DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE UM BANCO DE LEITE HUMANO NA CIDADE DE SÃO LUÍS, MA, BRASIL

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Transcrição:

ISSN 0103-4235 ISSN 2179-4448 on line Alim. Nutr., Araraquara v. 23, n. 1, p. 95-99, jan./mar. 2012 DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE UM BANCO DE LEITE HUMANO NA CIDADE DE SÃO LUÍS, MA, BRASIL Viraneide Marques de ALMEIDA* Adenilde Ribeiro NASCIMENTO** Nancyleni Pinto CHAVES*** Viramy Marques de ALMEIDA**** Danilo Cutrim Bezerra**** Lúcia Maria Coêlho ALVES***** RESUMO: Avaliaram-se as condições higiênico-sanitárias de amostras de leite humano de um Banco de Leite Humano (BLH) na cidade de São Luís - MA, por meio da análise de 50 amostras de Leite Humano (LH) in natura. Realizou-se contagem de bactérias aeróbias mesófilas viáveis, Coliformes a 35ºC e a 45 C, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella sp. Realizaram-se no BLH seis vistorias com preenchimento de ficha de avaliação, contendo nove atributos para obtenção de informações sobre as condições higiênicas do local e seus procedimentos. Em nenhuma das amostras de leite foi constatada a presença de Salmonella sp. e Coliformes a 45 C, entretanto foi observada a presença de micro-organismos do grupo Coliformes a 35ºC, Staphylococcus coagulase positiva e bactérias aeróbias mesófilas viáveis. Constatou-se por meio das vistorias que o referido BLH apresentou 92,60% de conformidade aos requisitos higiênico-sanitários analisados. PALAVRAS-CHAVE: Banco de leite; leite humano; análise microbiológica; coliformes. INTRODUÇÃO O Leite Humano (LH) está presente desde o surgimento da raça humana e, ao longo da história da humanidade, tem sido a principal fonte disponível de nutrientes dos lactentes. 7 Os elementos que o constituem e a proporção em que estes se encontram suprem as necessidades nutricionais e imunológicas para seu crescimento e desenvolvimento ótimo. 8 O aleitamento materno é uma das formas mais eficazes, em relação aos custos, para combater a morbidade e a mortalidade infantil. 19 Para atender lactentes clinicamente impossibilitados de serem amamentados por suas próprias mães, tornou-se crescente a necessidade de LH ordenhado, disponível em quantidades suficientes à demanda. Diante do problema em foco, a implantação do Banco de Leite Humano (BLH) constitui-se valioso recurso para a recuperação dessas crianças e difundido no Brasil. 8 Os BLHs são instituições especializadas, responsáveis pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de várias atividades, como coleta, processamento e controle de qualidade do leite humano para posterior distribuição e obrigatoriamente vinculado a um hospital materno e/ou infantil. 5 O BLH tem o objetivo de apoiar, ajudar e acompanhar o binômio mãe-filho no processo da amamentação, atender e orientar as doadoras de leite, gestantes e nutrizes, e solucionar o problema com a alimentação de recém-nascidos em situações fisiológicas especiais como prematuridade, baixo peso, portadores de deficiência imunológica ou de perturbação gástrica e aos alérgicos a proteínas heterólogas provenientes de outros tipos de leite. 3,17 O LH é muito mais do que uma simples coleção de nutrientes; é uma substância viva de grande complexidade biológica, ativamente protetora e imunomoduladora, porém não dispõe de uma barreira física que impeça a presença de micro-organismos. 8 A contaminação microbiana do leite humano ordenhado pasteurizado e não pasteurizado em diversos BLH no Brasil foi relatada por vários autores que verificaram existir falhas na observância das Boas Práticas de Manipulação em algum momento do processamento. Pôde ser detectado contaminação no leite no momento de sua distribuição, o que pode acarretar doenças neonatais. 