BOLETIM INFORMATIVO Nº 110 JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS RECURSOS CÍVEIS SUMÁRIO

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Transcrição:

BOLETIM INFORMATIVO Nº 110 JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS RECURSOS CÍVEIS SUMÁRIO AÇÃO COMINATÓRIA TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE VEÍCULO JUNTO AO DETRAN...4 AÇÃO DE COBRANÇA COMISSÃO DE CORRETAGEM IMÓVEL RURAL PORTEIRA FECHADA...4 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO TRANSPOSIÇÃO DE SINAL SEMAFÓRICO RESPONSABILIDADE...5 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO TRAVESSIA DE CRUZAMENTO IMPRUDÊNCIA CULPA CARACTERIZADA...5 ACARRETA DANO MORAL O TRANSTORNO OCASIONADO POR ERRO EM PROCEDIMENTO HOSPITALAR...5 ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO SEGURO DPVAT COMPANHEIRA DA VÍTIMA BENEFÍCIO DEVIDO...5 ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO VIA PÚBLICA ÔNUS DA PROVA PROVA TESTEMUNHAL INSUFICIENTE PEDIDO IMPROCEDENTE...5 ACIDENTE DE TRÂNSITO CERCEAMENTO DE DEFESA PERÍCIA DESNECESSIDADE...6 ACIDENTE DE TRÂNSITO COLISÃO NA TRASEIRA CULPA PRESUMIDA.6 ACIDENTE DE TRÂNSITO COLISÃO NA TRASEIRA PRESUNÇÃO DE CULPA DEVER DE INDENIZAR...6 ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA CONCORRENTE RESSARCIMENTO DE DANOS...6

ACIDENTE DE TRÂNSITO INDENIZAÇÃO DANOS MATERIAIS CULPA NÃO-COMPROVADA...7 ACIDENTE DE TRÂNSITO SINAL VERMELHO ULTRAPASSAGEM NÃO OBSERVÂNCIA INDENIZAÇÃO ART. 186 DO CÓDIGO CIVIL...7 ACIDENTE DE TRÂNSITO TRANSPOSIÇÃO DE FAIXA ENGAVETAMENTO DE VEÍCULOS CULPA RECONHECIDA...7 ACIDENTE DE VEÍCULO REPARAÇÃO DE DANOS MANOBRA PROIBIDA ÔNUS DA PROVA...7 ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ACÓRDÃO OMISSÃO EMBARGOS - ACOLHIMENTO...8 ATROPELAMENTO DANOS MATERIAIS COMPROVAÇÃO PARCIAL RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO...8 CHEQUES FURTADOS DEVOLUÇÃO POR MOTIVO INCORRETO INCLUSÃO DO NOME NO SPC EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DANO MORAL NÃO CONFIGURADO...8 CIRURGIA DE REDUÇÃO DO ESTÔMAGO OBESIDADE MÓRBIDA...9 COBRANÇA SEGURO DPVAT DEBILIDADE PERMANENTE INDENIZAÇÃO PARCIAL...9 COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL PROVA PROTELATÓRIA INSCRIÇÃO NO SPC DANO MORAL...9 CONTRATO DE LOCAÇÃO ACIDENTE COBERTURA E ASSISTÊNCIA AUSÊNCIA CDC APLICABILIDADE INDENIZAÇÃO DEVIDA...10 CONTRATO DE SEGURO RENOVAÇÃO PRINCÍPIO DA LIBERDADE CONTRATUAL E AUTONOMIA DA VONTADE...10 DANO MORAL COMPROVAÇÃO REPARAÇÃO DEVIDA...11 DANO MORAL INDENIZAÇÃO PROTESTO DE DUPLICATAS FRIAS RESPONSABILIDADE DOS BANCOS DE VERIFICAR LASTRO...11 DANO MORAL INEXISTENTE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONTRATADO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL...11 DANO MORAL INSCRIÇÃO INDEVIDA DEVER DE INDENIZAR...11

DANO MORAL TELEFONIA INSCRIÇÃO EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO...11 DPVAT COBRANÇA INVALIDEZ PERMANENTE...12 DPVAT INVALIDEZ PERMANENTE PERÍCIA - MATÉRIA COMPLEXA...12 ENERGIA ELÉTRICA CORTE NO FORNECIMENTO CULPA DO CONSUMIDOR AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DANO MORAL DEVIDO12 EXTINÇÃO PROCESSUAL COMPLEXIDADE DA CAUSA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PEDIDO CONTRAPOSTO...13 EVENTO DANOSO COLISÃO INOBSERVÂNCIA DAS NORMAS DE TRÂNSITO CULPA EXCLUSIVA DEVER DE INDENIZAR...13 FURTO EM ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA...13 INDENIZAÇÃO ALARME REVISTA EDUCAÇÃO E URBANIDADE EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DANO MORAL NÃO CONFIGURADO...13 INDENIZAÇÃO ABALROAMENTO TRASEIRO PEDIDO PROCEDENTE...14 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS...14 MANDADO DE SEGURANÇA JUIZADO ESPECIAL - JUSTIÇA FEDERAL...14 MULTA COMINATÓRIA OU ASTREINTES DESCUMPRIMENTO DE ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO POR SENTENÇA...14 PRAZO RECURSAL GREVE DA DEFENSORIA PÚBLICA...15 RECURSO DESERÇÃO NÃO CONHECIMENTO CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NÃO CABIMENTO...15 RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA DO RECORRENTE...15 SEGURO CONTRA ROUBO E FURTO DESCONHECIMENTO DE CLÁUSULAS NOVO SINISTRO...15 SEGURO DPVAT INDENIZAÇÃO PRESCRIÇÃO OCORRÊNCIA DANO MORAL NÃO CONFIGURAÇÃO...16

