APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º TRIMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

Documentos relacionados
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º SEMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 30 DE SETEMBRO DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º SEMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

INTERFUNDOS - Gestão de Fundos de Investimentos Imobiliário, S.A. Balanço em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 (Valores expressos em Euros) 2006 Activo Br

Banco Comercial Português

BCP Participações Financeiras, S.G.P.S., Sociedade Unipessoal, Lda. Balanço em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (Valores expressos em Euros) 2005 Activo

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL 1.º Trimestre de 2010 (NÃO AUDITADA)

Banco Comercial Português

Banco Comercial Português

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados)

Banco Comercial Português

Banco Comercial Português

FIBEIRA FUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, SA BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

BANCO COMERCIAL DO ATLÂNTICO, S.A. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E (Montantes expressos em milhares de Escudos de Cabo Verde)

Estes e outros indicadores da Demonstração de Resultados podem observar-se no 1º dos mapas que se seguem.

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL 30 DE SETEMBRO DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

BANCO MOÇAMBICANO DE APOIO AOS INVESTIMENTOS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS INTERCALAR DE Relatório e Contas Intercalar de 2017

INFORMAÇÃO FINANCEIRA

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

Principais Indicadores

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre)

RELATÓRIO & CONTAS 2018

Banco BPI. Resultados consolidados no 1.º trimestre de Lisboa, 28 de Abril de 2011

COMUNICADO. O Resultado Líquido Consolidado da CGD em 2002 atingiu 665 milhões de euros, sendo superior ao de 2001 em 1,7%.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES (1/7) Introdução. Âmbito da Revisão. Conclusão. Aos accionistas do BIM Banco Internacional de Moçambique, S.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS N SEGUROS, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PRÓ-FORMA) E EM 1 DE JANEIRO DE 2015 (PRÓ-FORMA) Montantes expressos em milhares de Kwanzas ACTIVO

Lucro líquido cresce 9% Custos de funcionamento sobem 0.9%

Caixa Geral de Depósitos, SA

Nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do Código dos Valores Mobiliários informa-se que a presente informação trimestral não foi sujeita a auditoria ou a

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Junho de Súmula da Demonstração de Resultados, do Balanço e dos Indicadores de Gestão

Resultados consolidados do Banco BPI no 1.º semestre de 2010

JOSÉ DE MELLO SAÚDE, S.A. Sede: Avenida do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Carnaxide Portugal COMUNICADO

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 10,2 milhões de euros no 1º trimestre de 2017

Resultados 3º Trimestre de 2011

RESULTADOS Apresentação Resumo. 15 Março 2011 GRUPO FINANCEIRO

Resultados Consolidados 1º Trimestre de 2012 (Não auditados)

Demonstrações Financeiras Intercalares. Para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2017

Margem de EBITDA atinge 14,5% no 1º trimestre de 2018

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 88,4 milhões de euros de nos primeiros nove meses de 2015

Reditus atinge 60 milhões de euros de Proveitos Operacionais no 1º semestre de 2015

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2018

Resultados Consolidados 1º Trimestre de 2013 (Não auditados)

Anexo I. Informação Trimestral Individual Consolidada. INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL/CONSOLIDADA (Não Auditada)

INFORMAÇÃO REGULAMENTAR

Disponibilidades em outras instituições de crédito Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito

ATIVIDADE E RESULTADOS DO GRUPO NOVO BANCO. 1º Trimestre de 2018

JOSÉ DE MELLO SAÚDE, S.A. Sede: Avenida do Forte, nº 3 - Edifício Suécia III, Carnaxide Portugal COMUNICADO

Comunicado. RESULTADOS CONSOLIDADOS DO BANCO BPI NO 1º TRIMESTRE DE 2008 (Não auditados)

Caixa Económica Montepio Geral com resultados positivos no 1º Trimestre, rácios de liquidez e capital acima do exigido

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 9,7% nos primeiros nove meses de 2012

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

RESULTADOS CONSOLIDADOS. Janeiro a Setembro. Reuters: BANIF.LS Bloomberg: BANIF PL ISIN: PTBAF0AM0002

INFORMAÇÃO INTERCALAR CONSOLIDADA E INDIVIDUAL (Não auditada) 1º TRIMESTRE DE 2007

Receitas Internacionais da Reditus aumentam 22,4% em 2014

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Comunicado. Banco Montepio com lucros de 22,4M nos primeiros nove meses de 2018

