TUTORIAL 7R. Data: Aluno (a): Equipe de História. História. Brasil XIX. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem NANDA/JUL/

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Transcrição:

Aluno (a): Série: 3ª Turma: TUTORIAL 7R Ensino Médio Equipe de História Data: História Brasil XIX Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 1 - NANDA/JUL/2014-704

Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 2 - NANDA/JUL/2014-704

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Exercícios 1. Num momento da história do império conhecido como "avanço liberal", durante as regências, foram adotadas algumas medidas que concediam maior poder à representação local. (Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como império) Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas liberais: a) Ato Adicional Reforma do Código de Processo Criminal. b) Lei de Terras Lei Saraiva Cotegipe. c) Lei Rio Branco Código de Processo Criminal. d) Tarifa Alves Branco Lei Interpretativa do Ato Adicional. e) Código de Processo Criminal Ato Adicional. 2. [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos. (Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.) A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores, a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil. b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos. c) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba. d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café. e) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 5 - NANDA/JUL/2014-704

3. No texto O Império enfermo, Cláudio Bertolli Filho afirma: A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área de saúde. Como sede provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território da barbárie e da escravidão. Fonte: BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 8. As ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguintes processos: I. a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia comercial na Europa e no mundo. II. a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos revolucionários burgueses para a Europa. III. as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos. IV. a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha e Portugal. Estão corretas a) apenas I e II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A(s) próxima(s) questão(ões) trata da montagem do sistema político e de aspectos sociais e econômicos da sociedade brasileira à época do processo de emancipação de 1822. Na verdade, ela(s) trata(m) dos fundamentos de nossa sociedade e dá(ão) subsídios para que se possa entender como fomos nos formando combinando de forma desigual liberdade, participação política e justiça social. Como bem afirmou o historiador José Murilo de Carvalho: Temos liberdade, alguma participação e muita desigualdade. 4. Sobre aspectos sociais do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA. a) A composição demográfica do Brasil foi alterada a partir da segunda metade do século XIX com a abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da própria escravidão, já em 1888. A adoção da mão de obra livre trouxe os imigrantes europeus e asiáticos, que contribuíram fortemente para que o país mudasse suas feições. b) Um traço marcante da constituição do povo brasileiro é a cooperação entre as três raças (negro, branco e índio) no que ficou conhecido como a mistura democrática das raças. Mas essa cooperação era algo impositivo, na medida em que cada uma das etnias era consciente de suas fraquezas e limitações. c) No Império, a mulher brasileira tinha situação peculiar. Apenas as brancas podiam constituir famílias e legalizá-las. Eram privilegiadas em relação às mulheres escravas, mas não escapavam ao sistema patriarcal, que as submetia ao poder do chefe de família. d) Quando do processo de emancipação, calculava-se a população brasileira em tomo de quatro milhões de habitantes. Quase a metade era formada por escravos africanos e indígenas. Mas a outra Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 6 - NANDA/JUL/2014-704

metade não era formada exclusivamente por brancos portugueses. Neste contingente incluíam-se mestiços de todos os tipos, sobretudo os mulatos e os mamelucos. e) No Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado brasileiro. Os padres eram funcionários públicos que recebiam ordenado do governo para cuidarem de tarefas administrativas como o registro de nascimento, casamento e óbito. 5. A política do Império do Brasil em relação ao Paraguai buscou alcançar três objetivos. O primeiro deles foi o de obter a livre navegação do rio Paraguai, de modo a garantir a comunicação marítimofluvial da província de Mato Grosso com o restante do Brasil. O segundo objetivo foi o de buscar estabelecer um tratado delimitando as fronteiras com o país guarani. Por último, um objetivo permanente do Império, até o seu fim em 1889, foi o de procurar conter a influência argentina sobre o Paraguai, convencido de que Buenos Aires ambicionava ser o centro de um Estado que abrangesse o antigo vice-reino do Rio da Prata, incorporando o Paraguai. (Adaptado de Francisco Doratioto, Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 471.) Sobre o contexto histórico a que o texto se refere é correto afirmar que: a) A Guerra do Paraguai foi um instrumento de consolidação de fronteiras e uma demonstração da política externa do Império em relação aos vizinhos, embora tenha gerado desgastes para Pedro II. b) As motivações econômicas eram suficientes para empreender a guerra contra o Paraguai, que pretendia anexar territórios do Brasil, da Bolívia e do Chile, em busca de uma saída para o mar. c) A Argentina pretendia anexar o Paraguai e o Uruguai, mas foi contida pela interferência do Brasil e pela pressão dos EUA, parceiros estratégicos que se opunham à recriação do vice-reino do Rio da Prata. d) O mais longo conflito bélico da América do Sul matou milhares de paraguaios e produziu uma aliança entre indígenas e negros que atuavam contra os brancos descendentes de espanhóis e portugueses. 6. Entre os movimentos sociais que contestavam o poder centralizado do Império brasileiro, destaca-se o conflito cuja duração se estendeu da Regência ao Segundo Reinado, reconhecido como: a) Confederação do Equador, que, iniciando-se em Pernambuco, contou com a adesão de grande parte das demais províncias nordestinas. b) Revolução Praieira, que se singularizou pela luta contra o poder das oligarquias locais de Pernambuco. c) Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador (BA) e organizada por negros de religião muçulmana, sendo considerada a maior rebelião de escravos do Brasil. d) Guerra dos Farrapos, empreendida pelos Republicanos gaúchos, denominados de Farroupilhas, em que lutaram juntos grandes estancieiros, peões e escravos. e) Revolta de Beckman, deflagrada no Maranhão pelos colonos, contra o poder dos jesuítas e o monopólio comercial português. 7. A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi definida, por alguns historiadores, como um momento de apogeu do Império brasileiro. Outros preferiram considerá-la como uma demonstração de seu declínio. Tal discordância se justifica porque o conflito sul-americano Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 7 - NANDA/JUL/2014-704