3,14,18,20 De acordo com Sannazzaro et al. 16 para normatizar o funcionamento dos BLHs e garantir a qualidade dos seus produtos, torna-se necessário buscar métodos para melho- * Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Curso de Mestrado Universidade Federal do Maranhão UFMA 65080-805 São Luís MA Brasil. ** Departamento de Ciência dos Alimentos UFMA 65080-805 - São Luís MA Brasil. *** Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Curso de Doutorado Universidade Estadual do Maranhão UEMA 65055-970 São Luís MA Brasil. E-mail: nancylenichaves@hotmail.com. **** Curso de Mestrado em Ciências Veterinárias UEMA 65055-970 São Luís MA Brasil. ***** Curso de Doutorado em Medicina Veterinária UEMA 65055-970 São Luís MA Brasil. 95

rar os processos de rotina. O controle de qualidade tem o objetivo de assegurar a integridade do produto desde a coleta até o consumo, a baixo custo e oferecendo risco mínimo para a saúde do consumidor. 5,17 A utilização de indicadores microbiológicos para controlar a qualidade do leite humano é uma alternativa que compatibiliza o custo operacional com as exigências nutricionais dos lactentes. Com base nessas informações, o presente trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico das condições higiênico-sanitárias de um banco de leite humano na cidade de São Luiz, MA, Brasil. distribuição e baseou-se na ficha de inspeção sanitária elaborada por Salles & Goulart 15 para avaliar as condições higiênico-sanitárias de lactários hospitalares. Aos itens que compõem cada atributo da ficha, foi conferido um valor, ou seja, Excelente - integralmente atendido (3 pontos); Bom - parcialmente atendido (2 pontos); Regular - precariamente atendido (1 ponto) e Deficiente - quando não atendido (zero), de acordo com as características das instalações do BLH exigidas pela legislação vigente. Posteriormente, os valores foram somados e transformados em porcentagens. MATERIAIS E MÉTODOS Caracterização do Banco de Leite Humano (BLH) O BLH do Hospital avaliado funciona desde 1999 e é responsável por 100% do volume de leite coletado no estado do Maranhão. É um centro especializado vinculado a um hospital materno e infantil, promove o incentivo ao aleitamento materno pela execução das atividades de coleta (interna e externa), processamento, controle de qualidade e distribuição do LH de mães doadoras, para recém-nascidos impossibilitados de mamar no seio materno. Amostras Foram coletadas e analisadas 50 amostras de LH in natura oriundas de coleta interna. As amostras foram compostas de 25mL cada, acondicionadas em frascos de vidro estéreis, com tampa de rosca e coletadas pelas próprias funcionárias responsáveis pelo porcionamento dos LH. Após a coleta, as amostras foram acondicionadas em caixas de material isotérmico contendo gelo reutilizável e transportadas imediatamente ao Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos (LCQA) do Departamento de Tecnologia Química da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde foram submetidas às análises microbiológicas. Análises Microbiológicas As análises microbiológicas realizadas foram contagem de bactérias aeróbias mesófilas viáveis, quantificação de Coliformes a 35ºC e a 45 C, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella sp., seguindo metodologias descritas no Compendium of Methods for Microbiological Examination of Foods. 