SEGURO DPVAT ÓBITO DE FILHO SOLTEIRO QUANTUM INDENIZATÓRIO REQUERIMENTO FEITO PELA MÃE ADMISSIBILIDADE...16 SEGURO DPVAT SALÁRIO MÍNIMO PARÂMETRO LEGITIMIDADE DA COBRANÇA...16 TELEFONIA CONTRATO FALSÁRIO INSCRIÇÃO INDEVIDA DANO MORAL OCORRÊNCIA...17 TELEFONIA DETALHAMENTO DE LIGAÇÕES LOCAIS...17 TÍTULO DE CRÉDITO CHEQUE PÓS-DATADO PRESCRIÇÃO CONTAGEM DO PRAZO DATA DA EMISSÃO CONSTANTE TERMO A QUO...17 VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO E HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO CARACTERIZAÇÃO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NÃO CABIMENTO...18 AÇÃO COMINATÓRIA TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE VEÍCULO JUNTO AO DETRAN AÇÃO COMINATÓRIA TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE VEÍCULO JUNTO AO DETRAN Obrigatoriedade do adquirente nos termos do Código de Trânsito Brasileiro. (4ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.396.803-5 Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 1º/10/2007). AÇÃO DE COBRANÇA COMISSÃO DE CORRETAGEM IMÓVEL RURAL PORTEIRA FECHADA AÇÃO DE COBRANÇA COMISSÃO DE CORRETAGEM INTERMEDIAÇÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL, MAQUINÁRIOS E SEMOVENTES PROVA Não é devida a comissão de corretagem se não restar comprovado que o contrato firmado entre o corretor e o proprietário se deu no sentido de que fosse feita a venda da propriedade como porteira fechada, isto é, incluindo na venda tanto o maquinário como os semoventes que se encontravam na referida propriedade. Ademais a única prova documental colacionada aos autos, qual seja, as publicações da oferta de venda da propriedade rural, não fazem qualquer menção ao maquinário e semoventes em sua descrição, motivo pelo qual não há como subsistir a pretensão do corretor no recebimento de sua comissão posto que não houve a venda da propriedade, mas

tão somente o arrendamento da propriedade com a venda dos semoventes, o qual ao que tudo evidencia não estava incluída no contrato de corretagem. (4ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.397.808-3 Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 1º/10/2007). AÇÃO DE INDENIZAÇÃO ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO TRANSPOSIÇÃO DE SINAL SEMAFÓRICO RESPONSABILIDADE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO TRANSPOSIÇÃO DE SINAL SEMAFÓRICO CRUZAMENTO RESPONSABILIDADE PROVA TESTEMUNHAL CREDIBILIDADE Segundo o sistema do livre convencimento do julgador, deve ser prestigiado o depoimento de testemunha que efetivamente presenciou o acidente, em condições de noticiar com clareza a dinâmica do acidente. À parte que não se atentou à sinalização semafórica de parada obrigatória existente, impõe-se a reparação dos danos causados. (2ª Turma Recursal Cível / Uberlândia Rec. 0702.07.360.822-7 Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 06/07/2007). AÇÃO DE INDENIZAÇÃO TRAVESSIA DE CRUZAMENTO IMPRUDÊNCIA CULPA CARACTERIZADA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. TRAVESSIA DE CRUZAMENTO, SEM OBSERVÂNCIA DO FLUXO DE CARRO E EM DESOBEDIÊNCIA DA PLACA PARE. IMPRUDÊNCIA DO MOTORISTA. CULPA PREPONDERANTE, DANOS MATERIAIS DEVIDOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (4ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.411.419-0 Rel. Ronaldo Claret de Moraes. J. 06/06/2007). ACARRETA DANO MORAL O TRANSTORNO OCASIONADO POR ERRO EM PROCEDIMENTO HOSPITALAR Acarreta dano moral o transtorno ocasionado por erro em procedimento hospitalar. (Turma Recursal de Ipatinga Rec. 0313.05.184406-6 Rel. Christyano Lucas Generoso. J. 12/07/2006) ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO SEGURO DPVAT COMPANHEIRA DA VÍTIMA BENEFÍCIO DEVIDO SEGURO DPVAT COMPANHEIRA BENEFICIÁRIA PROVA PEDIDO PROCEDENTE. Provada, através de documento expedido pelo INSS, a condição de companheira da vítima de acidente automobilístico, é devida a esta, como beneficiária, a indenização de seguro DPVAT, nos termos do art. 4º, 1º, da Lei 6.194/74. (1ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.06.316.339-9 Rel. Rander José Funaro. J. 31/05/2007).

ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO VIA PÚBLICA ÔNUS DA PROVA PROVA TESTEMUNHAL INSUFICIENTE PEDIDO IMPROCEDENTE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO VIA PÚBLICA ÔNUS DA PROVA DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS INSUFICIENTES À APURAÇÃO DA CULPA CONSEQUENTE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. Em atenção à sinopse, conclui-se que, a questão resistida limita-se a verificação da culpa pelo evento danoso, ou seja, qual motorista, ao agir de forma imprudente, deu causa ao sinistro. Nestes termos, salienta-se que o princípio adotado pelo Código de Processo Civil para elucidação das questões controvertidas é o da verdade real que é atingida através da cabal comprovação dos fatos alegados pelas partes. Diante da ausência de prova, resta patente que a culpa pelo evento danoso não pode ser aferida de forma clara, sobretudo, no caso em comento, em que a prova testemunhal não foi capaz de indicar a responsabilidade pelo evento danoso. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO CONDENAÇÃO DO RECORRENTE NAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. (2ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.396.814-2 Rel. José Luiz de Moura Faleiros. J. 26/09/2007). ACIDENTE DE TRÂNSITO CERCEAMENTO DE DEFESA PERÍCIA DESNECESSIDADE Acidente de Trânsito. Cerceamento de Defesa. Complexidade da Matéria. Perícia. Desnecessidade. -Inocorre cerceamento de defesa se a prova não realizada era prescindível ao deslinde da controvérsia. - Tratando-se de matéria simples, comprovada através de outros meios de prova, descabida a alegação de incompetência do Juizado Especial. (4ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.412.574-1 Rel. Alberto Henrique Costa de Oliveira). ACIDENTE DE TRÂNSITO COLISÃO NA TRASEIRA CULPA PRESUMIDA Acidente de trânsito. Colisão na traseira. Presunção de culpa. Dever de Indenização. Sentença Confirmada. (10ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.410.471-2 Rel. Rogério Alves Coutinho. J. 22/05/2007). ACIDENTE DE TRÂNSITO COLISÃO NA TRASEIRA PRESUNÇÃO DE CULPA DEVER DE INDENIZAR ACIDENTE DE TRÂNSITO BATIDA NA TRASEIRA DEVER DE INDENIZAR INDENIZAÇÃO PARCIAL JÁ PAGA PELA SEGURADORA DO RECORRENTE COMPLEMENTAÇÃO DE VALORES ATINENTES À DIFERENÇA APURADA NO VALOR DO AUTOMÓVEL, BEM COMO OUTRAS DESPESAS DECORRENTES DO

ACIDENTE RECURSO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. (2ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.411.399-4 Rel. Sérgio André da Fonseca Xavier). ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA CONCORRENTE RESSARCIMENTO DE DANOS Ressarcimento de danos Acidente Culpa concorrente Cada um dos litigantes deve arcar com suas responsabilidades no evento, arcando com seu próprio prejuízo. (4ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.412.310-0 Rel. Alexandre Quintino Santiago. J. 1º/07/2007). ACIDENTE DE TRÂNSITO INDENIZAÇÃO DANOS MATERIAIS CULPA NÃO-COMPROVADA ACIDENTE DE TRÂNSITO INDENIZAÇÃO DANOS MATERIAIS AUSÊNCIA DE PROVA DE CULPA RECURSO IMPROVIDO. A ausência de comprovação da culpa não é capaz de ensejar responsabilidade civil em acidente de trânsito. (9ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.411.496-8 Rel. Lílian Maciel Santos. J. 05/06/2007). ACIDENTE DE TRÂNSITO SINAL VERMELHO ULTRAPASSAGEM NÃO OBSERVÂNCIA INDENIZAÇÃO ART. 186 DO CÓDIGO CIVIL ACIDENTE DE TRÂNSITO SINAL VERMELHO ULTRAPASSAGEM NÃO OBSERVÂNCIA DEVER DE INDENIZAR ART. 186 DO CÓDIGO CIVIL DANO MORAL AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. - O motorista que não observa o sinal vermelho e procede a manobra de ultrapassagem atua com imprudência, impondo-se, destarte, o dever de indenizar. O dano moral indenizável é aquele que, decorrente de uma conduta antijurídica, submete a vítima a uma dor íntima, ferindo-lhe a honra e a dignidade, abalando sua imagem e resultando em ofensa aos atributos pessoais que lhe são mais caros. (9ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.674.345-9 Rel. Lílian Maciel Santos. J. 14/09/2007). ACIDENTE DE TRÂNSITO TRANSPOSIÇÃO DE FAIXA ENGAVETAMENTO DE VEÍCULOS CULPA RECONHECIDA ACIDENTE DE TRÂNSITO. TRANSPOSIÇÃO DE FAIXA. INOBSERVÂNCIA DOS CUIDADOS DEVIDOS. ENGAVETAMENTO DE VEÍCULOS. CULPA RECONHECIDA. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. Age com culpa caracterizada pela imprudência o condutor que, na transposição para a faixa da direita, intercepta a trajetória retilínea de ônibus que nela trafegava, acabando por provocar um engavetamento de veículos.

