1) ESTUDO DOS OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO 1

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Transcrição:

1) ESTUDO DOS OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO 1 O membro pélvico é constituído de quatro segmentos: cintura pelvina, coxa, perna e pé. 1.1 CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO PÉLVICO O cíngulo pélvico, popular quadril, é formado pelos dois ossos coxais. Cada osso coxal é formado pelos ossos ílio, ísquio e púbis. Eles são unidos ventralmente pela sínfise pélvica e fixados dorsalmente em ambos os lados por uma articulação sinovial plana com o osso sacro. 1.1.1 Acetábulo 1.1.1.1. É a cavidade que aloja e se articula com a cabeça do fêmur. Ele é formado por partes dos três ossos do coxal. 1.1.1.2. A superfície do acetábulo apresenta uma área rugosa, não-articular, a fossa do acetábulo (fig. 1, n. 2), destinada à inserção do ligamento da cabeça do fêmur. 1.1.1.3. A margem do acetábulo é descontinua devido à presença de duas incisuras; uma caudal, voltada para o forame obturado, a incisura do acetábulo (fig. 1, n. 3) e outra cranial. A incisura cranial (fig. 1, n. 3 ) só está presente nos bovinos. Fig 1. Acetábulo de bov ino (esq.) e eqüino (dir.), mostrando: a) Osso ílio, b) Osso púbis e C) Osso ísquio. 2. f ossa do acetábulo, 3. incisura acetabular, 3. Incisura cranial do acetábulo (bov ino). 1.1.2 Forame obturado (fig. 2, n. 24) É o espaço circunscrito pelo pube e ísquio. O forame apresenta algumas características ligadas ao sexo. Na fêmea, ele é mais largo e quase circular. No macho, é mais estreito e ovóide. A designação obturado é dado em razão da existência de músculos (músculos obturadores externo e interno) e outras estruturas que ocluem seu lume. Ele é atravessado pelo nervo, artéria e veia obturatórios. Estas estruturas podem ser lesadas em partos forçados levando a prejuízos locomotores. 1.1.3 Osso Ílio 1.1.3.1. É o maior e mais cranial dos três ossos do quadril. Ele é irregularmente triangular. 1.1.3.2. A porção mais larga do ílio é chamada asa do ílio (fig. 2, n. 4). A face glútea (fig. 3, n. 3) da asa do ílio é côncava e está voltada dorsolateralmente, onde estão alojados os músculos glúteos. Ela apresenta uma rugosidade, disposta longitudinalmente, denominada linha glútea (fig. 3, n. 7). A face sacropelvina (fig. 2, n. 13 ) é convexa e articula-se com o sacro. 1.1.3.3. A face sacropelvina apresenta ainda uma face articular para articulação com o sacro denominada face auricular (fig. 2, n. 15) e a tuberosidade do ílio (fig. 2, n. 13), que é uma área rugosa para inserção de ligamentos, localizada cranioproximalmente à face auricular. 1 Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais. 1983. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 1 de 22

1.1.3.4. O eixo maior da asa do ílio orienta-se transversalmente e termina em duas extremidades angulares, denominadas túber sacral (fig. 2, n. 12), situado medialmente, e túber coxal (fig. 2, n. 11), lateralmente. Unindo os dois túberes encontra-se a crista ilíaca (fig. 2, n. 10). 1.1.3.5. O túber sacral continua-se caudalmente com a incisura isquiádica maior (fig. 3, n. 10), que se estende até a espinha isquiádica (fig. 3, n. 8). 1.1.3.6. O corpo do ílio (fig. 2, n. 1) é estreito e termina caudalmente fundindo-se ao púbis e ao ísquio. 1.1.3.7. A face medial do corpo do ílio apresenta uma elevação linear, chamada linha arqueada (fig. 2, n. 16). Esta linha dirige-se ventralmente em direção ao púbis e é interrompida no terço médio por uma elevação rugosa, o tubérculo do músculo psoas menor (fig. 2, n. 17), que dá inserção ao músculo de mesmo nome. 1.1.3.8. A linha arqueada termina na eminência iliopúbica (fig. 2, n. 19), do púbis. 1.1.4 Osso Ísquio 1.1.4.1. O ísquio constitui, juntamente com o do lado oposto, a porção caudal do assoalho da pelve. 1.1.4.2. A face sinfisial está voltada para a sínfise pélvica. 1.1.4.3. O ramo do ísquio (fig. 2, n. 7) forma junto ao ramo caudal do púbis a porção medial ao forame obturado. 1.1.4.4. O corpo do ísquio (fig. 2, n. 9) constitui a parede lateral do forame obturado e estende-se até o acetábulo. 1.1.4.5. A tábua do ísquio (fig. 2, n. 8) é a porção mais larga e caudal do ísquio. 1.1.4.6. O túber isquiádico (fig. 2, n. 18) é a extremidade caudolateral do ísquio. Ele é facilmente palpável no animal vivo. 1.1.4.7. A incisura isquiádica menor (fig. 3, n. 10) é a reentrância do ísquio que se estende da espinha isquiádica ao túber isquiádico. 1.1.4.8. As bordas caudais das tábuas dos ísquios formam o arco isquiádico (fig. 2, n. 23) entre os dois túberes isquiádicos. Fig. 2. Vista v entral dos coxais de bov ino. a) O. ílio, b) O. púbis e c) O. ísquio, 1. corpo do osso ílio, 2. corpo do osso púbis, 3. corpo do osso ísquio, 4. asa do osso ílio, 5 e 27. ramo cranial do osso púbis, 6. ramo caudal do osso púbis, 7. ramo do osso ísquio, 8. tábua do osso ísquio, 9. corpo do osso ísquio, 10. crista ilíaca, 11. túber coxal, 12. túber sacral, 13. tuberosidade ilíaca, 13. Face sacropelvina, 14. acetábulo, 15. f ace auricular, 16. Linha arqueada, 17. tubérculo do músculo psoas menor, 18. túber isquiádico, 19. Eminência iliopúbica, 20. pécten do osso púbis, 21. sínf ise púbica, 22. sínf ise isquiádica, 23. arco isquiádico, 24. f orame obturado, 25. área medial do M. reto f emoral, 30. crista sinf isial. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 2 de 22

