UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física

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Transcrição:

UNIVERSIDADE DE COIMBRA Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física Parametrização das Estruturas Tácticas em Jogos Desportivos Colectivos Investigação Aplicada à Equipa Campeã Nacional no Escalão Júnior C na Época Desportiva de 2007/2008 Dissertação de Mestrado em Treino Desportivo para Crianças e Jovens - Especialidade de Ciências do Desporto, na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra. Orientada pelo Professor Doutor António José Barata Figueiredo e Co-orientada pelo Mestre Vasco Vaz. Júlio Miguel Ribeiro da Fonseca Dezembro, 2009 II

ÍNDICE GERAL CAPÍTULO I... 1 INTRODUÇÃO... 1 CAPÍTULO II... 3 REVISÃO DA LITERATURA... 3 2.1. ANÁLISE DE JOGO... 3 2.2. INDICADORES DE DESEMPENHO NA ANÁLISE DO JOGO... 6 2.3. A ESTRATÉGIA E A TÁCTICA... 8 2.3.1. Estratégia... 8 2.3.2. Táctica... 9 2.4. A ANÁLISE DE JOGO NO FUTEBOL... 14 2.4.1. Indicadores tácticos... 17 CAPÍTULO III... 19 METODOLOGIA... 19 3.1. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA... 19 3.2. VARIÁVEIS DO ESTUDO... 20 3.2.1. Campograma... 20 3.2.2. Categorização das acções... 28 3.2.2.2. DEFINIÇÃO DAS CATEGORIAS DAS ACÇÕES... 29 3.2.3. INDICADORES TÁCTICOS... 35 3.2.3.1. DEFINIÇÃO DOS INDICADORES TÁCTICOS... 36 3.2.4. Determinação do posicionamento, distribuição espacial e dinâmica posicional dos jogadores: analise do componente formal do sistema... 40 3.2.5. Descrição das características aptitudinais dos sistemas de jogo... 41 3.2.6. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de construção ofensiva... 43 3.2.7. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de finalização ofensiva... 44 3.2.8. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de construção defensiva... 44 3.2.9. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de evitação... 45 3.2.10. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de combater o jogo de bola parada... 45 VI

3.2.11. Determinação do grau de efectividade obtido na tarefa de neutralizar o jogo de bola parada... 46 3.3. PROCEDIMENTOS... 46 3.4. MÉTODOS... 46 3.5. MATERIAIS... 46 3.6. INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO... 46 3.7. OBSERVAÇÃO... 47 3.8. FIABILIDADE DA OBSERVAÇÃO... 47 3.9. TRATAMENTO ESTATÍSTICO... 48 CAPÍTULO IV... 49 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS... 49 4.1. INDICADORES TÁCTICOS... 49 4.2. VARIÁVEIS TÁCTICAS PREDITORAS DO SUCESSO DESPORTIVO NO FUTEBOL E NO ESCALÃO DE JUNIORES C... 52 4.2.1. Optimização da capacidade de eficácia no jogo das bolas paradas... 55 CAPITULO V... 57 DISCUSSÃO DE RESULTADOS... 57 CAPÍTULO VI... 61 CONCLUSÕES... 61 6.1. LIMITAÇÕES... 62 6.2. RECOMENDAÇÕES... 62 BIBLIOGRAFIA... 63 ANEXOS VII

