FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS



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Transcrição:

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MARCOS MORAIS DE SOUSA PORTAL CORPORATIVO: FERRAMENTA DE APÓIO À GESTÃO DO CONHECIMENTO Jequié BA 2010

MARCOS MORAIS DE SOUSA PORTAL CORPORATIVO: FERRAMENTA DE APÓIO À GESTÃO DO CONHECIMENTO Trabalho Monográfico de conclusão de curso do discente Marcos Morais de Sousa apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Jequié FTC. Orientadora: Profª. Esp. Liana Rita Ferreira Co-orientador: Prof.º Esp. Antônio Luis Neves Co-orientador: Prof.º Esp. Saulo Correa Peixoto Jequié BA 2010

MARCOS MORAIS DE SOUSA PORTAL CORPORATIVO: FERRAMENTA DE APÓIO À GESTÃO DO CONHECIMENTO Monografia apresentada ao Colegiado do Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC de Jequié, como requisito obrigatório para a obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação. Aprovada em de de 2010. BANCA EXAMINADORA Profª. Esp. Liana Rita Ferreira Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC (Orientadora) Profº. Esp. Saulo Correa Peixoto Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC Profº. Esp. Antônio Luis Neves Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC

Dedico esse trabalho especialmente a memória do meu querido pai, Francisco Dias de Sousa que não terá a oportunidade de viver este momento, à minha família, por todos os momentos dedicados a mim, além do apoio irrestrito a minha trajetória, propiciando as condições necessárias para a conclusão desse curso.

AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus, por me manter focado e ter me dado forças para que eu não fraquejasse diante de todos os problemas inerentes a minha odisséia particular. Agradeço de forma muito especial à minha esposa Carla e meus filhos Dimitri, Dianna e David por todo o amor e suporte que tive para poder concluir mais um objetivo na vida, bem como pelas inúmeras horas roubadas de seu convívio. Agradeço a meus pais por terem me dado os ensinamentos estruturais que ajudaram na formação dos meus valores morais e éticos. Agradeço especialmente, a minha irmã Michelle que sempre acreditou em meu potencial. Agradeço especialmente ao amigo Valdir Barreto, que se não fosse por ele e pela sua compreensão e fé em minha competência profissional eu não teria ingressado e concluído este curso. Agradeço aos colegas e professores da faculdade da turma de Sistemas de Informação 2007/1 e a todos os amigos cujo convívio me proporcionou os momentos de relaxamento necessário para a continuidade deste curso. Agradeço a minha orientadora Esp. Liana Rita Oliveira Ferreira, que aceitou o desafio da orientação com muito entusiasmo, coragem alem de seu conhecimento, sem o qual este trabalho de conclusão de curso não teria sido concretizado. Agradeço a todos que de uma forma ou de outra possibilitaram a conclusão deste trabalho de pesquisa científica, e conseqüentemente do curso de Sistemas de Informação. A todos, meus sinceros agradecimentos.

Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. (Confúcio)

RESUMO Nesse trabalho são abordadas questões inerentes à conceitos sobre a tecnologia em expansão conhecida como Portal Corporativo, cujo objetivo é entender e viabilizar a centralização do acesso às informações digitais no contexto organizacional, geradas pelos diversos programas de computador de uso cotidiano e questões relacionadas ao envolvimento da Governança Corporativa e Governança de TI sob a ótica da literatura especializada, apresentando como questão norteadora a indagação de como um Portal Corporativo pode atuar como ferramenta de apoio a gestão do conhecimento e melhorar os problemas de integração e comunicação em uma organização. Como justificativa de uso da ferramenta Portal Corporativo, partiuse do pressuposto de que esta ferramenta atende as necessidades do mundo corporativo moderno, representado por uma constante e dinâmica complexidade. Para tanto, este trabalho de pesquisa cientifica de natureza aplicada, foi realizado sob a perspectiva quantitativa, procurando traduzir em números as informações e opiniões colhidas que apontaram os requisitos prioritários para atender a demanda atual de uma organização. Desse modo, foi construído um Portal Corporativo, que atendeu as necessidades prioritárias, apontadas na pesquisa realizada, atingindo o objetivo proposto e possibilitando concluir que para o sucesso da proposta, é preciso levar em consideração as peculiaridades de cada organização, procurando desenvolver um trabalho que fortaleça a cultura organizacional, bem como do comprometimento de todos, principalmente dos diretores da empresa. Palavras-Chave: Portal Corporativo; Governança Corporativa; Governança em TI; Gestão da informação.

ABSTRACT This work discusses issues related to the concepts of expanding technology known as Corporate Portal, which aims to understand and facilitate the centralization of access to digital information within an organizational context, generated by various computer programs for everyday use and issues related to the involvement of Corporate Governance and IT governance from the perspective of literature, presenting them as core question of the inquiry as a Corporate Portal can act as a support tool to improve knowledge management and the problems of integration and communication within an organization. He justified the use of the tool Enterprise Portal, we started with the assumption that this tool meets the needs of the modern corporate world, represented by a constant and dynamic complexity. Therefore, this work of scientific research of applied nature, was conducted under the quantitative perspective, looking into figures collected the information and opinions that pointed out the priority requirements to meet the current demand of an organization. Thus, we built a Corporate Portal, which met the priority needs outlined in the survey, reaching the objective and the possibility to conclude that for the success of the proposal, one must take into consideration the particularities of each organization, seeking to develop tasks, strengthen the culture organization and be commited to everyone, particularly directors of the company. Keywords: Corporate Portal, Corporate Governance, IT Governance, Information Management.

LISTA DE FIGURAS Figura 01 Por que as empresas fecham... 19 Figura 02 Framework de Governança de TI... 23 Figura 03 Os quatro domínios do CobiT... 25 Figura 04 Pirâmide de atuação da ITIL e COBIT... 27 Figura 05 Framework de Governança em TI... 29 Figura 06 Arquitetura Técnica do Portal... 31 Figura 07 Arquitetura tecnológica de um Portal Corporativo... 32 Figura 08 Fases do modelo de Desenvolvimento Clássico... 41 Figura 09 Classificação dos requisitos... 42 Figura 10 Etapas para análise de requisitos... 43 Figura 11 Evolução da UML... 45 Figura 12 Exemplo de Diagrama de Caso de Uso... 46 Figura 13 Diagrama de Classes para o Jogo Space Invaders... 47 Figura 14 Exemplo de Diagrama de Sequencia... 48 Figura 15 Diagrama de Atividades.... 49 Figura 16 Crescimento no mercado do SGBD SQL Server... 53 Figura 17 Quantidade de Unidades vendidas em 2005... 53 Figura 18 Número máx. de usuários concorrentes em SQL Server em um ambiente SAP... 54 Figura 19 Estrutura de Web site.... 60 Figura 20 O que os projetistas criam e o que os usuários vêem... 61 Figura 21 Exemplo de Layout de websites... 62 Figura 22 Roda das Cores.... 64 Figura 23 Classificação das Cores Segundo a Temperatura... 64 Figura 24 Valor e saturação... 65 Figura 25 Modelo das Cores RGB aditivas (esquerda) e modelo das cores CMYK subtrativas (direita)... 66 Figura 26 Organograma da instituição.... 75 Figura 27 Exemplo de código escrito em linguagem C# para inclusão de sites favoritos no banco de dados..... 97 Figura 28 Diagrama ER das tabelas relacionadas ao Membership.... 100 Figura 29 Diagrama ER.... 101

Figura 30 Diagrama das camadas de desenvolvimento do sistema Enterprise... 102 Figura 31 Tela de Login... 104 Figura 32 Tela de Login não permitido ou quando a sessão é encerrada.... 104 Figura 33 Tela de Solicitação de Acesso ao Sistema.... 105 Figura 34 Tela principal.... 106 Figura 35 Identificação das principais áreas da tela principal.... 107 Figura 36 Tela de Reprodução de Áudio... 108 Figura 37 Tela de Enviar Email.... 109

LISTA DE QUADROS Quadro 01 Os 34 processos que compõem os 4 domínios do CobiT... 26 Quadro 02 Modalidades de versões do SQL Server... 56 Quadro 03 Comparações entre versões do SQL Server... 57 Quadro 04 Princípios de projeto de interface com o usuário... 59 Quadro 05 Colaboradores por Setor... 74 Quadro 06 Infraestrutura de Software... 76 Quadro 07 Infraestrutura de Hardware... 77

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Facilidade de acesso... 78 Gráfico 02 Ferramenta de Busca... 79 Gráfico 03 Publicação... 80 Gráfico 04 Áreas específicas... 81 Gráfico 05 Disponibilidade... 82 Gráfico 06 Incentivo a compartilhar arquivos.... 83 Gráfico 07 Interação entre pessoas... 84 Gráfico 08 Mobilidade... 85 Gráfico 09 Acesso via internet... 86 Gráfico 10 Atualização de informação... 87 Gráfico 11 Segurança... 88 Gráfico 12 Quantificação do uso do portal... 89 Gráfico 13 Restrição por áreas... 90 Gráfico 14 Integração... 91 Gráfico 15 Resultado da pesquisa sobre requisitos de um Portal Corporativo... 92

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 18 2.1 A TECNOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA... 18 2.2 GOVERNANÇA CORPORATIVA E GOVERNANÇA DE TI... 21 2.3 PORTAIS CORPORATIVOS... 30 2.3.1 O foco é o usuário... 36 2.3.2 Conhecimento tático... 37 2.4 ENGENHARIA DE SISTEMAS... 38 2.5 ENGENHARIA DE SOFTWARE... 39 2.6 ENGENHARIA DE REQUISITOS... 41 2.7 MODELAGEM DE SOFTWARE... 44 2.8 FERRAMENTAS CASE E FERRAMENTAS RAD... 50 2.9 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS... 52 2.10 INTERFACE COM O USUÁRIO E USABILIDADE... 58 2.10.1 A importância das Cores no Ambiente Web... 63 2.11 SEGURANÇA EM PROGRAMAS DE COMPUTADOR... 67 3 METODOLOGIA... 69 3.1 TIPO DO ESTUDO... 69 3.2 SUJEITO DO ESTUDO... 69 3.3 CENÁRIO DA PESQUISA... 70 3.4 TÉCNICA PARA COLETA DOS DADOS... 71 3.5 TÉCNICA PARA ANÁLISE DOS DADOS... 73 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS... 74 5 PROJETO... 94 5.1 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES... 95 5.2 ANÁLISE... 96 5.3 PLANEJAMENTO... 96 5.3.1 Tecnologias Envolvidas... 96 5.3.2 Diagrama de Entidade e Relacionamento... 99 5.3.3 Arquitetura do Software... 102

5.3.4 Caracterização da interface... 103 5.4 CODIFICAÇÃO... 109 5.5 INSTALAÇÃO E TESTE... 109 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 110 REFERÊNCIAS... 113 APÊNDICE... 116 APÊNDICE A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO DA EMPRESA... 116 APÊNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO DO ENTREVISTADO... 118 APÊNDICE C QUESTIONÁRIO... 120 APÊNDICE D DOCUMENTO DE ESPECIFICAÇÃO DE REQUISITOS... 125 APÊNDICE E DECLARAÇÃO DO GERENTE GERAL... 149 APÊNDICE F DECLARAÇÃO DA GERENTE DE RECURSOS HUMANOS... 150

14 1 INTRODUÇÃO É possível definir de inúmeras formas o conceito de Gestão da Informação ou apenas apontar o posicionamento de vários autores que dominam esse assunto. Entretanto, neste momento, é preferível expressar de uma forma mais sintética, tendo como base a idéia que gestão está relacionada aos processos de planejamento, organização, liderança e controle das pessoas que compõem uma empresa, bem como as tarefas e atividades realizadas e a informação como sendo um termo que engloba várias formas de tecnologia usadas para criar, armazenar, trocar e usufruir todo e qualquer tipo de informação. Dessa forma, pode-se entender gestão da informação como um conjunto de estratégias que consiste em atividades para possibilitar criar, buscar, identificar, classificar, processar, armazenar e disseminar informações, independentemente do formato ou meio em que se encontra, seja físico ou digital. Portanto, esse conjunto de estratégias oferece subsídios necessários para que as pessoas possam gerir novas idéias, resolvam questões e possam tomar decisões da melhor forma possível e no momento correto. Com base nessa definição de gestão da informação, é esperado que um Portal Corporativo possa auxiliar a operacionalização dos processos de negócios e gestão da instituição, oferecendo possibilidades de troca de informações e idéias além de concentrar em um só lugar acesso ao conteúdo de diversos softwares usados nos departamentos da organização. Entretanto, é necessário o esclarecimento do que vêm a ser um Portal Corporativo, entender suas vantagens, desvantagens, seus custos, seus tipos e, de modo mais amplo, o que um Portal Corporativo tem a oferecer. É de conhecimento público que muitas empresas têm pouca ou nenhuma centralização no uso de ferramentas de apoio a operacionalização do negócio com o objetivo de permitir uma gestão mais hábil, versátil, rápida e precisa. Essa falta de centralização pode gerar pouca confiança e pouca agilidade nas decisões além de abrir margem para problemas como insegurança da informação, falta de controle documentado dos processos operacionais, troca de informações deficientes, desvios de equipamentos, desvios de componentes de hardware, desvios de licenças de

15 softwares ou mesmo de divisas, atrapalhando o gerenciamento e a evolução saudável da empresa. Algumas empresas de Jequié-BA e região cresceram sem qualquer planejamento e muitas ainda podem estar crescendo sem ou com pouco planejamento. Esse crescimento pode ser relacionado às oportunidades e ações que vão surgindo, sendo arquitetadas e executadas simultaneamente, trazendo ora vantagens, ora desvantagens. Assim, ao longo dos anos a rede de processos operacionais e de gestão vai ficando cada vez mais complexa. Desse modo, é indispensável à aquisição ou desenvolvimento de softwares para auxílio às atividades administrativas em muitas empresas onde a cada nova necessidade surge um novo software para atender a nova demanda. Entretanto, nem sempre esse novo software consegue resolver as especificidades do momento. Assim, um software pode ou não ser adequado a instituição em determinado momento. É com a expectativa de procurar atender as necessidades da organização, sobretudo dos diversos setores que a compõem, que novos softwares vão sendo acoplados ao parque tecnológico. No entanto esse comportamento não oferece garantias de acompanhamento do processo de crescimento da empresa. Normalmente, essas ações resultam na existência de diversos sistemas, com diversos logins 1 com grande complexidade, que muitas vezes ao contratar um novo funcionário, este pode demorar para entender o funcionamento da empresa e ter acesso aos sistemas disponíveis. Por si só, essa demora pode levar a uma perda significativa no processo produtivo da organização. Esse processo descentralizado, dificulta em muito os processos organizacionais de gestão e operacionalização da organização, abrindo margens para diversos furos de segurança, sejam físicos ou financeiros. Surge então, a necessidade de uma ferramenta diferente, uma ferramenta que centralize os processos, facilite a gestão e operacionalização da empresa, mais especificamente de uma empresa de Jequié que se enquadre em um 1 Logins - Palavra de origem da língua inglesa; plural de Login; Área em um sistema onde é informa o nome de usuário e senha para acesso as funcionalidades de um software.