1.1.5 Osso Púbis UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL 1.1.5.1. O púbis é o menor dos três ossos e forma a porção cranial do assoalho da pelve. Tem a forma de um L. 1.1.5.2. O ramo cranial do púbis (fig. 2, n. 5 e 27) delimita cranialmente o forame obturado. O ramo caudal do púbis (fig. 2, n. 6) forma junto ao ramo do ísquio a porção medial ao forame obturado. 1.1.5.3. O corpo do púbis (fig. 2, n. 2) é a extremidade lateral do ramo cranial e contribui para a formação do acetábulo. 1.1.5.4. A face sinfisial do osso púbis está voltada para a sínfise pélvica. 1.1.5.5. O pécten do osso púbis (fig. 2, n. 20) é a borda cranial do ramo cranial do púbis. Ela é medial à eminência iliopúbica e dá origem ao músculo pectíneo. 1.1.5.6. O tubérculo púbico dorsal é uma elevação dorsal da sínfise púbica no macho, especialmente no eqüino. O tubérculo púbico v entral é a elevação paramediana ventral dos púbis. Fig. 3. Vista lateral do coxal de bov ino mostrando: a) O. ílio, b) O. púbis e c) O. ísquio, 2. corpo do ílio, 3. asa do ílio (f ace glútea), 4. crista ilíaca, 6. túber coxal, 7. linha glútea, 8. espinha isquiádica, 9. incisura isquiádica maior, 10. incisura isquiádica menor 1.1.6 Pelve óssea 1.1.6.1. A pelve é a parte do tronco situada caudalmente ao abdome. Seu esqueleto é constituído pelos ossos coxais, sacro e as três primeiras vértebras coccígeas (Godinho et al., 1985). 1.1.6.2. Em bovinos é possível observar uma crista mediana na face ventral da sínfise pévica, a crista sinfisial (Fig. 2, n. 30). 1.1.6.3. A pelve é alongada e cilindróide, comprimida lateralmente (principalmente nos machos). Os ossos, com as partes moles que os recobrem, formam uma cavidade, denominada cavidade pelvina. 1.1.6.4. Esta cavidade tem duas aberturas, uma cranial e outra caudal. A abertura cranial da pelve é mais ampla e delimitada pelo promontório sacral, pelos ílios e púbis. Ela tem conformação variável com o sexo, indo de ovóide a quase circular da fêmea, permanecendo ovóide nos machos. 1.1.6.5. A abertura caudal da pelv e é menor que a cranial. Ela tem como contorno ventral o arco isquiádico, que é mais aberto nas fêmeas. A porção laterodorsal desta abertura está formada predominantemente por estruturas moles, destacando-se o ligamento sacrotuberal, e tendo as vértebras coccígeas como elemento esquelético. 1.1.6.6. A cavidade pelvina tem um teto ou abóboda formada pelo sacro e pelas 3 primeiras vértebras cocígeas, e um assoalho, representado pelo púbis e ísquio dos dois lados. O forame obturado interrompe a continuidade óssea do assoalho pelvino. As paredes laterais são completadas por ligamentos e músculos. 1.1.6.7. A cavidade pélvica serve, entre outros, como canal do parto. Logo em função da aplicação prática em obstetrícia, é necessário conhecer seus diâmetros. 1.1.6.8. Diâmetro conj ugado v erdadeiro (fig. 4) - é representado por uma linha vertical que une o promontório sacral ao extremo cranial da sínfise pelvina, que oferece a medida da entrada pélvica. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 3 de 22

1.1.6.9. Diâmetro vertical (fig. 5) desde a extremidade cranial da sínfise pélvica até o teto da cavidade pélvica. Ele indica a altura da cavidade pélvica. 1.1.6.10. O ângulo formado entre o diâmetro conjugado verdadeiro e o vertical indica a inclinação da pelv e. Ela é maior na fêmea do que no macho e na égua do que na vaca, o que favorece o parto dos eqüinos em relação aos bovinos, já que o ângulo de deflexão entre o útero e a vagina é menor. 1.1.6.11. Diâmetros transversais (figs. 4 e 5) - existem cinco diâmetros transversais. Três deles são delineados na abertura cranial da pelve e são traçados entre: a) as margens ventrais da articulação sacro-ilíaca, b) os tubérculos do músculo psoas menor e, c) as eminências ílio-púbicas. Os outros dois são traçados entre os pontos mais altos das espinhas isquiádicas e entre os túberes isquiádicos. Fig. 4. Vista cranial da pelv e bov ina. Diâmetro conjugado v erdadeiro (Cv ) e diâmetros transversais da entrada da pelv e Fig. 5. Vista lateral da pelv e bov ina. Diâmetro v ertical (Pv ) e diâmetros transv ersais tracçados entre as espinhas isquiádicas e entre os túberes esquiádicos. Fig. 6. Contorno da entrada da pelv e da égua (A), garanhão (B) e da v aca (C). Observ ar as dif erenças na f orma da entrada pélv ica. Fonte: Dyce et al., 1996. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 4 de 22