Informação trimestral consolidada (contas não auditadas)

RELATÓRIO AGREGADO Banco de Cabo Verde

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 33,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016

Resultados Consolidados 3º Trimestre de 2013

Caixa Económica Montepio Geral com lucros de 15,8M no primeiro semestre de 2018

ATIVIDADE E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO NOVO BANCO NO PERÍODO DE 4 DE AGOSTO A 31 DE DEZEMBRO DE 2014

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ANO 2006

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 11,0% no 1º semestre de 2012

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

GRUPO BANCO ESPIRITO SANTO

Resultados 1º Trimestre de 2011

1. Desempenho operacional

COMUNICADO 1T 2016 COMUNICADO 1T (Contas não auditadas)

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 2016

EBITDA da Reditus aumenta 23,6% no 1º semestre de 2017

EBITDA da Reditus aumenta 76,9%

PRESS RELEASE. Resultados Consolidados 3º Trimestre 2016

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL RESULTADOS CONSOLIDADOS

Banco BPI Resultados consolidados no 1.º trimestre de 2016

INSTRUÇÃO Nº 16/ (BO Nº 8, ) SUPERVISÃO Elementos de Informação

Os números apresentados não constituem qualquer tipo de compromisso por parte do BCP em relação a resultados futuros

FIBEIRA FUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INV ESTIM ENTO IM OBILIÁ R IO, SA B A LA N ÇOS EM 3 1 D E D EZ EM B R O D E E

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Comunicado dos resultados

Resultados consolidados do Banco BPI em 2010

EBITDA da Reditus aumenta 50,5% nos primeiros 9 meses do ano de 2017

Resultados Consolidados 1º Semestre de 2012

Informação financeira 2012

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Enquadramento Página 1

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Os principais indicadores dos resultados do Bank Millennium no 3T 2011 são os seguintes:

Resultado Líquido da SAG aumenta 20,3%

Resultados consolidados do Banco BPI entre Janeiro e Setembro de 2009

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre de 2017

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) 1º Trimestre 3º Trimestre Início: 01/01/2007 Fim:31/03/2007

Venda de 2% do BFA. Impacto nas demonstrações financeiras consolidadas e nos rácios de capital do Banco BPI. 11 Novembro 2016

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Transcrição:

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º TRIMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 175.000.000 Matriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva n.º 502 090 243

ASPECTOS MAIS RELEVANTES O Resultado consolidado do período foi de 2,031 milhões de euros (+3,1% face ao período homólogo); O Produto bancário registou um crescimento de 9,7% relativamente ao do período homólogo, tendo a Margem financeira e os Outros resultados correntes contribuído com aumentos de 7,9% e de 12,5%, respectivamente; Em Fevereiro de 2010 foi concretizada uma emissão de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados, no montante de 15 milhões de euros, operação que é elegível para efeitos de cálculo do Tier I; Os níveis de solvabilidade foram reforçados, sendo de 12,3% o rácio global, o Tier I de 8,8% e o Core Tier I de 8,2%; O Grupo Finibanco mantém confortáveis níveis de liquidez: o Rácio de transformação de Recursos em Crédito de 111,7%; o Aplicações de muito curto prazo dos excedentes de liquidez, ao longo do 1º trimestre de 2010; o Aumento de activos elegíveis para refinanciamento junto do Eurosistema em 48,5 milhões de euros; Os Recursos de Clientes aumentaram 2,7%, com destaque para a evolução da actividade de desintermediação (+34,6%); O Crédito a clientes, globalmente considerado, teve um aumento de 65,1 milhões de euros face a Março de 2009 (+2,6%): o O Crédito a Empresas aumentou 4,2%; o O Crédito à Habitação cresceu 7,3%; o Reforçou-se a cobertura por provisões do Crédito vencido a mais de 90 dias que passou a ser de 131,4% (121,7% em Março de 2009); As Provisões e imparidades líquidas, pressionadas pelos efeitos da crise económica, foram reforçadas em 10,9 milhões de euros, dos quais 10,5 milhões de euros se referem a imparidades para crédito, que aumentaram 2%; Os Encargos de estrutura subiram 4,1% (+1,1 milhões de euros), aumento justificado essencialmente pela expansão da actividade em Angola; Melhorou-se em 3,9 pontos percentuais o rácio Cost to Income que se situa agora em 64,6%; Em 2010, foram angariados 7 mil novos clientes. 1