16 cenário onde predomine a desordem no acesso aos programas de computador, problemas de segurança de informação e de comunicação. Entretanto, como poderia um Portal Corporativo atuar como ferramenta de apoio à gestão e melhorar os problemas de integração e comunicação em uma empresa de Jequié em seu diaa-dia? O ambiente acadêmico proporcionou o primeiro contato com as teorias relacionadas ao empreendedorismo, governança corporativa, governança de TI 2 e a engenharia de softwares despertando, assim, a ideia de como uma ferramenta de computador pode apoiar a gestão e a comunicação nas empresas. Dessa forma, têm-se como objetivo principal, a proposta de entender e viabilizar um Portal Corporativo, objeto de estudo desta monografia, centralizando os acessos e as informações geradas pelos softwares de uso cotidiano, comuns ao ambiente de trabalho, agilizando as tarefas rotineiras e, portanto, ajudando consideravelmente na gestão da empresa. Para os objetivos específicos é pretendida a descrição de como os portais corporativos podem influenciar na gestão, mais especificamente na gestão do conhecimento, observar se a centralização no acesso aos softwares usados na empresa agiliza as atividades rotineiras trazendo benefícios a gestão de empresa, observar se um Portal Corporativo traz velocidade nas informações de apoio às tomadas de decisões e apontar se o Portal Corporativo pode, de fato, aumentar a produtividade dos usuários. O crescimento desorganizado e a diversidade de sistemas inadequados em uma organização podem funcionar como um freio-de-mão no crescimento de uma organização ocasionando inúmeros prejuízos. Essas situações evidenciam a importância da informação, um bem como é a informação precisa ser corretamente administrado para atender a complexidade no mundo corporativo e a globalização da economia que é impulsionada cada vez mais pela tecnologia da informação e os 2 TI - Significa Tecnologia da Informação ou Tecnologia de Informação.

17 meios de comunicação. Em um ambiente globalizado como a atual realidade, é impossível não pensar na internet, nos softwares, equipamentos computacionais e nos responsáveis pelo estudo, projeto, execução e manutenção dos mesmos. É nesse contexto que a gestão da informação é transformada em um importante recurso estratégico para as corporações. Diversas inovações estão registradas na história da humanidade estimulando o progresso de várias civilizações. Terra e Gordon (2002) lembram que Aristóteles a mais de dois mil anos observou que o poder deriva do conhecimento. Entretanto, ter o domínio sobre o conhecimento não significa por si só ter o poderio competitivo, esse poder só se torna competitivo a partir do momento em que a empresa sabe usar a informação. A utilização de um Portal Corporativo é um passo a se conquistar para a aquisição do poder competitivo nas empresas. Nesse sentido, procura-se justificar o uso de portais corporativos como ferramenta de apoio à gestão para atender melhor a atualidade mundial, onde essa é representada por uma constante e dinâmica complexidade no mundo corporativo, bem como em toda a sociedade globalizada.

18 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A TECNOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA Atualmente é comum que a tecnologia de informação esteja presente em várias situações do dia-a-dia. Para nos comunicarmos com um familiar ou colega de trabalho que esteja a alguns metros ou a algumas centenas de quilômetros, usamos o telefone, o celular ou a internet, muito mais que um telegrama ou uma carta como era feito há décadas. Esse comportamento é continuado nas organizações devido às necessidades administrativas, uma vez que o ativo da informação é um grande diferencial. A esse respeito Weill e Ross (2006) completam As firmas administram muitos ativos pessoas, dinheiro, Instalações e o relacionamento com o cliente -, mas a informação e as tecnologias que coletam, armazenam e disseminam informações talvez sejam os ativos que lhes causem maior perplexidade. (WEILL; ROSS, 2006, p.1) Assim, cada vez mais as diversas tecnologias de informação vão se arraigando ao ambiente cotidiano da vida humana aumentando a cada dia sua relevância, seja no trabalho, lazer, educação e principalmente nas organizações, exigindo respostas cada vez mais rápidas. Nesse sentido Weill e Ross (2006) comentam: Olhando mais a frente, a influência da TI no desempenho empresarial continuará a crescer. Quer a empresa se concentre na eficiência, na inovação, no crescimento, na responsabilidade dos clientes ou na integração dos negócios, a TI tornou-se um ingrediente essencial para a competitividade do negócio. A TI suporta componentes padronizados dos processos, o compartilhamento do conhecimento, comunicações instantâneas e a conexão eletrônica as bases das novas estratégias de negócio. (Ibid., prefácio) Embora haja um entendimento da necessidade da tecnologia, mais precisamente a tecnologia de informação, muitas empresas apresentam alguma resistência em capitular perante a realidade da informática, principalmente as empresas que estão iniciando um negócio. Diversos fatores como falta de conhecimento do seguimento de mercado, elevada carga tributária, o difícil acesso a empréstimos, falta de planejamento do empresário, cultura organizacional, política e comportamentos organizacionais questionáveis como sonegação fiscal, contribuem para alicerçar a

19 resistência das corporações em iniciar um negócio devidamente informatizado e bem estruturado. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE e divulgada pela UNESP (2010) aponta que 50% das corporações abertas no Brasil fecham as portas antes de dois anos de existência: De cada dez empresas criadas no Brasil, cinco quebram antes de completarem dois anos de existência. As que enfrentam mais dificuldades para sobreviver são as de pequeno porte, que empregam até nove funcionários e têm faturamento anual inferior a R$ 120 mil. Os números são de pesquisa divulgada ontem pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). (SEBRAE apud UNESP, 2010). Na Figura 01, é possível verificar de forma mais expressiva a informação. Figura 01 Por que as empresas fecham. Fonte: UNESP/2010 http://www.agr.feis.unesp.br/fsp12082004.php

20 A falta de planejamento adequado pode levar as empresas a desenvolverem seu aparato tecnológico de maneira inapropriada. São máquinas e equipamentos com configurações totalmente distintas, sem nenhum padrão, redes de computadores completamente despreparadas para o crescimento da corporação, usuários do aparato tecnológico com pouca capacitação e uma infinidade de sistemas de computadores que vão surgindo de acordo às necessidades da empresa. Essa visão ou comportamento organizacional ocasiona grandes problemas relacionados à gestão da informação, bem como a gestão do conhecimento e por que não dizer, a gestão financeira do negócio. Nesse sentido Weill e Ross (2006, prefácio) dizem que [...] na tentativa de extrair valor da TI para o negócio costumam exasperar os negócios de gerentes seniores. A esse respeito Weill e Ross (2006) citam que três vezes ao ano o Center For Information (Centro de Pesquisas sobre Sistemas de Informação) da MIT Sloan School of Management oferecem programas de treinamento para ajudar executivos de outras áreas para lidar melhor com a Tecnologia da Informação. Esses executivos são em geral CEOs, CFOs, COOs 3 e outros gerentes seniores que buscam formas práticas de diminuir os gastos com TI e melhorar o retorno dos investimentos feitos em Tecnologia da Informação. Desse modo, após concluir uma pesquisa em mais de 250 empresas de ramos variados com ou sem fins lucrativos em 33 países nas Américas, na Europa e no Pacífico Asiático procurando entender a criação de valor da Tecnologia da Informação, Weill e Ross (2006, p.4) concluíram que Uma governança de TI eficaz é o indicador mais importante do valor da organização que aufere a Tecnologia da Informação. Portanto, Weill e Ross (2006, p. 3) ao afirmar que [...] empresas que governam a TI por omissão constatam, que freqüentemente, ela pode sabotar sua estratégia de 3 CEO (Chief Executive Officer) é o diretor executivo ou diretor geral da empresa; o CFO (Chief Financial Officer) é o diretor financeiro; o CFF (Chief Operation Officer) é o diretor operacional.

21 negócios. Essa afirmação endossa o pensamento no qual a gestão da tecnologia tem importância estratégica para as pessoas e para as empresas. 2.2 GOVERNANÇA CORPORATIVA E GOVERNANÇA DE TI As empresas que atuam sob regime de Governança de TI eficaz e que seguem uma estratégia específica tiveram lucros superiores a 20%, segundo uma pesquisa de Weill e Ross (2006, p. 2). Nessa pesquisa é relatado que as empresas com melhor desempenho têm retorno sobre os investimentos em TI de até 40%, fatos que reforçam o valor de que uma boa Governança de TI pode fazer a diferença entre o fracasso e o sucesso. Entretanto, é necessário o entendimento do que é Governança de TI e qual a relação com a Governança Corporativa. Antes de apresentar algumas definições de Governança de TI, é imprescindível compreender a importância da Governança Corporativa. Nesse sentido, a Governança Corporativa passou a ter mais relevância no mundo dos negócios, após uma série de escândalos corporativos por volta de 2002, fato relatado por Borges e Serrão (2005): E com os escândalos corporativos da Enron e da Worldcom, tem-se uma severa revisão do modelo de governança americano com a proposição de limitações à ação dos CEOS (tem-se o fim daquilo que Greenspan denominou CEO-dominant paradigm), o aprimoramento dos sistemas de monitoramento dos investidores e a reestruturação de algumas leis a serem observadas pelas companhias americanas. (BORGES; SERRÃO, 2005, p.117) Portanto, dentre diversas definições possíveis o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) define a Governança Corporativa como Um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. De acordo à Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) apud Weill e Ross (2006, p. 5) governança corporativa é definida como A criação de uma estrutura que determine os objetivos organizacionais e monitore o desempenho para assegurar a concretização desses objetivos.

22 Desse modo Borges e Serrão (2005) apontam que os problemas relacionados à informação são críticos e podem influenciar, não apenas o desempenho de uma organização, mas até mesmo o desempenho de uma nação. Embora existam alguns modelos de governança corporativa, deve-se ter cuidado, pois um modelo inadequado à uma organização pode gerar ineficiência como é defendido por Borges e Serrão (2005). A esse respeito Carvalho (2002) citado por Borges e Serrão (2005) comenta: A existência de assimetrias de informação nas economias modernas, marcadas pela separação entre empreendedores e fornecedores de capital, muitas vezes inviabiliza o financiamento de projetos altamente produtivos. (CARVALHO, 2002 apud BORGES; SERRÃO, 2005, p.114). Nesse sentido é que Borges e Serrão (2005) com base em Oliveira (2000) comentam sobre modelos de governança corporativa: Os sistemas básicos de governança corporativa encontrados pelo mundo são os que têm como base a proteção legal EUA e Reino Unido; os baseados em grandes investidores e nos bancos da Europa Continental (Alemanha e Japão); e os sistemas baseados na propriedade familiar (no resto do mundo). (OLIVEIRA, 2000, apud BORGES; SERRÃO, 2005, p.6). Esses modelos de governança corporativa procuram recuperar e manter a confiabilidade de uma organização para os acionistas da organização. Para tanto, alguns ativos são prioritários para as empresas. Sobre esses ativos, Weill e Ross (2004) incluem ativos humanos, ativos financeiros, ativos físicos, propriedade intelectual, ativos de informação e TI, bem como ativos de relacionamento. Os ativos humanos estão relacionados às pessoas, suas habilidades e cargos na organização. Já os ativos financeiros estão relacionados à operações que remetem valor monetário. Quanto aos ativos físicos pode ser compreendido os bens de infraestrutura como prédio, fábricas, equipamentos. Com relação à propriedade intelectual incluem o valor de conhecimento ou know-how de produtos, serviços e processos das pessoas ou sistemas que a empresa detém. Os ativos de informação e TI são os dados digitalizados e as informações e conhecimentos dos clientes, processados na

23 organização e assim por diante. E para os ativos de relacionamento compreende-se que são ligados aos relacionamentos interpessoais dentro da organização e a imagem que a marca ou nome da empresa carrega, repercutindo juntos aos clientes e fornecedores. A Figura 02 ilustra uma proposta de Weill e Ross (2006, p. 6) para associar a Governança Corporativa à Governança de TI. Figura 02 Framework de Governança de TI Fonte: Weill e Ross (2006, p. 6) Todavia para alcançar esses objetivos, como afirma Lopes (2009, p. 01) é necessário um grande número de mecanismos organizacionais (por exemplo, estruturas, processos, comitês, procedimentos e auditorias).

24 É nesse momento que entra a necessidade de uma Governança de TI eficaz. Fernandes e Abreu (2008) afirmam que Governança de TI: Consiste em um ferramental para as especificações dos direitos de decisão e das responsabilidades, visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da TI. (WELL; ROSS, 2004, apud FERNANDES; ABREU, 2008, p. 14). De acordo com o IT Governance Institute (2005) a responsabilidade da governança de TI é da alta administração A governança de TI é de responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executivos), na liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização. (FERNANDES; ABREU, 2008, p. 13) Entretanto, não basta definir o que é Governança em TI, é preciso entender como funciona, quais metodologias estão envolvidas e quais ferramentas auxiliam no planejamento, execução e manutenção de uma boa governança em TI. É nesse sentido que algumas metodologias internacionais são usadas como ferramentas da Governança de TI como é o caso do ITIL (do inglês Information Technology Infrastructure Library) e o CobiT (do inglês, Control Objectives for Information and related Technology). Para Fernandes e Abreu (2008) a CobiT é um guia para a gestão de TI recomendado pelo ISACF (do inglês Information Systems Audit and Control Foundation). Já para o CobiT no entendimento de Fernandes e Abreu (2008) os pilares de sustentação da Governança de TI podem ser representadas em cinco áreas: alinhamento estratégico, medição de desempenho, gerenciamento de recursos, gerenciamento de riscos e agregação de valor. A esse respeito acrescenta Fagundes (2010, p. 1) O CobiT inclui recursos tais como um sumário executivo, um framework, controle de objetivos, mapas de auditoria, um conjunto de ferramentas de implementação e um guia com técnicas de gerenciamento.

25 Figura 03 Os quatro domínios do CobiT Fonte: Adaptado de http://www.efagundes.com/artigos/cobit.htm A Figura 03 ilustra os quatro domínios do CobiT que ajudam a interligação entre os processos de negócios da organização, enquanto o Quadro 01 ilustra os trinta e quatro processos desses domínios.

Monitoração e Avaliação ME 5 Entrega e Suporte DS 4 Aquisição e Implementação Ai Planejar e Organizar PO 26 Quadro 01 Os 34 processos que compõem os 4 domínios do CobiT PO1 Definir um Plano Estratégico de TI PO2 Definir a Arquitetura de Informação PO3 Determinar o Direcionamento Tecnológico PO4 Definir os Processos, Organização e Relacionamentos de TI PO5 Gerenciar o Investimento em TI PO6 Comunicar as Diretrizes e Expectativas da Diretoria PO7 Gerenciar os Recursos Humanos de TI PO8 Gerenciar a Qualidade PO9 Avaliar e Gerenciar os Riscos de TI PO10 Gerenciar Projetos AI1 Identificar Soluções Automatizadas AI2 Adquirir e Manter Software Aplicativo AI3 Adquirir e Manter Infraestrutura de Tecnologia AI4 Habilitar Operação e Uso AI5 Adquirir Recursos de TI AI6 Gerenciar Mudanças AI7 Instalar e Homologar Soluções e Mudanças DS1 Definir e Gerenciar Níveis de Serviço DS2 Gerenciar Serviços de Terceiros DS3 Gerenciar Capacidade e Desempenho DS4 Assegurar Continuidade de Serviços DS5 Assegurar a Segurança dos Serviços DS6 Identificar e Alocar Custos DS7 Educar e Treinar Usuários DS8 Gerenciar a Central de Serviço e os Incidentes ME1 Monitorar e Avaliar o Desempenho ME2 Monitorar e Avaliar os Controles Internos ME3 Assegurar a Conformidade com Requisitos Externos ME4 Prover a Governança de TI Fonte: Adaptado de Fernandes e Abreu (2008) Já o ITIL funciona como uma espécie de biblioteca da infraestrutura de tecnologia da organização procurando definir boas práticas para o gerenciamento do serviço com foco no cliente e na qualidade dos serviços. Embora existam outras ferramentas e 4 DS é uma sigla que vem do inglês Delivery and Suporte. 5 ME é uma sigla que vem do inglês Monitor and Evaluate.

27 frameworks que apóiam a governança em TI como o Val IT, que segundo Fernandes e Abreu (2008, p.190) [...] pode ser considerado um modelo que estende e complementa o CobiT, uma vez que aborda a tomada de decisões em relação aos investimentos de TI, enquanto o CobiT tem foco na execução. Essas ferramentas, em geral preparam o ambiente para o monitoramento e avaliação dos processos de TI ajudando a organização a alcançar seus objetivos. A Figura 04 nos mostra uma abordagem sobre o nível de atuação das duas ferramentas de governança citadas acima. Figura 04 Pirâmide de atuação da ITIL e COBIT. Fonte: Adaptado de Oliveira (2009) É difícil negar a disseminação e o poderio financeiro, político e cultural que as corporações demonstram hoje em dia, onde de certa forma a maior preocupação é com o lucro, usando muitas vezes artifícios que trazem benefícios crescentes às pessoas, aparentando assim um compromisso social que na verdade pode não existir. Muitas organizações mudam de cidade, de região, de pais e até de continente, procurando obter lucratividade ao menor custo possível. Várias destas corporações crescem usando, até mesmo, mão de obra infantil para atingir seus objetivos. Este fato é abordado no documentário The Corporation (Canadá, 2003), do diretor Mark Achbar e Jennifer Abbot, roteiro de Joel Bakan.