6 Condições Higiênicas A avaliação das condições higiênicas caracterizouse por vistorias realizadas quinzenalmente, durante 3 (três) meses, totalizando 6 (seis) visitas ao banco de leite com preenchimento de uma ficha de avaliação higiênica com informações sobre o estabelecimento em estudo e seus procedimentos, como: condições de armazenamento, manutenção do leite na cadeia do frio, condições higiênicas da manipulação do produto e dos recipientes utilizados na RESULTADOS E DISCUSSÃO No Brasil não existe legislação que determine padrões microbiológicos para Leite Humano (LH) in natura. Porém, para Moulin et al., 9 em BLH, alguns critérios são adotados como limites aceitáveis de contaminação bacteriana deste produto e, quando esses critérios não são atendidos, o leite deve, então, ser submetido ao processo de pasteurização. Os limites aceitáveis podem variar de 2,5x10 3 até 10 4 UFC/mL para o total de bactérias viáveis; de 0 até 10 3 UFC/mL para Staphylococcus coagulase positiva, e de 0 a 10 3 NMP/mL para coliformes. No presente trabalho, foram realizadas análises microbiológicas nas amostras de LH in natura a fim de conhecer a carga microbiana inicial do produto, apesar de os lactentes atendidos pelo HU da cidade de São Luís-MA não consumirem esse produto. Das 50 amostras analisadas, 8% (n=4) estavam impróprias para consumo humano por apresentarem contaminação por coliformes totais e bactérias aeróbias mesófilas, com valores variando de <3UFC/mL a >10 3 UFC/ ml e <3NMP/mL a 4,6 x 10 3 NMP/mL, respectivamente. Resultados semelhantes foram obtidos por Moulin et al. 9 e Amaral 2 quando avaliaram leite humano não pasteurizado em bancos de leite. Kamiya & Ramos, 8 ao analisarem a qualidade microbiológica do LH cru coletado e distribuído no BLH do Núcleo de Hospital Universitário/FUFMS, constataram ausência de coliformes, embora 59,57% das amostras de leite cru provenientes da coleta externa apresentassem resultados positivos na mesma pesquisa. As causas de elevação da quantidade de microorganismos no leite humano podem estar relacionadas às técnicas inadequadas de coleta, condições de higiene da doadora e dos utensílios e a manutenção do leite fora da cadeia do frio. O crescimento de bactérias no leite produz acidificação e fermentação, o que pode levar à diminuição dos componentes nutricionais e imunológicos devido à utilização de nutrientes do leite pela microbiota contaminante e a diminuição dos fatores de defesa. 12 Em relação à pesquisa de coliformes a 45 C, todas as amostras apresentaram valores inferiores a <3NMP/ ml. De acordo com o Regulamento Técnico para Funcionamento de Bancos de Leite Humano, 4 a ausência de micro-organismos do grupo coliformes é considerada como 96

Tabela 1 Distribuição percentual dos atributos pesquisados em um Banco de Leite Humano na cidade de São Luís - MA, em atendimento às condições higiênicas. Atributos Avaliados Condições/Vistorias 1 2 3 4 5 6 Média (%) Equipamentos 80 80 80 80 80 100 83,33 Utensílios 80 80 80 80 80 100 83,33 Higiene Geral 80 80 80 80 80 100 83,33 Tratamento Térmico 100 100 100 100 100 100 100,00 Resfriamento 100 100 100 100 100 100 100,00 Aquecimento 100 100 100 100 100 100 100,00 Armazenamento 100 100 100 100 100 100 100,00 Distribuição 100 100 100 100 100 100 100,00 Higiene Pessoal 80 80 80 80 80 100 83,33 Média Geral 92,60 parâmetro aceitável para o controle de qualidade deste produto. Entre as enterobactérias, destaca-se a importância da determinação do grupo coliforme no controle da qualidade microbiológica de BLH, pois sua presença pode indicar contaminação, mesmo que indireta, de origem fecal, sem implicar necessariamente a identificação de E. Coli. 1 Pesquisas têm mostrado que a contaminação por coliformes pode ser proveniente do ambiente insalubre. 11 Quanto à presença de Staphylococcus, 12% (n=6) das amostras apresentaram cepas coagulase positiva, que podem estar relacionadas às condições higiênico-sanitárias das mães, porém em nenhuma delas a população destes micro-organismos ultrapassou 2,5 x 10 3 UFC/mL, o que pode não evidenciar produção de toxina e, consequentemente, efeitos indesejáveis nas crianças. Segundo Notermans & Hogenboom-Verdegaal, 10 é necessária a presença de Staphylococcus coagulase positiva em contagens superiores a 10 6 UFC/mL para que ocorra intoxicação alimentar. No entanto, se a refrigeração não for adequada, este microorganismo poderá se multiplicar e produzir a toxina termoestável. A presença desse micro-organismo nas amostras pode ser evidência do percurso seguido pelo produto, seioembalagem-receptor, ou seja, uma indicação de contaminação a partir de pele e fossas nasais em virtude de manipulação incorreta do produto pelos funcionários do BLH e também pela doadora, durante a ordenha, já que o corpo humano é o maior depositário de Staphylococcus sp., ou, ainda, por condições higiênico-sanitárias insatisfatórias dos utensílios empregados. 