O condutor que realizou manobra de mudança de faixa sem observar os cuidados devidos deve responder pelos danos decorrentes do engavetamento. (8ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.411.381-2 Rel. André Luiz Amorim Siqueira). ACIDENTE DE VEÍCULO REPARAÇÃO DE DANOS MANOBRA PROIBIDA ÔNUS DA PROVA DANOS ACIDENTE DE VEÍCULO REPARAÇÃO MANOBRA PROIBIDA ÔNUS DA PROVA. Cumpre ao motorista que realiza manobra proibida o ônus de provar a sua inocência ou a culpa da parte adversa, militando contra o infrator das normas de trânsito a presunção de culpa. (8ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.412.558-4 Rel. Renato Luís Dresch). ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ACÓRDÃO OMISSÃO EMBARGOS - ACOLHIMENTO Embargos de Declaração Acolhimento Assistência Judiciária omitida no v. Acórdão embargado Suspensão da exigibilidade das verbas sucumbenciais. (4ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.410.205-4 Rel. Alexandre Quintino Santiago. J. 05/09/2007). ATROPELAMENTO DANOS MATERIAIS COMPROVAÇÃO PARCIAL RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO RECURSO INOMINADO. ATROPELAMENTO. DANOS MATERIAIS. COMPROVAÇÃO PARCIAL. INOVAÇÃO DO PEDIDO EM SEDE RECURSAL. RECURSO PROVIDO EM PARTE. I A indenização exige comprovação dos danos materiais. Não comprovada a perda dos óculos, bem como a aquisição de um novo e não demonstrado que o tratamento psicológico decorreu do atropelamento, impõe-se excluir as respectivas quantias do montante fixado na sentença recorrida. II Não se conhece do pedido formulado apenas em sede recursal, sob pena de supressão de Instância, conforme norma do art. 517 do CPC. III Recurso em parte provido. (Turma Recursal / Paracatu Rec. 0470.07.039.686-1 Rel. Rodrigo Antunes Lage. J. 21/08/2007). CHEQUES FURTADOS DEVOLUÇÃO POR MOTIVO INCORRETO INCLUSÃO DO NOME NO SPC EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DANO MORAL NÃO CONFIGURADO CIVIL CHEQUES FURTADOS DEVOLUÇÃO POR MOTIVO INCORRETO NOME INCLUÍDO NO SPC EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO NÃO CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL. 1 O equívoco no motivo de devolução de cheques utilizado em compra no estabelecimento comercial da ré, isto é, motivo 21 (oposição ao pagamento) ao invés do motivo 28 (furto ou roubo), realidade esta relatada no

B.O, legitima a ré na inscrição do nome da autora no serviço de proteção ao crédito. 2 A inscrição pela devolução de cheque pelo motivo 21 traduz exercício regular de direito, afastando a conduta ilícita exigida para a responsabilização civil. 3 Ausentes os requisitos essenciais da responsabilidade extracontratual para se falar em dano moral. 4 Recurso desprovido. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.120.419-5 Rel. Gilson Soares Lemes). CIRURGIA DE REDUÇÃO DO ESTÔMAGO OBESIDADE MÓRBIDA Cirurgia de Redução do Estômago. Necessidade. Obesidade mórbida comprovada. Cobertura do procedimento, por não se tratar de cirurgia estética, mas necessária. Sentença mantida. (3ª Turma Recursal de Belo Horizonte Rec. 0024.07.412541-0 Rel. Genil Rodrigues Filho. J. 19/07/07) COBRANÇA SEGURO DPVAT DEBILIDADE PERMANENTE INDENIZAÇÃO PARCIAL AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO INFERIOR. INEXISTÊNCIA DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAÇÃO INTEGRAL. INDENIZAÇÃO FIXADA EM 70% DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS, MAIOR VALOR DEVIDO. APLICAÇÃO DO ART. 3º, ALÍNEA B, DA LEI Nº 6.194/74. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (4ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.06.042.561-8 Rel. Ronaldo Claret de Moraes. J. 1º/02/2007). COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL PROVA PROTELATÓRIA INSCRIÇÃO NO SPC DANO MORAL CIVIL COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL PROVA TÉCNICA DESNECESSÁRIA OU PROTELATÓRIA AUSÊNCIA DE NEGÓCIO JURÍDICO ENTRE AS PARTES ATO ILÍCITO NEGLIGÊNCIA NA IDENTIFICAÇÃO DO REAL CONSUMIDOR MERA INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO REPARAÇÃO MORAL ADEQUADA. 1 A competência do Juizado Especial cinge-se às causas de menor complexidade. Quando a prova documental é suficiente para o correto deslinde da lide, não há que se falar em extinção, adquirindo a pretensão de prova técnica caráter protelatório. 2 É objetiva a responsabilidade do fornecedor de produtos. A recorrente não comprovou o fato exclusivo da recorrida/vítima, a fim de elidir a responsabilidade, ou até mesmo, que a recorrida tenha qualquer participação na fraude, já que inexistente negócio jurídico volitivo entre as partes. 3 O ato ilícito está consubstanciado na negligência do fornecedor na real identificação da parte consumidora, eis que possui corpo técnico e capacitado para tanto. 4 a inscrição indevida no SPC encontra-se demonstrada às fls. 04, que, por si só, enseja a reparação moral. 5 O valor fixado a título de dano moral observa aos critérios objetivamente sedimentado pela jurisprudência e doutrina pátria, portanto, mostra-se adequado. 6