28 Dessa forma é possível que o mundo esteja passando por uma nova crise de credibilidade das corporações, onde a tecnologia está interligando de forma mais acentuada as nações e de modo que nunca foi visto em toda a história humana. As reais necessidades, objetivos e ações das organizações estão ficando cada vez mais visíveis devido aos meios modernos de comunicação. Esse fato favorece que a sociedade cobre cada vez mais intensamente comportamentos éticos por parte das organizações. Assim, essas cobranças comportamentais podem levar as organizações a um novo patamar, no qual passem a valorizar mais seus colaboradores, bem como sua imagem perante a sociedade. Nesse sentido, empresas investidoras em tecnologia como o Google podem estar um passo a frente quando procuram demonstrar que se preocupam com o estado emocional de seus empregados, sem, no entanto, abrir mão de seus objetivos lucrativos. Nesse âmbito, Well e Ross (2006) citam um estudo de McKinsey onde foi constatado que investidores profissionais se dispõem até mesmo a pagar um grande ágio para investir em empresas com altos padrões de governança. O ágio variava de uma média de 13% na América do norte e no oeste europeu, de 20% ou 25% na Ásia e na América Latina, sendo ainda maior no Leste Europeu e na África. Em média, considerando da pior para a melhor governança corporativa, as firmas podem esperar um aumento entre 10% e 12% no valor de mercado. (MCKINSEY apud WELL; ROSS, 2006, p. 4). Sobre a Governança de TI, Well e Ross (2006, p.8) citam ainda que esta pode ser entendida como [...] a especificação dos direitos decisórios e do framework 6 de responsabilidade para estimular comportamentos desejáveis na utilização de TI. A Figura 05 exemplifica uma proposta de TI de Weill e Ross (2006, p. 14) de framework de Governança de TI. 6 Framework, em administração é um modelo de trabalho e disposição de ambientes e ferramentas pré-definido.

29 Figura 05 Framework de Governança em TI. Fonte: Weill e Ross (2006). Quem governa, determina quem toma as decisões e quem administra é responsável pelo processo de tomar e aplicar as decisões. Lógico que existe uma série de fatores sobre a Governança de TI que poderiam ser comentados e analisados, entretanto não é este o foco deste trabalho. Segundo Weill e Ross (2006, p.17), a Governança de TI é fundamental para o aprendizado organizacional sobre o valor da Tecnologia da Informação. Todavia, para introduzir qualquer ferramenta estratégica como apoio à gestão de uma corporação é preciso compreender questões como governança, administração, ambiente corporativo e cultural desta instituição. É através destes conceitos que é possível entender melhor como priorizar as decisões que devem ser tomadas para

30 garantir a gestão e o uso eficaz das ferramentas de TI, quem deve tomar as decisões e como essas decisões serão tomadas e aplicadas. 2.3 PORTAIS CORPORATIVOS Um Portal Corporativo pode proporcionar, de forma transparente para o usuário, diversas vantagens como a interligação entre departamentos ou filiais, ainda que separados fisicamente, melhoria da comunicação diminuindo os custos de telefonia, facilidades para imprimir documentos, aumento da produtividade dos funcionários, melhoria da eficiência administrativa, diminuindo as tarefas e erros operacionais. Dessa forma o Portal Corporativo ajuda a aumentar a competitividade da organização. A esse respeito Terra (2003) define o objetivo do Portal Corporativo como o de [...] promover eficiência e vantagens competitivas para a organização que o implementa. Completando, Terra e Bax (2003, p. 34) cita: A ideia por trás desses portais é a de desbloquear a informação armazenada na empresa, disponibilizando-a aos utilizadores através de um único ponto de acesso. Esse ponto de acesso único, que lhe confere o signo de portal, disponibiliza aplicações e informação personalizadas, essenciais para a tomada de decisões nos níveis estratégico (de negócio), tático e operacional. (TERRA; BAX, 2003, p. 34) Com o Portal Corporativo a informação passa a ser disponibilizada de forma mais rápida e com maior exatidão, proporcionando treinamento com facilidade e custo reduzido, vídeo conferência, acesso centralizado a informativos, circulares e outros avisos além de oferecer proteção mais adequada ao acesso a documentos sigilosos, facilita a criação ou ajuste da cultura organizacional da empresa. Muitas organizações estão adotando Portais Corporativos como ferramenta de apoio à Governança. A esse respeito Weill e Ross (2006) demonstra que: Noventa por cento das empresas em nosso estudo usavam portais para comunicar a Governança de TI. Os portais aumentam também a transparência da governança ao disponibilizar as políticas, os padrões o desempenho e algumas vezes os debates da empresa. (WELL; ROSS, 2006, p. 4).

31 As possibilidades para um Portal Corporativo sugerem uma lista extensa. Todavia a implementação de um Portal Corporativo não pode ser entendida como uma receita de bolo, onde um mesmo projeto é adequado para qualquer organização, mesmo que o portal apresente uma arquitetura própria. A Figura 06 esta demonstra um exemplo de arquitetura técnica para um Portal Corporativo. Figura 06 Arquitetura Técnica do Portal Fonte: Adaptado de Terra e Gordon (2002, p. 202) Já na Figura 07 é ilustrada uma arquitetura mais operacional de um Portal Corporativo.

32 Figura 07 Arquitetura tecnológica de um Portal Corporativo. Fonte: Adaptado de Terra e Gordon (2002) Embora um Portal Corporativo apresente inúmeros benefícios, muitos podem se perguntar o que vem a ser de fato um Portal Corporativo. Historicamente, o início está relacionado aos portais individuais desenvolvidos pela Yahoo, América Online, UOL, Terra e outros websites onde os usuários tinham uma série de acessos a informações, notícias, salas de bate papo e uma infinidade de situações que propiciavam a disseminação do conhecimento e a comunicação humana, assumindo no decorrer do tempo várias definições. A esse respeito, Dias (2001, p. 51) afirma que os termos Portal Corporativo, portal de informações corporativas, portal de negócios e portal de informações empresariais são utilizados na literatura, algumas vezes, como sinônimos.

33 Sobre a definição de Portal Corporativo, Terra e Gordon (2002) afirmam que Portais corporativos são umas das ferramentas mais avançadas para a prática de Gestão do Conhecimento (GC). Já para o diretor executivo da Promom Ventures apud Terra e Gordon (2002) fala que Poucas obras atuais apresentam a questão da Gestão do Conhecimento (GC) de forma tão pragmática e direta. Para o diretor de desenvolvimento Organizacional da Globo Cabo, Biazzi apud Terra e Gordon (2002) afirma que Portais Corporativos estão entre as mais importantes ferramentas gerenciais para armazenar, estruturar e disseminar conhecimento nas empresas do século XXI. Segundo Terra e Bax (2003) os portais corporativos, também chamados de EIP's (Enterprise Information Portals), são aplicações visualmente similares aos portais encontrados na Internet. É nesse sentido que atualmente um Portal Corporativo pode ser entendido como um sistema de informações centralizado, que integra e divulga conhecimentos e experiências de seus usuários dentro de alguns padrões e normas específicos de uma instituição favorecendo à Gestão do Conhecimento. Assim, entende-se que a gestão do conhecimento depende da eficiência da comunicação nas empresas, o que pode ser um problema em empresas sem estruturas de tecnologia adequadas. A busca pela resolução desses eventuais problemas resulta em processos que possibilitem a melhoria dessa comunicação e informação. Aliás, este foi um tema muito abordado e determinante nas guerras em que a humanidade participou, principalmente na segunda guerra mundial. A esse respeito, a tecnologia de informação Nazista cativou e subjugou a população alemã usando como principal ferramenta a propaganda. A esse respeito Araújo (2006) comenta: Em 1933, quando Hitler conquistou o poder na Alemanha, Joseph Goebbels, ministro da Propaganda, priorizou a utilização do rádio, assumindo o controle do conteúdo e o comando da própria indústria de

34 receptores. Como resultado da estratégia, Alberto Dines busca um dado estatístico provável do número de ouvintes em todos os países europeus atingidos por transmissões em língua alemã, citado por Gordon A. Craig em resenha no The New York Review of Books (19/9/96), sobre o livro de David Irving Goebbels: Mastermind of the Third Reich e aponta como resultado que os quatro milhões de ouvintes em 1933 saltaram em apenas um ano para 29 milhões e para 97 milhões em 1939, quando começou a Segunda Guerra Mundial. (ARAÚJO, 2006, p.20) Inúmeras batalhas foram decididas devido à interceptação de informações dos inimigos no decorrer da história, inúmeros foram os esforços para trazer segurança às mensagens enviadas e outros tantos esforços foram infligidos para interceptar essas mensagens. Dessa forma o valor da comunicação e da informação para as instituições deve ser administrado de modo que acompanhe os processos evolutivos que a humanidade sempre viveu, onde o aperfeiçoamento desses processos de comunicação deve ser constante e deve buscar a eficiência, além de prover segurança desse ativo tão importante que é a informação. Para ajudar a alcançar esses e outros objetivos, a disseminação de Portais Corporativos pode ser o próximo passo na evolução do processo de comunicação. Sua ideia central é a centralização no acesso e disseminação de todas as informações produzidas ou colhidas dentro de um ambiente institucional. Por meio do portal o usuário pode ter todas as informações necessárias, treinamentos, acesso unificado aos diversos aplicativos entre inúmeras facilidades para o dia-a-dia na instituição. Diversas fontes validam a afirmação em que o mercado para os portais corporativos é amplo e está em franco crescimento. Terra e Gordon (2002, prefácio) comentam: Segundo dados da Ovum em 2001, citados pelo Mercado Mundial de Software de Portais Corporativos teria um aumento de 1,46 bilhão de dólares em 2001 para 7,04 bilhões em 2005. Portanto, tendo como base o conceito de Portal Corporativo, entende-se que diversas ferramentas podem ser anexadas para facilitar o compartilhamento das

35 informações de forma documentada o que é muito bom para a instituição, pois o conhecimento deixa de existir apenas na cabeça do funcionário. Pequenos programas de computador ou gadget, produzido por terceiros ou não, podem facilmente maximizar a produtividade em um Portal Corporativo. Além disso, um Portal Corporativo facilita a integração com sistemas que funcionem em cloud-computing 7 onde os dados são armazenados e processados em um banco de dados distante do local onde se trabalha. Um bom exemplo é o Google Apps, pacote corporativo do Google que oferece email (Gmail), sistema de chat (GTalk), Google Docs, para produção de textos, planilhas, apresentações e websites, tudo sem custos para empresas com até 100 funcionários. Essas funcionalidades elevam o poder do Portal Corporativo nas organizações mundiais, contribuído para o comentário de Terra e Gordon (2002, prefácio) quando cita que Em 2002, o mercado global de Portais Corporativos valerá 14,8 bilhões de dólares (previsão da Merrill Lunc em 1999). O portal traz vantagens para todos, entretanto algumas preocupações devem ser levadas em consideração como: questões de segurança, qual tecnologia usar e como mostrar ao usuário o que usar. O que eles precisam saber é como a comunicação funciona na instituição antes da implementação do Portal Corporativo, dando atenção especial a interface do portal para facilitar a vida do usuário além de prever o impacto do Portal Corporativo no dia-a-dia da instituição. A respeito da segurança da informação, a empresa UOL cita um estudo da empresa Verizon 8 onde esta analisou 90 brechas de segurança que comprometeram 285 milhões de registros, tendo como principais causas a negligência das empresas quanto a segurança dos sistemas ou responsáveis pelas redes de computadores. 7 cloud-computing em português computação nas nuvens 8 Verizon Communications, Inc. é uma companhia americana especializada em telecomunicações sediada em Nova Iorque.

36 Além dessas preocupações, é de suma importância que a direção e as pessoas chaves dos setores da empresa devam estar comprometidas com o objetivo do Portal Corporativo e que envolvam os demais usuários. A preocupação em mostrar ao usuário um motivo para o uso diário do Portal Corporativo deve ser levada a sério, caso contrário, o Portal Corporativo poderá se tornar uma grande perda de tempo e dinheiro na instituição. Por isso é importante que o Portal Corporativo ofereça ferramentas que possam ser adaptadas as novas necessidades que emergirem na empresa além de oferecer possibilidades de personalizações de acordo a situação. 2.3.1 O foco é o usuário A expressão a informação certa, para a pessoa certa no momento certo é muito popular no ambiente da TI e remete bem ao objetivo do Portal Corporativo quando usado como ferramenta para Gestão do Conhecimento (GC). Entretanto atender na íntegra o que a expressão propõe pode ser uma enorme dor de cabeça. Por isso, bater na tecla que o foco do sucesso do Portal Corporativo está no usuário, não é exagero. É o usuário que vai usar o Portal Corporativo e é ele que tem de entender que o uso diário do portal traz inúmeros benefícios. Terra e Gordon (2002, p. 65) citando David Snowden comentam: o fato é que o compartilhamento de conhecimento [...] só pode ser voluntário. Dessa forma, impor o uso do portal pode funcionar inicialmente, mas não em um longo prazo. Em contrapartida, a possibilidade de consulta da comissão referente às vendas do mês se mostra como algo vantajoso para o usuário e pode ser considerado como bom exemplo para mostrar que o uso do Portal Corporativo é vantajoso. Levar em consideração a cultura organizacional da empresa e os valores dos funcionários também é importante para o desenvolvimento do Portal Corporativo. Imposições ou ameaças não rompem a barreira criada pelas crenças e valores individuais do funcionário. Nesse sentindo, Terra e Gordon (2002) citando Snowden deixam entender que as corporações precisam se reestruturar quando dizem que para alcançar o potencial

37 de contribuição de conhecimento dos funcionários [...] as organizações devem repensar suas estruturas de recompensas, formas organizacionais e atitudes gerenciais. (TERRA; GORDON, 2002, p. 61). Portanto, é muito importante observar as necessidades dos usuários e como eles trabalham para o sucesso do Portal Corporativo. Assim, todas as partes de desenvolvimento do portal desde quando surge a idéia, inicia-se o projeto ou começa a implementação, devem levar em consideração os comentários e sugestões do usuário final. 2.3.2 Conhecimento tático O uso do Portal Corporativo ou outras ferramentas informatizadas na instituição traz facilidades inquestionáveis na atualidade. Entretanto, a troca de informação e conhecimento disseminada entre as pessoas no trato direto não podem ser substituídos por nenhuma ferramenta, manual ou norma. A troca de informação entre pessoas é complexa e envolve os sons produzidos pela fala, gestos e olhares que não podem ser reproduzidos por ferramentas lineares como um Portal Corporativo. É importante compreender que por mais positivo que seja a implementação de um Portal Corporativo, esse não substituirá todo o processo informacional da instituição. O Portal Corporativo como qualquer outra ferramenta tecnológica apresenta limitações e deve ser visto como uma forma de agregar valor ao processo comunicativo. Nas organizações, o conhecimento tático é o conhecimento pessoal usado pelos membros para fazer seu trabalho, e para entender seus mundos. Ele é aprendido por períodos extensos de experiências e cumprimento das tarefas, durante os quais o indivíduo desenvolve um sentido e uma capacidade de fazer julgamentos intuitivos sobre a execução com sucesso de uma tarefa. (TERRA; GORDON, 2002, p. 61). É muito difícil a implementação de um Portal Corporativo sem alguma mudança processual nas formas de realizar essa ou aquela atividade no trabalho. A zona de conforto na qual as pessoas se acomodam quando estão acostumadas a agir de

