GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE SEE/AL PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL



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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE SEE/AL PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL EIXO 5 MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE ALAGOAS AÇÃO 1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UNIDADE ESCOLAR E SEUS EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS

Teotônio Brandão Vilela Filho GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS José Wanderley Neto VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS Rogério Auto Teófilo SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE Maria Cícera Pinheiro SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTO DA EDUCAÇÃO Jorge VI Lamenha Lins SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE ESPORTE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE SEE/AL PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL EIXO 5 MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE ALAGOAS AÇÃO 1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UNIDADE ESCOLAR E SEUS EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS Alagoas, 2009 As especificações técnicas elencam todos os elementos necessários à produção do objeto, seja para a elaboração de projetos, execução de obras e de aquisição de mobiliários e equipamentos, o que deve estar diretamente ligado a qualidade do produto e que atenda perfeitamente às necessidades do usuário. Luciana Maia.

Maria Cícera Pinheiro COORDENAÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL José Fernando Santa Cruz COORDENAÇÃO DE APOIO LOGÍSTICO Djaci Magalhães Florêncio Neto LÍDER DO EIXO Luciana Fonseca Maia EQUIPE DE ELABORAÇÃO Laudo Bernardes Coordenador Geral Maria Edenise Galindo Coordenadora Local Liliane Marchiorato Consultora Local Manuel Orleilson Ferreira da Silva Consultor Local EQUIPE TÉCNICA MEC-PNUD

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL O Projeto de Cooperação Técnica MEC-PNUD-SEE/AL, estabelecido entre o Ministério da Educação (MEC), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE/AL), caracteriza-se como um esforço conjunto dessas instituições com o objetivo de elaborar e apresentar à sociedade alagoana uma proposta de educação cujo foco é a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos da educação básica e a consequente reversão dos indicadores educacionais do estado. Esta proposta foi elaborada por técnicos da SEE/AL, com o apoio de consultores do MEC- PNUD e passou a denominar-se PROGRAMA GERAÇÃO SABER, o qual pressupõe a implantação de ações de universalização do acesso, de garantia de permanência e de aprimoramento das práticas pedagógicas desenvolvidas pelas escolas públicas do estado, assim como a integração das redes estadual e municipais de ensino, a adequação organizacional e do gerenciamento da SEE/AL em todas as suas instâncias administrativas, sua qualificação no campo da Tecnologia da Informação e da Comunicação e na melhoria das condições da rede estadual de ensino. O trabalho de construção da proposta foi organizado em cinco eixos estruturantes, definidos a partir das prioridades identificadas no diagnóstico da realidade local. Esses eixos contemplam ações consideradas essenciais ao aprimoramento dos serviços educacionais prestados pela SEE/AL e a promoção das condições básicas para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos da rede pública do estado, de modo a mudar a realidade educacional de Alagoas, nos anos de 2009 e 2010, conforme a relação a seguir apresentada. EIXO 1 POLÍTICA EDUCACIONAL PARA O ESTADO DE ALAGOAS Ação 1 Política de Educação Básica para Alagoas: Bases Legais, Políticas e Pedagógicas. Ação 2 Referencial Curricular da Educação Básica para as Escolas Públicas de Alagoas Ação 3 Programa Estadual de Alfabetização. Ação 4 Programa Estadual de Desenvolvimento do Ensino Médio. Ação 5 Programa Estadual de Correção de Fluxo Escolar. Ação 6 Programa Estadual de Formação Continuada para os Profissionais da Educação. Ação 7 Uso Pedagógico da TIC Educacional. Ação 8 Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas: Expansão e Implementação. EIXO 2 REGIME DE COLABORAÇÃO ENTRE ESTADO E MUNICÍPIOS Ação 1 Institucionalização do Regime de Colaboração entre Estado e Municípios Alagoanos. EIXO 3 ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO DA SEE Ação 1 Definição e Implantação da Estrutura Organizacional da SEE: Administração Central e Regional. Ação 2 Capacitação dos Profissionais da Administração Central e Regional na nova estrutura organizacional da SEE. 5