18 Em nenhuma das amostras analisadas detectou-se a presença de Salmonella sp. Esses resultados são similares aos de Serafini et al. 18 e Sousa et al. 20 Entretanto, International Commission on Microbiological Specifications for Foods (ICMSF) alerta sobre a dificuldade de isolamento de Salmonella em alimentos. Este gênero requer várias etapas na realização das análises microbiológicas, como pré-enriquecimento, enriquecimento, isolamento e identificação. De acordo com Pedroso et al., 13 a sensibilidade dessas bactérias ao calor úmido é amplamente reconhecida e a pasteurização é tratamento suficiente para eliminar um grande número de células. De modo geral, evidências científicas comprovaram a eficácia e a segurança da pasteurização do LH como processo de inativação de agentes patogênicos, sendo respaldada por trabalhos como o de Wright & Feeney 21 e de Borgo et al., 3 os quais constataram que a pasteurização foi eficaz em 98,69% das amostras analisadas, confirmando, desta forma, a importância e o benefício do processo de pasteurização em LH ordenhado e distribuído em BLH. Após ter sido realizada a avaliação das fichas de vistoria das condições higiênicas foi procedida a soma dos valores referentes a cada um dos atributos, transformando-os em porcentagens e obtendo-se, dessa forma, a classificação do BLH como de excelente higienização, pois atendeu, satisfatoriamente, em torno de 92,60% dos requisitos pré-estabelecidos. A Tabela 1 apresenta a distribuição percentual dos atributos pesquisados no BLH do Hospital Universitário de São Luís - MA. Observa-se que os atributos, equipamentos, utensílios e higiene geral atenderam, em média, a 83,33% dos requisitos estabelecidos, o que confere a classificação Bom. Contudo, vale ressaltar que o item frasco foi o que mais influenciou negativamente nesta classificação, uma vez que foi diagnosticado presença de impurezas no interior destes mesmo após o processo de higienização com água e hipoclorito. O atributo higiene pessoal obteve média 83,33%, pois observou-se em alguns casos ausência de vestuário completo para os manipuladores. Quanto aos demais itens, todos atingiram, em média, 100% dos requisitos estabelecidos, conferindo-lhes a classificação Excelente. As análises das condições higiênicas nas 6 (seis) vistorias realizadas revelaram que o referido BLH apresentou 92,60% em conformidades aos itens analisados, enquadrando-se ao padrão estabelecido na legislação vigente 4 para BLH de Referência ou como Tipo III. 97

CONCLUSÃO Os resultados das análises realizadas no Leite Humano (LH) in natura do BLH constataram ausência de Salmonella sp. e Coliformes a 45 C, entretanto observou-se a presença de micro-organismos do grupo Coliformes a 35ºC, Staphylococcus coagulase positiva e bactérias aeróbias mesófilas viáveis. As análises de vistoria das condições higiênicas revelaram que o referido BLH apresentou 92,60% em conformidades aos atributos analisados, sendo classificado como de excelente higienização. ALMEIDA, V. M.; NASCIMENTO, A. R.; CHAVES, N. P.; ALMEIDA, V. M.; BEZERRA, D. C.; ALVES, L. M. C. Diagnosis of hygiene and sanitary conditions of the human milk bank hospital in São Luis-MA, Brazil. Alim. Nutr., Araraquara, v. 23, n. 1, p. 95-99, jan./mar. 2012. ABSTRACT: We evaluated the sanitary conditions of human