Decisão monocrática mantida. Nego provimento ao recurso. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.119.160-8 Rel. Gilson Soares Lemes). CONTRATO DE LOCAÇÃO ACIDENTE COBERTURA E ASSISTÊNCIA AUSÊNCIA CDC APLICABILIDADE INDENIZAÇÃO DEVIDA JUIZADO ESPECIAL CÍVEL INDENIZAÇÃO CONTRATO DE LOCAÇÃO ACIDENTE ENVOLVENDO O LOCATÁRIO NÃO COBERTURA E FALTA DE ASSISTÊNCIA PRINCÍPIO DA BOA-FÉ E TRANSPARÊNCIA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR QUANTUM INDENIZATÓRIO. 1 O consumidor tem o direito de conhecer claramente as condições do contrato, não bastando uma explicação genérica ou a simples disposição por escrito no contrato, por força do princípio da transparência, previsto nos arts. 6º, III e 31, da Lei 8.078/90. Por ser parte economicamente mais fraca, ele tem o direito de conhecimento de forma clara e objetiva dos serviços que estão sendo postos à sua disposição. 2 A falta de transparência por parte da recorrente leva à declaração de nulidade do contrato como um todo (art. 51, 1º, I e II, do CDC), já que o acidente inviabilizou a utilização do bem objeto do contrato, impossibilitando, assim, a sua utilização pelo locatário, a quem, ainda, foi imputada a culpa pelas avarias do carro. 3 Em relação ao quantum indenizatório, a indenização por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o sofrimento impingido. A eficácia da contrapartida pecuniária está na aptidão para proporcionar tal satisfação em justa medida, de modo que não signifique um enriquecimento sem causa para a vítima e produza impacto bastante no causador do mal a fim de dissuadi-lo de novo atentado. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.119.890-0 Rel. Marco Aurélio Ferrara Marcolino). CONTRATO DE SEGURO RENOVAÇÃO PRINCÍPIO DA LIBERDADE CONTRATUAL E AUTONOMIA DA VONTADE CONTRATO DE SEGURO RENOVAÇÃO PRINCÍPIO DA LIBERDADE CONTRATUAL E AUTONOMIA DA VONTADE Ainda que o contrato de seguro tenha se renovado por longa data, não tem o consumidor direito adquirido à manutenção das coberturas e ao valor do prêmio ali avençados, podendo a seguradora, licitamente, suprimir ou modificar as condições contratuais no momento da renovação. Havendo prévia comunicação ao segurado acerca da não-intervenção de renovar o contrato, não pode a seguradora ser compelida a se manter vinculada aos mesmos termos da apólice anterior, sob pena de obrigá-la a suportar riscos com os quais sequer anuiu expressamente. Prevalência do princípio da liberdade contratual e autonomia da vontade. Para a concessão dos benefícios da assistência judiciária necessária a declaração da necessidade nos autos do processo e a análise pelo juiz da necessidade afirmada. Recurso a que se conhece e dá provimento.(2ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.06.211972-2 Rel. Amauri Pinto Ferreira)

DANO MORAL COMPROVAÇÃO REPARAÇÃO DEVIDA DANO MORAL COMPROVAÇÃO REPARAÇÃO DEVIDA SENTENÇA MANTIDA. Havendo comprovação de dano moral, é pertinente a sua reparação. O valor fixado deve guardar proximidade com a razoabilidade, evitando enriquecimento ilícito de quem recebe, pelo que a quantia fixada deve ser mantida. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.06.083.669-2 Rel. Magid Nauef Láuar. J. 26/06/2007). DANO MORAL INDENIZAÇÃO PROTESTO DE DUPLICATAS FRIAS RESPONSABILIDADE DOS BANCOS DE VERIFICAR LASTRO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS PROTESTO DE DUPLICATAS FRIAS INDEVIDO ENDOSSO A VIABILIZAR OPERAÇÃO BANCÁRIA RESPONSABILIDADE DOS BANCOS RECORRENTES DE VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE LASTRO DOS TÍTULOS VALOR DO DANO MORAL DE ACORDO COM AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO PROCEDÊNCIA DO PEDIDO RECURSOS NÃO PROVIDOS. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.132573-5 Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 22/11/2007). DANO MORAL INEXISTENTE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONTRATADO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NEGATIVA DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTRATADOS INADIMPLEMENTO CONTRATUAL I A inadimplência contratual, por si só, não causa dano moral. Para tanto, seria necessário que o inadimplemento de cláusula contratual provocasse um acontecimento extraordinário, expondo a pessoa ao vexame, causando-lhe dor interna intensa, afetando a sua imagem e o seu decoro. II Primeiro e Segundo Recursos que se conhecem e aos quais se dá provimento. (2ª Turma Recursal Rec. 0024.07.412040-3 Rel. Veiga de Oliveira) DANO MORAL INSCRIÇÃO INDEVIDA DEVER DE INDENIZAR JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. INSCRIÇÃO INDEVIDA DO NOME DO RECORRIDO NO CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO MORAL EVIDENTE. A inserção indevida do nome do recorrido nos cadastros de restrições ao crédito resulta para o mesmo, ofendido, a reparação pelo dano moral sofrido, uma vez que o consumidor não pode ser lesado ou prejudicado por suposta irregularidade da instituição financeira, menos ainda em razão da falha no serviço. (1ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.138.420-3 Rel. José Américo Martins da Costa). DANO MORAL TELEFONIA INSCRIÇÃO EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO

Deve ser indenizado o dano moral em virtude de ato ilícito praticado por empresa de telefonia, que inscreveu o nome do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito, mantido o quantum indenizatório conforme fixado na sentença recorrida, considerando-se o grau de dificuldade para o consumidor liberar-se da restrição e ainda o porte financeiro da empresa de telefonia. Recurso improvido. (Turma Recursal / Passos Rec. 0479.07.136.826-6 Rel. Juarez Raniero. J. 27/11/2007). DPVAT COBRANÇA INVALIDEZ PERMANENTE COBRANÇA DPVAT INVALIDEZ PERMANENTE DESNECESSÁRIA PROVA PERICIAL DOCUMENTO OFICIAL IML POSSIBILIDADE JULGAMENTO JUIZADO ESPECIAL DPVAT ART. 3º DA LEI 6.194/74 INDENIZAÇÃO DEVIDA SALÁRIO MÍNIMO. - Diante de provas robustas produzidas pelo IML capaz de comprovar a invalidez permanente, desnecessária se afigura a produção de prova pericial, podendo, portanto ser a presente demanda ajuizada no Juizado Especial. - As normas baixadas pelo CNSP devem obedecer ao princípio da hierarquia das normas, portanto, não possuem validade-vigência quando afrontam a Lei nº 6.194/74. A vedação de vincular o salário mínimo é apenas para fins de indexação ou correção, nunca como quantum indenizatório. (9ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.412.539-4 Rel. Lílian Maciel Santos. J. 05/06/2007). DPVAT INVALIDEZ PERMANENTE PERÍCIA - MATÉRIA COMPLEXA DPVAT INVALIDEZ PERMANENTE MATÉRIA COMPLEXA NECESSIDADE DE PERÍCIA MÉDICA INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL APLICAÇÃO AO ART. 3º CAPUT DA LEI N. 9099/95. Sendo complexa a matéria discutida nos autos, a demandar a realização de perícia médica, exclui-se a competência dos Juizados Especiais, por aplicação do art. 3º, caput, da Lei n. 9099/95. Recurso a que se nega provimento. (1ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.135.269-7 Rel. Luciana Nardoni Álvares da Silva Fontenelle). ENERGIA ELÉTRICA CORTE NO FORNECIMENTO CULPA DO CONSUMIDOR AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DANO MORAL DEVIDO RESPONSABILIDADE CIVIL CORTE NO FORNECIMENTO DE ENERGIA AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA CULPA DO CONSUMIDOR DANO MORAL DEVIDO REPETIÇÃO EM DOBRO VALOR INDEVIDAMENTE COBRADO. Tendo havido a inversão do ônus da prova, não logrando a concessionária do serviço público êxito na comprovação da culpa do consumidor, é pertinente a indenização por danos morais, já que, neste caso, o corte do fornecimento se mostrou arbitrário. O consumidor cobrado indevidamente tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, não tendo sido o engano decorrente de erro justificável.

(2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.06.083.616-3 Rel. Magid Nauef Láuar. J. 26/06/2007). EXTINÇÃO PROCESSUAL COMPLEXIDADE DA CAUSA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PEDIDO CONTRAPOSTO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL PROCESSO EXTINTO POR COMPLEXIDADE DA CAUSA IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DO PEDIDO CONTRAPOSTO OMISSÃO INEXISTENTE. Extinto o processo, sem resolução de mérito, pela constatação da complexidade da causa, não se mostra possível a apreciação do pedido contraposto formulado, eis que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. (7ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.674.007-5 Rel. Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior). EVENTO DANOSO COLISÃO INOBSERVÂNCIA DAS NORMAS DE TRÂNSITO CULPA EXCLUSIVA DEVER DE INDENIZAR Comprovada, testemunhal e pericialmente a culpa do condutor do ônibus pertencente à apelante, pela ocorrência do evento danoso não há falar-se em concorrência de culpas, haja vista que a causa eficiente e determinante do acidente foi o retorno inadequado na rodovia, a inobservância das condições de trânsito, reinantes no momento do fato, como causa única da colisão. (1ª Turma Recursal / Ipatinga Rec. 0313.06.201.208-8 Rel. Carlos Roberto de Faria. J. 14/02/2007). FURTO EM ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS NÃO COMPROVAÇÃO PELO RECORRENTE DE SUA ISENÇÃO NA CAUSAÇÃO DE EVENTO DANOSO PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA RESPONSABILIDADE DO SUPERMERCADO PERANTE SEUS CLIENTES POR FURTO OCORRIDO EM VEÍCULO QUE SE ENCONTRA EM SEU ESTACIONAMENTO SÚMULA 130 DO STJ RECURSO DESACOLHIDO Em se tratando de furto ocorrido no veículo de cliente quando o mesmo estava no estacionamento de supermercado, deve este arcar com os danos sofridos perante seu cliente, matéria esta já sumulada pela STJ. (4ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.396.806-8 Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 1º/10/2007). INDENIZAÇÃO ALARME REVISTA EDUCAÇÃO E URBANIDADE EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DANO MORAL NÃO CONFIGURADO