38 uma forma pode tornar-se um grande entrave para a utilização de um Portal Corporativo em qualquer instituição. Toda mudança é difícil e terá que acontecer mais cedo ou mais tarde. Por isso algumas atitudes devem ser levadas em consideração pelos administradores das instituições de modo que o processo de adaptação ao uso do Portal Corporativo seja o mais suave possível. A esse respeito Terra e Gordon (2002) sugerem algumas atitudes que podem facilitar a implementação do Portal Corporativo na instituição quando afirmam que a empresa na pessoa dos seus administradores precisam ser exemplos, promovendo a troca de conhecimento, criar políticas de RH com objetivos claros e precisos que possibilitem a troca de informações via portal e políticas de recompensa que reforcem o uso correto do Portal Corporativo. Enormes benefícios podem ser oferecidos a corporação por meio de um Portal Corporativo. Com o apoio da administração e com um projeto focado nas necessidades do usuário as chances de sucesso do Portal Corporativo são enormes. A Siemens, por exemplo, citando um estudo de caso de Terra e Gordon (2002, p. 376) passou enormes dificuldades e mesmo assim, conseguiu criar uma empresa de conhecimento de classe mundial usando uma abordagem sociotécnica, ou seja, um alinhamento de estratégias de conhecimento e de negócio. 2.4 ENGENHARIA DE SISTEMAS A engenharia de sistemas de computadores abrange, segundo Sommerville (2003, p.7) todos os aspectos do desenvolvimento e da evolução de sistemas complexos, em que o software desempenha papel principal e completa concluindo que a engenharia de sistemas se ocupa desde ao desenvolvimento do hardware, projeto de políticas e processos e da implantação de sistemas como também da engenharia de software. Nesse sentido, os engenheiros de sistemas - os profissionais da disciplina engenharia de sistemas - que são os principais responsáveis pela especificação do

39 sistema, da arquitetura como um todo, bem como da integração das partes que compõem o sistema. Entretanto, afirma Sommerville (2003) que devido ao crescimento vertiginoso dos softwares nas últimas décadas algumas técnicas da engenharia de software como a modelagem de casos de uso passaram a ser usadas na engenharia de sistemas. 2.5 ENGENHARIA DE SOFTWARE Somente na década de 1968 na NATO Conference on Software Engineering (Conferência sobre Engenharia de Software da OTAN) a Engenharia de Software ganhou destaque e passou a ser um termo oficialmente usado. Historicamente os primeiros passos do que é entendido como Engenharia de Software na atualidade foi na década de 1960. Nesse sentido, Mazzola (2010, p. 06) afirma que engenharia de software é um conjunto de métodos, técnicas e ferramentas necessárias à produção de software de qualidade para todas as etapas do ciclo de vida do produto. Já para Pressman (2006) a engenharia de software ocorre como resultado da engenharia de sistemas. A esse respeito ele diz: Antes que o software possa ser submetido à engenharia, o sistema no qual ele reside deve ser entendido. Para conseguir isso, o objetivo geral do sistema deve ser determinado: o papel do hardware, software, pessoal, base de dados, procedimentos e outros elementos do sistema devem ser identificados; e requisitos operacionais devem ser conseguidos, analisados, especificados, modelados, validados e gerenciados. Essas atividades são à base da engenharia de sistemas. (PRESSMAN, 2006, p. 99). Todavia, para a elaboração e implementação de um software ou programa de computador é necessário uma seqüência de práticas. Essa seqüência é conhecida como Processo de Software, ou Processo de Engenharia de Software e englobam as atividades de especificação, projeto, implementação, testes e caracterizam-se pela interação de ferramentas, pessoas e métodos.

40 Dentre várias possibilidades para o desenvolvimento de software, o desenvolvimento tradicional e o desenvolvimento ágil merecem atenção especial. Teles (2006, p.30) define desenvolvimento tradicional ou clássico quando os projetos de software são baseados no modelo cascata ou quando estão muitos próximos desse modelo como o RUP (Rational Unified Process). Esse modelo clássico foi o primeiro processo de desenvolvimento de software publicado (PRESSMAN, 2006). Segundo Teles (2006) o modelo tradicional, sugere que a construção do programa de computador ou software deve seguir uma linha seqüencial ou fases: Análise onde o desenvolvedor procura buscar e entender as necessidades; Design é a projeção da arquitetura tendo como base a análise; Implementação que é quando a equipe define a arquitetura e as diversas partes do programa de computador; Teste que ajuda a identificar e verificar se o sistema atende aos requisitos específicos definidos pelo usuário; Implantação que é quando o sistema é colocado em operação; Manutenção que ocorre até o final da vida ou seja, até quando o software estiver em operação poderá sofrer alterações. Para Sommerville (2003), como ilustrado na Figura 08 o ciclo de vida clássico do software tem cinco fases: definição de requisitos, projeto do software, implementação e teste unitário, integração e teste do sistema, operação e manutenção.

41 Figura 08 Fases do modelo de Desenvolvimento Clássico Fonte: Adaptado de Sommerville (2003) Para o modelo de Desenvolvimento Ágil, Teles (2006, p. 31) refere-se ao desenvolvimento interativo ou espiral, de forma que todas as fases descritas no modelo cascata sejam executadas diversas vezes ao longo do projeto, produzindo círculos. 2.6 ENGENHARIA DE REQUISITOS Segundo o Dicionário Michaelis apud Rocha; Magalhães (2010, p. 04) a engenharia de requisitos é a arte de aplicar os conhecimentos científicos à invenção, aperfeiçoamento ou utilização da técnica industrial em todas as suas determinações. A sua descrição textual tem causado grandes problemas aos projetistas de software, pois são gerados documentos imprecisos ocasionados pela compreensão incorreta do que o usuário espera do software. A respeito da engenharia de requisitos, comenta Pressman (2006): A engenharia de requisitos ajuda os engenheiros de software a compreender melhor o problema que eles vão trabalhar para resolver. Ela inclui o conjunto de tarefas que levam a um entendimento de qual separa o impacto do software sobre o negócio do que o cliente quer e de como os usuários finais vão interagir com o software. (PRESSMAN, 2006, p.116)

42 Outro problema encontrado é a visão de muitos projetistas, na qual a engenharia de requisitos é vista como um processo muito pessoal. Essa visão ou entendimento pode ocasionar que cada analista/projetista desenvolva seus próprios padrões tornando o reuso de documento, termo tão usado por toda área de desenvolvimento, uma utopia. Na tentativa de resolver problemas da engenharia de requisitos, diagramas, como o diagrama de atividade, diagrama de seqüência, diagrama de classes e outros diagramas, tem sido usados rotineiramente de acordo às peculiaridades de cada analista e/ou projetista. Embora esses diagramas resolvam de certa forma os problemas utópicos relacionados ao reuso de documentação, os documentos resultantes tornam-se muito técnicos e de difícil entendimento para o contratante, bem como para muitos programadores e, nem sempre, refletem o verdadeiro objetivo esperado do sistema. Essa situação afugenta muitos desenvolvedores recém formados e não contribui para a qualidade dos projetos de software. Na Figura 09 observa-se a classificação dos requisitos funcionais e não funcionais. Figura 09 Classificação dos requisitos Fonte: Adaptado de http://www.inf.ufsc.br/~wesley/engsoft/corpo.htm#introducao

43 Pressman (2006), afirma que a engenharia de requisitos ajuda os engenheiros de software a compreender melhor o problema que eles vão trabalhar, para resolvê-los. Ainda segundo Pressman (2006) a análise de requisitos é um processo de descoberta, refinamento e especificação. O contato entre o cliente e o desenvolvedor é fundamental para a análise e especificação dos requisitos de sistema e deve seguir uma seqüência representada na Figura 10. Figura 10 Etapas para análise de requisitos Fonte: Adaptado de Pressman (1995) Quanto aos requisitos de domínio, estes estão ligados diretamente ao domínio da aplicação e não em necessidades do usuário ou em função de propriedades do sistema (Sommerville, 2003). Assim, quando um requisito aponta que para atender a necessidade do usuário deva ser usado apenas um determinado cálculo, configurase como requisito de domínio, muito confundido com requisito não-funcional. A respeito dos requisitos funcionais, pode ser entendido que estes documentam as funções que um sistema deve fazer. Os requisitos funcionais são muito parecidos com os requisitos do sistema.

44 Já os requisitos não funcionais tratam de restrições, aspectos de desempenho, interfaces com usuário, cores, segurança etc. Ou seja, os requisitos funcionais descreve o que o sistema deve fazer e os não funcionais como os requisitos funcionais são implementados. 2.7 MODELAGEM DE SOFTWARE Como já foi dito, o crescimento vertiginoso dos softwares nas ultimas décadas teve, crescimento foi acentuado na década de 1990 com o início da massificação da tecnologia onde o número de novos softwares aumentou e ocasionando o surgimento de uma variedade muito grande de formas de modelagem para os sistemas orientados a objeto. Todavia, para se construir um software de qualidade são necessários grandes esforços e muita experiência. A esse respeito Silva e Videira (2001) afirmam: Fazer software não é uma tarefa fácil. Fazer software de qualidade é ainda mais difícil. A generalidade dos resultados obtidos ao longo do tempo têm sistematicamente apresentado padrões de baixa qualidade, de custos e prazos completamente ultrapassados. (SILVA; VIDEIRA 2001, p.27) Nesse sentido, com a necessidade de criar processos padronizados para o desenvolvimento de software, que surgiu o UML por volta de 1996 unificando as notações e diagramas. A UML (Unified Modeling Language ou Linguagem Unificada de Modelagem, em português) é uma linguagem visual para a modelagem de sistemas orientados a objeto, permitindo uma melhor visualização padronizada de um sistema. A esse respeito Silva e Videira (2001) definem: A ênfase do UML é na definição de uma linguagem de modelação standard, e, por conseguinte, o UML é independente das linguagens de programação, das ferramentas CASE, bem como dos processos de desenvolvimento. (SILVA; VIDEIRA 2001, p. 143) A evolução da UML desde a sua criação até o ano de 2002 pode ser melhor visualizado a partir da análise da Figura 11.

45 Figura 11 Evolução da UML. Fonte: Adaptado de http://www.dsc.ufcg.edu.br/~jacques/cursos/map/html/uml/historia_uml/historia_uml.htm Como principais objetivos da UML destacam-se: simplicidade, especificação, documentação e estruturação. Segundo Silva e Videira (2001, p.145) os tipos de diagramas da UML podem ser classificados, destacando-se: os Diagramas de Casos de Uso; Diagramas de Classes e de Objetos; Diagramas de Comportamento. Os Diagramas de Comportamento se subdividem ainda em Diagramas de Estados; Diagramas de Atividades e Diagramas de Colaboração. E, por fim os Diagramas de Arquitetura são classificados como Diagramas de Componentes e Diagramas de Instalação. Na Figura 12 é exemplificado um diagrama de caso de uso que segundo Silva e Videira (2001, p. 144) [...] permitem a especificação de requisitos funcionais segundo uma aproximação focada primordialmente nos utilizadores do sistema. Ainda sobre o Diagrama de Caso de Uso, Guedes (2006, p. 26) diz que apresenta uma linguagem simples e de fácil compreensão.

46 Figura 12 Exemplo de Diagrama de Caso de Uso Fonte: Adaptado de http://www.macoratti.net/vbn_ccco.htm A Figura 13 exemplifica um diagrama de classes onde Guedes (2006, p. 27) diz que é o diagrama mais utilizado e o mais importante da UML, servindo de apoio para a maioria dos outros diagramas.

47 Figura 13 Diagrama de Classes para o Jogo Space Invaders Fonte: http://www.selectgame.com.br/tutorial-xna-invasores-parte-2/ Já a Figura 14, traz o exemplo de um diagrama de seqüência o qual Guedes (2006, p. 29) diz que preocupa-se com a ordem temporal em que as mensagens são trocadas entre os objetos envolvidos em um determinado processo.

48 Figura 14 Exemplo de Diagrama de Seqüência Fonte: http://www.macoratti.net/vb_uml2.htm Na Figura 15 é visualizado um exemplo de Diagrama de Atividades onde Guedes (2006, p. 31) diz que concentra-se na representação do fluxo de controle de uma atividade.

49 Início Receber o Pedido Separação Atividade Guarda Preencher o Pedido Desvio Envia a Fatura [Pedido Urgente] [Senão] Entrega Durante a Noite Entrega Regular Recebe o Pagamento Intercalação Junção Fechar o Pedido Fim Figura 15 Diagrama de Atividades. Fonte: Adaptado de www.helionet.varginha.br/files/trab6.doc Embora a UML tenha oferecido inúmeros e inquestionáveis benefícios procurando padronizar, simplificar, especificar, documentar e estruturar os processos de desenvolvimento de software, independente da linguagem de programação ou plataforma de desenvolvimento, a UML ainda deixa algumas lacunas como o problema relacionado à semântica, onde desenvolvedores distintos podem diagramar um mesmo sistema de formas diferentes. Na essência do princípio do UML, um mesmo sistema deveria ser diagramado de apenas uma forma, seja pelo desenvolvedor A, seja pelo desenvolvedor B. Todavia

50 esse objetivo ainda não é possível para o UML atual. Talvez, pensando nisso os idealizadores do UML deixaram espaço para que no futuro a questão da semântica do UML seja resolvida. 2.8 FERRAMENTAS CASE E FERRAMENTAS RAD Na década de 70 o UNIX surge como sistema operacional e junto com eles algumas ferramentas que segundo Silva e Videira (2001, p. 398) são freqüentemente apontados como um dos primeiros conjuntos de ferramentas integradas de apoio ao desenvolvimento. Todavia, completa em seguida dizendo: no entanto, alguns teóricos mais puristas teriam alguma dificuldade em classificar o conjunto destes utilitários como uma ferramenta CASE. Nesse sentindo, Silva e Videira (2001, p. 397) sobre a definição de ferramenta CASE comentam que uma ferramenta CASE não é mais do que um produto informático destinado a suportar uma ou mais atividades de engenharia de software, relacionadas com uma (ou mais) metodologia(s) de desenvolvimento. Desse modo, essas metodologias de desenvolvimento podem ser beneficiadas quando for usado no processado de modelagem de software uma ou mais ferramentas CASE, trazendo inúmeras vantagens. Todavia, enquanto alguns estudiosos enfatizam as vantagens do uso de ferramentas CASE, outros por sua vez, trazem a tona questionamentos sobre os benefícios dessas ferramentas. A esse respeito Silva e Videira (2001, p. 398) diz que Os estudos existentes no mercado não são consistentes sobre as vantagens da utilização deste tipo de aplicações. E completa citando ([Banker, 1991], [Finlay, 1994], [Iivari, 1996]) onde esses apontam para aumentos de produtividade com a introdução de produtos CASE, outros ([Orlikowski, 1993], [Vessey, 1992]) chegam à conclusão de que estes benefícios são difíceis de atingir e quantificar. Entretanto, na década de 90, segundo Silva e Videira (2001), alguns estudiosos começaram a classificar as ferramentas CASE como ferramentas RAD (Rapid

51 Application Development) evidenciando uma preocupação em aumentar a velocidade na qual os projetos são desenvolvidos. A respeito dessas ferramentas RAD Sommerville (2003, p. 405) diz que Ferramentas RAD são um conjunto de ferramentas que permitam que os dados possam ser criados, pesquisados, exibidos e apresentados em relatórios. Exemplificando essa questão de como as ferramentas CASE ou RAD são classificadas, a Microsoft classifica o Visual Studio, como sua mais importante ferramenta comercial para desenvolvimento, como uma ferramenta CASE (do inglês Computer Aided Software Engineering), pois oferece um ambiente de programação bastante variado com inúmeros recursos e funcionalidades necessárias para criar e tornar realidade um projeto de software. Já Durães et al (2008, p.3) diz que O visual Studio 2008 é uma ferramenta de desenvolvimento para plataforma. NET Framework que permite a criação de diversos projetos. Assim, sobre ferramentas RAD, entende-se que ela oferece possibilidades para combinar módulos escritos em linguagens de programação diferentes, o que pode ser muito útil na integração de sistemas diversos, legados ou não, tendo como foco principal o processo de codificação e compilação do programa de computador. Desse modo, a ferramenta CASE quando arremetida pode ser melhor aplicada quando estiver se referenciando a área da engenharia de software de modo mais amplo, equanto que o conceito de ferramentas RAD está em um patamar mais objetivo à codificação propriamente dita. Como exemplos de ferramentas CASE têm-se o Excelerator, IBM Rational Rose, Microgold With Class 2000, Altova UModel, Object Domain, Enterprise Architect, System Architect, Jude, Astah entre outros. Entretanto, focar nesse estudo ou na descrição destas ferramentas não é foco deste trabalho acadêmico.