Ação 3 Definição e implantação da Estrutura Organizacional das Escolas Ação 4 Padrões de funcionamento das Coordenadorias Regionais de Educação e escolas. Ação 5 Implantação de Sistema de Gestão Corporativa. Ação 6 - Implantação de Sistema de Gestão da Rede Escolar. Ação 7 Implantação de Sistema de Gestão da Escola. Ação 8 Mobilização Interna da SEE/AL para o Compromisso de Todos pela Educação. Ação 9 Mobilização e Controle Social da Educação em Alagoas. Ação 10 Fortalecimento dos Órgãos Colegiados da SEE/AL. EIXO 4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS Ação 1 Informatização e Modernização da SEE/AL Ação 2 Capacitação dos Profissionais da SEE/AL no uso das TIC. EIXO 5 MELHORIA DAS CONDIÇÕES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE ALAGOAS Ação 1 Especificações técnicas para a Construção de Unidade Escolar e seus Equipamentos e Mobiliários. Ação 2 Adequação e Expansão da Rede Estadual de Ensino. 6

APRESENTAÇÃO O estabelecimento de especificações técnicas para a elaboração de projetos e execução de obras no âmbito da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE/AL) é necessário no sentido de definir a fabricação, escolha, aquisição, utilização ou aplicação de métodos construtivos, materiais, equipamentos e instalações adequados aos padrões de qualidade esperados dos serviços e produtos educacionais, de modo a atender as necessidades dos usuários. O trabalho desenvolvido estabelece padrões para o processo de especificação técnica, ou seja, os procedimentos de execução e as referências básicas da concepção do projeto de construção de uma edificação ou de melhoria do funcionamento dos ambientes construídos, bem como das aquisições de equipamentos e mobiliários. O trabalho que se apresenta visa oferecer subsídios para auxiliar e aprimorar o planejamento do processo de elaboração de projetos e execução de obras escolares com qualidade e eficácia condizentes à melhoria das condições de ensino dos professores e de aprendizagem dos alunos.. Assim, a SEE/AL considera a necessidade de aprimorar o sistema construtivo, a partir da reorganização da rede, da adequação e melhoria do ambiente escolar e de suas unidades gestoras e da sistematização e padronização de seus mobiliários e equipamentos. Reafirma-se, assim, o compromisso com a infra-estrutura das escolas e com o planejamento das ações de melhoria das condições da rede escolar, produzindo um manual de especificações técnicas, numa linguagem clara e objetiva, de modo que possa ser utilizado pelas unidades escolares e unidades gestoras da SEE/AL. É fundamental que os servidores da SEE/AL conheçam esse material, para que assumam o papel de gestores educacionais e favoreçam o fortalecimento da escola com a preservação do patrimônio. 7

SUMÁRIO PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MEC-PNUD-SEE/AL APRESENTAÇÃO SIGLAS UTILIZADAS 10 1. JUSTIFICATIVA 11 2. OBJETIVO 11 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO ESCOLAR 12 3.1. O PROJETO...12 3.2. O TERRENO...12 3.3. A FORMA...13 3.4. OS ESPAÇOS...13 3.5. CONDICIONANTES AMBIENTES DA REGIÃO...13 3.6. MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS...14 3.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA...16 3.8. IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO ESCOLAR...16 3.9. CONDICIONANTES AMBIENTAIS...17 3.10. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO...19 3.11. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS...19 3.12. ESTRUTURA...20 3.13. COBERTURA...21 3.14. INFRA-ESTRUTURA PARA SANEAMENTO...21 3.15. COMUNICAÇÃO VISUAL...22 3.16. UTILIZAÇÃO DAS CORES...22 3.17. ACESSIBILIDADE UNIVERSAL: FATOR DE CONFORTO E EQUIDADE... 22 3.18. SEGURANÇA...23 3.19. ESPAÇOS EDUCATIVOS: RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS...24 3.19.1. Características Específicas de cada ambiente...24 3.19.2. Dimensões Mínimas dos Terrenos Exigidas pelo Fnde/Mec para Construção de Novas Escolas...46 3.20. LEGISLAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL...46 3.20.1. Educação Infantil...47 3.20.2. Ensino Fundamental:...47 8