Principais indicadores consolidados em Março de 2010 31-03-2010 31-03-2009 D Homóloga Valor % Activo líquido 3.152.518 3.034.657 117.860 3,9 Crédito a clientes (bruto) (1) 2.542.207 2.477.084 65.122 2,6 Recursos de clientes no balanço (2) 2.274.924 2.349.433 (74.509) (3,2) Desintermediação (3) 584.758 434.560 150.198 34,6 Total de recursos de clientes (4) 2.859.682 2.783.993 75.689 2,7 Margem financeira (5) 24.949 23.124 1.825 7,9 Outros resultados correntes (6) 16.984 15.099 1.886 12,5 Produto bancário (6) 41.933 38.222 3.711 9,7 Provisões e imparidades para crédito / crédito vencido (1) (7) 104,6% 92,6% 12,0 pp - Provisões e imparidades para crédito / crédito vencido há mais de 90 dias (1) (7) 131,4% 121,7% 9,6 pp - Crédito vencido / crédito total (1) (7) 3,5% 3,1% 0,4 pp - Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito total (1) (7) 2,8% 2,4% 0,4 pp - Crédito com incumprimento / crédito total (8) 5,4% 3,6% 1,8 pp - Crédito com incumprimento, líquido / crédito total líquido (8) 1,4% 1,0% 0,4 pp - Custos de funcionamento + amortizações / produto bancário (6) (8) 64,6% 68,5% (3,9 pp) - Custo com o pessoal / produto bancário (6) (8) 38,1% 40,2% (2,1 pp) - Lucro do período 2.031 1.970 61 3,1 Resultado antes de imposto / Activo líquido médio (8) 0,5% 0,1% 0,4 pp - Produto bancário / Activo líquido médio (8) 5,3% 5,0% 0,3 pp - Resultado antes de imposto / Capitais próprios médio (8) 6,9% 1,5% 5,4 pp - ROA 0,3% 0,3% (0,0 pp) - ROE 3,5% 4,6% (1,1 pp) - Rácio de Solvabilidade 12,3% 7,2% 5,0 pp - Core TIER I 8,2% 5,3% 2,9 pp - TIER I 8,8% 5,3% 3,5 pp - TIER II 3,5% 2,0% 1,5 pp - Resultado do período por acção (básico) (euro) 0,01 0,02 (0,01) - Resultado do período por acção (diluído) (euro) 0,01 0,02 (0,01) - Nº de balcões 177 174 3 1,7 Portugal 173 172 1 0,6 Angola 4 2 2 100,0 (1) O crédito a clientes não inclui juros, outros valores a receber/pagar e ajustamentos (2) Inclui depósitos, empréstimos obrigacionistas e subordinados não considerando juros e outros ajustamentos. Em 2009 e para efeitos comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida não foram incluídos nesta rubrica (3) Inclui Seguros de capitalização, PPR, fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e (4) Inclui recursos de clientes no balanço e desintermediação (5) Inclui rendimentos de instrumentos de capital (6) Deduzido das recuperações de créditos e juros abatidos ao activo (7) Crédito deduzido da parcela totalmente provisionado (8) Calculado de acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal 2

