderão ser deduzidos para fins deste artigo se efetuados no País, ressalvadp o disposto no art. 6 o e no 4 o do art. 5 o. Art. 5 º Para fins do disposto no art. 4 º, poderão ser considerados os seguintes dispêndios: 6

Fls. 7 I - os salários e os encargos sociais e trabalhistas de pesquisadores e de pessoal de prestação de serviço de apoio técnico de que tratam a alínea "e" do inciso II e o inciso III do art. 2 º ; II - a capacitação de pesquisadores e de pessoal de prestação de serviços de apoio técnico de que tratam a alínea "e" do inciso II e o inciso III do art. 2 º. 1 º Para fins deste artigo, poderão ser considerados como dispêndios os custos com pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, sem dedicação exclusiva, desde que: I - conste expressamente em seu contrato de trabalho o desempenho como pesquisador em atividades de inovação tecnológica desenvolvida pelo empregador; II - a empresa possua, para o projeto incentivado, controle das atividades desenvolvidas e respectivas horas trabalhadas. 2 º Na hipótese do 1 º, só poderão ser computadas como dispêndios na forma do caput do art. 4 º as horas efetivamente trabalhadas no projeto incentivado. 3 º Não serão considerados para fins do incentivo previsto neste capítulo: I - os valores pagos a título de remuneração indireta; II - os gastos com pessoal de serviços auxiliares, ainda que relacionados com as atividades de inovação tecnológica, inclusive as despesas: a) dos departamentos de gestão administrativa e financeira; e b) de segurança, limpeza, manutenção, aluguel e refeitórios. 4 º Também são considerados dispêndios vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica os gastos 7

Fls. 8 destinados ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares, ainda que pagos no exterior. Art. 7 o Sem prejuízo do disposto nos arts. 4 o e 5 o, a pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% (sessenta por cento) da soma dos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis como despesas pela legislação do IRPJ. 7. Observa-se que o benefício legal esculpido no art. 17, inciso I e art. 19 da Lei nº 11.196, de 2005, afeto à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, pretende incentivar a pesquisa com o propósito de inovação. Nesse passo, possível observar, da leitura das letras a, b, c, d e e do inciso II do art. 2º do Decreto nº 5.798, de 2006, que as atividades ali descritas estão relacionadas ao desenvolvimento ou ao aperfeiçoamento de produtos, de processos ou de sistemas inovadores. 8. Para melhor entendimento, as atividades de pesquisa básica dirigida e de pesquisa aplicada pretendem desenvolver produtos, processos ou sistemas inovadores, enquanto as atividades de desenvolvimento experimental são as afetas comprovação de viabilidade técnica de novos produtos, de processos ou de serviços. Por sua vez, a de tecnologia industrial básica é específica, que proporciona aferições e normalizações afetas ao produto ou processo desenvolvidos, enquanto os serviços de apoio técnico são aqueles necessários à viabilização da execução dos projetos de pesquisa. 9. Percebe-se que a natureza das atividades previstas na legislação que versa sobre o benefício fiscal objeto dessa consulta é estritamente voltada à idéia de inovação tecnológica. Nesse contexto, eventual despesa operacional realizada poderá ser deduzida, para efeito de apuração do lucro líquido, ou excluída do lucro líquido na hipótese em tela, desde que relacionada com a inovação tecnológica. 10. Para usufruir do benefício em tela, a consulente deverá, primeiramente, verificar se eventual despesa realizada se enquadra no conceito de despesa com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, nos termos em que definida pela legislação transcrita. Posteriormente, deverá então verificar se enquadráveis no conceito de 8

Fls. 9 despesas operacionais nos termos da legislação do Imposto de Renda, conforme determinam o inciso I do art. 3º e o art. 8º do Decreto nº 5.798, de 2006, anteriormente transcritos. 11. Nesse contexto, não é possível a dedução de despesa operacional realizada com propaganda e marketing para incrementar a venda de produtos novos ou aprimorados da pessoa jurídica para fins de fruição dos incentivos fiscais previstos nos arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 2005, por não se enquadrar no conceito de investimento em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Ocorre que essas despesas são inerentes à própria atividade empresarial da empresa, realizadas em momento posterior ao do efetivo desenvolvimento ou incremento de produtos, não sendo classificáveis como despesas necessárias ao desenvolvimento ou ao aprimoramento do produto. 12. Por fim, cumpre destacar que a noção de desenvolvimento e/ou aprimoramento de produtos, ou de serviços ou de processos definida nos Manuais de Oslo e Frascatti não tem eficácia normativa interna, nos termos em que definida no CTN: Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Conclusão 13. Diante do exposto, soluciona-se a consulta respondendo ao consulente que a despesa operacional realizada com propaganda e marketing para incrementar a venda de produtos novos ou aprimorados não pode ser considerada como dispêndio em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para fins de fruição dos incentivos fiscais previstos nos arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 2005. À consideração superior, Assinado digitalmente ELIANA SILVEIRA COSTA Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil 9

Fls. 10 De acordo. Encaminhe-se à Coordenação de Tributos sobre a Renda, Patrimônio e Operações Financeiras (COTIR). Assinado digitalmente RODRIGO AUGUSTO VERLY DE OLIVEIRA Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Chefe da Disit/SRRF01 De acordo. À consideração do Coordenador-Geral da. Ordem de Intimação Assinado digitalmente CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenadora da COTIR Aprovo a Solução de Consulta. Divulgue-se e publique-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao consulente. Assinado digitalmente FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenador-Geral da 10