52 2.9 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS Inicialmente, os dados dependiam dos programas de computador de tal forma que, para mudar os dados era necessário alterar todo programa de computador. Esse procedimento ocasionou a necessidade de uma forma em que a operacionalização dos dados fosse mais flexível, originando os primeiros sistemas para gerenciamento de banco de dados ou SGDB. Assim, um SGDB pode ser compreendido como um programa ou conjunto de programas onde os dados são estruturados logicamente e de modo independente das fontes que os utilizam funcionando como uma espécie de interface entre os utilizadores e o banco e dados propriamente dito. Nesse sentido, para que essa interface seja funcional é necessário pelo menos que o SGDB apresente algumas características e dentre estas, as principais são independência, redundância controlada, integridade, acesso simultâneo, facilidade e obtenção dos dados de forma atualizada. Assim, na atualidade existem várias opções para uso de SGDBs para realidades e necessidades variadas. E dentre tantos exemplos de SGDB possíveis, como Oracle, DB2, PostgreSQL, MySQL, Firebird, têm-se como exemplo de destaque o SQL Server que é um sistema Gerenciador de Base de Dados. Sobre o SQL Server, a empresa Microsoft o criou por volta de 1988 rodando inicialmente na família Windows NT - família de sistemas operacionais do Windows voltados ao meio corporativo e que tem ganhado cada vez mais espaço no ambiente das organizações, independente de seu porte. A esse respeito, tendo como fonte a Microsoft, o SGDB SQL Server vem crescendo vertiginosamente, dados de 2005 a 2006 apontam para um crescimento acima de 20% em relação a outros SGDBs como pode ser visto na Figura 16.

53 25 2005-2006 Crescimento (%) 20 15 10 5 Oracle IBM SQL Server Sybase NCR Terata Outros 0 Oracle IBM SQL Server Sybase NCR Terata Outros Figura 16 Crescimento no mercado do SGBD SQL Server Fonte: www.microsoft.com/brasil/servidores/sql/videos/sqlserverplataformadadosbaixa.wvx Outro dado de mercado, segundo a Microsoft é a quantidade de unidades vendidas exemplificado na Figura 17. Vendas 600 500 400 300 200 100 0 IMB Oracle SQL Server Unidades vendidas em 2005 - ( em 1000) Figura 17 - Quantidade de Unidades vendidas em 2005 Fonte: www.microsoft.com/brasil/servidores/sql/videos/sqlserverplataformadadosbaixa.wvx

54 De acordo com os dados é observado na Figura 24 que as vendas do SQL Server liderou com folga o mercado no período de 2005. Fatos como esse propiciam uma maior demanda no mercado de mão de obra especializada e pode incentivar novos e antigos desenvolvedores a se especializarem mais no SQL Server que em outros SQGB em ambientes da Microsoft. Quanto ao desempenho é discutido se o SQL SERVER é rápido ou se o mesmo resiste a um número elevado de usuários simultâneos. Segundo a Microsoft o SQL Server 2000 suportava 26.000 usuários simultâneos. Com o SQL Server 2005 esse número aumentou para 93.000 usuários. Esses números podem ser observados na Figura 18 sob uma plataforma SAP. Perfomance (SAP) 100000 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 26.000 93.000 Número máx. de usuários concorrentes SQL Server 2000 SQL Server 2005 Figura 18 Número máx. de usuários concorrentes em SQL Server em um ambiente SAP Fonte: www.microsoft.com/brasil/servidores/sql/videos/sqlserverplataformadadosbaixa.wvx

55 Outro fator interessante é o suporte a ferramenta SQL Server, onde a Microsoft é conhecida pelos seus Service Packs que são pacotes de correções para seus sistemas, que segundo a empresa citada, melhora desde ao desempenho, mau funcionamento a até problemas relacionados à segurança. Quanto à modalidade de versões, o SQL Server é comercializado como SQL Server Express Edition, SQL Server Workgroup Edition, SQL Server Workgroup Edition, SQL Server Developer Edition, SQL Server Standard Edition, SQL Server Enterprise Edition, SQL Server Mobile Edition. O Quadro 02 que está disponível no site da Microsoft e descreve cada uma dessas edições. Entretanto, é válido destacar que a versão mais atual é a de 2008, onde a mesma tem como requisito a instalação do.net framework antes do SQL Server. Além disso o Management Studio incorporou as ferramentas de administração (antigo Enterprise Manager), de consulta (antigo Query Analyser) e de OLAP (antigo Analysis Services Manager).

56 Quadro 02 Modalidades de versões do SQL Server Versão do SQL Server SQL Server 2005 Express Edition Descrição O Express Edition ajuda os desenvolvedores a construir aplicações robustas e confiáveis por fornecer uma base de dados gratuita, fácil de usar e robusta quando se tornam essencial proteger e gerenciar informações dentro e fora das aplicações. SQL Server 2005 Workgroup Edition O Workgroup Edition é a solução de gerenciamento de dados para pequenas empresas ou grupos de trabalho dentro de grandes organizações. Ele inclui todos os recursos centrais de base de dados necessários para o gerenciamento de dados em um pacote de preço acessível e simples de gerenciar. SQL Server 2005 Developer Edition O Developer Edition é projetado para permitir aos desenvolvedores construir qualquer tipo de aplicação sobre o SQL Server 2005. Ele inclui todas as funcionalidades do Enterprise Edition (win32, x64, IA64), mas com um contrato de licença especial de desenvolvimento e teste que proíbe a sua implantação para produção. SQL Server 2005 Standard Edition SQL Server 2005 Enterprise Edition SQL Server 2005 Mobile Edition O Standard Edition é uma opção de preço acessível para empresas de pequeno e médio porte. Ele inclui a funcionalidade central necessária para soluções não cruciais em e-commerce, data warehousing e gestão de negócios. O Standard Edition está otimizado para ser executado em win32, x64, e servidores baseados em Itanium. O Enterprise Edition inclui o conjunto completo de recursos de gerenciamento de dados corporativos e business intelligence. O SQL Server Enterprise oferece os níveis mais altos de escalabilidade e disponibilidade de todas as edições do SQL Server 2005. Adicionalmente, ele está otimizado para ser executado em x64- e servidores baseados em Itanium, ajudando você a alcançar níveis maiores de escalabilidade e disponibilidade de banco de dados. O Mobile Edition permite que você desenvolva rapidamente aplicações que estendem as capacidades de gerenciamento de dados corporativos e business intelligence para dispositivos móveis. Fonte: http://www.microsoft.com/brasil/servidores/sql/2005/editions/default.mspx

57 Cada versão do SQL Server pode apresentar algumas características mais ou menos adequadas para uma determinada situação. No Quadro 03 é possível observar um comparativo relacionado à escalabilidade e desempenho, segundo a Microsoft. Quadro 03 Comparações entre versões do SQL Server Funcionalidade Express Workgroup Standard Enterprise Comentários Número de Processadores RAM Suporte de 64 bits Dimensão da Base de Dados Capacidade de Partição Operações de Indexação Paralelas Melhorias no Serviço 1 2 4 Sem limite 1 gigabyte (GB) Windows on Windows (WOW) 3 GB WOW Máximo do sistema operativo Máximo do sistema operativo 4 GB Sem limite Sem limite Sem limite Inclui suporte para processadores com múltiplos núcleos. Memória limitada ao máximo suportado pelo sistema operativo. Suporte a bases de dados de larga escala Processamento paralelo de operações de indexação Vistas dinâmicas de gestão e melhorias no reporting. Pesquisa em Texto Completo Serviço de Agendamento de Tarefas do SQL Agent Fonte: http://www.microsoft.com/portugal/sql/prodinfo/features/compare-features.mspx

58 O SQL Server Express pode ser baixado, redistribuído gratuitamente para uso imediato. Segundo a Microsoft o SQL Server Express é leve e rápido e inclui recursos sofisticados, como o SQL Server Management Studio Express, um software que serve para facilitar o gerenciamento de banco de dados de forma inteiramente grátis. 2.10 INTERFACE COM O USUÁRIO E USABILIDADE Desde que a humanidade existe são procuradas formas simbólicas para representação da realidade. Foi assim com as escritas rupestres nas cavernas e é assim ainda hoje no ambiente de tecnologia da informação com a complexa linguagem de programação, principalmente na criação dos primeiros algorítmos onde apenas os programadores manuseavam os computadores. Nesse sentido, surge a GUI (Graphical User Interface ou em português Interface Gráfica de Usuário) na tentativa de tornar a IHC (Interação Homem Computador) mais intuitiva para o usuário mais leigo, havendo, portanto necessidade de projetar a interface para atender melhor a necessidade do usuário. Esse projeto tem como base os requisitos do software, onde fica definido como o usuário deve trabalhar. A esse respeito, Pressman (2006) define: O projeto de interface com o usuário cria um meio efetivo de comunicação entre o ser humano e o computador. Seguindo um conjunto de princípios de projeto de interface, o modelo identifica objetos e ações de interface e depois cria um layout de tela que forma a base para um protótipo de interface com o usuário. (PRESSMAN, 2006, p. 264). Pressman (2006) ainda afirma que há três regras que formam a base de um conjunto de princípios para um projeto de interface: 1 Coloque o usuário no controle; 2 Reduza a carga de memória; 3 Faça a interface consistente. Além disso, Sommerville (2007) define uma lista os princípios de um projeto de interface com usuário como esta ilustrado no Quadro 04:

59 Quadro 04 Princípios de projeto de interface com o usuário Princípio Familiaridade de usuário Consistência Surpresa mínima Facilidade de recuperação Guia de usuário Diversidade de usuário Descrição A interface deve usar termos e conceitos obtidos da experiência de pessoas que farão mais uso do sistema A interface deve ser consistente de maneira que, sempre que possível, as operações comparáveis sejam ativadas da mesma maneira. Os usuários nunca devem ser surpreendidos pelo comportamento de um sistema A interface deve incluir mecanismos que permitam aos usuários se recuperarem de erros. A interface deve fornecer feedback significativo quando ocorrerem erros e fornecer recursos sensíveis ao contexto para ajudar o usuário. A interface deve fornecer recursos de interação adequados para tipos diferentes de usuários de sistema. Fonte: Ian Sommerville (2003). Entretanto, a IHC ainda não atende a todas as necessidades humanas de comunicação e interação como a linguagem natural. Portanto, em um desenvolvimento de software é necessário a preocupação com a interface e todas as suas nuances como cores e distribuição da iconografia. Krug (2008, p. 22) afirma que descartando páginas com conteúdo como notícias, relatórios e outras informações, [...] as pessoas tendem a gastar muito pouco tempo lendo páginas WEB. Nesse sentindo a dinâmica cotidiana acelerada nos induz a descartar informações desnecessárias, principalmente porque as pessoas tendem a dar maior atenção às suas necessidades de momento ou ao que têm em mente. Krug (2008, p. 22) cita Ginger ao comentar que tendemos focar palavras e expressões que se parecem com a tarefa que estamos executando ou aos nossos interesses pessoais. A Figura 19 mostra uma situação na qual uma estrutura de software web retrata que o usuário ao procurar seu objetivo, tem boas chances de ser agraciado, mesmo havendo problemas.

60 Figura 19- Estrutura de Web site. Fonte: Adaptado de Krug (2008. p. 53) O sistema nervoso também interfere na aceitação de uma interface. Palavras que têm algum efeito sobre nosso sistema nervoso, como Grátis, Venda, Sexo, além de nosso próprio nome, destaca (KRUG, 2008, p.23) chamam a atenção do usuário. Veja a Figura 20.

61 Figura 20 O que os projetistas criam e o que os usuários vêem. Fonte: Adaptado de Krug (2008, p. 23) É importante entender a dimensão da importância de uma boa interface. Uma interface inapropriada a cultura e ao mapa mental de um grupo de usuários pode contribuir de forma intensa para o sucesso do projeto. Krug (2008) diz que Não descobrimos como as coisas funcionam. Nós apenas atingimos nosso objetivo.

62 Muitos projetistas esperam que seus sistemas sejam usados de uma forma, entretanto, na prática, são usadas de maneira completamente diferente da qual foram idealizados. Krug (2008) criou um teste interessante para verificar a boa navegação de um sistema WEB. A esse teste ele deu o nome de Teste do porta-malas. Esse teste tem como objetivo ajudar ao usuário a responder as seguintes questões: Que site é este? (identificação do site); Em qual página estou (nome da página); Quais são as principais seções dessa página? (seções); Quais são minhas opções neste nível? (navegação local); Onde eu estou no esquema das coisas? (indicadores Você está aqui ); Como eu posso realizar uma pesquisa? A observação da Figura 21, ilustra em uma interface o objetivo do Teste do Porta Malas. Figura 21 Exemplo de Layout de websites. Fonte: Krug (2008, p. 86) Portanto, entende-se que o layout de um sistema é fundamental para uma boa interação com o usuário, onde um sistema que usa padrões preestabelecidos

63 oferece a esse usuário a clareza de suas funcionalidades a cumprir os objetivos de ferramenta de apoio às atividades humanas. 2.10.1 A importância das Cores no Ambiente Web Segundo Beaird (2008), a interface de um sistema é formada de inúmeros conceitos e objetos. Sem dúvida, a usabilidade, a diagramação, padronização, letras e cores que compõem a interface merecem especial destaque para a construção de uma boa interface, uma vez que a interface é a via de um software onde há a primeira comunicação entre o homem e a máquina. Dentre essas características de uma interface são as cores que se apresentam como protagonistas. As cores exercem grande influência sobre nosso sistema nervoso. As cores aplicadas à sistemas em especial a sistemas web podem obter impactos que proporcionam resultados positivos ou negativos, do ponto de vista da aceitação por parte do usuário. As cores podem ser usadas para tornar o ambiente agradável, chamar a atenção para uma área específica ou enviar uma psico-mensagem de alerta. Tudo depende de como a questão da cor é compreendida pelo projetista de interface e para tanto, é importante que esse tenha noções sobre a psicologia das cores, bem como da composição das cores. A respeito da Psicologia da Cor, Beaird (2008, p. 38) define como sendo O campo de estudo devotado à análise dos efeitos emocionais e comportamentais produzidos pelas cores e suas combinações. Cores fortes remetem a idéia de calor e força como os tons de vermelho. Tons de azul a verde transmitem calma, suavidade e sensatez. O uso correto e bem elaborado das cores em um sistema web pode trazer resultados espetaculares, com relação à aceitação por parte dos usuários. Para Beaird (2008) cada cor, e suas tonalidades, podem ser associadas a um estado emocional. Entretanto, é importante compreender que embora o impacto que as cores exercerem sobre o sistema nervoso dos usuários, não existe cor certa ou cor errada,

64 uma vez que cada pessoa pode ser influenciada mais ou menos por uma ou mais cores. O primeiro diagrama sobre as cores foi idealizado por Isaac Newton em 1666, bem exemplificado na Figura 22. Figura 22- Roda das Cores. Fonte: http://www.bitpt.com/index.php/content/view/77/70/ O diagrama denominado como roda das cores ou círculo das cores pode ser dividido em cores quentes e cores frias, como pode ser visto na Figura 23. Figura 23 - Classificação das Cores Segundo a Temperatura Fonte: Adaptado de Beaird (2008. p. 42) As cores apresentam valor. E a esse respeito Beaird (2008, p. 44) define valor de uma cor como a medida da claridade ou obscuridade. Se um sistema de