1.2. FÊMUR (figs. 7 e 8) UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL 1.2.1.O fêmur é o osso da coxa. 1.2.2.A extremidade proximal do fêmur consiste de cabeça, colo e trocânteres maior e menor. 1.2.3.A cabeça do fêmur (Fig. 7, n.1) é uma proeminência arredondada dirigida medialmente. Articula-se com o acetábulo. A cartilagem hialina cobre toda a face articular, exceto numa depressão central, a fóvea da cabeça do fêmur (Fig. 7, n.1 ), onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur. 1.2.4.O colo do fêmur (Fig. 7, n.2) é o segmento ósseo que prende a cabeça ao corpo. 1.2.5.O trocânter maior do fêmur é a protuberância que se destaca da face lateral da extremidade proximal do osso e se projeta proximalmente. Ele dá inserção aos Mm. glúteos médio e profundo. 1.2.6.A face medial do trocânter maior é côncava, perfurada por inúmeros forames e delimita a fossa trocantérica (Fig. 7, n.10), cavidade aberta caudalmente e que dá inserção aos pequenos músculos rotatores do quadril. 1.2.7.O trocânter menor do fêmur (Fig. 7, n.9) situa-se na face caudomedial da extremidade proximal. É uma saliência rugosa, de aspecto arredondado nos pequenos ruminantes, que dá inserção ao músculo iliopsoas. 1.2.8.A crista intertrocantérica liga o trocânter maior ao trocânter menor. 1.2.9.O corpo do fêmur é cilíndrico e retilíneo nos bovinos. 1.2.10. Na porção distal da face lateral do corpo do fêmur encontra-se a fossa supracondilar (Fig. 7, n.5). Aí se origina o músculo flexor superficial dos dedos. 1.2.11. A face caudal do corpo apresenta a face áspera (Fig. 7, n.11), rugosidade que dá inserção aos músculos adutores. Geralmente, o forame nutrício do fêmur localiza-se na face caudal do corpo. 1.2.12. A extremidade distal do fêmur é formada pela tróclea e pelos côndilos. 1.2.13. A tróclea do fêmur (Fig. 7, n.8 e Fig. 8, n. 4) situa-se na porção cranial da extremidade distal e articula-se com a patela. É constituída por duas cristas, separadas por um sulco. Nos bovinos, a crista medial da tróclea é arredondada, mais desenvolvida que a lateral e sua extremidade proximal alarga-se consideravelmente. Nos pequenos ruminantes, as cristas têm, aproximadamente, o mesmo tamanho. 1.2.14. Os dois côndilos, lateral e medial do fêmur (Fig. 8, n.1 e 2), situam-se caudalmente à tróclea. Eles se articulam com os côndilos da tíbia por meio dos meniscos articulares. 1.2.15. A fossa intercondilar separa os dois côndilos. 1.2.16. A face medial do côndilo medial é rugosa e apresenta o epicôndilo medial (Fig. 8, n.5). 1.2.17. O epicôndilo lateral é uma saliência situada na face lateral do côndilo. 1.2.18. Distal e caudalmente ao epicôndilo lateral encontram-se duas pequenas fossas, das quais a mais distal é a fossa do músculo poplíteo, que dá origem ao músculo homônimo (de mesmo nome). 1.2.19. Entre o côndilo lateral e a tróclea do fêmur, encontra-se a fossa dos extensores (Fig. 8, n.7), que dá origem ao M. extensor longo dos dedos. 1.2.20. A tuberosidade supracondilar lateral é uma área rugosa lateral à fossa supracondilar. Ela dá origem à cabeça lateral do M. gastrocnêmio. 1.2.21. A tuberosidade supracondilar medial é uma área rugosa proximal ao côndilo medial do fêmur. Ela dá origem à cabeça medial do M. gastrocnêmio. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 5 de 22

Fig. 7. Vista lateral e caudomedial do f êmur bov ino respectiv amente, mostrando: 1. cabeça do f êmur, 1. Fóv ea da cabeça, 2. colo do f êmur, 3. Trocânter maior do f êmur, 4. extremidade proximal do corpo do f êmur, 5. f ossa supracondilar, 6. côndilo lateral do f êmur, 7. côndilo medial do f êmur, 8. tróclea do f êmur, 9. tubérculo menor do f êmur, 10. f ossa trocantérica, 11. Face áspera. Fig. 8. Extremidade distal do f êmur direito de cav alo, mostrando o côndilo medial (1) e lateral do f êmur (2), a f ossa intercondilar (3), a tróclea (4), as cristas medial e lateral da tróclea (4 e 4, respect.), os epicôndilos medial e lateral (5 e 6, respect.) e a f ossa dos extensores (7). 1.3. PATELA (fig. 9) 1.3.1.A patela é um sesamóide articulado à tróclea do fêmur. Tem forma aproximadamente triangular, com o ápice voltado distalmente. 1.3.2.A base da patela está voltada proximalmente. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 6 de 22

1.3.3.Sua face articular é caudal e articula com a tróclea do fêmur. A face oposta é a face cranial. 1.3.4. A patela dá inserção proximalmente ao músculo quadríceps. O poder de alavanca deste grupo muscular é transmitido à tuberosidade da tíbia via ligamentos patelares que se inserem na extremidade distal da patela. Com isso a patela permite que o tendão do quadríceps mude de direção e não sofra o atrito com a articulação do joelho, além de aumentar o poder de alavanca para a extensão do joelho. Fig. 9. Patela esquerda de bov ino, v ista caudolateral, mostrando a base da patela (1), o ápice da patela (2) a f ace cranial da patela (3) e a f ace articular (5) 1.4. TÍBIA E FÍBULA (fig. 10) 1.4.1.A tíbia é o osso longo da perna. No esqueleto está colocada obliquamente e sua extremidade distal aproxima-se do plano mediano. 1.4.2.A extremidade proximal da tíbia é larga e aproximadamente triangular. Apresenta os côndilos medial e lateral, para articulação com os correspondentes côndilos do fêmur. 1.4.3.O ângulo cranial da extremidade proximal constitui a tuberosidade da tíbia, onde se inserem distalmente os ligamentos patelares. 1.4.4.Entre os dois côndilos e, aproximadamente no centro da extremidade proximal, projeta-se a eminência intercondilar. 1.4.5.As faces articulares dos côndilos são amplas e convexas. Estão separadas cranialmente pela área intercondilar cranial (dá inserção aos ligamentos craniais dos meniscos) e caudalmente pela área intercondilar caudal (dá inserção ao ligamento cruzado caudal). Entre estas há a área intercondilar central para fixação do Lig. cruzado cranial. 1.4.6.A incisura poplítea separa caudalmente, os côndilos e é alojada pelo músculo homônimo. 1.4.7.A tuberosidade da tíbia está separada do côndilo lateral pelo sulco extensor, que aloja o tendão do M. extensor longo dos dedos. 1.4.8.O corpo da tíbia é inicialmente largo, de contorno triangular e, nos bovinos, torna-se mais delgado e quadrangular nos terços médio e distal. Seu eixo maior está encurvado lateralmente. 1.4.9.Apresenta três faces: medial, lateral e caudal, e três bordas: cranial, medial e lateral ou interóssea. 1.4.10. A face medial do corpo da tíbia é convexa e pode ser percebida através da pele. 1.4.11. A face caudal é plana e está atravessada obliquamente por linhas musculares mais ou menos paralelas, sendo a mais proximal a linha do músculo poplíteo (dá insersão a este músculo). O forame nutrício abre-se nesta face, próximo à borda lateral. 1.4.12. A borda lateral ou interóssea, na metade proximal do osso, é côncava e forma com a fíbula o espaço interósseo da perna. 1.4.13. A extremidade distal da tíbia é bem menor que a extremidade proximal. 1.4.14. Apresenta a face articular para a articulação com os ossos do tarso e com o osso maleolar. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 7 de 22

