SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SEED/MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO



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Transcrição:

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SEED/MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Mediações Pedagógicas com o uso da Informática Cursista: Marilda Maria de Souza Orientador: Delnir Monteiro de Lemos Rio Grande/2010

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SEED/MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Mediações Pedagógicas com o uso da Informática Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do diploma de Especialização em Mídias na Educação do Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação. Orientador: Delnir Monteiro de Lemos Rio Grande/2010

MARILDA MARIA DE SOUZA Mediações Pedagógicas com o uso da Informática Monografia apresentada ao Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, da Universidade Federal do Rio Grande, como requisito para a obtenção do Título de Especialista em Mídias na Educação. Orientador: Delnir Monteiro de Lemos Rio Grande, RS / /2010. Cursista: Marilda Maria de Souza Orientador: Delnir Monteiro de Lemos Coordenação da Pós-Graduação Rio Grande/2010

Agradeço aos meus familiares e a todas as pessoas que, direta e indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho.

A sala de aula pode ser o espaço de múltiplas formas de aprender. Espaço para informar, pesquisar e divulgar atividades de aprendizagem. Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD, projetor multimídia e principalmente a Internet. JOSE MANOEL MORAN (2005)

Sumário RESUMO... 2 1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVOS... 5 2.1 OBJETIVO GERAL... 5 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO... 5 3 REFERENCIAIS TEÓRICOS... 6 3.1 A TECNOLOGIA EDUCACIONAL... 7 3.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TIC... 9 3.3 O EDUCADOR, A TECNOLOGIA E A APRENDIZAGEM... 11 3.4 RESISTÊNCIAS AO USO DAS TICS NA EDUCAÇÃO... 15 3.5 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO... 17 3.6 PROJETOS DIDÁTICOS... 19 4 METODOLOGIA... 21 4.1 RESULTADOS DA PESQUISA E ANALISE DOS DADOS... 22 4.2 CURSO DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES... 29 4.2.1 Conteúdos do Curso... 29 4.4.2 Blogs desenvolvidos pelos professores... 31 4.3 MÍDIAS UTILIZADAS... 35 4.4 ALGUNS PROJETOS DIDÁTICOS DESENVOLVIDOS COM OS ALUNOS... 39 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 48 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 50 APÊNDICE 1: QUESTIONÁRIO DA PESQUISA... 52 APÊNDICE 2: PROJETO DO CURSO DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES.. 54

RESUMO Atualmente, as questões educacionais vêm sendo discutidas em virtude das constantes transformações na sociedade. Principalmente com a crescente demanda pelo uso das TICs Tecnologias da Informação e Comunicação nas escolas, que se deve em grande parte pela globalização e o avanço tecnológico. A possibilidade de manter-se informado sobre diversos assuntos provenientes de diversas partes do mundo era algo inimaginável para professores e alunos há apenas algumas décadas, e isso é possível hoje graças às TICs, em especial o computador e a Internet. Nesta perspectiva, é necessário redirecionar o olhar do educador diante de sua prática pedagógica. Percebesse que a sala de aula não é mais a mesma, encurtaram-se as distâncias, expandiram-se às fronteiras, e fica evidente que a Informática está relacionada com todas essas transformações. A presente monografia demonstra uma pesquisa sobre a forma como as TICs, mais especificamente a informática, vêm sendo utilizada pelos educadores na sua prática docente no município de Porto Belo, apresentando qual a inferência dessa tecnologia no processo ensino-aprendizagem destacando o que pode trazer de novo para sala de aula, através de projetos aplicados no Ensino Fundamental II e uma formação continuada para os professores a fim de melhorar ainda mais prática. Palavras-chave: Educação; Informática; Conhecimento.

1 INTRODUÇÃO A sociedade vem passando por inúmeras transformações que afetam todos os segmentos, inclusive a escola. Que vem se adaptando a todas essas mudanças, através de tecnologias que possam auxiliar o professor no seu papel de mediador do conhecimento, e a Informática é uma delas. Para Valente (2010), O termo "Informática na Educação" significa a inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina curricular deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. Diante disso, sem dúvida, a aplicação da informática educativa possibilita uma nova forma de promover e viabilizar diferentes mediações pedagógicas, pois é um instrumento de trabalho fundamental na sociedade da informação e comunicação. Ela tem a função de desenvolver novas formas de geração, tratamento e distribuição da informação, apoiando professor e alunos no processo educativo como um facilitador para que os educandos pensem, criem, comuniquemse sobre diversas situações e problemas. Conforme Moran (2009), Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social. Considerando estas colocações, buscou-se compreender como se encontra a prática pedagógica dos professores, em relação a tecnologias, mais precisamente a Informática, na Escola Municipal Nair Rebelo dos Santos em Porto Belo, optou-se em desenvolver uma pesquisa de campo para identificar a situação atual por meio de um questionário. E após a análise dos dados, decidiu-se por uma formação onde os professores puderam entender a importância de se trabalhar a informática com projetos didáticos. A Escola tem cerca de 500 alunos em uma comunidade simples, mas mesmo assim vários alunos possuem computadores em suas casas. O cenário da Escola em relação à informática é regular, tem-se um laboratório com 14 máquinas,