65 computador apresenta como cor dominante o branco e suas nuances, esse remete uma sensação de bondade. E para cores escuras sugere que a maldade predomina. Embora seja uma questão complexa que necessite de um estudo aprofundado, a verdade é que sistemas de cores harmoniosas e claras tendem a ter uma aceitação melhor por parte do público usuário. As cores ainda apresentam saturação, ou seja, cores mais luminosas são mais saturadas e cores mais opacas são menos saturadas. Ao acrescentar o branco a uma cor ela torna-se mais clara e a essa nova cor chamamos de matiz. Se a cor adicionada for um preto a cor resultante é uma cor mais escura que a original e é denominada sombra. E por fim, se for inserido um tom de cinza (mistura de preto e branco) a uma cor, o resultado chama se tom. Beaird (2008, p. 45) diz que o valor das cores ajuda a reduzir a tensão, conferindo certo equilíbrio. A Figura 24 exemplifica o valor das cores quanto à saturação: Figura 24 Valor e saturação Fonte: Adaptado de (BEAIRD, 2008. p. 45)

66 As cores usadas em computadores e dispositivos eletrônicos, geralmente, têm como base um modelo de cores aditivas. Beaird (2008, p.45) diz que nesse modelo as cores são exibidas em porcentagens de vermelho, verde e azul (RGB9) claros. Saturando ao máximo essas cores obtêm-se o branco ou misturando. Para o inverso se obtêm o preto. Juntando uma cor com outra e usando a saturação consegue-se uma terceira cor. Na Figura 25 observa-se uma ilustração dos modelos de cores RGB e CMYK 10. Figura 25 Modelo das Cores RGB aditivas (esquerda) e modelo das cores CMYK subtrativas (direita). Fonte Beaird (2008, p. 45) Beaird (2008, p. 45) conclui que o modelo CMYK, serve para ilustrar tantos as cores aditivas (usando a luz) quanto às subtrativas (no papel). Essas questões abordadas são muito importantes, pois a construção de uma boa interface leva muito em consideração a composição das cores de um sistema de computador, sobretudo um sistema baseado na WEB. 9 RGB modelo de cores formado por RED (Vermelho em português), GREEN (verde em português) e BLUE (azul em português). 10 CMYK modelo de cores formador por CYAN (ciano em português), MAGENTA (magenta em português), YELLOW (amarelo em português) e BLACK (preto em português). O K é significa KEY, pois o preto nesse modelo é conseguido com a mistura das três primeiras cores.

67 2.11 SEGURANÇA EM PROGRAMAS DE COMPUTADOR Por questões de segurança é muito importante identificar os usuários de qualquer sistema e restringir acesso apenas as partes ou funcionalidades necessárias a suas atividades, de acordo os interesses da organização. Outro fator importante é impedir o acesso à informações importantes por pessoas com objetivos negativos, embora se saiba que não exista uma solução completamente segura. Todavia, com o uso de algumas técnicas e políticas de segurança bem definidas, essa questão de segurança pode ser resolvida sem muitas dores de cabeça. Essas políticas devem ser apoiadas pelos princípios básicos da segurança. Nesse sentido, têm-se como princípios básicos da segurança a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações. Para considerar que um sistema atenda ao princípio da disponibilidade de segurança é preciso que os dados devam estar disponíveis a qualquer momento, mas apenas para os usuários devidamente autorizados. Quanto à confidencialidade, se não houver garantias de que dados ou informações enviadas diretamente a um usuário ou grupo de usuários sejam enviadas com segurança, sem que haja a possibilidade de interceptação por pessoas desautorizadas não é possível credenciar um sistema com o princípio da confidencialidade. E, por fim, o princípio da integridade que apóia-se no preceito pelo qual um dado ou informação enviada não deva ser acessado ou alterado por alguém que não seja o destinatário especificado pelo emissor. Todos os dias inúmeras ocorrências relacionadas a problemas de segurança são registradas em todo o mundo. A esse respeito Gomes (2000) cita a notícia veiculada no jornal O Dia em 05 de maio de 2000: O grupo criminoso inferno.br, ao ter a sua conta de e-mail devassada pela polícia, foi encontrado mais de 600 e-mails com diversas senhas de funcionários de empresas que as enviavam ao grupo com o pedido que os hackers fizessem um ataque. Segundo informou o Delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, chefe do Setor de Crimes pela Internet da polícia de São Paulo. (GOMES, 2000, p. 13)

68 Fatos como esses evidenciam a necessidade de enfatizar a questão da segurança em sistemas de computador, principalmente se estiverem atuando na WEB. Neste sentido, a Silva e Almeida (2000, p. 136) comentam: Os negócios e novos mercados estão se direcionando cada vez mais para a Internet e Intranets. Torna-se necessário o conhecimento e análise dos riscos e vulnerabilidades a que estamos expostos, de forma que possamos definir os mecanismos adequados para a segurança. Segundo Durães et al (2008) no Microsoft.Net Framework existe controles de servidor, ferramentas de administração e métodos prontos que ajudam o desenvolvedor a implantar segurança em aplicações web. Esses métodos são exaustivamente testados pela equipe de engenheiros e desenvolvedores da Microsoft e podem ser usados pela maioria dos programas de computador da atualidade, principalmente, se forem desenvolvidos para o sistema Operacional Windows.

69 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DO ESTUDO Este trabalho de estudo científico tem natureza aplicada, procurando se familiarizar com o problema por meio da pesquisa exploratória e perspectiva quantitativa. A esse respeito (GIL, 1991, p. 21) diz: Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso. Já, sobre a pesquisa quantitativa, Silva e Menezes (2001, p.20) definem: Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Desse modo as opiniões e informações colhidas são traduzidas em números quantitativos, classificadas e analisadas gerando conhecimento para aplicação prática e investigativa da viabilidade de implantação de um Portal Corporativo na empresa estudada. 3.2 SUJEITO DO ESTUDO Para realização da pesquisa, foi escolhida uma empresa de Jequié, no interior da Bahia que atua no seguimento de materiais de construção, tendo relativo destaque na cidade. Segundo a administração da empresa estudada, a mesma tem como visão a ideia de que o consumidor deve ter em um só espaço uma ampla variedade de itens. É acreditando nisso que tem como compromisso o fornecimento ao seu público alvo,

70 os serviços e produtos da mais alta qualidade de modo simples, fácil e de acessível forma de pagamento. Segundo a administração da empresa estudada, a mesma tem como missão oferecer produtos de qualidade a preços adequados para edificação, reforma, decoração e manutenção dentro do segmento da construção civil de Jequié e região. Quanto à preocupação social, a administração da empresa relata que a esta tem procurado ajudar entidades carentes como o Abrigo dos Velhos de Jequié e mais recentemente vem executando em conjunto com a Doutores da Construção 11 um projeto que oferece a comunidade de profissionais da construção civil a qualificação técnica, sem nenhum tipo de custo para o participante, permitindo que esses profissionais possam agregar maior valor aos seus serviços. Os sujeitos de estudo foram definidos como todos os stakeholders 12, aceitando a sugestão do diretor da empresa pesquisada, de modo que com base nesse estudo fosse possível uma melhor compreensão do tema abordado, e a partir daí apontar as alternativas que atendam da melhor forma possível o objetivo desse trabalho. 3.3 CENÁRIO DA PESQUISA Segundo Minayo (1994, p. 25), o campo consiste no recorte empírico da construção teórica elaborado no momento, onde o pesquisador tem a oportunidade de colocar em prática suas suposições a fim de confirmá-las ou confrontá-las. Assim, o cenário desta pesquisa é a empresa Barreto Material de Construção, localizada na Avenida Franz Gedeon, 297, CEP 45200-130, no bairro Centro, em Jequié, BA. Fundada em 1992, pelos irmãos e sócios Valdir Carlos de Jesus Barreto 11 Doutores da Construção é uma comunidade dos melhores da construção civil com objetivo de treinar e avaliar os profissionais (pedreiros, eletricistas, instaladores hidráulicos, etc.), indicando-os ao consumidor final. 12 Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente), é um termo usado em administração referente às partes interessadas que devem estar de acordo e que sofre ou influência ações em uma organização.

71 e Eufrásio Carlos de Jesus Barreto. Hoje é uma empresa de referência no segmento de materiais de construção de médio porte em toda a região de Jequié BA. Por questões éticas, o diretor da empresa assinou um Termo de Consentimento Livre Esclarecido da Empresa (Apêndice A) autorizando a divulgação dos dados da organização. Essa referida empresa é estruturada pelos departamentos de Diretoria Geral, Gerencia, Contabilidade, Informática, Atendimento, Financeiro Pagamento, Financeiro Recebimento, Financeiro Cobrador, Financeiro Caixa, Sistemas Humanos, Compras, Vendas Vendedores, Expedição interna, Expedição externa, Expedição carregadores, Expedição Motorista, Serviços Gerais, os quais foram observados as suas especificidades e necessidades. 3.4 TÉCNICA PARA COLETA DOS DADOS Para Santos (2002, p. 29) os procedimentos de coleta são métodos práticos utilizados para juntar as informações necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/fenômeno/problema. Assim, para a coleta de dados foi utilizada como instrumento a pesquisa exploratória que de acordo com Gil (1991, p. 45) [...] visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses, tendo como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Nesse sentido Marconi e Lakatos (1996, p. 77) citam três finalidades da pesquisa exploratória: [...] desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para a realização de uma pesquisa futura mais precisa. Desse modo a pesquisa exploratória pode ajudar a definir quais os mais prioritários a serem pesquisados. De acordo com, Mattar (1999, p. 81) "As prioridades poderão ser estabelecidas porque uma particular hipótese explicativa surgida durante a pesquisa exploratória parecerá mais promissora que outras."

72 Portanto, a pesquisa exploratória consistiu, primeiramente, em uma observação sistemática, não disfarçada, realizada logo de início com algumas visitas técnicas aos setores da empresa pesquisada. No que se refere à observação sistemática Segundo Marconi e Lakatos (2002, p. 90) afirmam que Na observação sistemática o observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. A observação sistemática facilitou o desenvolvimento de uma pesquisa com abordagem quantitativa, subsidiada por um questionário de múltiplas escolhas, estruturado e não disfarçado direcionado aos responsáveis pela operação da empresa. Este questionário foi aplicado tendo como base a bibliografia estudada acerca de Portais Corporativos e ao ambiente de trabalho da empresa sob a perspectiva da escala de Likert 13. Por questões éticas, todos os entrevistados assinaram um Termo de Consentimento Livre Esclarecido do Entrevistado (Apêndice B). A respeito dessa escala Brandalise explica: As escalas de Likert, ou escalas Somadas, requerem que os entrevistados indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à atitude que está sendo medida. Atribui-se valores numéricos e/ou sinais às respostas para refletir a força e a direção da reação do entrevistado à declaração. As declarações de concordância devem receber valores positivos ou altos enquanto as declarações das quais discordam devem receber valores negativos ou baixos. (BAKER, 2005 apud BRANDALISE, 2005, p. 4). As questões obedeceram a uma escala de pontuação que varia de 1 a 5 e as respostas variam de colocações como discordo totalmente (1) a concordo totalmente (5), facilitando identificar os requisitos mais importantes na visão do usuário. 13 Escala Likert é um tipo de escala de resposta psicométrica usada comumente em questionários, sendo a escala mais usada em pesquisas de opinião.

73 Portanto, espera-se que ao final deste trabalho seja possível contribuir de forma significativa com o conhecimento sobre o tema proposto e apontar alternativas que viabilizem esse projeto definindo quais requisitos são mais importantes para o usuário de um Portal Corporativo. 3.5 TÉCNICA PARA ANÁLISE DOS DADOS A análise dos dados pesquisados foi realizada confrontando o conteúdo teórico estudado e os dados obtidos na organização por meio de questionário estruturado (Apêndice C) onde, através da tabulação desses dados, pôde-se confrontar a sustentação ou não da hipótese ou hipóteses considerando a compreensão dos dados levantados e produção do conhecimento que Minayo (2001) descreve muito bem: Através da análise de conteúdo, podemos encontrar respostas para as questões formuladas e também podemos confirmar ou não as afirmações estabelecidas antes do trabalho de investigação (hipóteses). (MINAYO, 2001, p.74). Sobre a análise de conteúdo Marconi e Lakatos (1996, p. 114) dizem que é uma técnica de pesquisa para a descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo evidente da comunicação. Desse modo, procurou-se entender as dificuldades como problemas de comunicação, quantidade de softwares usados na empresa, porte da empresa, conhecimento das tecnologias disponíveis na empresa por parte dos usuários, cultura organizacional, bem como as funcionalidades mais importantes que um Portal Corporativo deve possuir na empresa estudada.

74 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Nessa etapa os dados foram codificados, categorizados e quantificados. Todos os entrevistados participaram ativamente falando sobre as dificuldades de comunicação e problemas relacionados à descentralização no acesso aos sistemas necessários a operacionalização da organização. O resultado dos dados obtidos e tabulados gerou um material com algumas informações como a apresentação da empresa, sua história, seguimento de mercado, o público alvo, missão e a visão da empresa, bem como seus compromissos sociais. Em seguida, foram identificados os setores e a quantidade de colaboradores por setor. A empresa atualmente conta com um quadro de 51 colaboradores distribuídos nos setores, como pode ser observado no Quadro 05. Quadro 05 Colaboradores por Setor Quantidade Setores Colaboradores Diretoria Geral 1 Gerencia 1 Contabilidade 1 Informática 1 Atendimento 1 Financeiro Pagamento 1 Financeiro Recebimento 3 Financeiro Cobrador 3 Financeiro Caixa 2 Sistemas Humanos 1 Compras 2 Vendas Vendedores 9 Expedição interna 3 Expedição externa 2 Expedição carregadores 16 Expedição Motorista 3 Serviços Gerais 1 Fonte: Pesquisa de campo, 2010

75 Todos os colaboradores demonstraram um grau de conhecimento das divisões departamentais, possibilitando gerar o organograma identificado na Figura 26. Pagamentos Financeiro Recursos Humanos cadastros Recebimentos Caixa Cobrança Contabilidade Vendedores Diretoria Geral Gerência Vendas Expedição Informática ou TI Compras Atendimento Serviços Gerais Figura 26 Organograma da instituição. Fonte: elaboração própria A infra-estrutura de tecnologia da empresa está dividida em duas partes: infraestrutura de software e infra-estrutura de hardware. Em relação à sua infra-estrutura de software da empresa observa-se que existe uma variedade muito grande de softwares. O Quadro 06 aponta os principais programas de computador da empresa.