CIVIL INDENIZAÇÃO DANOS MORAIS ALARME REVISTA EM LOCAL RESERVADO E EDUCAÇÃO NA ABORDAGEM EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO NÃO DEMONSTRAÇÃO DE FALHA NO SISTEMA DE ALARME AUSÊNCIA DE ABUSO DE DIREITO URBANIDADE NA REVISTA NÃO CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL. 1 No caso em apreço não se detectou falha no sistema de alarme, uma vez que o filho da autora encontrava-se com dispositivo magnético. 2 a revista dos pertences da autora em local reservado com urbanidade afasta o abuso de direito e constrangimento alegado pela autora. 3 Não demonstrada lesão ao direito da personalidade da autora, correta é a v. Sentença que concluiu pela improcedência da pretensão de reparação moral. 4 Recurso desprovido. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.119.768-8 Rel. Gilson Soares Lemes). INDENIZAÇÃO ABALROAMENTO TRASEIRO PEDIDO PROCEDENTE Ordinária Indenização Abalroamento traseiro Lançamento do veículo sobre outro a sua frente Depoimentos no mesmo sentido Procedência do pedido Decisão Mantida. (4ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.410.205-4 Rel. Alexandre Quintino Santiago. J. 1º/02/2007). INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ausência de elementos que comprovem a negativação indevida do nome do autor pelo prazo de 05 anos, incabível a declaração da inexigibilidade de obrigação cambiária uma vez que a matéria encontra-se prevista expressamente no 1º ao art. 43 do CDC, tendo sido acobertada recentemente pela Súmula 323 do STJ no mesmo sentido. A não constatação, de ofício, em juízo, da prescrição da pretensão do credor ao pagamento da dívida constante do título impede seja reconhecida de plano a obrigatoriedade da exclusão da negativação nos termos do 5º do art. 43 do CDC. (4ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.396.775-5 Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 1º/10/2007). MANDADO DE SEGURANÇA JUIZADO ESPECIAL - JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível. Mandado de Segurança. Competência. Empresa Pública Federal. Nos termos da Súmula 150 do STJ deve ser denegado o Mandado de Segurança interposto contra a decisão do Juizado Especial Cível estadual que remete os autos à apreciação da Justiça Federal, especialmente quando despida de gravame e passível de recurso. Súmula. Denegar a ordem. (Turma Recursal / Passos Rec. 0479.07.136.918-1 Rel. Ricardo Bastos Machado. J. 27/11/2007). MULTA COMINATÓRIA OU ASTREINTES DESCUMPRIMENTO DE ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO POR SENTENÇA

PROCESSO CIVIL MULTA COMINATÓRIA OU ASTREINTES DESCUMPRIMENTO DE ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO POR SENTENÇA REDUÇÃO IMPOSSIBILIDADE I A multa cominatória ou astreintes, cabível apenas nas ações e execuções que versem sobre o descumprimento de obrigação de fazer, de não fazer e de entregar coisa certa, não sofre limitação de qualquer espécie em seu valor total, devendo ser estabelecida em valor fixo e diário, contado o prazo inicial a partir do descumprimento do preceito cominatório. II Há mesmo que se impor pesadas multas, para compelir os devedores a cumprir no vencimento as obrigações que lhes ordenarem o Judiciário, evitando-se o desleixo e o descrédito institucional, e dando efetividade à prestação jurisdicional. III Recurso a que se dá provimento. (2ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.06.212455-7 Rel. Veiga de Oliveira) PRAZO RECURSAL GREVE DA DEFENSORIA PÚBLICA Diante da ocorrência de greve na Defensoria Pública, é de se ter o recurso como tempestivo. No mérito, a sentença recorrida deve ser confirmada. Recurso a que se nega provimento. (Turma Recursal / Passos Rec. 0479.07.132.747-8 Rel. Juarez Raniero. J. 27/11/2007). RECURSO DESERÇÃO NÃO CONHECIMENTO CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NÃO CABIMENTO RECURSO INOMINADO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL AUSÊNCIA DE PREPARO NÃO CONHECIMENTO RECORRENTE VENCIDO AUSENTE CUSTAS E VERBA HONORÁRIA NÃO CABIMENTO. 1) É deserto o recurso não preparado, nos termos do art. 54, único c/c art. 42, 1º, da Lei 9.099/95. 2) Nos termos do artigo 55, da Lei 9.099/95, não há que se falar em recorrente-vencido, uma vez que o recurso não foi conhecido por esta Câmara julgadora, por deserto, o que torna indevida a condenação nas custas e honorários advocatícios. (1ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.135.442-0 Rel. José Américo Martins da Costa). RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA DO RECORRENTE RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPA DO RECORRENTE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS PROCEDÊNCIA LUCROS CESSANTES RAZOABILIDADE RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (10ª Turma Recursal Cível / Belo Horizonte Rec. 0024.07.410.436-5 Rel. Maurício Pinto Coelho Filho). SEGURO CONTRA ROUBO E FURTO DESCONHECIMENTO DE CLÁUSULAS NOVO SINISTRO

Seguro com cobertura por roubo/furto. Resgate da indenização após ocorrência do sinistro. Havendo novo sinistro, sem complementação do prêmio, é devida apenas a diferença remanescente, descontada a franquia. Inaceitável a alegação de desconhecimento das cláusulas do contrato do qual já se beneficiou. Sentença mantida. (4ª Turma Recursal / Uberlândia Rec. 0702.07.396.878-7 Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 1º/10/2007). SEGURO DPVAT INDENIZAÇÃO PRESCRIÇÃO OCORRÊNCIA DANO MORAL NÃO CONFIGURAÇÃO SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) INDENIZAÇÃO POR MORTE COBRANÇA DA DIFERENÇA PRESCRIÇÃO CONFIGURADA APLICAÇÃO DO ESTATUTO CIVILÍSTICO DANO MORAL NÃO CONFIGURAÇÃO. Não havendo transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada, é o da lei nova o prazo prescricional para a ação de cobrança de indenização de seguro. Aplicação dos artigos 2028 c/c 206, parágrafo 3º, inciso IX, do Código Civil de 2002. (1ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.135.687-0 Rel. José Américo Martins da Costa. J. 09/11/2007). SEGURO DPVAT ÓBITO DE FILHO SOLTEIRO QUANTUM INDENIZATÓRIO REQUERIMENTO FEITO PELA MÃE ADMISSIBILIDADE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Seguro Obrigatório (DPVAT) Complementação solicitada pela mãe em decorrência de óbito do filho solteiro, sem dependentes Admissibilidade O recibo de quitação outorgado de forma plena e geral, mas relativo à satisfação parcial do quantum legalmente assegurado pelo art. 3º da Lei nº 6.194/74, não se traduz em renúncia a este, sendo admissível postular em juízo a sua complementação Instrução de órgão administrativo (CNSP) não sobrepõe-se à lei Direito à metade resguardando a meação do pai Sentença parcialmente reformada para reduzir o valor da indenização. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.117.569-2 Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 11/04/2007). SEGURO DPVAT SALÁRIO MÍNIMO PARÂMETRO LEGITIMIDADE DA COBRANÇA JUIZADO ESPECIAL CÍVEL SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) LEI 6.194/74 SOBREPOSTA A INSTRUÇÃO DO CNSP VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO CORREÇÃO MONETÁRIA DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DO PEDIDO APÓS CITAÇÃO DO REQUERIDO SEM SUA ANUÊNCIA. - Em pagamento de DPVAT, a Instrução de órgão administrativo (CNSP) não se sobrepõe à Lei, sendo legítima a cobrança do DPVAT com base no salário mínimo, corrigida monetariamente desde a data da publicação da sentença.