4 conectadas a Internet, porém as turmas são muito volumosas e se torna um pouco difícil, mas não impossível, desenvolver projetos. As aulas de informática não são na grade de horários como as outras disciplinas, ela funciona como apoio pedagógico, ou seja, o professor solicita o laboratório para usá-los em suas aulas. Com a formação buscou-se direcionar o professor a refletir quanto a sua prática pedagógica, ressaltando a informática como subsidio no processo ensinoaprendizagem na escola. Desejou-se estimulá-lo a buscar novos caminhos e métodos que o auxilie em sua prática educativa através dos recursos tecnológicos disponíveis. Desta forma, procurou-se propiciar a experimentação de novos projetos didáticos com o auxilio da informática, possibilitando ao professor realizar junto com seus alunos trabalhos cooperativos e interativos, que permitiram a socialização de experiências auxiliando também na solução de alguns problemas de aprendizagem tornando-se assim mais um instrumento facilitador e motivador no processo educativo. No curso foram trabalhados os conceitos de TICs 1 e projetos didáticos utilizando recursos do computador. Ai então foram aplicados os projetos didáticos planejados pelos professores e a professora de informática. O qual propiciou a responder as questões: Afinal, quais as inferências da informática no processo de gestão do conhecimento na Escola Municipal Profa Nair Rebelo dos Santos de Porto Belo? Como ela vem sendo utilizada pelos educadores na sua prática educativa? E o que podem trazer de novo para sala de aula? 1 Tecnologias da Informação e Comunicação

2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Delinear indicadores, métodos e formas de medição e utilização da informática como apoio na gestão do conhecimento na Escola Básica Professora Nair Rebelo dos Santos em Porto Belo. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Levantamento teórico inicial sobre a temática proposta, envolvendo pesquisa bibliográfica sobre Tecnologia da Informação e Comunicação, em especial a informática como apoio pedagógico. Pesquisas sobre como a informática vem sendo utilizada na Escola Municipal Profª Nair Rebelo dos Santos em Porto Belo; Apresentar indicadores para avaliação da aplicação da informática, articulando as pesquisas no ensino fundamental, mais especificamente do 6º ao 9º ano; Explicitar os métodos e técnicas que podem ser utilizados a partir da aplicação da informática na educação, através de projetos desenvolvidos nas aulas de informática; Mostrar de que forma a informática pode auxiliar o processo de gestão do conhecimento; Preparar os alunos para uma educação globalizada com a utilização de recursos humanos e tecnológicos dinamizados pela informática; Análise dos Resultados Obtidos.

3 REFERENCIAIS TEÓRICOS Desde os primórdios, a humanidade usa tecnologia. Ela surgiu com a necessidade do homem de resolver problemas, através dos instrumentos e técnicas inventados. Dentre eles podemos citar a roda, o garfo, a caneta, alguns eletroeletrônicos como a televisão, ventilador, máquina digital e computador. Destacando que algumas afetaram diretamente a educação como a fala, a escrita e a imprensa. A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia [.] Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam [..] LOPES (2000, apud FRÓES) Porém, só a partir do século XVII, com a revolução industrial, é que o seu conceito começou a ser relevante e vem sendo utilizado até os dias de hoje. Podese apresentar o termo como tudo aquilo que o homem inventou, eletro-eletrônicos ou não, e que mudou os rumos da sociedade de forma revolucionária. Tecnologia é, portanto, ferramenta para encontrar novas soluções para velhos e novos problemas, e melhorar com isso a qualidade de vida dos cidadãos. Silva (2010), define a palavra tecnologia escrita no dicionário Aurélio Buarque de Holanda como um conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade: Tecnologia Mecânica.

7 3.1 A TECNOLOGIA EDUCACIONAL A educação, de acordo com cada época, sempre utilizou-se de recursos tecnológicos como auxílio ao ensino aprendizagem, podemos citar, como exemplo, o quadro e giz. Hoje com o avanço das tecnologias têm-se utilizado inúmeros instrumentos de apoio pedagógico o computador e a Internet são exemplos disso. Quando se fala em recursos tecnológicos, pensase logo na televisão, no telefone e, principalmente, no computador. Mas em se tratando de educação qualquer meio de comunicação que completa a ação do professor é uma ferramenta tecnológica na busca da qualidade do processo de ensinoaprendizagem. Exemplos disso são: o quadro negro e o giz, umas das ferramentas mais antigas e mais usadas na sala de aula. DAMASCENO (2010) As técnicas usadas na Tecnologia Educacional têm o objetivo de auxiliar nos problemas educativos, procurando adequar-se as necessidades e principalmente a realidade do educando em busca da qualidade no ensino e de um maior controle no processo ensino-aprendizagem. Atualmente as mudanças na sociedade do sistema de produção e dos serviços, com as novas tecnologias, exigem um sujeito que saiba pensar, que seja crítico e saiba se adaptar a tantas mudanças. Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso-crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação. [PERRENOUD, 2000, p. 48]

8 Pode-se dizer então que um dos grandes desafios dos educadores é adaptar essas tecnologias a sua prática educativa de forma a construir conhecimentos. Em uma sociedade contemporânea repleta de aparatos tecnológicos e de inúmeras formas de disseminação do conhecimento é imprescindível utilizá-los como suporte educativo e a tecnologia educacional surgiu com esse intuito. Segundo Moran (2001, p.133-144), nunca se falou com tanta frequência, e de modo tão genérico e impreciso, em tecnologia educacional. De uma forma geral, pode ser entendida como toda a ação educativa convertida em uma técnica apoiada em uma ciência. No entanto, diante do impacto das chamadas novas tecnologias, a expressão tecnologia educacional tem sido mais utilizada com referência às ferramentas tecnológicas que podem ser empregadas no dia-a-dia do professor, no intuito de incrementar o processo de gestão do conhecimento. Hoje se utiliza as TEs 2 para solucionar problemas educacionais de qualidade de ensino adequando-se as necessidades do educando. Na era da informação, onde as tecnologias sofrem transformações constantes a educação não pode se mostrar indiferente a tudo isso. Sem dúvida a tecnologia é hoje uma ferramenta muito importante para ensinar e aprender. Para Tajra (2000, p.103), os professores precisam estar abertos para incorporar essa nova realidade e estar disposto a mudanças. Sua nova postura é de facilitador e coordenador do processo de ensino e aprendizagem. Neste novo contexto a instituição terá como tarefa preparar seus docentes para a utilização correta destas novas ferramentas. Introduzindo-as como suporte para as novas exigências que deverão visar menos a memorização e mais a capacidade de analisar, resolver problemas, prever, inferir, continuar a aprender, adaptar-se as mudanças, saber trabalhar em equipe. 2 Tecnologias Educacionais