76 Quadro 06 Infraestrutura de Software Programa De computador Sic (Sistema Integrado Comercial) Empresa Desenvolvedora SICNET Descrição Controla o estoque físico, financeiro e os diversos cadastros Sicweb SICNET Conjunto de módulos adicionais para o software SIC Aplicativos comerciais COMPUFOUR Controle Fiscal Multicam Geovision GEOVISION Sistema CFTV (circuito interno de TV; Relatórios adicionais MMSTEC Gera dezenas de relatórios administrativos Sicrel MMSTEC Módulo auxiliar das contas a receber que calcula comissão dos vendedores e gera dezenas de relatórios administrativos Registro de caixa MMSTEC Módulo que registra toda movimentação de caixas Preview MMSTEC Software que mostra em tempo real a situação das vendas e a situação das contas a receber Website MMSTEC Conjunto de páginas Web, isto é, de hipertextos acessíveis com intuito de relacionar a empresa com clientes e fornecedores Winrouter firewall KERIO Sistema de Segurança, Firewall e Proxy, o qual protege a rede e os sistemas internos, além de controlar o uso da internet com regras específicas e determinadas pelas necessidades de cada setor e/ou usuário gerando gráficos e relatórios Cobcaixa Serasa Extranet Microsoft Security Essentials Microsoft Windows XP; Windows Vista; Windows 2003 SRV; Windows Seven. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SERASA DOUTORES DA CONSTRUÇÃO MICROSOFT MICROSOFT Microsoft Office XP MICROSOFT Antivírus Nod32 business Edition ESET estatísticos dos acessos Sistema fornecido pelo Banco Caixa Econômico Federal para emissão e controle de duplicatas Sistema para consulta de situação financeira de clientes Acompanhamento de premiações, calendário de cursos de capacitação de profissionais da construção civil Antivírus para combater eventuais pragas digitais Sistemas Operacionais Suíte de aplicativos para escritório que contém programas como processador de texto, planilha de cálculo, banco de dados, apresentação gráfica e gerenciador de tarefas, e-mails e contatos. Antivírus para combater eventuais pragas digitais Antivírus Kaspersky internet Security. KASPERSKY Antivírus para combater eventuais pragas digitais Fonte: Pesquisa de campo, 2010

77 No Quadro 07, é possível visualizar a infra-estrutura de hardware da empresa pesquisada. Quadro 07 Infraestrutura de Hardware Quantidade Item 01 Servidor DELL - dados da Loja 01 Servidor GEN dados da Contabilidade 01 Servidor GEN dados do Posto 01 Servidor HP Proxy, segurança e CFTV 03 Notebook 23 Computadores terminais em uso 10 Computadores terminais em manutenção 01 Modem ADSL; 01 Switch 24P 10/100/1000; 01 Switch 16P 10/100; 02 Access Point 54g. Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Com relação aos resultados obtidos junto ao questionário aplicado aos entrevistados da empresa pesquisada, foram verificados os requisitos prioritários que possibilitaram a elaboração de gráficos que ajudaram na análise e discussão dos dados levantados, considerando o que um Portal Corporativo deve oferecer para facilitar as tarefas cotidianas no ambiente corporativo.

78 Facilidade de acesso - 1 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 100% Gráfico 01 Facilidade de acesso Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, com relação a Facilidade de acesso observa-se que os dados coletados mostram que os requisitos relacionados à Facilidade de Acesso denotam relevância máxima na visão dos gerentes de setor, com índice de aprovação Concordo Totalmente de 100% (cem por cento) de aprovação de acordo ao Gráfico 01.

79 Ferramentas de Busca - 2 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 10% 90% Gráfico 02 Ferramenta de Busca Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada acerca das Ferramentas de Busca, os entrevistados mostram que os requisitos relacionados apresentam relevância, apontando o índice Concordo Totalmente com 90% (noventa por cento) de aprovação e Concordo Parcialmente com 10% (dez por cento) de aprovação segundo o Gráfico 02.

80 Publicação -3 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 30% 70% Gráfico 03 Publicação. Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada com relação à Publicação, 30% (trinta por cento) dizem Não concordar Totalmente e 70% (setenta por cento) dizem Concordar Totalmente evidenciando uma relevância acentuada para essa questão conforme pode ser visto no Gráfico 03.

81 Áreas específicas - 4 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 10% 90% Gráfico 04 Áreas específicas Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Analisando as informações coletadas via questionário de pesquisa aplicada, observa-se que Áreas Específicas mostram uma relevância considerável, tendo sua classificação variando de Concordo Parcialmente com 10% (dez por cento) a Concordo Totalmente, com percentual de aprovação 90% (noventa por cento) de acordo com Gráfico 04.

82 Disponibilidade - 5 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 100% Gráfico 05 Disponibilidade Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, com índice de aprovação Concordo Totalmente de 100% (cem por cento) de aprovação para a questão da Disponibilidade, é inquestionável a importância que esta questão apresenta para os entrevistados, segundo os dados coletados e representados no Gráfico 05.

83 Incentivo a compartilhar arquivos - 6 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 30% 30% 40% Gráfico 06 Incentivo a compartilhar arquivos. Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada na questão relacionada com Incentivo a compartilhar arquivos, percebe-se o índice de aprovação em Concordo Totalmente de 30% (trinta por cento) 30% (trinta por cento) também para o índice indiferente e 40% (quarenta por cento) para concordo parcialmente, sendo questionável a importância que essa questão representa para os entrevistados conforme os dados demonstrados no gráfico 06.

84 Interação entre as pessoas - 7 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 10% 30% 20% 40% Gráfico 07 Interação entre pessoas Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, a questão relacionada à Interação entre pessoas apresentou certo equilíbrio onde o índice Concordo Totalmente com 30% (trinta por cento) e Concordo Parcialmente de 40% (quarenta por cento) apresentaram maior destaque em relação aos índices Não Concordo Totalmente com 10% (dez por cento) e Indiferente com 20% (vinte por cento), de acordo com os dados da pesquisa aplicada como pode ser visto no Gráfico 07.

85 Mobilidade - 8 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 10% 40% 20% 30% Gráfico 08 Mobilidade Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, os dados levantados que apontam o requisito relacionado à Mobilidade destacam o índice Não Concordo Parcialmente com 10% (dez por cento) para os entrevistados. 20% (vinte por cento) destacaram o índice Indiferente e 30% (trinta por cento) dizem Concordo Parcialmente. Os restantes dos entrevistados destacaram o índice Concordo Totalmente totalizando 40% (quarenta por cento). O resultando aponta um grau de interesse pouco acentuado para a questão da mobilidade no acesso ao Portal Corporativo de acordo com Gráfico 08.

86 Acesso via internet - 9 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 40% 50% 10% Gráfico 09 Acesso via internet. Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, com relação à questão do Acesso via Internet, os índices Não Concordo Parcialmente com 40% (quarenta por cento) e Concordo Parcialmente com 10% (dez por cento) apontam alguma insegurança com relação aos dados trafegados pela internet. O restante dos 50% (cinquenta por cento) dos entrevistados demonstram bastante interesse no requisito de Acesso via Internet ao marcarem a opção Concordo Totalmente segundo Gráfico 09.

87 Atualização de informações - 10 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 100% Gráfico 10 Atualização de informação Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, com o índice Concordo Totalmente de 100% (cem por cento), a questão relacionada à Atualização das Informações apresentou relevância máxima, segundo os dados colhidos junto aos entrevistados conforme Gráfico 10.

88 Segurança - 11 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 20% 80% Gráfico 11 Segurança Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, a questão da segurança mostrou bastante relevância para os entrevistados. Com 80% (oitenta por cento), o índice Concordo Totalmente se destacou em relação aos 20% (vinte por cento) que optaram pelo índice Concordo Parcialmente de acordo ao Gráfico 11.

89 Quantificação do uso do portal - 12 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 40% 60% Gráfico 12 Quantificação do uso do portal Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, a questão da Quantificação de uso do Portal apresentou relevância moderada, onde 60% (sessenta por cento) dos entrevistados dizem Concordar Totalmente e 40% (quarenta por cento) dizem Concordar Parcialmente como pode ser visto no Gráfico 12.

90 Restrição de acesso por areas -13 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 30% 70% Gráfico 13 Restrição por áreas Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Segundo o questionário de pesquisa aplicada, na questão relacionada à Restrição de Acesso por Áreas, onde 70% (setenta por cento) dos entrevistados optaram pelo índice Concordo Totalmente e 30% (trinta por cento) preferiram a opção Concordo Parcialmente evidenciando um grau não muito elevado de prioridade para esse requisito segundo Gráfico 13.

91 Integração - 14 Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente 100% Gráfico 14 Integração Fonte: Pesquisa de campo, 2010 E, finalmente a última questão, relacionada à Integração que de acordo com o questionário da pesquisa aplicada, fecha com 100% (cem por cento) de aprovação com o índice Concordo Totalmente, segundo os dados levantados junto aos entrevistados conforme Gráfico 14.

Requisitos Levantados 92 Integração - 14 100% Restrição de acesso por areas -13 30% 70% Quantificação do uso do portal - 12 40% 60% Segurança - 11 20% 80% Atualização de informações - 10 100% Acesso via internet - 9 40% 10% 50% Mobilidade - 8 10% 20% 30% 40% Interação entre as pessoas - 7 10% 20% 40% 30% Incentivo a compartilhar arquivos - 6 30% 40% 30% Disponibilidade - 5 100% Áreas específicas - 4 10% 90% Publicação -3 30% 70% Ferramentas de Busca - 2 10% 90% Facilidade de acesso - 1 100% Não Concordo Totalmente Indiferente Concordo Totalmente Não concordo Parcialmente Concordo Parcialmente Gráfico 15 Resultado da pesquisa sobre requisitos de um Portal Corporativo Fonte: Pesquisa de campo, 2010. O Gráfico 15 mostra um resumo dos resultados obtidos após a pesquisa, tabulação e análise do questionário aplicado, evidenciando e permitindo a comparação das questões de maior relevância, de relevância moderada e as questões de pouca relevância.

93 Esse resultado obtido da análise dos dados coletados juntos aos funcionários da empresa, maiores conhecedores das necessidades cotidianas e responsáveis pela operacionalização da instituição, mostra que as características fundamentais para um Portal Corporativo na empresa estudada estão mais relacionadas aos requisitos de facilidade de localização, disponibilidade, acesso dinâmico às informações e integração com outros sistemas da empresa. Conclui-se, portanto, que esses requisitos devem ter especial atenção em um Portal Corporativo, segundo os dados levantados, tabulados e analisados da empresa estudada.

94 5 PROJETO Após conclusão da pesquisa, respaldada por todas as observações e tabulações, foi verificado que uma alternativa adequada para a empresa é a centralização das informações internas em um único local. Essa centralização tem o intuito de facilitar o acesso às informações e permitir o compartilhamento por pessoas autorizadas dos departamentos, mesmo que estes estejam em localidades distantes, que no caso, é muito bem atendido por um Portal Corporativo. Assim, para atender a essa necessidade de centralização, além de melhorar a gestão da informação, um Portal Corporativo pode ajudar, também, na Gestão do Conhecimento (GC) que é algo mais amplo. Além disso, um Portal Corporativo contribui na qualificação dos usuários de acordo com suas necessidades e valores, contribuindo dessa forma, para a evolução da cultura organizacional, bem como de toda a empresa. Desse modo, após levantamento das necessidades, análise, planejamento, codificação, o Portal Corporativo foi instalado e testado em um computador denominado servidor. Assim, esse Portal Corporativo teve seu acesso disponibilizado via navegador WEB onde as informações podem estar disponíveis a qualquer momento, através da grande rede de computadores e de forma mais segura possível. Esse procedimento permite acesso aos diversos sistemas externos ao Portal Corporativo de forma totalmente transparente para o usuário. Quanto à segurança, usou-se criptografia no acesso ao Portal Corporativo e senha para acesso ao SGDB. Para tanto, foi necessário uma infraestrutura mínima relacionada a hardware, softwares, periféricos, bem como de conhecimento técnico. Essa infraestrutura já existia na empresa, facilitando a decisão de qual computador servidor deveria ser usado para hospedar o Portal Corporativo. Esse computador estava em sala devidamente climatizada e com instalações apropriadas.

95 Quanto às informações técnicas, este servidor usava como sistema operacional o Microsoft Windows 2003 STD, devidamente licenciado e apresenta uma configuração robusta sendo equipado com processador Intel XEON E5310@1.60GHz, 1.99 GB de RAM e dois HD de 300 GB SAS de 15000 RPM da marca e modelo DELL PowerEdge 1900. Além disso, existe um HD que propicia uma boa quantidade de acessos simultâneos, com capacidade de 1TB (ou Terabyte) 14 exclusivo para documentos e um HD SATA externo de 500GB exclusivo para storage 15 na rede local. Quanto à segurança no armazenamento dos dados, existia disponível uma área externa via FTP (em inglês File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência) destinada a cópias de segurança dos dados mais críticos. A rede para acesso aos dados deste servidor, bem como a segurança de acesso físico ao mesmo já se encontrava implementada e não necessitou de maiores intervenções para adequar a essa proposta. Portanto, toda a infraestrutura necessária para um bom funcionamento do Portal Corporativo estava pronta e disponível. Entretanto, foi necessária uma padronização nos logins e senhas usadas nos programas de computador da empresa, bem como o planejamento e execução de políticas como uso da internet e dos emails corporativos facilitando uma integração dos processos operacionais com o Portal Corporativo, contribuindo na edificação de uma estrutura organizacional sólida. 5.1 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES Para a coleta dos requisitos do software foi feito um Documento de Especificação de Requisitos do sistema (Apêndice D), que serviu de base para a identificação das prioridades bem como as tecnologias envolvidas no desenvolvimento. 14 Terabyte equivale a 1024 GB (1TB). Analogamente a uma unidade de medida, o byte e seus múltiplos operam como quantificadores de uma massa de dados em um computador ou sistema computacional. 15 Storage Area Network (área de armazenamento em rede, em português) é uma rede projetada para agrupar dispositivos de armazenamento de dados, usado muitas vezes para armazenar o backup do servidor ou terminais importantes.

96 5.2 ANÁLISE Nessa etapa foram analisados os requisitos do sistema em conjunto com os representantes da empresa e usuários, além de outros especialistas da área de aplicação. Para essa análise foram assinadas declarações (Apêndice E e F) validando o documento de especificação do sistema. 5.3 PLANEJAMENTO Após a análise, foi definido as tecnologias e ferramentas envolvidas, linguagem de programação, o diagrama de entidade e relacionamento, a plataforma, a arquitetura do software e detalhes procedimentais e de caracterização da interface. 5.3.1 Tecnologias Envolvidas Para desenvolvimento da solução proposta, foi escolhida tecnologias da Microsoft como, por exemplo, o Microsoft Visual Studio 2008, a linguagem de programação C# e o SQL SERVER 2008 como SGDB. Sobre a linguagem C#, SHARP (2008) define bem: O Microsoft Visual C# é a mais poderosa linguagem orientada para componentes da Microsoft. O C# desempenha um papel importante na arquitetura do Microsoft.NET Framework, sendo comparado, algumas vezes, como o papel que o C desempenhou no desenvolvimento do UNIX. (SHARP, 2008, p. 29) Na Figura 27 apresentada na folha seguinte, observa-se um código para inserir registros no banco de dados escrito na linguagem C#.

97 Figura 27 Exemplo de código escrito em linguagem C# para inclusão de sites favoritos no banco de dados. Fonte: elaboração própria. Entretanto, a escolha da linguagem de programação Microsoft Visual C# não significa que esta seja a melhor linguagem de desenvolvimento e que o portal não poderia ser escrito e projetado em outra linguagem como o Java, por exemplo. Entre inúmeras ferramentas RAD, a ferramenta Microsoft Visual Studio 2008 é bastante adequada para o desenvolvimento do Portal Corporativo ENTERPRISE, principalmente devido a facilidade de uso e compatibilidade com outros produtos e tecnologias Microsoft, necessários para a produção do Portal Corporativo idealizado neste projeto. Quanto ao armazenamento de dados, embora exista inúmeros SGDBs 16 Sistema Gestor de Base de Dados, como por exemplo, o PostgreSQL, Firebird, MySQL, IBM Informix, HSQLDB, IBM DB2, Oracle, TinySQL, JADE, ZODB, Sybase entre outros, será escolhido o Microsoft SQL Server como a plataforma de dados para o Portal Corporativo ENTERPRISE. Essa escolha deve-se, principalmente, devido ao 16 Sistema Gestor de Base de Dados (SGBD) é o conjunto de programas de computador (softwares) responsáveis pelo gerenciamento de uma base de dados.

