UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Documentos relacionados
PRINCIPAIS RESULTADOS DO CENSO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA DA CIDADE

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Outubro 2015

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Dezembro 2014

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Julho 2014

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Março 2014

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Outubro 2013

MAPA DA DESIGUALDADE 2016 CLIQUE AQUI PARA COMEÇAR

conversa de gente grande como o mapa foi feito visão da cidade mapa da desigualdade caminhos para redução das desigualdades créditos são paulo 2017

IMPORTÂNCIA E DESAFIOS DO VAREJO PARA A BAIXA RENDA. Juracy Parente GVcev 17 de junho de 2004

DECRETO N , DE 18 DE FEVEREIRO DE 2008 Cria os Conselhos Tutelares de José Bonifácio e Jardim São Luiz e reorganiza os demais Conselhos

2017 clique aqui para começar

vereador José Police Neto

º. 2 MILHÕES Horas * * ** *

º. 03 Horas 2 MILHÕES * * ** *

ANÁLISE DOS LOCAIS DE RESIDÊNCIA E TRABALHO DA POPULAÇÃO OCUPADA CONSTRUÇÃO DE NOVO INDICADOR PARA OS ESTUDOS DE MOBILIDADE URBANA

Coleta Seletiva na Cidade de São Paulo com Inclusão de Catadores

1º lugar entre as emissoras qualificadas. por dia. Média de ouvintes por minuto, no. target Ambos os sexos AB 25+ anos.

MAPA DA DESIGUALDADE 2016

minutos por dia. 1º lugar entre as emissoras qualificadas. 4º lugar no ranking geral entre todas as FMs de São Paulo.

20ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA PRÊMIO TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO METROFERROVIÁRIOS CATEGORIA 1

PESQUISA. Abril/2015

A operacionalização de conceitos- parte 1 Métodos e Técnicas de Pesquisa I 2015 Márcia Lima

Situação da transmissão da dengue no Município de São Paulo em /06/2015

PESQUISA. Janeiro/2015

Situação da transmissão da dengue no Município de São Paulo em ª Coletiva de imprensa 07/05/2015

1º lugar entre as emissoras qualificadas. 3º Lugar no ranking geral entre todas as. por dia. Média de ouvintes por minuto, no

ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO EXCLUSIVAMENTE USUÁRIA SUS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (*)

PESQUISA. Junho/2015

PESQUISA. Novembro/2015

PESQUISA. Julho/2015

1º lugar entre as emissoras qualificadas. 4º Lugar no ranking geral entre todas as. por dia. Média de ouvintes por minuto, no

1º lugar entre as emissoras qualificadas. 3º Lugar no ranking geral entre todas as. por dia. Média de ouvintes por minuto, no

PESQUISA. Setembro/2015

PESQUISA. Outubro/2015

Líder no público AB 25+ anos. 1º lugar entre as emissoras qualificadas. 4º Lugar no ranking geral entre todas as. por dia.

1º lugar entre as emissoras qualificadas. 3º Lugar no ranking geral entre todas as. por dia. Média de ouvintes por minuto, no

minutos por dia. 1º lugar entre as emissoras qualificadas. Líder no público AB 25+ com média de ouvintes por minuto

Aluguéis Residenciais valores por m² de área privativa ou construída.

Aluguéis Residenciais valores por m² de área privativa ou construída.

Aluguéis Residenciais valores por m² de área privativa ou construída.

Aluguéis Residenciais valores por m² de área privativa ou construída.

PORTARIA SMSU 45, DE 25 DE AGOSTO DE Fixa o Acordo de Metas para fins de pagamento do Prêmio de Desempenho e dá outras providências.

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO OUTUBRO DE 2013

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA CODIFICAÇÃO E DIGITAÇÃO DE ENDEREÇO DE RESIDÊNCIA NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO JULHO DE 2013.

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO SETEMBRO DE 2013.

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO MAIO DE 2014

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial Abril 2012

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Janeiro 2013

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial Dezembro 2012

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Janeiro 2012

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial Julho 2011

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Outubro 2011

Estoque de Outorga Onerosa Residencial Julho 2011

Estoque de Outorga Onerosa não Residencial Agosto 2011

Aula 5:Amostragem e tipos de. amostra. Métodos e Técnicas de Pesquisa I Márcia Lima Murillo Maschner

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO NOVEMBRO DE 2013

PESQUISA DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO VARIAÇÃO (%) DO VALOR MÉDIO COMPARADO COM O IGP- M NOS ÚTLIMOS 12 MESES 3,8

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO JULHO DE ,0 6,7 Locação 5,6 6,0 5,0 4,9

Descrição da Localidade (Ponto á Ponto) Código Localidade Ponto Valor R$

CEInfo. Boletim CEInfo Informativo Censo Demográfico Resultados parciais do Censo Demográfico 2010 para o Município de São Paulo