I Carteira de crédito A carteira de crédito bruta registou um acréscimo de 65,1 milhões de euros, relativamente a 31 Março de 2009, correspondente a 2,6%. O ligeiro crescimento do crédito está associado ao abrandamento da actividade económica em Portugal e ao esforço que tem vindo a ser feito internamente, visando uma gestão do crédito mais criteriosa face às adversas condições económicas. Crédito a clientes 31-03-2010 31-03-2009 D% Mar10/Mar09 1. Particulares 963.205 961.126 0,2 Habitação 296.322 276.076 7,3 Outros créditos 666.883 685.050 (2,7) 2. Empresas 1.579.002 1.515.958 4,2 Total 2.542.207 2.477.084 2,6 O crédito à habitação registou um crescimento de 7,3%, representando cerca de 11,7% da carteira, enquanto o crédito a particulares para outras finalidades apresentou um decréscimo de 2,7%. O aumento do crédito a empresas foi de 4,2%, situando-se acima do crescimento médio da carteira total de crédito. O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias (deduzido de créditos totalmente provisionados) passou a representar 2,8% do crédito total (2,4% em Março de 2009). O grau de cobertura por provisões foi reforçado passando de 121,7% para 131,4%, em consequência do reforço de imparidade ocorrido em 2010. II Recursos O total dos Recursos de clientes (incluindo a desintermediação) registou um acréscimo de 2,7% (+75,7 milhões de euros) face a Março de 2009. Os Depósitos de clientes diminuíram 3,0%, em consequência da sua substituição por outras formas de financiamento com taxas mais atractivas, designadamente as obtidas com recurso ao Eurosistema e à transferência de Depósitos para activos de desintermediação geridos pelo Grupo Finibanco. Por outro lado, a captação de Depósitos focalizou-se nos segmentos de particulares e pequenos negócios, com Depósitos de menor montante e mais baratos, e registou um crescimento de 3,4%. Os Recursos de clientes no balanço diminuíram 74,5 milhões de euros face ao ano anterior (-3,2%), em parte pela amortização de empréstimos obrigacionistas junto dos clientes (9,3 milhões de euros). Em 2010, foram angariados 7 mil novos clientes. 3

Recursos totais de clientes 31-03-2010 31-03-2009 D% Mar10/Mar09 Depósitos 2.115.040 2.180.268 (3,0) Obrigações colocadas em clientes 159.883 169.166 (5,5) Recursos de clientes no balanço (1) 2.274.924 2.349.433 (3,2) Desintermediação (2) 584.758 434.560 34,6 Total 2.859.682 2.783.993 2,7 (1) Não considerando juros e outros ajustamentos. Em 2008 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida não foram incluídos nesta rubrica (2) Inclui Seguros de capitalização, PPR, fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e outros). Em 2009 e para efeitos de comparativos os Seguros de capitalização e PPR geridos pelo Finibanco Vida foram incluídos nesta rubrica A Desintermediação registou um aumento de 150,2 milhões de euros, como consequência da recuperação dos mercados e da confiança dos clientes nos activos geridos pelo Grupo Finibanco. III Liquidez O Grupo continua a deter como principal fonte de financiamento da sua actividade os recursos de clientes (residentes), apresentando um muito bom rácio de transformação em crédito (111,7%). Com o objectivo de monetarização de activos ilíquidos de balanço, o Grupo tem estruturadas operações de securitização de créditos no montante global de 440 milhões de euros, o que lhe permite a diversificação das fontes de financiamento pelo recurso ao Eurosistema. O financiamento junto do Eurosistema ascende a 190 milhões de euros (6,1% do activo total), com uma maturidade de contratação de 1 ano. Ainda no trimestre em apreço, aumentaram em 48,5 milhões de euros os activos elegíveis para refinanciamento no Eurosistema. Os Recursos de outras instituições de crédito cresceram 25,3 milhões de euros relativamente ao ano anterior (+38,9%), passando a representar 2,9% do financiamento do activo (2,1% em Março de 2009). A estrutura de financiamento do Grupo e a monitorização e gestão diária dos níveis de liquidez têm permitido ultrapassar, sem sobressaltos, as dificuldades sentidas no mercado. Em Junho de 2009 realizou-se, com sucesso, um aumento de capital de 115 milhões de euros para 175 milhões de euros, com em encaixe de 75 milhões de euros. IV Solvabilidade Em 31 de Março de 2010, o rácio de solvabilidade (não incluindo o resultado líquido do ano) situava-se em 12,3%, o Core TIER I em 8,2% e o TIER I em 8,8%, calculado de acordo com o normativo do Banco de Portugal, aplicando-se o método padrão para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura do risco de crédito e o método do indicador básico para cálculo de requisitos para cobertura de risco operacional. Os fundos próprios de base foram reforçados em 30,2 milhões de euros (+10,2%), e os requisitos de fundos próprios aumentaram 13,9 milhões de euros (7,0%). Para o reforço dos fundos próprios contribuiu a emissão de Valores Mobiliários Perpétuos Subordinados no montante de 15 milhões de euros, realizada em Fevereiro de 2010 e a incorporação do resultado líquido de 2009, deduzido dos dividendos. 4