CAPÍTULO I Introdução O contexto no qual tem lugar a actividade desportiva é vasto e abrangente (Heil & Henschen, 1997; Anguera & Blanco, 2003). Nele concorrem actividades, situações, rotinas, interacções, estratégias e tácticas, cujo conhecimento e compreensão resultam da descrição, compreensão e análise do comportamento desportivo em termos colectivos e individuais (Mendo & Ramos, 1996; Anguera & Blanco, 2003). A competitividade nos jogos desportivos colectivos é muito grande. A literatura mostranos que uma das causas para tal ocorrência está associada ao conhecimento que cada equipa tem de si própria e dos adversários, já que os técnicos procuram minimizar os aspectos desconhecidos. A informação recolhida a partir da análise do comportamento dos atletas em contextos naturais (e.g., treino e competição) é actualmente considerada uma das variáveis que mais afectam a aprendizagem e a eficácia da acção desportiva (Hughes & Franks, 1997). O conhecimento das características que definem qualquer modalidade desportiva e a análise dos tipos de exigências competitivas são imprescindíveis para se progredir, aperfeiçoar e elaborar programas de preparação e treino apropriados aos jogos desportos colectivos (Barbero, 2001). Os jogos desportivos colectivos podem ser entendidos como um confronto entre duas equipas, que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam de forma particular, com o objectivo de vencer, alternando-se em situações de ataque e defesa (Garganta, 1998). Na generalidade os jogos desportivos colectivos possuem os seguintes denominadores comuns: um objecto esférico, geralmente uma bola, que pode ser lançada pelos jogadores com a mão ou com o pé, ou através de um instrumento; um terreno delimitado, mais ou menos grande onde acontece o jogo; uma meta a atacar ou defender; companheiros de equipa, que impulsionam o avanço da bola; adversários, obstáculos a vencer e regras, que se devem respeitar (e.g., Bayer, 1986; Konzag, 1991). Deste modo, os jogadores têm que se integrar e se confrontar activa e constantemente com todas estas componentes (Konzag, 1991). As acções de jogo realizam-se sempre em cooperação directa com os companheiros de equipa e em oposição aos adversários (Tavares, 1996). Nessa situação de oposição e cooperação, Gréhaigne e Guillon (1991) e Gréhaigne e Godbout (1995) sugerem que o problema fundamental dos jogos desportivos colectivos consiste em coordenar as acções com a finalidade de recuperar, conservar e fazer progredir a bola, tendo como objectivo criar situações de finalização e marcar golo ou ponto. Para os mesmos autores (1991, 1995), a relação de oposição é estabelecida pelas situações de ataque e defesa. Cada princípio de ataque encontra oposição num princípio de defesa. 1

Nesta perspectiva, Gréhaigne, Godbout e Bouthier (2001) defendem que há quatro tarefas inter-relacionadas que os jogadores de jogos desportivos colectivos têm que enfrentar: 1) atacar no campo adversário; 2) defender seu próprio campo; 3) oferecer oposição e 4) cooperar com os companheiros. Sabendo que são escassos os trabalhos produzidos com população infanto-juvenil no domínio do rendimento táctico que focam a análise de jogo; justificando-se, assim, uma aposta nesta área de intervenção. Salientamos que este domínio é considerado como um factor determinante para o sucesso em competição, sendo diminuta a informação científica nos escalões etários mais baixos no âmbito dos indicadores tácticos fornecidos pelos sistemas de jogo. Face ao exposto, o presente estudo pretende aferir quais os indicadores tácticos transmitidos pelos sistemas de jogo e saber como podem ser definidos os padrões através da quantificação do número de acções colectivas, da identificação das variáveis que melhor definem o jogo dinâmico e pela determinação dos factores tácticos que conduzem ao sucesso no escalão de iniciados do futebol nacional. Este estudo está organizado em seis capítulos. O capítulo 1 tem como objectivo principal contextualizar a observação e análise do jogo no âmbito do nosso estudo. Por seu lado, o capítulo 2 apresenta as áreas de estudo nas quais a presente pesquisa se enquadra, efectuando-se numa perspectiva convergente sobre a evolução e o estado da observação e análise do jogo no âmbito estratégico/táctico. No capítulo 3 são apresentados os procedimentos metodológicos da pesquisa. O capítulo 4 expõe os dados inerentes ao estudo, enquanto o capítulo 5 aborda a discussão dos resultados. Por fim, o capítulo 6 inclui as conclusões, limitações e recomendações para futuras pesquisas. 2