9 3.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TIC A TIC tem um significado amplo, pois não diz respeito só à informática e nem aos aparatos tecnológicos existentes no mercado. Significa uma relação entre tecnologias, métodos educacionais, comunicação, psicologia, políticas e todos os meios disponíveis no mercado para auxiliar os problemas de aprendizado. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) envolvem desenvolvimento e manutenção de hardwares (equipamentos) e softwares (programas) e ainda com tecnologia aplicada à comunicação, como por exemplo, telefonia celular e sistemas de comunicação sem fio denominado Wireless. Não há dúvida de que o mundo vive uma mudança de paradigma, um desconforto de todos em busca de respostas diante de tantas mudanças. Isso se deve em grande parte ao avanço da tecnologia. O surgimento da televisão provocou uma enorme mudança de comportamento em uma determinada época, imagine então o computador e a Internet. A possibilidade de manter-se informado sobre diversos assuntos provenientes de diversas partes do mundo instantaneamente era algo inimaginável para as pessoas há apenas algumas décadas atrás, e isso é possível agora. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, desmotivamo-nos continuamente. Tanto professores como alunos tens a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão ultrapassadas. Mas para onde mudar? Como ensinar e aprender em uma sociedade interconectada? (MORAN, 2000, p.11) Com base no texto Moran é certo que as TICs já fazem parte da vida dos alunos, seja na TV, no cinema, nos jogos eletrônicos, no trabalho, no banco, enfim, em todos os lugares e de alguma forma, portanto, a Educação não deve e nem pode desprezar esse dado de realidade, nem "fazer de conta" que ela não existe na vida dos alunos. E, se levarmos em consideração que esses mesmos alunos hoje, serão

10 profissionais no futuro, em uma sociedade ainda muito mais informatizada, se faz imprescindível que o professor não a ignore. Seguindo essa lógica de pensamento, entende-se que o uso das TICs na escola, é fundamental no sentido que possibilita um ensino-aprendizagem mais criativo, autônomo, colaborativo e interativo. Deve proporcionar dentro da escola uma mudança de paradigma, que vise à aprendizagem e não o acúmulo de informações. No entanto, é algo que deve ser feito com cuidado para que a tecnologia (computador, Internet, programas, CD-ROM, televisão, vídeo ou DVD) não se torne para o professor apenas mais uma maneira de enfeitar as suas aulas, mas sim uma maneira de desenvolver habilidades e competências que serão úteis para os alunos em qualquer situação de sua vida. O professor em sua ação pedagógica precisa saber utilizar as mídias, integrá-las em situações de ensino-aprendizagem. Mudando o paradigma das práticas tradicionais, através de uma formação que inclua as TICs para chegar a uma melhora na qualidade de ensino. Causando na educação a modernização, com a implantação dos aparatos tecnológicos, como também, a mudança no paradigma educacional. Ao utilizar-se das TICs no seu planejamento e na sua prática educativa, o educador, pode causar um impacto significativo e positivo no desempenho dos seus alunos, desenvolvendo atitudes mais positivas e ampliando sua visão sobre a importância do conteúdo. É importante destacar que não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É fundamental que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-se bem, a comunicar-se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a que aprendam melhor. Enfim, diversificando as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar.

11 3.3 O EDUCADOR, A TECNOLOGIA E A APRENDIZAGEM O educador deve inicialmente procurar estabelecer uma relação com os alunos, procurar conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-nos com eles é fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender. Observar as competências de cada aluno e de que forma poderá contribuir para o processo. Propondo um projeto, para que possam participar, havendo então uma aprendizagem mais rica e eficaz. Dar importância ao que vai ser trabalhado, mostrando aos alunos o que vão ganhar ao longo do processo, motivando-os a aprender, avançar, participar. Destacando a importância de sua participação, para que haja comprometimento por parte dos alunos. A tecnologia é uma das melhores estratégias que o professor pode utilizar para auxiliá-lo no seu trabalho docente. Mas o papel do professor é indispensável, pois diante de tantas modificações e informações é preciso que haja alguém que auxilie o aluno a analisar criticamente tudo isso, verificando o que é válido e deve ser utilizado e o que pode ser deixado de lado. Apesar da facilidade de acesso a informação que a tecnologia nos permite, o professor continua sendo a ponte para que a tecnologia seja utilizada corretamente. Moran (2009) destaca em seu artigo intitulado Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias : Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática.