3.20.3. Ensino Médio...49 3.20.4. Escola de Educação Especial...51 3.20.5. Escolas Indígenas...51 3.20.6. Educação de Jovens e Adultos...51 3.20.7. Escolas Rurais...51 4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR 51 4.1. PARÂMETROS REFERENTES AO USO: PEDAGOGIA E NECESSIDADES DA UNIDADE ESCOLAR... 52 4.2. PARÂMETROS REFERENTES AO USUÁRIO: ERGONOMIA... 52 4.3. PARÂMETROS REFERENTES A ASPECTOS CONSTRUTIVOS: TECNOLOGIA... 53 4.4. PARÂMETROS REFERENTES A ASPECTOS ECONÔMICOS: GARANTIA DE QUALIDADE E RACIONALIZAÇÃO...53 4.5. PARÂMETROS REFERENTES A ASPECTOS ECOLÓGICOS: IMPACTO AMBIENTAL... 54 4.6. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR... 54 4.7. ESTRUTURA, MATERIAIS E ACABAMENTO...54 4.8. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS DE REPROGRAFIA... 55 4.9. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA... 55 4.10. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTO ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS... 56 4.11. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS A GÁS...56 4.12. CONTROLE DE QUALIDADE E GARANTIA DO MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR... 56 4.13. MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO ESCOLAR: RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS... 57 5. DETALHAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA 68 5.1. OBJETIVO...68 5.2. METAS...68 5.3. AÇÕES DE IMPLANTAÇÃO...68 5.4. METAS FÍSICAS E FINANCEIRAS...68 5.5. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO...69 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 69 9

SIGLAS UTILIZADAS CEE/AL CRE PNUD SAVEAL SEE/AL TIC UIA Conselho Estadual de Educação do estado de Alagoas Coordenadoria Regional de Educação Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Alagoas Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas Tecnologia de Informação e Comunicação União Internacional de Arquitetos 10

1. JUSTIFICATIVA O Governo do Estado de Alagoas, contando com o apoio e colaboração do Ministério de Educação e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, propõe um esforço conjunto de ações estratégicas, que visa à reorganização da educação no estado, com garantia de oferta de educação de qualidade para todos, e que será viabilizado através de Eixos Temáticos, quais sejam: (i) redefinição da Política Educacional para Alagoas, nos diversos níveis e modalidades; (ii) a institucionalização e operação do regime de colaboração entre o Estado e os Municípios alagoanos; (iii) reorganização da estrutura e do funcionamento da Secretaria de Educação; (iv) introdução do uso da Tecnologia de Informação e Comunicação - TIC na gestão e na oferta de educação, mediante a implantação de sistemas de gestão corporativa, de rede e da escola, informatizando e integrando desde a estrutura administrativa central, regional e escolas, para inclusão digital e modernização do acesso ao mundo da TIC; e (v) adequação física da rede de escolas estaduais às efetivas necessidades da oferta de uma educação de qualidade. Esses eixos norteadores propostos se desdobram em diversas metas/ações, direcionadas para a superação do fracasso escolar enfrentado por milhares de crianças, jovens e adultos ao longo de seu percurso de escolaridade. Objetiva-se, nesse processo de reorganização da educação em Alagoas, a garantia de oferta de uma educação pública de qualidade fortalecida por mecanismos de gestão da eficácia e da eficiência do ensino, de coesão entre os sistemas educacionais e da qualificação da rede pública estadual. Especificações técnicas são essenciais, pois complementam os projetos, definem normas de execução, bem como determina os materiais a serem empregados nas obras de construções e reforma. O caderno técnico deve ser composto de projeto, especificações técnicas, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro, quando um projeto sai sem um desses itens, isto quer dizer que está passível de erros, e obra com erro de execução é retrabalho ou má qualidade. 2. OBJETIVO O exame das condições, possibilidades e limitações do prédio deve envolver a análise dos aspectos construtivos, funcionais, de conforto e segurança, que interferem diretamente no desempenho da edificação. O Objetivo deste documento é a elaboração das especificações técnicas para aplicação nos serviços de recuperação e reforma de unidades escolares e prédios administrativos integrantes do patrimônio e para a aquisição de mobiliários e equipamentos das unidades gestoras e escolares da rede estadual. Especificações técnicas são padrões técnicos adotados que servirão de guia para quem executará uma obra de engenharia ou para aquisição de mobiliário. As especificações técnicas de construção civil devem elencar todos os elementos necessários a uma boa execução: Localidade do prédio; Normas a serem seguidas; Referência; Matéria prima; Unidades; 11