1.4.15. A superfície para articulação com o osso tálus do tarso é denominado cóclea da tíbia. Está formada por dois sulcos, um lateral, largo e pouco profundo, e um medial, mais profundo e estreito. Estes sulcos estão separados por uma crista. 1.4.16. O maléolo medial constitui a parede medial da cóclea. 1.4.17. A parede lateral da cóclea é completada pelo osso maleolar (exclusivo dos ruminantes), pertencente à fíbula. Fig. 10. Vista cranial(a) e caudal (B) da tíbia e f íbula de eqüino. 1.4.18. A fíbula é outro osso da perna e situa-se lateralmente à tíbia. Seu esboço cartilaginoso na vida fetal é completo. Na ossificação, porém, fica reduzido a duas extremidades, a proximal ou cabeça da fíbula e a distal ou osso maleolar, e a uma corda fibrosa que as une. 1.4.19. A cabeça da fíbula está fundida ao côndilo lateral da tíbia, podendo também ocorrer articulada. Consta de pequena massa óssea que se projeta alguns centímetros distalmente e termina em ponta livre. No carneiro está constantemente fundida á tíbia e aparece com uma proeminência do côndilo lateral. No cabrito pode faltar completamente. 1.4.20. O osso maleolar (Fig. 12, F) é constante em todos os ruminantes domésticos. Visto lateralmente, apresenta contorno aproximadamente quadrangular. A extremidade proximal apresenta duas facetas articulares separadas por um processo ponteagudo. A face medial se articula com o tálus. A face lateral é irregular. A face distal se articula com o calcâneo. 1.5 TARSO (figs 11 e 12) 1.5.1.O tarso dos ruminantes é constituído de cinco ossos, dispostos em duas fileiras. A fileira proximal compõem-se do tálus e do calcâneo. A fileira distal é formada pelos ossos centroquarto, társico II e III (funiddos) e társico I. 1.5.2.O osso tálus articula-se com a cóclea da tíbia por meio da tróclea proximal (Fig. 11, n. 8). Sua face distal apresenta a tróclea distal (Fig. 11, n. 13), que se articula com o osso centroquarto. 1.5.3.O osso calcâneo relaciona-se com a face lateroplantar do tálus, com o qual se articula. 1.5.4.O espaço limitado pela face lateral do tálus e a face medial do calcâneo é denominado seio do tarso. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 8 de 22

1.5.5.Do corpo do calcâneo destaca-se o túber do calcâneo, que dá inserção ao tendão calcanear comum. O corpo do calcâneo apresenta medialmente uma projeção óssea para articulação com o tálus, que é denominada sustentáculo talar. 1.5.6.A face plantar do sustentáculo talar forma com o corpo do calcâneo o sulco do calcâneo, por onde corre o tendão do músculo flexor profundo dos dedos. 1.5.7.A face dorsal do calcâneo articula-se com o osso maleolar. Distalmente o calcâneo articula-se com o osso centroquarto. 1.5.8.O osso centroquarto é o mais desenvolvido da fileira distal. É formado pela fusão do osso central do tarso, com o társico IV. É um osso largo que se estende de um lado a outro e se articula com todos os ossos do tarso. 1.5.9.O osso társico II e III resulta da fusão do társico II e társicos III. 1.5.10. O osso társico I é pequeno e articula-se com o centroquarto e metatársico III e IV. 1.5.11. O canal do tarso é um canal para passagem dos vasos társicos perfuranttes em ungulados, entre os ossos társicos III e IV e o metatársico III e IV. 1.6 Metatarso 1.6.1.No metatarso dos ruminantes, como no metacarpo, apenas um osso está completamente desenvolvido-o metatársico III e IV. O metatársico III e IV resulta da fusão do metatársico III com metatársico IV, ainda na fase fetal. 1.6.2.O sulco longitudinais dorsal e plantar, coincide com o septo ósseo que divide a cavidade medular. Os outros ossos, o metatársico II e metatársico V estão, segunda o maioria dos autores, fundidos em forma de crista às bordas plantomedial e plantolateral, respectivamente, do metatársico III e IV. O osso pequeno e discóide se articula com a face plantar da base do metatársico III e IV é um sesamóide típico dos artiodáctilos e denomina-se osso sesamóide do metatarso. 1.6.3.O metatársico III e IV é bastante semelhante ao metacárpico III e IV, sendo porém um pouco mais longo que este e de contorno transversal mais triangular. 1.6.4.A base do osso metatársico III e IV é larga e articula-se com a fileira distal dos ossos do tarso. Nos bovinos, um canal comunica o centro da base do osso com sua face plantar e da passagem de vasos. 1.6.5.A tuberosidade do osso metatársico III e IV ocupa posição dorsomedial na base do osso. 1.6.6.O corpo é de contorno aproximadamente quadrangular. 1.6.7.A face dorsal do corpo é percorrida longitudinalmente pelo sulco longitudinal dorsal, bastante profundo nos bovinos. 1.6.8.A face plantar é percorrida pelo sulco longitudinal plantar. 1.6.9.O canal distal do metatarso é constante e bem desenvolvido. O canal proximal do metatarso falta freqüentemente. 1.6.10. A cabeça extremidade distal é semelhante àquela do metacárpico III e IV, apresentado duas trócleas para articulação com as falanges proximais dos dedos III e IV e uma incisura intertroclear separando-as. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 9 de 22