12 Nesse contexto, o professor precisa adequar sua pedagogia, analisando todos os recursos disponíveis buscando a sua melhor utilização. Nada adianta fazer uso da TIC se isso não for feito da melhor maneira possível. Os docentes podem apresentar, muitas vezes, um conhecimento bem mais adiantado de todas as ferramentas tecnológicas hoje existentes, mas esse conhecimento não será útil se ele não for utilizado de maneira consciente. E para fazer uso adequado dessa tecnologia o professor necessita ter cuidado e atenção para avaliar o que vai ser usado e reconhecer o que pode ou não ser útil para facilitar a aprendizagem de seus alunos tornado-os críticos, cooperativos, criativos. Além disso, requer uma disposição para aceitar o novo, conhecê-lo, em parte, para ser capaz de utilizá-lo e procurar encaixá-lo na sua prática pedagógica. Vale ressaltar que são várias as concepções de ensino aprendizagem que podem ser utilizadas pelo educador na sua prática pedagógica, mas as que levam ao ensinar e aprender com experiências e vivencias através de atividades na escola são as que estão dando resultados positivos. Importante destacar, que segundo MORAN (2009) em Como utilizar as tecnologias na escola afirma, O foco da aprendizagem é a busca da informação significativa, da pesquisa, o desenvolvimento de projetos e não predominantemente a transmissão de conteúdos específicos. E as TICs podem ser consideradas como uma grande inovação no processo de aprendizagem desde que seja utilizado para desenvolver melhor a compreensão e obtenção do conhecimento. Isso nos aponta para a formação de um novo educador, líder, mediador e estimulador da aquisição do conhecimento. Muito tem se falado das habilidades do professor, hoje pode-se definir como habilidades fundamentais, o domínio do conteúdo, saber seguir o planejamento com liberdade; estar em constante atualização; ter domínio teórico e prático; fazer a distinção da realidade social e a realidade do aluno; ser flexível, dinâmico, pesquisador, motivador e mediador do conhecimento; comprometido com o aprendizado dos alunos; saber desenvolver a criatividade; estar em constante formação com sua identidade de professor, estar conectado com a realidade do mercado de trabalho e fazer uso adequado das novas tecnologias.

13 É imprescindível saber para ensinar bem numa sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível. Insistiu em 10 grandes famílias de competências: Organizar e dirigir situações de aprendizagem. Administrar a progressão das aprendizagens. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Trabalhar em equipe. Participar da administração da escola. Informar e envolver os pais. Utilizar novas tecnologias. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão. Administrar sua própria formação contínua. [PERRENOUD, 2000, p.14] Segundo uma reflexão apresentada na revista ABC EDUCATIO Torres (2006, p.19), destaca os 15 mandamentos que facilitam seu processo como profissional de educação os quais definem um profissional de qualidade: Compromisso: ser responsável pelo resultado, ser consciente do seu papel na aquisição do conhecimento não responsabilizando ninguém por isso. Saber falar com os alunos e colaboradores. A melhor ação é a conversação. Promover ações significativas, saber articular os resultados de forma positiva mesmo que não tenha dado tudo da maneira planejada. Seja um profissional diferenciado. Enfrentar os problemas e conflitos trazendo soluções, sempre se autoavaliando. Servir de exemplo, exercer com dignidade e caráter a profissão, sempre preocupado com a instituição de ensino que representa. Sempre cumprir os horários e ter responsabilidades cumprindo as regras e princípios que a instituição define. Ser criativo, nunca desistir diante das dificuldades encontradas no processo. Conhecer as novas tecnologias e estar preparado para usá-las, utilizando para se informar, atualizar e crescer.

14 Ter domínio profissional, conhecer as necessidades e aspirações dos alunos e ser um parceiro dos seus alunos e da instituição. Enxergar o conhecimento de forma fragmentada, não é só dar aula e sim estar envolvido em todas as etapas da instituição. Saber como as outras áreas funcionam e sempre valorizar seu trabalho. Ampliar sua cultura, utilizando-se de conteúdos de outras áreas para melhor explanar seu conteúdo. Usar a interdisciplinaridade. Compreender o mundo, a realidade em que os outros vivem, não se detendo só nos seus saberes, procure outras técnicas. Abrir-se ao novo, mas tem que saber ter critérios e ser racional. Ser curioso mas prudente. Saber gerenciar, organizar o tempo, espaço e conhecimento e ter disciplina para preparar seu tempo. Aprender a aprender, buscar informações, atualizar-se, desenvolver-se a longo prazo, pensar no futuro. Enquanto Gil (1997, p.17-22), apresenta os requisitos básicos do professor, como requisitos legais, pessoais, técnicos: 1. Requisitos Legais: apontam como deve ser a preparação do professor. A LDB estabelece também como as universidades deverão proceder na contratação do corpo docente. 2. Requisitos pessoais: são as características do professor, física e fisiológica, psicotemperamentais e intelectuais, as quais estão definidas abaixo: Físicas e fisiológicas: resistência à fadiga; capacidade funcional do sistema respiratório; clareza vocal, acuidade visual, acuidade auditiva. Psicotemperamentais: estabilidade emocional; versatilidade; iniciativa; autoconfiança; disciplina; paciência; cooperação; estabilidade de ritmo; atenção difusa. Intelectuais: inteligência abstrata; inteligência verbal; memória; observação; raciocínio lógico; rapidez de raciocínio; precisão de raciocínio; imaginação; discriminação; associação; orientação; coordenação e crítica.

15 3. Requisitos técnicos: para ministrar uma determinada disciplina o professor precisa conhecê-la com profundidade, bem mais do que a exigida no programa. Isso fará com que saiba solucionar os eventuais problemas que apareceram durante o processo. E também em casos de disciplinas de cunho mais práticos o professor precisa ter experiência profissional no assunto. 3.4 RESISTÊNCIAS AO USO DAS TICS NA EDUCAÇÃO A dificuldade em adequar-se às TICs tem refletido negativamente para os professores. Existem vários mitos que cercam o uso das tecnologias na área educacional. Os professores, principalmente os mais antigos, apresentam resistência em utilizar as TIC como instrumento facilitador da aprendizagem em suas aulas. Outro fator importante é o comodismo de outros docentes, pois atividades utilizando as ferramentas tecnológicas necessitam maior preparo e conseqüentemente mais tempo disponível. E ainda temos o medo das mudanças, do novo, e muitos acreditam ainda que possa ser apenas um modismo e que cairá no esquecimento. Estes fatores aliados formam uma verdadeira barreira para que haja mudanças na postura do professor perante as novas tecnologias. Esta barreira pode ser denominada como Tecnofobia que hoje está relacionada com as novas tecnologias. Muitas são as razões para que o professor haja dessa maneira: não saber como utilizar adequadamente a tecnologia é uma delas. Não saber como avaliar as novas formas de aprendizagem derivadas de sua utilização, como também, por falta de apoio da instituição para o uso em suas aulas. As tecnologias que incluem não apenas o computador com seus programas e a Internet, mas também a televisão, o rádio, o vídeo e, modernamente, o DVD, não podem ser vistas como vilões prejudiciais ou substitutos dos professores. Não é correto afirmar que o computador vai transformar as aulas e fazer do professor apenas um suporte e ajudante para aprendizagem. O professor deverá tornar-se um