V Conta de Resultados O Produto bancário ascendeu a 41,9 milhões de euros e teve um acréscimo de 3,7 milhões de euros (+9,7%) face a Março de 2009. Demonstração de Resultados 31-03-2010 31-03-2009 D Valor % Margem financeira 24.948 23.124 1.824 7,9 Outros resultados correntes 16.985 15.099 1.887 12,5 Comissões líquidas e Outros proveitos líquidos 11.821 9.447 2.374 25,1 Resultados em operações financeiras 5.164 5.652 (488) (8,6) Produto bancário 41.933 38.222 3.711 9,7 Provisões e Imparidades líquidas 10.932 11.376 (443) (3,9) Crédito 10.505 10.296 209 2,0 Títulos (3) 1.080 (1.082) (100,2) Outros 430 0 430 - Encargos de estrutura 27.247 26.185 1.062 4,1 Gastos administrativos 24.868 23.719 1.149 4,8 Amortizações 2.379 2.466 (87) (3,5) Resultados por equivalência patrimonial 239 0 239 - Resultados antes de impostos 3.992 661 3.330 503,5 Impostos sobre os lucros 890 (1.062) 1.953 - Interesses minoritários 1.071 (246) 1.317 (534,8) Lucro consolidado do período 2.031 1.970 61 3,1 A Margem financeira, no montante de 24,9 milhões de euros, registou um acréscimo líquido de 1,8 milhões de euros (+7,9%) relativamente a 2009, em consequência das seguintes variações: Margem Financeira 31-03-2010 31-03-2009 D Valor % Margem financeira 24.948 23.124 1.824 7,9 Intermediação financeira 23.441 20.282 3.159 15,6 Custo amortizado 1.506 988 518 52,4 Rendimento de intrumentos de capital 0 1.853 (1.853) (100,0) A margem da intermediação financeira de 2010 registou um crescimento de 15,6% (+3,2 milhões de euros), por força das medidas tomadas no exercício anterior, que se traduziram na utilização das facilidades de financiamento junto do BCE a preços mais atractivos, na redução de depósitos de montante e custo mais elevados e no ajustamento dos spreads nas operações creditícias às novas condições de mercado. A recuperação da margem financeira já se tinha iniciado no 4º trimestre de 2009, tendo registado um acréscimo de 3,3 milhões de euros face ao trimestre anterior. Contudo, as taxas de mercado continuam em 2010 a registar níveis muito baixos, afectando negativamente a margem dos depósitos, que têm beneficiado de taxas superiores aos indexantes de mercado (Euribor). O Custo amortizado, que integra a Margem financeira, aumentou 0,5 milhões de euros (+52,4%), em resultado da revisão de preçário. Em 2009, a margem financeira incluía dividendos de 1,9 milhões de euros, sendo que no período em apreço não há a registar quaisquer valores. Em 2010, os Resultados em operações financeiras ascenderam a 5,2 milhões de euros, incorporando as maisvalias realizadas no trading, correspondendo-lhe um decréscimo de 8,6% face ao período homólogo do ano anterior. Em 31 de Março de 2010 a carteira de negociação situava-se em 8,9 milhões de euros, registando uma redução de 34,5 milhões de euros (-79,6%). 5