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO ABRIL DE 2015

14,3 a cada é a taxa de crianças que morrem antes de completar os 5 anos de idade em relação ao total de nascidos vivos (2015)

CRC SP Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional. PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS SÃO PAULO - CAPITAL

IMOVELWEB INDEX SÃO PAULO RELATÓRIO DE MERCADO MARÇO 2017

IMOVELWEB INDEX SÃO PAULO RELATÓRIO DE MERCADO JUNHO 2017

IMOVELWEB INDEX SÃO PAULO RELATÓRIO DE MERCADO JULHO 2017

Cem Norte /1/04 7:26 PM Page 39

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO MARÇO DE 2015

INSERÇÃO DAS MACROÁREAS LEI Nº E PL Nº 671/07 LEI Nº /2002 PL Nº 671/07 TÍTULO III DO PLANO URBANÍSTICO-AMBIENTAL

NUPES Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior da Universidade de São Paulo

Polos Comerciais de Rua: para Expansão

mapa da desigualdade 2017

DIRETÓRIO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

CENSO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE (2011) Principais Resultados RUA NA MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO

Imovelweb index. Cidade São Paulo. Relatório mensal. Maio 2016

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL JUNHO 2016

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO FEVEREIRO DE 2016

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL NOVEMBRO 2016

Desigualdade em São Paulo

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO MARÇO DE 2016

Uso de Serviços Públicos de Saúde

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL SETEMBRO 2016

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO DEZEMBRO DE 2014

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL AGOSTO 2016

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO SETEMBRO DE 2015

Projeto: Representação Política e Distribuição de Votos na Região Metropolitana de São Paulo

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO MAIO DE 2016

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO SETEMBRO DE 2014.

PESQUISA MENSAL DE VALORES DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL CIDADE DE SÃO PAULO DEZEMBRO DE 2015

A fecundidade no município de São Paulo e em suas subprefeituras: algumas características do padrão reprodutivo*

Você também pode realizar o seu cadastro utilizando seu perfil do facebook, basta estar conectado e selecionar "Login with facebook".

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL JANEIRO 2017

Imovelweb index. Cidade de São Paulo Relatório mensal Abril 2016

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL JULHO 2016

Imovelweb Index SÃO PAULO RELATÓRIO MENSAL OUTUBRO 2016

Transcrição:

UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ÉRICA OGURO IVAN DE JESÚS RICARDO LIMA DA SILVA SILVIA REGINA BATISTA MORAES SOLANGE MORENO RAMIREZ DA SILVA DISSERTAÇÃO SOBRE ESTUDO DA EXCLUSÃO SOCIAL NA CIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2013

Apresentação A construção de conhecimento que apresentamos neste texto é a expressão das aulas da disciplina de Territorialidade e Geoprocessamento Aplicados ao Serviço Social sob orientação do professor Carlos Roberto Libonati Machado, mais precisamente no segundo bimestre de 2013. Neste período utilizamos as ferramentas 1 Microsoft Excel e Esri ArcGis para a construção do Mapa de Exclusão da Cidade de São Paulo utilizando como referencial estatístico o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Ao final do texto apresentamos o mapa da exclusão que foi fruto dos trabalhos no laboratório de informática da Universidade Camilo Castelo Branco. Trabalho com dados estatísticos Utilizando o Censo IBGE de 2010 no primeiro momento, trabalhamos os conceitos de população total, favelada, situação de rua, domicílios, coleta de lixo e esgoto, renda, empregos, analfabetismo, mortalidade infantil, homicídios, equipamentos de esporte, centros culturais, teatrais e cinema e por fim a cobertura vegetal dos distritos de Moema, Moóca, Morumbi, Parelheiros, Pari, Parque do Carmo, Pedreira, Penha e Perdizes. Após consolidarmos os dados, a planilha foi transportada para a geral, onde os noventa e seis distritos da Cidade de São Paulo foram mesclados com os demais dados dos outros grupos dos/as alunos/as do curso de Serviço Social para a consolidação dos dados estatísticos para chegarmos ao denominador comum do que representa a exclusão social. Para alcançar estes resultados, consolidamos os dados utilizando fórmulas matemáticas de média e desvio padrão e a consolidação por categoria foi conseguida pelo cálculo de cada característica dos bairros subtraída pela média e dividida pelo desvio padrão e a exclusão social foi obtida pela soma de cada um destes resultados onde um número positivo indica uma qualidade de vida melhor ao passo que um resultado negativo é indicativo para uma menor qualidade de vida, já que há falta de alguns ou vários elementos característicos de inclusão social que 1 Ferramentas disponíveis para os alunos no Laboratório de Informática da Universidade Camilo Castelo Branco em Itaquera, São Paulo, Capital. 2