16 facilitador da aprendizagem, conduzindo o aluno, de forma individualizada na busca própria do conhecimento. Percebe-se que alguns fatores que dificultam a utilização de recursos tecnológicos pelo professor estão no que se refere a espaço, tempo, atividade, conteúdos e formas de interação entre os alunos e professores, além da rigidez estrutural dos currículos. Assim, as atividades e conteúdos são apresentados desvinculados do cotidiano e do contexto em que o indivíduo vive. O fazer e o criar são pouco promovidos. Desconsidera-se que o indivíduo, ao longo de sua vida, aprende sobre coisas variadas em diferenciadas situações, integrando e relacionando vários conteúdos, articulando inúmeras estratégias e formas de atuar. Desconsidera-se também, que, no processo de desenvolvimento, o indivíduo aprende interagindo com diferentes pessoas e objetos, realizando ações, investigando possibilidades, elaborando criações em vários campos, utilizando variados artefatos culturais, mobilizado por necessidades e interesses individuais e coletivos, assumindo desafios, enfrentando suas limitações momentâneas e ampliando suas possibilidades múltiplas. De acordo com Moran (2001, p. 28-34), não basta simplesmente introduzir as TICs, isso não é tudo para garantir uma transformação social. A introdução das novas tecnologias é uma condução necessária para que se tenha uma modificação no processo educativo. Desta forma, introduzir tecnologia exige dedicação de todos os envolvidos, professores, alunos e instituição. Cada vez mais o professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema e gerencia o conhecimento. E as TICs estão chegando para auxiliá-lo nesse processo, e são elas: Vídeo Teleconferência; Televisão Instrutiva Interativa; Televisão de Radiodifusão e Rádio; Televisão a Cabo; Impressão; Videocassetes; Comunicação mediada por Computador; Redes Eletrônicas; CD / DVD, Realidade Virtual; TV e Vídeo, Computador; Internet; entre outros. O professor já não pode mais escolher em usar ou não essa ferramenta, ou gostar ou não gostar. Tem que estar atualizado com as exigências do mercado que necessita cada vez mais de profissionais comprometidos com o aprendizado dos seus alunos e principalmente que saiba gerenciar essa gama de conhecimento.

17 3.5 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO A utilização de Informática no processo ensino aprendizagem possibilita ao professor mais uma ferramenta de apoio a sua prática pedagógica permitindo a socialização de experiências, novas formas de comunicação e autonomia de aprendizagem sendo assim um poderoso instrumento para gerir conhecimento. Uma das críticas mais comuns dirigidas aos professores diz respeito à sua didática. Na maioria das vezes, ao ingressar na escola pública, o professor recebe um currículo pronto para ser seguido, e planeja suas aulas individualmente sem o auxilio de nenhum orientador. Como não lhe é cobrado nenhum relatório ou planejamento utilizando a informática, na maioria das vezes não a utiliza e quando a faz é apenas para matar o tempo. Desta forma, segundo (Lopes, 2009) A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Atualmente o computador está presente em todos os setores da sociedade, e entra na escola como um meio didático e pedagógico trazendo mudanças positivas no processo educativo. É importante destacar que não muito distante o educador precisava justificar o uso do computador nas suas aulas, hoje isso vem mudando, ele deve e precisa utilizá-lo. As instituições vêm se mostrando preocupadas com a formação de seus docentes, tanto no campo específico, quanto pedagógico e agora tecnológico. Os professores, ao utilizar a informática, têm o seu processo de aprendizado limitado a aprender com suas experiências, em sala de aula, e com o auxílio dos outros colegas. As iniciativas criadas para a valorização da formação do professor, como por exemplo, a formação continuada, tem sido de muita valia. Porém, não são de todo uma regra, pois alguns acreditam que esta formação não é necessária, que o suficiente seria o domínio dos conhecimentos específicos.

18 Experiências em cursos de formação de professores têm mostrado que nem sempre o professor sabe articular estes elementos de forma satisfatória. Muitas vezes, na tentativa de incorporar a mídia ao trabalho pedagógico, ela termina sendo usada de forma artificial, não enriquecendo ou valorizando a atividade. É o que ocorre, por exemplo, quando um professor propõe uma série de ações ligadas à realização de um projeto e, ao final, solicita que os estudantes gravem o evento por meio do qual os resultados do projeto serão divulgados. Conforme Tajra(2001, p.113) a formação dos professores deve considerar os conhecimentos básicos de informática; conhecimento pedagógico; integração de tecnologia com as propostas pedagógicas; formas de gerenciamento da sala de aula com novos recursos. E quem usa o computador na escola enfrenta um desafio permanente: escolher, interpretar e integrar a grande massa de informação oferecida por este recurso, preocupando-se em estimular a criatividade, a socialização e preparando o aluno para as mudanças que normalmente ocorrem na sociedade da informação. A informação não é conhecimento, ainda que seja sua matéria prima. O conhecimento só é construído quando se atribui significado a informação. E o professor é o responsável por isso, em seu papel insubstituível de mediador e orientador do conhecimento. Os professores não são valorizados socialmente como merecem, não estão nos noticiários da TV, vivem no anonimato da sala de aula, mas são os únicos que têm o poder de causar uma revolução social. Com uma das mãos, eles escrevem na lousa; com a outra, movem o mundo, pois trabalham com a maior riqueza da sociedade: a juventude. Cada aluno é um diamante que, bem lapidado, brilhará para sempre. [CURY, 2007, p.89] Diante de tantas mudanças na educação torna-se necessário qualificar o docente, dando-lhe um maior grau de conhecimento na área tecnológica melhorando assim sua prática.