A alteração de cálculos feita pela parte autora após a citação do requerido somente se procede mediante sua anuência. - Primeiro recurso improvido e segundo parcialmente provido. (2ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.06.106.193-6 Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 28/06/2007). TELEFONIA CONTRATO FALSÁRIO INSCRIÇÃO INDEVIDA DANO MORAL OCORRÊNCIA JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. EMPRESA DE TELEFONIA MÓVEL. CONTRATO REALIZADO COM TERCEIRO FALSÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA PRESTADORA DE SERVIÇO. DANO MORAL. QUANTUM DEVIDO. 1) Não tendo a recorrente apresentado documento que comprove que a recorrida requereu, de fato, o serviço, deve aquela responder por eventual fraude ocorrida mediante o uso do nome desta, devendo ainda arcar com os riscos de sua atividade. 2) A inserção do nome da recorrida nos cadastros restritivos de crédito, indevidamente, faz presumir, por si só, os danos morais. 3) O quantum fixado a título de dano moral deve atender ao caráter preventivo, punitivo, compensatório e pedagógico da indenização, com objetivo de desestimular atos omissivos ou comissivos que leses direito alheio, observando a capacidade de indenizar daquela que causou o dano e a dimensão que a violação teve na esfera íntima da ofendida, não podendo, contudo, se caracterizar como causa de enriquecimento ilícito. (1ª Turma Recursal / Betim Rec. 0027.07.135.441-2 Rel. José Américo Martins da Costa). TELEFONIA DETALHAMENTO DE LIGAÇÕES LOCAIS A individualização ou detalhamento das ligações locais no sistema de telefonia fixa, com respaldo na legislação pertinente, somente deverá ser exigida a partir de agosto de 2007, através de solicitação do consumidor. Sentença mantida. (Turma Recursal / Passos Rec. 0479.07.129.070-0 Rel. Juarez Raniero. J. 27/11/2007). TÍTULO DE CRÉDITO CHEQUE PÓS-DATADO PRESCRIÇÃO CONTAGEM DO PRAZO DATA DA EMISSÃO CONSTANTE TERMO A QUO TÍTULO DE CRÉDITO. CHEQUE. PÓS-DATAÇÃO. PRESCRIÇÃO. CONTAGEM DO PRAZO. TERMO A QUO. DATA DA EMISSÃO CONSTANTE DO TÍTULO. IRRELEVÂNCIA CAMBIAL DA FIXAÇÃO DE DATA FUTURA PARA APRESENTAÇÃO. TÍTULO PRESCRITO. EXECUÇÃO. EXTINÇÃO. A prescrição da ação de execução quanto a cobrança de cheque emitido na mesma praça, começa a contar do primeiro dia útil que se seguir ao término do prazo para a sua apresentação, de 30 dias, conforme Lei Uniforme e Lei brasileira do cheque, sendo de seis meses o prazo prescricional (Lei n. 7357/85, art. 59). Ultrapassado o referido prazo, prescrito está o título para instruir ação de execução. No cheque pós-datado, assim concebido aquele em que a data da emissão constante do título é a mesma da emissão real, verdadeira ou fática, mas cuja data de apresentação é postergada por acordo entre as partes, o prazo prescricional se conta daquela data constante do título, sendo cambialmente

irrelevante o acordo no sentido de que a apresentação ao sacado somente se daria em data posterior. Por questão de ordem pública, reformo a decisão monocrática, para extinguir o feito sem julgamento de mérito. (2ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.410358-1 Rel. Neide da Silva Martins) VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO E HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO CARACTERIZAÇÃO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NÃO CABIMENTO VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO E HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO CARACTERIZAÇÃO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NÃO CABIMENTO I A inversão do ônus da prova objetiva permitir ao consumidor o exercício da garantia constitucional da ampla defesa, de modo a não privá-lo da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, respeitando assim, as normas insertas no artigo 5º, incisos LIV e LV, da CRFB/88. II O Código de Defesa do Consumidor em momento algum afirma que a inversão do ônus da prova fosse a regra a ser aplicada. Em verdade, o artigo 6º, inciso VIII, do referido Diploma Legal, condiciona a inversão do ônus da prova ao preenchimento de determinados requisitos, os quais o juiz deverá analisar em momento pertinente. III Recurso que conhece e nega provimento. (2ª Turma Recursal / Belo Horizonte Rec. 0024.07.674724-5 Rel. Veiga de Oliveira)