Fig. 11. Tarso do bov ino, v ista dorsal, mostrando o tálus (3) e sua tróclea proximal (8) e distal (13), o calcâneo (14), o túber do calcâneo (15), o osso centroquarto (32), o osso társico 2 e 3 (31) e o canal do tarso (33). Fig. 12. Compare a f ormação padrão do tarso esquerdo do suíno (su) com o do bov ino (bo) com suas f usões ósseas. Legenda: Tib. (tíbia), F (f íbula no suíno e osso maleolar no bov ino), T (osso tálus), C (osso calcâneo), c (osso central do tarso), c+4 (osso centroquarto) e de 1 a 4 os respectiv os osso das f ileira distal do tasrso. 1.7 FALANGES E OSSOS SESAMÓIDES As falanges e osso sesamóides do membro pelvino são semelhantes ao do membro torácico. A nomenclatura é adaptada ao do membro pelvino, quando necessário. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 10 de 22

2) ESTUDO COMPARATIVO DOS OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO (estudo comparativo em relação ao ruminante) 2.1 EQUINO 2.1.1 Osso Coxal 2.1.1.1. A face glútea é mais plana e mais larga. 2.1.1.2. O túber isquiádico é menos desenvolvido. 2.1.1.3. A incisura cranial do acetábulo é rudimentar ou ausente. 2.1.1.4. A eminência iliopúbica é pouco evidente. 2.1.1.5. O pécten do osso púbis bastante evidente 2.1.2 Osso Fêmur 2.1.2.1. O terceiro trocânter está presente (4). 2.1.2.2. O trocânter menor se apresenta em forma de crista (9). 2.1.2.3. A fossa supracondilar é mais profunda (5). 2.1.3 Osso Patela Apresenta uma morfologia mais quadrangular. 2.1.4 Ossos Tíbia e Fíbula 2.1.4.1. A tuberosidade da tíbia é sulcada. 2.1.4.2. O corpo e a extremidade distal da fíbula estão representados por uma delgada lâmina óssea, esta atinge o terço médio da borda lateral da tíbia, sendo o restante fundida com a tíbia constituindo o maléolo lateral. 2.1.5 Ossos do Tarso O número de ossos varia de 6 a 7, quais sejam: calcâneo, tálus, central do tarso, társico I e II, társico III e társico IV. 2.1.6 Ossos Metatarsos Consta de 3 osso, sendo o metatársico III o mais desenvolvido. Já os metatársicos II e IV são rudimentares 2.1.7 Osos Falanges e Sesamóides 1. Semelhante ao membro torácico. 2.2 SUÍNO 2.2.1 Osso Coxal 2.2.1.1. A face glútea está dividida em duas fossas. 2.2.1.2. O tubérculo do músculo psoas está bem demarcado. 2.2.2 Osso Fêmur 2.2.2.1. O trocânter maior é parcialmente sulcado e não se projeta dorsalmente a cabeça do fêmur. 2.2.2.2. Não apresenta a fossa supracondilar. 2.2.2.3. As cristas das trócleas são proporcionais. 2.2.3 Osso Patela Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 11 de 22

Apresenta-se com uma morfologia mais esferoidal e comprimida lateralmente. 2.2.4 Ossos Tíbia e Fíbula 2.2.4.1. A tuberosidade da tíbia é sulcada cranialmente. 2.2.4.2. A fíbula estende-se por todo o segmento da perna, sendo separada da tíbia por um longo espaço interósseo. 2.2.4.3. A extremidade distal da fíbula forma o maléolo lateral. 2.2.5 Ossos de Tarso É composto por 7 ossos társicos: calcâneo, tálus, central do tarso, társicos I, II, III e IV. 2.2.6 Ossos Metatarsos Apresenta quatro ossos metatársicos: metatársicos II, III, IV e V, sendo que os metatársicos III e IV são os mais desenvolvidos. 2.2.7 Ossos Falanges e Sesamóide Semelhantes ao membro torácico. 2.3 CANINO 2.3.1 Osso Coxal 2.3.1.1. A face glútea é evidentemente côncava. 2.3.1.2. A superfície sacropelvina é quase plana. 2.3.1.3. A fossa do acetábulo e proporcionalmente mais profunda. 2.3.2 Osso Fêmur 2.3.2.1. O corpo é proporcionalmente mais alongado e curvado. 2.3.2.2. O trocânter maior não se projeta tanto dorsalmente. 2.3.2.3. As cristas da tróclea são proporcionais. 2.3.2.4. Apresenta duas facetas para articulação dos ossos sesamóides do gastrocnêmio. 2.3.3 Osso Patela Apresenta uma morfologia alongada e estreita com as superfícies articulares lisas e convexas. 2.3.4 Ossos Tíbia e Fíbula 2.3.4.1. A tuberosidade da tíbia não se apresenta sulcada. 2.3.4.2. No côndilo lateral existe uma faceta para articulação com a fíbula. 2.3.4.3. A fíbula é completa em todo o segmento da perna. 2.3.5 Ossos do Tarso Constituído por sete osso társicos: calcâneo, tálus, central do tarso e társicos I, II, III e IV. 2.3.6 Ossos Metatarsos Apresenta cinco ossos metatársicos: I (menor), II, II, IV e V (maiores). 2.3.7 Ossos Falanges e Sesamóide Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 12 de 22