19 3.6 PROJETOS DIDÁTICOS Nos projetos didáticos o aluno, mediado pelo professor, aprende, principalmente através de experiências, vivencias, ou seja, experimentando situações que possam criar, participar, construir seu próprio conhecimento. Para Moran (2009) em seu artigo Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias destaca que, O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das informações trazidas. Quando se utiliza metodologia por projetos, tem-se uma situação problema, deve-se levar em conta as experiências dos alunos, ou seja, o seu conhecimento prévio do assunto e criar situações para que possa responder a questão inicial. O projeto didático parte de uma "situação-problema" em que o educando, com o auxílio do professor, é estimulado a refletir sobre um determinado assunto, utilizando-se do material didático disponível com o objetivo de construir conhecimento. Outro ponto importante, no projeto didático, é que nem sempre os alunos aprendem os conteúdos ao mesmo tempo, leva-se em consideração que cada um tem seu tempo e ritmo de aprendizagem e que através da interdisciplinaridade exploram os conteúdos trabalhados em diversas disciplinas. Segundo Martins (2001, p. 18), Os projetos contribuem para que os alunos participem e se envolvam em seu próprio processo de aprendizagem e o compartilhem com seus colegas [..] Os projetos são realizados por diversos autores dentro de um processo de construção coletiva em que todos opinam, pesquisam, debatem e decidem o quê e como fazer. Enfim, um projeto didático baseia-se em princípios de cooperação e coautoria. [MELO, 2010] E o tema do projeto, ou seja, a questão problema pode ser definida pelos alunos, professor ou mesmo em conjunto com toda a comunidade educativa. E os

20 conteúdos que serão desenvolvidos devem ser muito bem definidos e organizados, pois os alunos necessitam de diversas situações de aprendizagem sobre o tema para construir seu próprio conhecimento. Para Signorelli (2010), significa dar aos alunos a oportunidade de aprender a fazer planejamentos com o propósito de transformar uma idéia em realidade. Significa, ainda, ensinar formas de elaborar cronogramas com objetivos parciais, nos quais o trabalho em direção aos objetivos finais é avaliado permanentemente de modo a corrigir erros de processo ou mesmo de planejamento. Alunos que planejam e implementam projetos aprendem a analisar dados, considerar situações e tomar decisões. São vários os elementos existentes em um projeto didático, podemos destacar: tempo escolar, autonomia, co-autoria, interdisciplinaridade por envolver mais de uma área do conhecimento, desenvolvimento processual, situação problema e currículo. Especialistas afirmam ser fascinante trabalhar com projetos didáticos, pois tem a capacidade de envolver até aqueles alunos mais desestimulados. Partindo de uma situação ou questão desafiadora ele leva os alunos a desenvolverem ações, juntamente com o professor, e que responderão a questão inicial, é importante destacar que tem por objetivo um produto final.

4 METODOLOGIA A população alvo deste projeto foram os professores e alunos do Ensino Fundamental II, da Escola Nair Rebelo dos Santos, localizada no município de Porto Belo em Santa Catarina, com cerca de 500 de alunos no total e 40 professores do ensino fundamental II. Inicialmente em uma reunião pedagógica foi exposto o desejo de incentivar os professores a utilizarem a sala de informática, pois no último ano muito pouco foi usada devido a resistência de alguns professores. A idéia de usar uma pesquisa de campo através de um questionário, conforme Apêndice 1, direcionada aos professores de 5ª a 8ª série, foi da professora de informática que por não ter contato com todos os professores não sabia qual o conhecimento que tinham sobre TE 3. O objetivo foi de analisar o cenário atual e preparar o ambiente para o desenvolvimento dos projetos. Com o resultado da pesquisa decidiu-se desenvolver uma formação continuada com os professores, cujo projeto destaca-se no Apêndice 2 e paralelamente, conforme os conteúdos trabalhados no curso, desenvolveu-se alguns projetos didáticos com os alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental II na sala de informática. Os projetos eram realizados uma vez por semana, a turma juntamente com o professor da disciplina ia para a sala de informática para desenvolver seu projeto, como por exemplo, nas aulas de Ciências os alunos da sétima série buscavam conhecer o corpo humano e com os resultados dos temas recebidos postavam no Blog da turma e socializavam suas pesquisas como os demais colegas e assim sucessivamente para todas as séries e disciplinas do ensino fundamental II. 3 Tecnologia Educacional

22 4.1 RESULTADOS DA PESQUISA E ANALISE DOS DADOS A presente pesquisa foi realizada pelo método dialético, pois possibilitou a sondagem dos participantes objetivando traçar algumas experiências dos mesmos, tendo consciência que chegaríamos a dados mais concretos sobre a necessidade de utilização da informática. Dentro de uma abordagem qualitativa que tem como característica descritiva, onde utilizou-se o questionário como um instrumento de coleta de dados para identificar o conhecimento dos professores através dos gráficos estatísticos gerados durante a análise dos dados. Questão 1: Para você o que é Tecnologia na Educação? Procurando compreender a fala de alguns educadores sobre o conceito de Tecnologia Educacional, pode-se destacar algumas resposta: Um instrumento que facilita o trabalho de pesquisa do aluno O uso do laboratório e técnicas de informática nas aulas como ferramentas para o ensino. Em forma de pesquisa ou até aula pronta. O uso de instrumentos que facilitem e auxiliam o processo educacional, além de possibilitar que ele seja significativo e prazeroso. É uma ferramenta importante para a prática pedagógica; instiga o interesse dos alunos pela disciplina, conteúdos e aulas; pois é um instrumento do seu cotidiano ou realidade. É a aplicação de técnicas através do uso de máquinas para promover a solução de problemas ou aperfeiçoamento de algo. É utilizar os meios tecnológicos a favor do ensino, facilitando pesquisas e inserindo o aluno no ambiente globalizado. É o uso da informática aplicada as disciplinas programáticas.