permitem aos indivíduos terem acesso às políticas públicas que garantem tal qualidade de vida. Percebemos também que a exclusão social não se dá apenas por fatores como renda como geralmente nos é apresentado como fator primordial para o entendimento dos temas ligados à exclusão na sociedade, mas sim é a soma de um grande conjunto de fatores que a geram onde cabe ressaltar que são expressões da desigualdade social. O Mapa da Exclusão conclusões Após todos os apontamentos efetuados nas planilhas elaboradas no Microsoft Excel partimos para a importação dos resultados prontos da coluna exclusão social para a ferramenta Esri ArcGis onde nos propiciou entender espacialmente onde de fato se encontra a exclusão social na cidade de São Paulo e pudemos enxergar a real dimensão de como está a cidade de São Paulo nos dados divulgados pelo Censo de 2010 do IBGE. Para o Assistente Social, conhecer o espaço onde vai atuar proporciona para que a intervenção seja mais efetiva e eficaz e para isso o mapa espacial é de suma importância, pois traz informações essenciais às ações necessárias além de ser mais fácil e rápida sua visualização. As formas como as relações sociais acontecem são mais claras quando expressas no mapa espacial. Em um primeiro momento, percebemos que as regiões central e sul são as que oferecem a melhor qualidade de vida e a exclusão social se dá nas regiões periféricas e visualmente falando o degradê social partindo do amarelo (baixa exclusão) para o vermelho (alta exclusão) percorre um caminho ao se afastar da região central da cidade. Analisando o mapa, mais precisamente na região sul, Jardim Ângela, Jardim São Luis, Parelheiros, Grajaú, Pedreira, Cidade Ademar e Cidade Dutra percebemos uma constatação de TASCHNER (2003 apud Davis, 2011, p.141) onde metade das favelas de São Paulo fica às margens dos reservatórios que fornecem água à cidade. Isso põe em risco a saúde pública 2 e equivale dizer que os moradores destas áreas estão vivendo à beira da vulnerabilidade e que há falta de muitos quesitos indicativos de uma melhor qualidade de vida. 2 DAVIS, Mike. Planeta Favela. Boitempo Editorial. 3

Na zona norte de São Paulo, há uma grande área de vegetação, mais precisamente na área da Serra da Cantareira onde os bairros Tremembé, Cachoeirinha, Brasilândia, Jaraguá, Perus e Anhanguera também sofrem os mesmos efeitos e as pessoas que vivem nestes bairros não dispõem dos elementos que proporcionam uma melhor qualidade de vida. Ressalta-se que as áreas em questão também sofrem os mesmos efeitos das demais periferias que se encontram em locais de área de preservação de manancial ou ambiental e pode-se presumir que tais fatores sejam preponderantes para o não direcionamento de recursos inclusivos para estas populações. Finalmente falando sobre a exclusão social temos os bairros periféricos da Zona Leste de São Paulo, onde no mapa representam os distritos de Vila Jacuí, Vila Curuçá, Jardim Helena, Itaim Paulista, Lajeado, Guaianases, Cidade Tiradentes, Iguatemi, São Rafael, Sapopemba e Parque do Carmo. Estas localidades mais ao norte temos uma vasta área nas margens do Rio Tietê onde em ocasiões de fortes chuvas há incidentes ambientais que causam muitos estragos nos bairros citados acima, mais precisamente Vila Jacuí, Itaim Paulista e Vila Curuçá e, portanto mais uma vez percebemos que a ocupação desordenada do espaço urbano e a falta de infraestrutura influenciaram diretamente na exclusão social da localidade. Nos demais bairros também há únicas especificidades que influenciam para uma maior exclusão social como por exemplo em Cidade Tiradentes que é um bairro criado com a finalidade própria de bairro dormitório em sua concepção e está distante do grande centro metropolitano. Sobre as áreas que há um baixo índice de exclusão social destacamos a região da Barra Funda, Consolação, Butantã até Santo Amaro e, como apontamos se trata de uma região central, um núcleo onde há serviços diversos de inclusão social desde os culturais, saúde, melhores salários entre outros aspectos e no meio termo desta área destacamos uma área intermediária entre a alta e a baixa exclusão social que compreende desde a zona norte, uma vasta área desde o Tucuruvi, Santana; zona leste seguido pelas áreas do Belém, Tatuapé, Vila Prudente, Ipiranga e Saúde até o Campo Belo na zona sul. Tais áreas intermediárias são as que apresentam alguns elementos básicos 4

para incluir a população nos segmentos apresentados anteriormente e que por definição, proporcionam alguma melhora na qualidade de vida da população. Segue em anexo o mapa da exclusão social elaborado pelos alunos em sala. Bibliografia DAVIS, Mike. Planeta Favela. 1ª edição revista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011. 5