milk samples from a Human Milk Bank (HMB) in the city of Sao Luis - MA, through the analysis of 50 samples of human milk (LH) in nature. We conducted counts viable mesophilic aerobic bacteria, coliforms at 35ºC and 45 C, Staphylococcus coagulase positive and Salmonella sp. Six inspections were carried out in the HMB with filling in a record of avaliation, containing nine attributes to informations about hygiene conditions of local and procedures. In none of the milk samples showed the presence of Salmonella sp. and Coliforms at 45 C, however it was observed the presence of micro-organisms of the coliform group at 35 C, Staphylococcus coagulase positive and viable mesophilic aerobic bacteria. It was found through surveys that showed that HMB 92.60% compliance to hygiene and sanitary requirements analyzed. KEYWORDS: Milk banks; human milk; microbiology; coliforms. REFERÊNCIAS 1. ALMEIDA, J. A. et al. Avaliação parcial da flora microbiana do leite humano ordenhado no IMIP. Rev. Inst. Mat. Inf., v. 3, n. 1, p. 13-16, 1989. 2. AMARAL, E. C. Avaliação das condições microbiológicas do leite humano colhido em um banco de leite de Belém-Pará. 1996. 54f. Especialização (Monografia em Tecnologia de Alimentos) - Centro Tecnológico, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. 3. BORGO, L. A. et al. Avaliação do funcionamento e identificação de pontos críticos de controle, em bancos de leite humano do Distrito Federal. Rev. Hig. Aliment., v. 17, n. 111, p. 43-46, 2005. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 171, de 04 de setembro de 2006. Dispõe sobre o Regulamento técnico para o funcionamento de bancos de leite humano. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br. Acesso em: 10 jan. 2011. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.12, de 2 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, 2001. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br. Acesso em: 10 jan. 2011. 6. COMPENDIUM of methods for microbiological examination of foods. 3 rd ed. Washington, DC: American Public Health Association, 1992. 914 p. 7. ESCOBAR, A. M. U. et al. Aleitamento materno e condições socioeconômicas culturais: fatores que levam ao desmame precoce. Rev. Bras. Saúde Mat.-Inf., v. 2, n. 3, p. 253-261, set./dez. 2002. 8. KAMIYA, E.; RAMOS, M. I. L. Avaliação microbiológica e calórica do leite humano coletado e distribuído no banco de leite humano do Hospital Universitário/NHU/UFMS. Rev. Hig. Aliment., v. 17, n. 109, p. 64-68, jun. 2003. 9. MOULIN, Z. S. et al Contaminação bacteriana do leite humano coletado por expressão manual e estocado à temperatura ambiente. J. Pediatr., v. 71, n. 5, p. 376-382, 1998. 10. NOTERMANS, S.; HOOGENBOOM-VERDEGAAL, A. Existing and emerging foodborne disease. Int. J. Food Microbiol., v. 15, n. 1, p. 197-205, 1992. 11. NOVAK, F. R.; ALMEIDA, J. A. G.; ALMEIDA, C. H. G. Detecção e identificação de coliformes em leite humano ordenhado. Rev. Inst. Mat. Inf., v. 3, p. 17-19, 1989. 12. NOVAK, F. R.; CORDEIRO, D. M. B. The correlation between aerobic mesophilic microorganisms counts and dornic acidity in expressed human breast milk. J. Pediatr., v. 83, n. 1, p. 87-91, 2007. 13. PEDROSO, D. M. M. et al. Critical control points for meat balls and kibbe preparations in a hospital kitchen. Rev. Microbiol., v. 30, n. 4, p. 347-355, 1999. 14. PONTES, M. R. A.; IVASAKI, Y.; OLIVEIRA, Y. S. Avaliação das condições higiênico-sanitárias do leite humano pasteurizado distribuído pelo banco de leite de um hospital público do Distrito Federal. Rev. Hig. Aliment., v. 17, n. 107, p. 43-49, abr. 2003. 15. SALLES, R. K.; GOULART, R. Diagnosis of hygienicsanitary and microbiological conditions of hospital human milk-banks. Rev. Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 131-139, 1997. 98

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