23 Percebe-se que falta um conhecimento mais abrangente sobre Tecnologia Educacional e sua função no processo pedagógico. Isso já se percebe nas falas de Moran (2010) que destaca as Tecnologias Educacionais como um desafio ao educador, de sair do ensino tradicional para uma aprendizagem mais participativa e integrada. Questão 2: Você já utilizou o computador como apoio no processo ensino-aprendizagem? Sim 19% Não 81% Fica explícito neste gráfico que dos 27 educadores somente 19% haviam utilizado o computador como apoio pedagógico, isso é um índice muito baixo nos dias atuais. Podemos perceber a importância em mudarmos esse quadro, a relevância em se desenvolver estratégias que renovem a forma de trabalhar desses professores. E dos cinco professores que responderam Sim todos destacaram que o aproveitamento foi Bom, não seria diferente, pelo referencial teórico deste trabalho percebe-se que cada vez mais os professores precisam se utilizar de estratégias que possam melhorar ainda mais o processo ensino-aprendizagem.

24 Questão 3: Em seu planejamento você costuma inserir a informática como apoiopedagógico? Sim 19% Não 81% Observa-se que os mesmos professores que responderam Sim na questão 2 também responderam nesta questão. Fica ainda mais claro que os demais não têm conhecimentos específicos para utilizar a informática na escola. Questão 4: O que você acha de utilizar a informática no seu planejamento? Sim 18% Não 15% Sim, mas não sei como fazê-lo 67%

25 Observou-se que os educadores têm interesse em utilizar a informática em sua prática, visto que 67% disseram Sim, mas não sabem como fazê-lo, mas apenas 18% indicam que Sim, pois já as utilizam diariamente e apenas 15% não acham interessante utilizá-la. Deve-se levar em consideração que os professores precisam ser orientados para que possam fazer uso desta tecnologia. Questão 5: Você acredita que o aluno aprende utilizando a informática no processo ensino-aprendizagem? Não 11% Sim 89% Observa-se que em sua maioria os professores possuem uma boa imagem da informática no processo educativo, e isso reflete diretamente na sua opção por utilizar esta ferramenta. Visto que atua diretamente no processo ensino-aprendizage possibilitando uma nova forma de promover e viabilizar diferentes mediações pedagógicas. Sabem que é um instrumento de trabalho fundamental na sociedade em que vivemos. E que ela tem a função de desenvolver novas formas de geração, tratamento e distribuição da informação, apoiando professor e alunos no processo educativo como um facilitador para que os educandos pensem, criem, comuniquemse sobre diversas situações e problemas, como apontado em nosso referencial teórico.

26 Questão 6: Você acha que a utilização da informática no apóio a educação, contribui para compreensão, a socialização, autonomia e fixação do conteúdo, ou seja, contribui para formar um cidadão mais crítico e criativo inserido na sociedade da informação? Não 4% Sim 96% Mais uma vez o educador tem consciência que a forma tradicional de aula não pode mais estar presente em nosso meio. Podemos citar Moran (2010), que afirma ser importante utilizar-se de opções para enriquecer as suas aulas e, ao mesmo tempo, estimular a criatividade dos educandos. Questão 7: Como você avalia o uso da informática para prática pedagógica? Ruim 4% Péssimo 0% Ótimo 59% Bom 37% Percebe-se que a imagem da Informática diante dos objetivos apresentados deixou claro que seu uso para a prática do professor, em sala de aula, é positivo.

27 Questão 8: Você tem conhecimento dos softwares disponíveis no laboratório de informática? Não 56% Sim 44% Analisando este gráfico, podemos perceber que quase a metade dos professores conhecem os softwares disponíveis no laboratório, porém só 19% já utilizou o computador como apoio ao processo ensino-aprendizagem, como analisado anteriormente na questão 2. Questão 9: Você gostaria conhecer e utilizar os softwares do laboratório com os alunos em suas aulas? Não 0% Sim 100%

28 Observa-se que em sua maioria os professores da escola desejam utilizar o computador como ferramenta no seu trabalho pedagógico, e isso se reflete diretamente na sua didática, ou seja, na forma de gestão do conhecimento. Questão 10: Você tem interesse em participar de uma formação em Informática como apoio ao processo ensino-aprendizagem? Não 0% Sim 100% Observa-se que após o questionário realizado muitos tomaram conhecimento da importância e a finalidade da informática no processo educativo e colocam que gostariam de participar de uma formação em Informática. O questionário elaborado foi apresentado de forma indutiva, dando aos educadores a opção de escolha quanto a característica que lhe chamava mais atenção. Diante as respostas apontadas no questionário nos deixa claro que a tecnologia educacional é praticamente desconhecida para a maioria dos educadores da rede, e a proposta para melhorar este quadro é criar uma formação continuada em Tecnologia educacional, em especial a Informática, voltada para o uso do computador com projetos didáticos.