a) estabeleceu pleno domínio militar brasileiro na região do Prata, mas provocou grave crise financeira no Brasil. b) abriu o mercado paraguaio para as manufaturas brasileiras, mas não evitou a entrada no Paraguai de mercadorias contrabandeadas. c) freou o crescimento econômico dos países vizinhos, mas permitiu o aumento da influência americana na região. d) ajudou a profissionalizar e politizar o Exército brasileiro, mas contribuiu na difusão, entre suas lideranças, do abolicionismo. e) fez do imperador brasileiro um líder continental, mas gerou a morte de milhares de soldados brasileiros. 8. O primeiro recenseamento geral do Império foi realizado em 1872. Nos recenseamentos parciais anteriores, não se perguntava sobre a cor da população. O censo de 1872, ao inserir essa informação, indica uma mudança, orientada por um entendimento do conceito de raça que ancorava a cor em um suporte pretensamente mais rígido. Com a crise da escravidão e do regime monárquico, que levou ao enfraquecimento dos pilares da distinção social, a cor e a raça tornavam-se necessárias. (Adaptado de Ivana Stolze Lima, Cores, marcas e falas: sentidos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, p. 109, 121.) A partir do enunciado, podemos concluir que há um uso político na maneira de classificar a população, já que a) o conceito de raça permitia classificar a população a partir de um critério mais objetivo do que a cor, garantindo mais exatidão nas informações, o que era necessário em um momento de transição para um novo regime. b) no final do Império, o enfraquecimento dos pilares da distinção social era causado pelo fim da escravidão. Nesse contexto, ao perguntar sobre a raça da população, o censo permitiria a elaboração de políticas públicas visando à inclusão social dos ex- escravos. c) a introdução do conceito de raça no censo devia-se a uma concepção, cada vez mais difundida após 1870, que propunha a organização e o governo da sociedade a partir de critérios objetivos e científicos, o que levaria a uma maior igualdade social. d) no final do Império, a associação entre a cor da pele e o conceito de raça criava um novo critério de exclusão social, capaz de substituir as formas de distinção que eram próprias da sociedade escravista e monárquica em crise. 9. Dentre as revoltas políticas e sociais que abalaram o Império do Brasil, a Revolta Praieira se destaca. Para muitos historiadores, essa revolta ocorrida em Pernambuco, em 1848, foi a última atribulação política interna do império. Sendo assim, sobre a Praieira e seu contexto histórico, podemos assinalar que a) no Pernambuco da primeira metade do século XIX, a mão de obra escrava não era mais essencial para a produção do açúcar. b) não podemos enquadrar a Praieira no conjunto das revoltas liberais que abalaram o Pernambuco no oitocentos. c) não há como se analisar a Praieira, sem se considerar a atuação do partido liberal na província de Pernambuco. d) em essência, as propostas da Praieira divergiam dos movimentos de 1817 e 1824, por não compactuar dos ideais do liberalismo. e) a repressão estatal, empreendida por D. Pedro I, debelou rapidamente os insurgentes da Praieira. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 8 - NANDA/JUL/2014-704

10. Observe a imagem abaixo e responda à questão proposta. A alegoria acima está no contexto do processo abolicionista brasileiro e paraense. Ela representa naquele contexto um ato de a) luta aberta entre os abolicionistas republicanos (exaltados na figura da bela moça, a Mariane) em oposição ao retrocesso dos políticos conservadores do Império, que apoiavam a manutenção da escravidão de origem africana. b) exaltação a um mundo novo, ali representado por ícones da modernidade tecnológica (o trem) e por ideias libertárias (a Mariane), ambos unidos na colônia de Benevides, símbolo paraense da imigração e do uso do trabalho livre. c) exaltação da figura étnica do negro e origem africana no processo abolicionista paraense. O negro está ali representado na forma de uma bela mulher de traços afro-brasileiros, que exalta a modernidade em Benevides para seu povo. d) consagração de Benevides como terra civilizada e abolicionista, com a presença de mulheres alfabetizadas (notar a Mariane assinando a ata de liberdade nacional dos escravos) e de estradas de ferro que trariam essa civilização para o resto do Pará e do Brasil. e) consagração de figuras políticas como a princesa Isabel, representada na alegoria assinando a Lei Áurea em Benevides, local símbolo no Pará da campanha abolicionista desde de 1884, momento da inauguração da estrada de ferro na região. Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 9 - NANDA/JUL/2014-704

Gabarito 1. E 2. A 3. E 4. B 5. A 6. D 7. D 8. D 9. C 10. B Colégio A. LIESSIN Scholem Aleichem - 10 - NANDA/JUL/2014-704