Pode apresentar o sexto dedo. 2.3.7.1. O 1 o dedo é composto por 1 ou 2 falanges, os demais por 3 falanges. 2.3.7.2. Presença dos sesamóides plantares e dorsais. Fig. 1. Comparativ o do tarso dos animais domésticos. Legenda: Tib. (tíbia), F (f íbula no suíno e osso maleolar no bov ino), T (osso tálus), C (osso calcâneo), c (osso central do tarso), c+4 (osso centroquarto) e de 1 a 4 os respectiv os osso das f ileira distal do tarso. Em algarismos romanos os respectiv os metatársicos. 3.1 FACE LATERAL DA PELVE 3) DISSECAÇÃO DO MEMBRO PÉLVICO 1 3.1.1. Faça uma incisão circular na pele do terço médio da perna (1ª incisão). Em seguida, faça uma 2ª incisão vertical na pele da face medial da coxa, desde a raiz do membro até alcançar a incisão da perna. Rebata toda a pele dorsalmente, contornando a raiz da cauda, o ânus e os órgãos genitais externos (3ª e 4ª incisões). VIDE FIGURA 1 3.1.2. Remova a fáscia lateral da pelve, e identifique, no sentido craniocaudal, os músculos tensor da fáscia lata (27), glúteo médio (26) e glúteo superficial (28) VIDE FIGURA 2. O músculo tensor da fáscia lata (5 VIDE FIGURA 3) tem contorno triangular e estende-se verticalmente do túber coxal à borda cranial da coxa. O músculo glúteo médio (6 VIDE FIGURA 3) é o músculo volumoso que ocupa a face glútea do ílio. Sua parte caudal está parcialmente coberta pelo músculo glúteo superficial (7 VIDE FIGURA 3). Este último continua-se distalmente, na face lateral da coxa, com o músculo bíceps femoral, constituindo os dois uma única massa muscular. 3.1.3. Seccione transversalmente o músculo glúteo superficial ao nível do trocânter maior do fêmur, e rebata-o dorsamente. Isole o músculo glúteo médio e seccione-o transversalmente em seu terço médio. Afaste, ao máximo, as partes do músculo glúteo médio e note, profundamente a ele, o músculo glúteo acessório (9 e 8 VIDE FIGURA 5), ao qual está parcialmente fundido. 3.1.4. Identifique, profundamente aos músculos glúteos, o ligamento sacratuberal (25 e 26 VIDE FIGURA 5), que é uma lâmina fibrosa e brilhante que se estende do sacro ao osso do quadril. Disseque sobre o ligamento sacrotuberal, o nervo isquiádico (28 VIDE FIGURA 5), artéria e veia glúteas caudais (32 VIDE FIGURA 5) e o linfonodo isquiádico (21 VIDE FIGURA 4). O nervo isquiádico é largo e delgado e emerge da cavidade pelvina através do forame isquiádico maior. Os vasos glúteos caudais e o linfonodo isquiádico situam-se sob o músculo glúteo superficial, próximo ao túber isquiádico. 1 Texto baseado na obra: GODINHO, H.P.; CARDOSO, F.M.; NASCIMENTO, J.F. Anatomia dos ruminantes domésticos. Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais. 1983. 3.1.5. Identifique os músculos glúteo profundo (11), gêmeo (12) e quadrado femoral (13), sobre os quais corre o nervo isquiádico. VIDE FIGURA 5. O músculo glúteo profundo é músculo de contorno Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 13 de 22