29 4.2 CURSO DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES Após a análise dos dados obtidos no questionário, foi decidido então que seria indispensável uma formação que desenvolve-se nos professores competências quanto a utilização da Informática na escola. Foi apresentado um projeto à Secretaria Municipal de Educação de Porto Belo, a fim de justificar o desejo pela formação em Tecnologia educacional, conforme Apêndice 2. 4.2.1 Conteúdos do Curso Ementa Tecnologia Educacional: Apresentação do curso; Noções de tecnologia da informação, Conceitos de Hardware, Software e Internet. Blog Educacional: conceitos básicos, formatação do Blog, templates, atividades no mesmo, e como utilizar o blog como apoio pedagógico. Recursos da Internet: Como baixar vídeos do yotube e utilizá-los no Blog e em outros aplicativos, slides; Como utilizar sites específicos para montagem de fotos, criação de animações, história em quadrinhos, entre outros. Aplicativos como apoio pedagógico: Editor de textos, Editor de vídeos, Editor de apresentações e Planilha eletrônica. Carga Horária 4 10 10 16 Total de horas 40 Primeiramente foi criado um Blog sobre Tecnologia Educacional www.profmarildapb.blogspot.com, conforme Figura 1, que foi utilizado para as atividades, troca de materiais e ideias entre o grupo. Foram momentos muito bons de troca de experiências e desenvolvemos vários projetos. Deu tão certo que já estamos na segunda turma e os professores estão muito empolgados. O curso contou com 20 professores que receberam certificado ao final da formação.

Figura 1: Blog da Profa Marilda com atividades do Curso. 30

31 Momentos do Curso: 4.4.2 Blogs desenvolvidos pelos professores Todos os professores criaram seus blogs e começaram a utilizá-los nas aulas de informática com várias atividades e também para disponibilizar materiais para os seus alunos. Seus blogs foram disponibilizados no blog da escola, descrito na Figura 2, desenvolvido pela professora de informática Marilda, com o endereço: www.nairrebelo.blogspot.com/ cuja ideia surgiu durante o curso de pós-graduação em mídias na educação e que também foi muito bem aceito pela comunidade educativa. O Blog está disponível no site da prefeitura da cidade, no site do MEC e também da Editora Opet a qual o Município é conveniado.

32 Figura 2: Blog da Escola Nair Rebelo dos Santos e de alguns professores Alguns Blogs:

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35 4.3 MÍDIAS UTILIZADAS Podemos definir como mídia todo que pode servir de suporte para difundir a informação, auxiliando na transmissão de mensagens. Para desenvolver o projeto foi utilizado a internet como forma de pesquisa, Google, Blog, Docs, Picasa, site com montagem de imagens, fotografia, textos, software aplicativos. 4.3.1 Blog Pode-se definir Blog com um diário Virtual. Segundo Bitencourt (2010), Os Blogs são páginas na Internet onde pessoas escrevem sobre diversos assuntos de seu interesse e que podem vir acompanhadas de figuras, sons de forma dinâmica e fácil, além de outras pessoas poderem colocar comentários sobre o que foi escrito. FRANCO (2010) afirma que os blogs ou weblogs por serem facilmente desenvolvidos e utilizados, vem se popularizando em todos os segmentos da sociedade. Permitindo registros de situações diárias de quem o escreve e interação das pessoas que o acessam. Pelo fato de ser uma ótima ferramenta colaborativa, ou seja, de fácil acesso e troca de informações e também por ser grátis, utilizou-se o Blog, conforme Figura

36 3, mais precisamente, Blog Pedagógico para o Projeto descrito no Apêndice 2, onde o professor pode desenvolver habilidades e troca de conhecimentos entre os alunos de forma dinâmica e interativa estimulando a fusca dos saberes criando uma parceria entre os envolvidos no processo pedagógico. Figura 3: Blogs desenvolvidos durante o projeto.

37 4.3.2 Redes Sociais As Redes Sociais são conexões interpessoais para atingir objetivos, políticos, econômicos, sociais e que existem desde o início da história da humanidade, elas geralmente estão associadas aos movimentos sociais. Hoje com as TICs as redes sociais ganharam o mundo. Atualmente toda a sociedade de certa forma utiliza uma rede social, como por exemplo, as empresas, organizações, e até mesmo as escolas, pois reconhecem nas redes sociais um grande instrumento de comunicação. Portanto, os participantes de uma rede social são pessoas que compartilham dos mesmos interesses com o objetivo de trocar informações e ideias. Recuero (2010) se propõe a pensar as redes sociais na internet reconhecendo-as como agrupamentos complexos instituídos por interações sociais apoiadas em tecnologias digitais de comunicação. Com o advento da Internet pode-se formar redes sociais diversas, permitindo que os indivíduos possam se comunicar independentemente do local que estejam ou o tempo disponível. Foi aplicado um projeto didático utilizando-se o Orkut, nas aulas de matemática, para desenvolver o trabalho e por fim o resultado foi postado no Blog da turma. 4.3.3 Pacote para Automação para Escritório Os suítes de automação para escritório são softwares que se destinam a criação de documentos, planilhas, apresentações de slides podendo ser utilizados em projetos didáticos. Editor de textos : É um programa de edição de textos, nele é fácil realizar tarefas de formatação, digitação, elaboração de conteúdos, trabalhos, entre outros.

38 Editor de apresentações: O editor de apresentações é muito usado por profissionais em todo o mundo para apresentações, confecções de slides, transparências, que é muito utilizado para seminários. Durante as atividades do curso os professores desenvolveram muita coisa bonita. Na Figura 4 apresenta uma história criada e narrada pela professora, que ficou muito linda. Figura 4: Destaque para o trabalho desenvolvido no Powerpoint pela professora Bia. Editor de Vídeo (Editor de vídeos): Recurso mantido no Windows o Movie Marker tem como função básica servir de editor de vídeos para os usuários.