98 posicionamento do SQL Server no mercado, questões de desempenho, escalabilidade, segurança e o custo-benefício. Além disso, o SQL Server é totalmente integrado ao sistema operacional do servidor da empresa o que permite uma implementação mais suave. A escolha dessas tecnologias está baseada pela facilidade de utilização e obtenção de documentação, conhecimento do desenvolvedor e também por todas essas tecnologias terem versões gratuitas. A plataforma onde o sistema ENTERPRISE atua é a plataforma WEB. Com o crescimento da banda larga a procura por soluções web tem crescido vertiginosamente. A esse respeito Durães et al (2008) comenta: Todos os clientes que atendo atualmente na consultoria, sem exceção, querem iniciar a migração de algum projeto ERP 17 (Enterprise Resource Planning) para plataforma Web ou iniciar um novo projeto do zero total web. ( Durães et al, 2008, Apresentação). A plataforma web, além de ser uma tendência mundial, propicia o acesso à informação de forma transparente, mesmo o usuário estando distante de onde os dados estão armazenados fisicamente. Ao longo dos anos, a popularização da internet proporcionou a migração das aplicações que antes eram restritas ao ambiente desktop para um modelo distribuído devido às diversas facilidades oferecidas pelo ambiente web, como distribuição e manutenção centralizada, que permitiu o alcance cada vez maior de clientes e gerou oferta no mercado de aplicações no modelo de ASP (Application Service Provider). (idem, p.2). Além disso, a tarefa de implantação é extremamente simples e o treinamento de uso para os usuários é suave, uma vez que a maioria está familiarizada com o uso de navegadores e acesso a páginas de relacionamento entre outras. Para acessar o ENTERPRISE, foi usado o modelo de autenticação Forms do ASP. NET. Esse modelo traz uma maior abrangência para uso em aplicações WEB. O 17 ERP (Enterprise Resource Planning) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema.

99 usuário não autenticado é direcionado a uma página padrão, que no caso será o arquivo Login.aspx. Além disso, será usada criptografia de 128bits que tornará o acesso indevido ao conteúdo do portal bastante complexo. Quanto a regras de segurança foi usado um conjunto de regras inseridas em um arquivo de configuração (web.config) que deve restringir o acesso a algumas pastas internas do sistema e métodos de segurança desenvolvida, testada e mantida pela Microsoft conhecidas como Membership. Esses métodos permitem a validação das credenciais do usuário e gerencia as configurações de segurança, possibilitando uma adaptação muito grande a realidades diversas. Além da autenticação obrigatória para acesso ao ENTERPRISE, o banco de dados, tem uma senha específica, para dificultar ao máximo o acesso por pessoas desautorizadas. 5.3.2 Diagrama de Entidade e Relacionamento O diagrama de Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER) descreve o modelo de dados do sistema. A Figura 28 representa o DER das tabelas relacionadas à segurança no acesso ao sistema. Essas tabelas são geradas automaticamente via ferramenta aspnet_regsql.exe presente no NET Framework. Hoje o NET Framework é obrigatório para rodar os programas de computador desenvolvidos com a tecnologia.net da Microsoft. Já a Figura 29 representa o DER geral e contempla, inclusive, algumas tabelas destinadas a funcionalidades que podem ser necessárias no futuro.

Figura 28- Diagrama ER das tabelas relacionadas ao Membership. Fonte: elaboração própria 100

Figura 29 Diagrama ER. Fonte: elaboração própria. 101

102 5.3.3 Arquitetura do Software Quanto à arquitetura, o Portal Corporativo ENTERPRISE trabalha em camadas, assim definidas: Camada de Acesso a Dados (em inglês DAL - Data Access Layer, Camada Lógica de Negócios (em inglês BLL - Business Logic Layer), Camada de Interação com Usuário (em inglês UIL - User Interface Layer). A Figura 30 ilustra a arquitetura de camadas do Portal Corporativo Enterprise. UIL - Uses Interface Layer BLL - Business Logic Layer DAL - Data Access Layer Model Figura 30 Diagrama das camadas de desenvolvimento do sistema Enterprise. Fonte: Adaptado de Junior (2008, p.12) Na camada DAL, ou seja, a camada de acesso a dados fica os métodos responsáveis pela listagem, inserção, atualização e exclusão de dados, ou seja, as persistências. Dentro da camada DAL existe o projeto Modelos com um conjunto de classes que representam as tabelas do banco de dados. É na BLL ou camada de regras de negócios que ficam os métodos de tratamento responsáveis, por exemplo, de impedir gravar um registro em branco ou converter dados para maiúsculo ao gravar um determinado registro no banco. A esse respeito Camacho Junior, (2008) diz:

103 As regras de negócios definem como o seu negócio funciona. Essas regras podem abranger diversos assuntos como políticos, interesses, objetivos compromissos éticos e sociais, decisões estratégicas, leis e regulamentações, entre outros. (JUNIOR, 2008, p. 77) Essas e outras operações similares deverão ficar na responsabilidade dessa camada. Por último, vêm a camada de UIL ou camada de apresentação que será responsável pela interação entre usuários e o sistema propriamente dito. Segundo Camacho Junior, (2008) a aparência do nosso software é implementada no que chamamos de Camada de Interação com Usuário. Sobre o desenvolvimento em camadas Junior (2008) diz que: A possibilidade de separar o desenvolvimento do layout da programação foi um grande avanço em termos de desenvolvimento de aplicações. Assim, é possível que em um projeto exista um time de webdesigners trabalhando no desenvolvimento do layout e, ao mesmo tempo, um time de programadores trabalhando na codificação. (JUNIOR, 2008, p.156) Esse modelo de desenvolvimento em camadas apresenta vantagens como reaproveitamento de código, facilidade na manutenção futura, melhoramentos na integração e divisão de tarefas de equipes de programação, melhoramentos na segurança da aplicação além de trazer facilidades na alteração da interface da aplicação. 5.3.4 Caracterização da interface Esta seção ilustra algumas das principais telas e suas funcionalidades no sistema Enterprise, bem como algumas funcionalidades. 5.3.4.1 Tela de Acesso Ao Sistema Na tela de login o usuário digita seu nome de usuário (login) e sua senha para acesso. O link novo usuário permite que um usuário sem acesso ao sistema solicite permissão. O botão [entrar] informa ao sistema para validar os dados do usuário e o botão [cancelar] limpa a tela, preparando-a para a inserção de novos dados. A Figura 31 ilustra a tela de interface para que o usuário faça o login no sistema.

104 Figura 31- Tela de Login Fonte: elaboração própria. 5.3.4.2 Tela de Mensagem Se os dados do usuário não estiverem devidamente cadastrados no sistema e autorizados pelo administrador ou ainda o tempo de inatividade de 15 minutos for atingido, o acesso ao sistema será negado. A Figura 32 ilustra a tela de mensagem e possibilita que o usuário volte a tela de login do sistema clicando no botão [login]. Figura 32 Tela de Login não permitido ou quando a sessão é encerrada. Fonte: elaboração própria.

105 5.3.4.3 Tela De Solicitação De Acesso Essa tela é visualizada quando o usuário clica no link [novo usuário] na tela de login. Se os dados do usuário não estiverem devidamente cadastrados será possível cadastrá-los nessa tela, ficando o usuário sem acesso ao sistema até que o administrador do sistema autorize. O botão [criar usuário] permite que sejam gravados os dados no banco de dados e o botão [cancelar] limpa a tela e direciona para a tela de login. A Figura 33 ilustra a Tela de Solicitação de Acesso ao Sistema. Figura 33 Tela de Solicitação de Acesso ao Sistema Fonte: elaboração própria.

106 5.3.4.4 Tela Principal Após o login bem sucedido, é apresentada ao usuário a tela principal do Sistema como está representado na Figura 08 com funcionalidades distribuídas por áreas Como se apresenta na Figura 34. Figura 34 Tela principal. Fonte: elaboração própria. Do lado direito da tela é possível visualizar o logotipo da empresa ou do sistema enterprise. Do lado direito fica alguns dados do usuário logado. Acima da menu fica a zona de seção que permite acesso a outras áreas do sistema, organizadas de acordo ao tipo de conteúdo. O menu principal do sistema permite o acesso a outras partes do programa dentro da sessão atual. Abaixo do menu fica a identificação de onde o usuário esta no momento.mais abaixo, fica uma área dinâmica, denominado de banner rotativo, que permite que o sistema envie informações diversas ao

107 usuário. Abaixo da sessão do banner rotativo fica a principal área que permite ao usuário clicar nos botões e acessar sistemas externos, outros sites e suportes externos ao programa Enterprise. Figura 35 Identificação das principais áreas da tela principal. Fonte: elaboração própria. 5.3.4.5 Tela de Reprodução de Áudio Essa tela permite que o usuário logado e com direitos adequados possa ouvir arquivos de áudio como cursos e outros tipos. O link [enviar arquivo] permite que arquivos sejam enviados para o servidor e devidamente listados no sistema. Cada título de coluna permite organizar os dados de modo crescente ou decrescente.

108 Figura 36 Tela de Reprodução de Áudio. Fonte: elaboração própria. 5.3.4.6 Tela de Enviar Email Essa tela apresenta funcionalidades de envio de emails rápidos qualquer contato, ou a outros usuários que estão ou não no sistema. Para o envio da mensagem os campos de dados devem ser preenchidos e, posteriormente, deve-se clicar no botão [enviar].

109 Figura 37 Tela de Enviar Email. Fonte: Elaboração própria. 5.4 CODIFICAÇÃO Uma vez devidamente planejado, o projeto foi codificado em linguagem legível para a máquina, via ferramenta Microsoft Visual Studio 2008. 5.5 INSTALAÇÃO E TESTE Após as etapas de levantamento de requisitos, análise, planejamento e codificação iniciaram-se as etapas de teste e validação. Deste modo, o Portal Corporativo, denominado Enterprise, foi instalado, testado e liberado para operacionalização e para as novas etapas que garantam a continuidade evolutiva e corretiva, se for o caso.

110 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Um Portal Corporativo como ferramenta de apoio à gestão pode atuar como um divisor de águas dentro de uma corporação. Sua utilização é capaz de agregar conhecimento e possibilitar a capacitação dos usuários em momentos de ociosidade, além de acumular funcionalidades que melhoram a comunicação interna facilitando o compartilhamento e acesso de documentos em um único local de qualquer departamento da empresa. Mesmo que os colaboradores estejam em localidades distantes o acesso a esse tipo de ferramenta pode ajudar a melhorar não só a Gestão do Conhecimento, mas a operacionalização da empresa. Assim, o Portal Corporativo deve ser visto desde o início de sua implementação como uma vantagem para o usuário, pois atua como um modificador da cultura empresarial e pode ajudar nas atividades rotineiras, devendo ser constantemente trabalhado para traduzir em ganhos para ambas as partes: empresas e colaboradores. Entretanto, o Portal Corporativo só poderá desempenhar sua função centralizadora de informação e de apoio à gestão se a empresa apostar nos benefícios que colaboradores satisfeitos e mais comprometidos com os anseios e metas propostas pela empresa podem trazer. Assim, não pode haver sucesso se algumas situações não forem consideradas, situações como, por exemplo: o alinhamento organizacional, clareza dos objetivos, gestão do conhecimento, planejamento para a mudança da cultura organizacional, comunicação, ouvir as necessidades do usuário e a existência de uma boa infra-estrutura de modo a apoiar com velocidade as tomadas de decisões. É por isso que o envolvimento dos diretores e formadores de opinião dentro da empresa é um fator chave para o sucesso ou fracasso do Portal Corporativo como ferramenta de apoio à gestão do conhecimento. Sem o apóio operacional e organizacional para a implantação do Portal Corporativo na empresa, todo o esforço em torno do assunto acarretará em um grande desperdício de tempo e dinheiro. Estudo, planejamento e implementação de processos que criam, guardam e

111 gerenciam conhecimento podem abrir as portas para o sucesso ou fracasso de uma organização. Assim, tendo como base o conteúdo abordado pode ser afirmado que é possível implantar um ambiente mais organizado e devidamente governável nas corporações desde que obedecidos alguns critérios como estudos sistemáticos do comportamento das pessoas observando suas ações e reações, possibilitando antever problemas para que a produtividade seja maximizada e a ociosidade seja combatida, de forma que o comportamento de cada corporação seja adequado à realidade do negócio e do mercado. Entretanto, humanamente é impossível administrar o volume de informações que chegam ao conhecimento das pessoas na atualidade do mundo globalizado. Essa questão, de saber o que é importante e como filtrar informações representa um grande desafio para as empresas. A limitação humana em administrar quantidades de dados brutos e transformar esses dados em informação é auxiliada pelos programas de computador e outras tantas ferramentas de comunicação como: telefone, celular e a internet entre muitas outras ferramentas. Todavia, ao passo que as corporações vão crescendo e as constantes interferências globalizadas atuam, fica cada vez mais complexo administrar os programas de computador que vão surgindo para atender novas demandas das organizações. Após a observação das necessidades e anseios da direção, de ouvir atentamente os usuários de computador e os responsáveis pelos departamentos da empresa estudada, foi possível analisar o resultado da pesquisa feita e identificar os requisitos prioritários do momento. Desse modo, tem-se como prioridade centralizar os diversos programas de computador, facilitar o acesso a esses programas, o envio de emails corporativos, fomentar a capacitação dos usuários em momentos de ociosidade e melhorar a comunicação entre os setores da organização.

112 Assim, conclui-se que com o Portal Corporativo, a gestão do conhecimento da empresa é potencializada, abrindo margem para o surgimento de novas funcionalidades que propiciam o aumento da produtividade dos funcionários levando a empresa a um novo patamar de desenvolvimento na região. Todavia, entende-se que apenas, quando implantado de forma correta, levando em consideração as peculiaridades de cada organização e o desenvolvimento de um trabalho que fortaleça a cultura organizacional, um Portal Corporativo como ferramenta de apoio à Gestão do Conhecimento viabiliza de forma considerável a centralização e disseminação das informações estratégicas de modo transparente e simples, gerando mudanças significativas nos negócios.

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APÊNDICE APÊNDICE A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO DA EMPRESA

DECLARAÇÃO Jequié, de de 2010. Declaro que esta organização concorda em participar, voluntariamente, da Pesquisa Científica intitulada PORTAL CORPORATIVO COMO FERRAMENTA DE APOIO A GESTÃO, que tem por OBJETIVO ENTREVISTAR COLABORADORES DA ORGANIZAÇÃO BARRETO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NA CIDADE DE JEQUIÉ/BA. O estudo está sendo realizado sob a coordenação do graduando em Bacharel em Sistemas de Informação MARCOS MORAIS DE SOUSA, do curso de Sistemas de Informação da Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC. Esta empresa esta ciente de que os resultados da pesquisa, por serem confidenciais, serão utilizados unicamente para fins da pesquisa. Esta empresa também autoriza a divulgação dos resultados das análises e outros dados como nome e localização, desde que não comprometa de nenhuma forma a integridade desta empresa Esta empresa esta ciente de que tem a liberdade de recusar a participar da pesquisa e de deixá-la a qualquer momento, sem que isso traga nenhum tipo de prejuízo. MFB MAT. DE CONSTRUÇÃO LTDA VALDIR CARLOS DE JESUS BARERTO DIRETOR GERAL

APÊNDICE B TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO DO ENTREVISTADO

DECLARAÇÃO Eu,, declaro que concordo em participar, voluntariamente, da Pesquisa Científica intitulada PORTAL CORPORATIVO COMO FERRAMENTA DE APOIO A GESTÃO, que tem por OBJETIVO ENTREVISTAR COLABORADORES DA ORGANIZAÇÃO BARRETO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NA CIDADE DE JEQUIÉ/BA, não apresentando riscos à minha integridade física ou mental. O estudo está sendo realizado sob a coordenação do graduando MARCOS MORAIS DE SOUSA, do curso de Sistemas de Informação da Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC, e terá como metodologia para coleta de dados, a aplicação de um questionário QUANTITATIVO. Estou ciente de que os participantes da pesquisa não terão seus nomes divulgados, que os resultados são confidenciais e que serão utilizados unicamente para fins da pesquisa. Também autorizo a divulgação dos resultados das análises. Sei que tenho liberdade de recusar a participar da pesquisa e de deixá-la a qualquer momento, sem que isso traga nenhum prejuízo à minha pessoa. Jequié, de de 2010. Assinatura do pesquisado Assinatura do pesquisador