triangular disposto profundamente ao músculo glúteo acessório. O gêmeo é um músculo que se dispõem caudalmente ao trocânter maior do osso fêmur. Já o quadrado femoral é músculo localizado distalmente ao músculo gêmeo. 3.2 FACE LATERAL DA COXA 3.2.1. Identifique a fáscia lata (3 VIDE FIGURA 3), que é uma lâmina fibrosa e brilhante, na qual se prendem os músculos tensor da fáscia lata e bíceps femoral. Remova a fáscia superficial da face lateral da coxa, tendo-se o cuidado de preservar a fáscia lata. 3.2.2. Identifique, caudalmente a fáscia lata, o músculo bíceps femoral (8 e 9 VIDE FIGURA 3). Verifique que ele apresenta uma parte cranial (8 VIDE FIGURA 3), mais larga e cujas fibras dirigem-se obliquamente no sentido craniocaudal, e uma parte caudal (9 VIDE FIGURA 3), mais estreita e com fibras dirigidas verticalmente. 3.2.3. Identifique, constituindo a borda caudal da coxa, os músculos semitendíneo (14 VIDE FIGURA 3) e semimembranáceo (15 VIDE FIGURA 3), o semitendíneo é o mais lateral dos dois. 3.2.4. Libere a borda cranial do bíceps de sua inserção na fáscia lata. Rebata esta última cranialmente e observe, sob ela, o músculo vasto lateral (16 VIDE FIGURA 3). 3.2.5. Seccione transversalmente o bíceps femoral, ao nível do joelho. Rebata-o caudalmente e verifique, correndo profundamente a ele, o nervo isquiádico (25 VIDE FIGURA 4). Disseque-o até a extremidade distal da coxa, e verifique a bifurcação do nervo isquiádico em nervos fibular comum (31 VIDE FIGURA 4) e tibial (30 VIDE FIGURA 4). O nervo fibular comum é o mais lateral dos dois. Disseque a origem do nervo cutâneo lateral da sura (33 VIDE FIGURA 4). Este é um delgado ramo que se pode originar do nervo isquiádico, do nervo fibular comum ou, mais raramente, do nervo tibial e que corre na borda caudal da perna. 3.2.6. Identifique a veia safena lateral (34 VIDE FIGURA 3), no ponto onde ela penetra no espaço entre os músculos bíceps femoral e semitendíneo. Verifique que ela é acompanhada pelo nervo cutâneo lateral da sura. Disseque-a proximalmente até sua união com ramos musculares provenientes dos músculos bíceps femoral, semitendíneo e semimebranáceo. A partir daí, a veia safena lateral passa a chamar-se veia femoral profunda (38 VIDE FIGURA 5). 3.2.7. Disseque, junto à veia safena lateral e a terminação do nervo isquiádico, o linfonodo, poplíteo (36 VIDE FIGURA 4), que pode estar envolto em quantidade variável de tecido adiposo. 3.2.8. Retome a dissecação do músculo vasto lateral (22 VIDE FIGURA 5). Este músculo faz parte do grupo muscular denominado músculo quadríceps femoral. Seccione transversamente o vasto lateral, em seu terço médio. Rebata seus cotos e identifique, profundamente a ele, os músculos vasto intermédio (17 VIDE FIGURA 5) e reto femoral (15 VIDE FIGURA 5), que são dois outros componentes do quadríceps femoral, que são dois outros componentes do quadríceps femoral. O reto femoral é o mais cranial dos dois. O quarto componente do quadríceps é o músculo vasto medial (16 VIDE FIGURA 5), que será melhor visto na face medial da coxa. 3.2.9. Identifique o músculo adutor (18 VIDE FIGURA 5), situado entre o vasto intermédio, cranialmente e o semimembranáceo, caudalmente. 3.3 FACE MEDIAL DA COXA 3.3.1. Remova, com cuidado, a fáscia que recobre os músculos superficiais da face medial da coxa. Estes são, no sentido craniocaudal, os músculos tensor da fáscia lata (13 VIDE FIGURA 6), vasto medial (15 VIDE FIGURA 6), sartório (16 e 17 VIDE FIGURA 6) e grácil (20 VIDE FIGURA 6). O vasto medial, pertencente ao grupo quadríceps, recobre parcialmente o reto femoral e está preso à fáscia lata. O sartório é um músculo estreito, delgado e sua extremidade proximal apresenta-se dividida em cabeças cranial (16 VIDE FIGURA 6) e caudal (17 VIDE FIGURA 6). O grácil é largo, delgado e recobre o músculo semimebranáceo (19 VIDE FIGURA 6). 3.3.2. Disseque a artéria (27 VIDE FIGURA 7), veia (27 VIDE FIGURA 7) e nervo (26 VIDE FIGURA 7) femorais emergindo da cavidade abdominal e passando, na raiz do membro, entre as duas cabeças do sartório. Seccione a cabeça caudal do sartório e rebata-a cranialmente. Verifique que a maior parte do nervo femoral penetra no músculo quadríceps femoral. O restante desse nervo corre distalmente junto à artéria e veia femorais e constitui o nervo safeno (28 VIDE FIGURA 7). Disseque os vasos femorais e o nervo safeno distalmente até o ponto em que a artéria femoral emite, no terço médio da coxa, a artéria safena (49 VIDE FIGURA 7). Verifique que a artéria e o nervo Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 14 de 22

safenos passam a correr juntos distalmente na face medial da coxa, emergindo da borda caudal do sartóri o. 3.3.3. Seccione transversalmente o músculo sartório, e identifique, caudalmente a ele, os músculos pectíneo (14 VIDE FIGURA 7), adutor (15 VIDE FIGURA 7) e semimembranáceo (19 VIDE FIGURA 7). Os músculos adutor e semimembranáceo já foram estudados na face lateral da coxa; reconheça-os agora na face medial. O músculo pectíneo é pequeno, triangular e está situado entre o sartório e o adutor. 3.3.4. Rebata cranialmente, ao máximo, os cotos distais dos músculos sartório e grácil, de modo a visualizar a inserção do músculo semimembranáceo. Isole o músculo semimembranáceo dos músculos semitendíneo e adutor. Seccione-o próximo a inserção, em sentido oblíquo. Identifique, profundamente ao semimembranáceo, a cabeça medial do músculo gastrocnêmio (17 VIDE FIGURA 8). Disseque a artéria femoral (3 VIDE FIGURA 8) até sua penetração neste músculo. A este nível, ela emite a artéria caudal do fêmur (4 VIDE FIGURA 8), que se dirige caudodistalmente, penetrando no músculo gastrocnêmio. A artéria caudal do fêmur é o último ramo da artéria femoral. Após sua emergência, a artéria femoral passa a chamar-se artéria poplítea. 3.4 PERNA E PÉ 3.4.1. Faça uma incisão longitudinal na pele da face medial da perna e do pé até o casco. Contorne este último e remova cuidadosamente toda a pele do membro. 3.4.2. Identifique inicialmente a cabeça lateral do músculo gastrocnêmio (2 VIDE FIGURA 9). Este é o músculo mais caudal da perna e insere-se no calcâneo através de um potente tendão, denominado tendão calcanear comum (41 VIDE FIGURA 8). Em seguida, identifique o músculo sóleo (6 VIDE FIGURA 9); este é uma estreita cinta muscular que se origina na face lateral da articulação do joelho e se funde caudalmente com o gastrocnêmio. As duas cabeças do músculo gastrocnêmio e o músculo sóleo constituem o músculo tríceps sural. Cranialmente ao sóleo e ao tendão calcanear comum, identifique o músculo flexor profundo dos dedos (20, 21 e 22 VIDE FIGURA 8), cujo tendão corre na face caudal da tíbia (o músculo flexor superficial dos dedos está envolvido pelas cabeças do gastrocnêmio e será visto na face medial da perna). Verifique agora o músculo extensor lateral dos dedos (11 VIDE FIGURA 10), situado na face lateral da tíbia, cranialmente ao flexor profundo dos dedos. 3.4.3. Note, na face medial da perna, que o músculo flexor profundo dos dedos (20, 21 e 22 VIDE FIGURA 8) é composto por três partes, denominadas, no sentido craniocaudal, de músculos flexor medial (20 VIDE FIGURA 8), flexor lateral dos dedos (22 VIDE FIGURA 8) e tibial caudal (21 VIDE FIGURA 8). 3.4.4. Passe a dissecar os músculos da face cranial da perna. Identifique, inicialmente, o músculo fibular longo (8 VIDE FIGURA 10), cujo ventre é triangular e situa-se imediatamente à frente do nervo fibular comum; seu tendão insere-se na face lateral do osso társico I. Identifique agora os músculos fibular terceiro (10 VIDE FIGURA 10), extensor do dedo III (11 VIDE FIGURA 9) e extensor longo dos dedos (9 VIDE FIGURA 10). Os ventres dos músculos extensor do dedo III e extensor longo dos dedos estão recobertos pelo fibular terceiro, o qual constitui a borda cranial da perna. Verifique que os tendões destes três músculos estão contidos, na face cranial da extremidade distal da perna e do tarso, por uma cinta fibrosa transversal, o retináculo dos extensores (38 VIDE FIGURA 10). Identifique, finalmente, o músculo tibial cranial (7 VIDE FIGURA 10), cujo ventre situa-se na face lateral da tíbia e cranialmente ao músculo fibular terceiro. 3.4.5. Disseque o nervo fibular comum (18 VIDE FIGURA 9) penetrando entre os músculos fibular longo e extensor lateral dos dedos. Verifique sua divisão fibular em nervos fibular superficial (19 VIDE FIGURA 9) e fibular profundo (20 VIDE FIGURA 9). O nervo fibular superficial é o mais lateral dos dois. 3.4.6. Passe, agora a estudas as estruturas da face medial da perna. Identifique o músculo flexor superficial dos dedos (44 VIDE FIGURA 8), cujo ventre é envolvido pelas cabeças lateral e medial do gastrocnêmio. 3.4.7. Note que o tendão calcanear comum é formado pelos tendões dos músculos: gastrocnêmio, flexor superficial dos dedos, bíceps femoral e semitendíneo. 3.4.8. Identifique o músculo poplíteo (19 VIDE FIGURA 8), que ocupa a face caudal da extremidade proximal da tíbia, situando-se proximalmente aos ventres do músculo flexor profundo dos dedos. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 15 de 22