Medidas; Localização de serviços. As especificações técnicas para aquisição de mobiliários e equipamentos devem seguir os parâmetros de qualidade referentes a:: Uso; Usuário; Aspectos construtivos; Aspectos econômicos; e Aspectos ecológicos. 3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO ESCOLAR 3.1. O PROJETO O edifício escolar exige projetos adequados que ofereçam facilidade e rapidez de execução e resultem em um edifício com mínimas exigências de conservação, materiais de qualidade e adequados. Devem-se ser consideradas questões relativas a isolamentos, níveis de ruídos externos, clima, insolação, ventilação, iluminação, natureza do subsolo, topografia, dimensões dos espaços internos, área disponível. Para escolas a serem construídas o projeto deve obedecer aos critérios e exigências do MEC juntamente com os padrões que deverão ser adotados pelo estado bem como seguir as diretrizes do plano diretor vigente. Para escolas existentes os critérios são para seguir as exigências do MEC, mas obedecendo aos limites do prédio e espaço existente. Recomendações da União Internacional de Arquitetos - UIA para projeto de construção da escola: A sua construção deve ser realizada utilizando-se a escala do aluno (criança, jovem e adulto); O arranjo dos locais deve ser flexível e diferenciado; Devem-se evitar salas sistematicamente uniformes, dispostas em alinhamento rígido; Conforto de espaços em correlação com a forma do habitat do aluno e seu grau de evolução; A insuficiência de espaço é tão condenável quanto o excesso; A iluminação deve ser homogênea; Ventilação constante, evitando o confinamento e as correntes de ar; A iluminação e a ventilação devem ser multilaterais, de preferência em faces opostas; A ação do sol deve ser controlada. 3.2. O TERRENO A escolha do terreno deve ser levada em conta, entre outros aspectos: Topografia regular; Boa drenagem superficial; Salubridade; Insolação; Local paisagisticamente agradável (evitar áreas pantanosas e com esgoto a céu aberto); Vegetação existente ou a criar; Facilidade e segurança na acessibilidade; Ausência de agentes poluidores: ruídos, fumaças, poeiras. 12

Viabilidade econômica. Também é necessário observar as seguintes condições: Evitar terrenos situados sob redes de transmissão de energia elétrica; Evitar terrenos situados sobre adutoras, oleodutos e gasodutos; Evitar terrenos situados próximos de encostas ou barracos perigosos. 3.3. A FORMA Evitar soluções monumentais. A forma ideal do prédio escolar é aquela que atende às características de cada região climática, criando condições para o conforto físico dos usuários, adaptando-se à topografia e integrando o ambiente escolar com a paisagem local. 3.4. OS ESPAÇOS O dimensionamento dos ambientes dá-se em função do mobiliário e do equipamento, dos usuários, das atividades a serem desenvolvidas: estudar, recrear, trabalhar, cozinhar, comer, armazenar e circular. 3.5. CONDICIONANTES AMBIENTES DA REGIÃO Cada lugar é diferente do outro pela paisagem e pelo clima. Uma mesma região pode possuir características climáticas diferentes em função da cobertura vegetal, do relevo, das superfícies de água e de vários outros elementos da paisagem, fazendo com que as regiões sejam heterogêneas, embora possam ter o mesmo tipo de clima. É importante pensar uma arquitetura própria, adequada a uma determinada região. A forma e os tipos de espaços do prédio escolar não devem ser generalizados. Antes de qualquer procedimento quanto à construção, é necessário que se conheça o lugar onde será construída a nova escola. CARACTERÍSTICAS Qualidade do subsolo Materiais naturais que cobrem os solos Relevo Cota de soleira Vegetação Quantidade e período de chuvas Ventos Movimento aparente do sol através de gráficos próprios IMPORTÂNCIA Define o tipo de estrutura e sua proteção Dependendo da região, podem amenizar as temperaturas, acumulando e refletindo menos calor. Influência no movimento dos ventos, na moderação da temperatura e na formação das sombras. Considera os níveis que as águas atingem (pluviais margens de rios e lagos ou beira-mar) Proteção contra o sol, a poeira e a erosão. Não deve prejudicar a ventilação nem atrapalhar a recreação dos alunos. Determina a escolha de elementos para escoamento e drenagem das águas, dos materiais de construção e seleção de vegetação para o entorno. Podem ser utilizados de maneira a aproveitar seus efeitos na moderação da temperatura Permite orientar adequadamente o prédio escolar e estabelecer proteções quanto à insolação de seus elementos e componentes. 13