As Comissões líquidas e os Outros proveitos líquidos situaram-se em 11,8 milhões de euros, registando um acréscimo de 2,4 milhões de euros (+25,1%) face ao ano anterior. Os proveitos de Prestação de serviços a clientes, cresceram 49,2% (+3,0 milhões de euros), também face ao ano anterior. A actividade de cartões e meios de pagamento registou igualmente um desempenho positivo, com um crescimento de 5,4%. A actividade de colocação de fundos de investimento e de corretagem teve um acréscimo de 39,8% (+0,5 milhões de euros), em resultado da melhoria das condições do mercado de capitais. Em consequência do aumento da actividade de trading, o montante dos custos de transacção em bolsa aumentou 0,7 milhões de euros. As Provisões e imparidades líquidas foram reforçadas em 10,9 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de 0,4 milhões de euros (-3,9%). No período homólogo esta rubrica incluía imparidades para títulos, no montante de 1,1 milhão de euros, registando uma redução de cerca de 3 mil euros. Em resultado da degradação da conjuntura económica que se tem verificado em 2010, as Imparidades para crédito foram reforçadas em 10,5 milhões de euros, o que representa um acréscimo homólogo de 2%. Os Encargos de estrutura aumentaram 1,1 milhões de euros (+4,1%), para o que contribuiu o aumento ocorrido em ambas as rubricas que o compõem: Custos com o pessoal e Gastos administrativos. Os Custos com o pessoal registaram um incremento de 0,7 milhões de euros (+4,6%), justificado essencialmente pelo crescimento da actividade do Finibanco Angola. O quadro de pessoal do Grupo era de 1.541, registando-se um aumento de 32 colaboradores (+2,1%) face ao período homólogo, sendo que destes 22 pertencem aos quadros do Finibanco Angola. O Grupo Finibanco dispõe de uma rede de 177 balcões, dos quais 4 em Angola. Para o acréscimo de 5,3% verificado nos Gastos Administrativos contribuiu essencialmente a abertura dos novos balcões em Angola. Os Resultados de associadas reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial ascenderam a 0,2 milhões de euros. O Cost to Income registou uma melhoria de 3,9 pontos percentuais, passando para 64,6%, beneficiando do aumento ocorrido no Produto Bancário. O Resultado consolidado do período foi positivo de 2,031 milhões de euros e superior em 3,1% ao obtido em Março de 2009. Os resultados consolidados foram afectados: negativamente: o Pelo aumento das Imparidades e provisões para crédito (+ 2%); o Pelo aumento dos custos de estrutura (+4,1%), na sequência da expansão da actividade internacional; e positivamente: o Pela melhoria da Margem relativa da intermediação financeira (+15,6%); o Pelo bom desempenho das Comissões e Outros proveitos líquidos (+25,1); o Pelo bom desempenho da actividade em Angola. 6

VI Actividade Internacional O Finibanco Angola tem vindo a registar acentuados crescimentos nos volumes de negócio, contribuindo positivamente para o resultado consolidado. Em 31 de Março de 2010 o Crédito a clientes bruto ascendia a 37,9 milhões de euros (11,2 milhões de euros em Março de 2009) e os Depósitos situavam-se em 49,4 milhões de euros (26,9 milhões de euros naquela data). O Resultado líquido do período foi de 1,8 milhões de euros (1,1 milhões de euros atribuíveis ao Grupo Finibanco), enquanto em 2009 o resultado foi de 0,2 milhões de euros. O Produto Bancário ascendeu a 4,2 milhões de euros (+3,4 milhões de euros) e os Custos de estrutura atingiram 1 milhão de euros (+0,4 milhões de euros). O Finibanco Angola dispunha em Março de 4 balcões e de um centro de empresas aberto em 2010, e o quadro de colaboradores era composto por 59 elementos, mais 22 do que em 31 de Março de 2009. Para 2010 prevê-se a continuação da implementação do Plano de Expansão da rede de balcões em Angola. 7

VII- Indicadores de referência do Banco de Portugal O quadro abaixo integra indicadores de referência, de acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal: INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL 31-03-2010 31-12-2009 31-03-2009 1. Solvabilidade Racio de adequação de fundos próprios Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) 12,3% 11,9% 7,2% Finibanco, SA 11,5% 11,7% 9,3% Racio de adequação de fundos próprios de base Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) 8,8% 8,4% 5,3% Finibanco, SA 8,1% 8,2% 6,5% 2. Qualidade do Crédito Crédito com incumprimento (a) / Crédito total 5,4% 4,7% 3,6% Crédito com incumprimento, líquido (b) / Crédito total, liquido (b) 1,4% 1,4% 1,0% 3. Rentabilidade Resultados antes de impostos / Activo líquido médio 0,5% 0,2% 0,1% Produto bancário (c) / Activo líquido médio 5,3% 5,5% 5,0% Resultados antes de impostos / Capitais próprios líquido médio 6,9% 3,0% 1,5% 4. Eficiência Custos de funcionamento (c) + amortizações / Produto bancário (c) 64,6% 67,3% 68,5% Custos com o pessoal + amortizações / Produto bancário (c) 38,1% 37,7% 40,2% (a) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/2003 do Banco de Portugal (b) Crédito líquido de provisões para crédito vencido e para crédito de cobrança duvidosa (c) De acordo com a definição constante da Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal (deduzidas as Recuperações de crédito e juros abatidos ao activo) Porto, 29 de Abril de 2010 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 8

FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE MARÇO DE 2010 E 2009 E 31 DE DEZEMBRO DE 2009 31-Mar-10 31-Dez-09 31-Mar-09 Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais 127.377 131.212 47.541 Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.517 60.628 52.250 Activos financeiros detidos para negociação 8.854 7.193 43.320 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 52.718 51.589 46.093 Activos financeiros disponíveis para venda 98.252 48.990 72.022 Aplicações em instituições de crédito 112.252 97.051 90.581 Crédito a clientes líquido 2.420.965 2.434.476 2.398.876 Investimentos detidos até à maturidade 771 10 5.233 Activos não correntes detidos para venda 37.258 34.567 39.399 Propriedades de investimento 20.469 20.479 16.908 Outros activos tangíveis 57.725 58.685 61.645 Activos intangíveis 3.553 3.700 4.198 Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 10.379 11.441 20.092 Activos por impostos correntes 698 698 2.656 Activos por impostos diferidos 20.084 19.695 11.584 Provisões técnicas de resseguro cedido 0 0 219 Outros activos 127.646 174.823 122.040 Devedores por seguro directo e resseguro 0 0 30 Outros 127.646 174.823 122.010 TOTAL DO ACTIVO 3.152.518 3.155.237 3.034.657 Passivo Recursos de bancos centrais 191.011 190.536 80.023 Passivos financeiros detidos para negociação 16.778 21.656 26.880 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 148.057 144.004 151.091 Recursos de outras instituições de crédito 90.364 79.510 65.062 Recursos de clientes e outros empréstimos 2.125.169 2.162.933 2.209.437 Responsabilidades representadas por títulos 5.505 5.409 14.111 Passivos financeiros associados a activos transferidos 237.035 237.034 236.796 Provisões 1.717 1.542 1.472 Provisões técnicas 0 0 28.571 Passivos por impostos correntes 0 72 277 Passivos por impostos diferidos 1.471 1.498 1.588 Outros passivos subordinados 26.238 26.072 26.047 Outros passivos 54.753 48.813 48.651 Credores por seguro directo e resseguro 0 0 373 Outros passivos 54.753 48.813 48.278 TOTAL DO PASSIVO 2.898.098 2.919.079 2.890.006 Capital Capital 175.000 175.000 115.000 Prémios de emissão 30.000 30.000 15.000 Outros instrumentos de capital 15.000 0 0 Reservas de reavaliação ( 2.623) ( 2.531) ( 3.297) Outras reservas e resultados transitados 17.474 7.991 ( 1.388) Resultado do período 2.031 9.462 1.970 Interesses minoritários 17.538 16.236 17.366 TOTAL DO CAPITAL 254.420 236.158 144.651 TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL 3.152.518 3.155.237 3.034.657 9

FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 MARÇO DE 2010 E 2009 31-Mar-10 31-Mar-09 Juros e rendimentos similares 41.605 53.679 Juros e encargos similares 16.657 32.408 Rendimentos de instrumentos de capital 0 1.853 Margem financeira 24.948 23.124 Rendimentos de serviços e comissões 8.208 5.896 Encargos com serviços e comissões 2.058 1.411 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 3.712 ( 2.904) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda ( 26) 7.042 Resultados de reavaliação cambial 1.478 1.514 Resultados de alienação de outros activos 107 163 Prémios líquidos de resseguro 0 4.698 Custos com sinistros líquidos de resseguro 0 927 Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro 0 3.142 Outros resultados de exploração 5.564 4.169 Produto da actividade 41.933 38.222 Custos com pessoal 16.088 15.381 Gastos gerais administrativos 8.780 8.338 Amortizações do exercício 2.379 2.466 Provisões líquidas de reposições e anulações 430 0 Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 10.505 10.296 Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações ( 3) 1.079 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 0 0 Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 238 0 Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 3.992 662 Impostos 890 ( 1.062) Correntes 1.313 343 Diferidos ( 423) ( 1.405) Resultado após impostos antes de interesses minoritários 3.102 1.724 Interesses minoritários 1.071 ( 246) Resultado consolidado do exercício 2.031 1.970 Resultado no período por acção básicos (em cêntimos) 1,16 1,71 Resultado no período por acção diluídos (em cêntimos) 1,16 1,71 10