3.4.9. Observe, no terço proximal do metatarso, profundamente ao tendão do extensor longo aos dedos, o pequeno músculo extensor curto dos dedos (13 VIDE FIGURA 9). 3ª incisão 4ª incisão 1ª incisão FIGURA 1 Vista lateral do corpo de um caprino. FONTE: McCRACKEN, KAINER, SPURGEON (2004). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 16 de 22

FIGURA 2 Vista lateral do corpo de um caprino (extirpado a pele e Mm. cutâneos). FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 17 de 22

FIGURA 3 (à esquerda) Vista lateral das regiões da pelve e coxa do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). FIGURA 4 (à direita) Vista lateral das regiões da pelve e coxa do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). 38 FIGURA 5 (à esquerda) Vista lateral das regiões da pelve e coxa do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). FIGURA 6 (à direita) Vista medial das regiões da pelve e coxa do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 18 de 22

49 FIGURA 7 Vista medial das regiões da pelve e coxa do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 19 de 22

44 FIGURA 8 (à esquerda) Vista medial das regiões da perna e pé do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). FIGURA 9 (à direita) Vista lateral das regiões da perna e pé do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 20 de 22

UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALDO CENTRAL FIGURA 10 (à direita) Vista lateral das regiões da perna e pé do membro pélvico de um bovino. FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 21 de 22

4) ESTUDO COMPARATIVO DA DISSECAÇÃO DO MEMBRO PÉLVICO (estudo comparativo em relação ao ruminante) 4.1 EQUINO 4.1.1. M. glúteo superficial separado do M. bíceps femoral; 4.1.2. M. bíceps femoral com 3 porções, cranial, média e caudal; 4.1.3. Apresenta o M. piriforme (dorsocaudalmente ao trocanter maior do fêmur); 4.1.4. M. pectíneo pouco desenvolvido; 4.1.5. O M. extensor longo do dedo é o mais cranial da perna; 4.1.6. O M. fibular terceiro é uma cinta fibrosa profundamente ao M extensor longo do dedo; 4.1.7. O tendão do M. extensor digital lateral se funde ao tendão do M extensor longo do dedo no terço médio do osso metatarso III; 4.1.8. Ausência do M. fibular longo. 4.2 CARNÍVORO 4..1. O M. sartório com ventres cranial e caudal; 4..2. M. abdutor crural caudal (profundamente ao M. bíceps femoral); 4..3. M. glúteo superficial separado do M. bíceps femoral; 4..4. M. semimenbranoso dividido em porções cranial e caudal; 4..5. M. bíceps femoral com cabeças superficial e profunda; 4..6. M. piriforme (caudalmene ao M. glúteo profundo); 4..7. Ligamento sacrotuberal cordoniforme; 4..8. M. tibial cranial é o músculo mais cranial da perna; 4..9. M. fibular terceiro pouco desenvolvido; 4..10. M. sóleo ausente; 4..11. M. glúteo acessório ausente; 4..12. Presente o M. fibular curto; 4..13. M. gastrocnêmio e poplíteo com ossos sesamóides; 4..14. M. interósseos carnosos. 4.3 SUÍNO 4.3.1. M. piriforme desenvolvido; 4.3.2. M. glúteo superficial parcialmente fundido ao bíceps femoral; 4.3.3. M. semitendinoso e semimembranoso bem desenvolvidos; 4.3.4. M. tibial cranial e fibular longo desenvolvidos; 4.3.5. M. semimenbranoso com ventres cranial e caudal; 4.3.6. M. sóleo muito desenvolvido. Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 22 de 22