Também os diversos fenômenos físico-climáticos que agem sobre o prédio escolar trazem aspectos positivos e negativos que devem ser levados em consideração: FENÔMENO ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS SOL CHUVA VENTO RUÍDOS Combate a umidade, o mofo e os fungos. Efeitos benéficos à saúde. Aquecimento e iluminação natural Limpeza e resfriamento do ar. Irrigação da vegetação. Abastecimento de água para lavagem e higiene de sanitários. Resfriamento ou aquecimento e renovação do ar, conforme a necessidade local. Nenhum 3.6. MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Calor excessivo. Ofuscamento visual por excesso de luminosidade sobre superfícies claras e brilhantes. Ações deterioradoras sobre alimentos e papéis. Deterioração da edificação. Dificuldades à circulação. Ruídos sobre a cobertura. Incômodo às atividades didáticas. Ameaça à segurança da edificação. Ruídos acima de limites suportáveis provocados por diversas fontes. Interferência nas atividades didáticas. A definição dos materiais e das técnicas construtivas deve obedecer algumas recomendações importantes, dependendo das características climáticas e econômicas de cada região. A escolha dos materiais e das técnicas de construção deve ser guiada pelos recursos que cada lugar oferece. Devem-se explorar ao máximo as potencialidades que os materiais nativos oferecem, visando um melhor aproveitamento econômico quanto a sua interação ao local. Novos materiais, caso sejam utilizados, devem ser especificados visando não criar desconforto na edificação. Adequar à aplicação dos diversos materiais e componentes, tanto no aspecto de harmonia quanto no de conservação e manutenção. As soluções construtivas, sob o aspecto climático, podem variar dependendo das condições ambientais. Pisos e pavimentações - Os ambientes escolares apresentam um desgaste excessivo dos pisos pelo uso constante. Deve-se levar em conta o tipo de tráfego e observar que a resistência à abrasão é o parâmetro principal. Outro referencial é o da absorção da água. A escolha do revestimento cerâmico certo deve ser feita mediante um conhecimento prévio das condições a que se submeterá o material. Existe um tipo adequado de revestimento para cada fim. No aspecto segurança, o mercado oferece alternativas antiderrapantes, as mais indicadas nesses casos. - Prever pisos externos com declividade compatível para o rápido escoamento das águas pluviais. - Prever pisos internos de material não escorregadio e de maior durabilidade, sem implicar custos elevados e dificuldades na manutenção e na limpeza. 14

- Nas áreas molhadas, dar preferência aos pisos cerâmicos esmaltados antiderrapantes, no caso de escolas existentes e que tenham sido executados com piso granilite, deve-se em momento oportuno ser substituído por piso cerâmico. - Os pisos monolíticos de alta resistência, com junta plástica, podem ser usados em toda a escola. Granilite é um material que substitui o mármore ou o granito e oferece beleza, economia e resistência. Esquadrias - As esquadrias são os elementos da construção aplicados nos vãos de passagem, ventilação e iluminação, como portas, portões, janelas e clarabóias. - As esquadrias podem ser de diversos materiais e os mais comuns são: madeira, PVC, ferro, alumínio, mista de alumínio e madeira, entre outros. A escolha do material não depende apenas do custo. Depende da disponibilidade local, da facilidade de manutenção e, principalmente, da segurança no manuseio pelo usuário e na garantia contra roubos. - A resistência constante ao uso de acessórios e ferragens, como dobradiças, maçanetas e fechaduras é requisito principal na escolha da esquadria. Instalações elétricas - O projeto de instalações elétricas determina os pontos de luz e força necessários e especifica fios e cabos elétricos mais adequados. Prever instalações elétricas que suportem o uso intenso. - O quadro externo do medidor e o quadro interno de distribuição geral são colocados em locais fora do alcance de crianças. Prever circuitos independentes para tomadas e luz. - Evitar caixas de passagens nas circulações e em outros locais onde os alunos possam transitar. Evitar instalações aparentes. - Projetar as redes de distribuição evitando tubulações sob o piso da quadra de esportes ou cruzando ambientes internos. Iluminação artificial - A escolha da iluminação adequada para os ambientes escolares, alguns critérios devem ser observados. Entre eles, estão os de evitar o ofuscamento das pessoas que utilizam os ambientes e obter uma correta reprodução de cores dos objetos e dos ambientes pedagógicos iluminados. - A iluminação artificial deve proporcionar índices de iluminamento adequados ao tipo de atividade a ser desenvolvida. - Evitar ofuscamento no plano de trabalho. - A quantidade de luz é importante, assim como a sua direção e sua difusão. - Utilizar luminárias com duas lâmpadas fluorescentes (branca fria e luz do dia), para cortar o efeito estroboscópico. - Nas áreas de circulação e pátio coberto, prever pontos de luz alimentados por circuitos intercalados. Proteção contra descarga atmosférica 15

- A função desse equipamento não é a de atrair a descarga elétrica. Na verdade ele deve recebê-la, conduzir a terra e dissipar sua energia. No Brasil existem os tipos mais comuns em uso, são: Franklin e Gaiola de Faraday. - Pára-raio tipo Franklin é composto de um captor montado sobre um mastro metálico. Esse mastro está ligado a cabos de descida, também de metal, que conduzem a eletricidade ao solo por meio de aterramento. A haste do pára-raio deve estar totalmente isolada do resto do prédio e só se liga ao cabo de descida. Nas proximidades do solo deve haver uma proteção mecânica ao cabo, para evitar contatos com pessoas. - Pára-raio tipo Gaiola de Faraday utiliza uma malha metálica no alto das construções, servindo como uma blindagem para elas. Instalada nas extremidades do telhado, é uma malha de fios metálicos com pequenas hastes que recebem as descargas elétricas. Essa malha é conectada aos cabos de descida, que estão ligados às hastes de aterramento. - Também é comum usar as ferragens das colunas da construção como descida. Para isso, quando o projeto estrutural estiver sendo elaborado, o responsável pela execução do mesmo precisa indicar o uso de alguns ferros a mais, com bitola apropriada. Esses ferros serão ligados à malha da Gaiola. O aterramento acontece automaticamente, já que as ferragens estão amarradas no baldrame de fundação. O risco de que os eletrodomésticos queimem diminui, pois a descarga elétrica se divide em várias descidas. 3.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CLIMA A otimização do desempenho térmico do edifício, por meio da taxa de ganhos e perdas de calor, depende da correta resolução de um conjunto de fatores, a saber: Diferença entre a temperatura exterior e interior. Características do material e da cor das superfícies que constituem a envolvente do edifício (calor radiante). Localização, orientação (ao sol e aos ventos), forma e altura do edifício. A orientação do edifício influi sensivelmente na quantidade de calor por ele recebido. Uma adequada orientação proporciona menor consumo de energia. Características do entorno natural e construído. Ação da radiação solar e térmica e, consequentemente, das características isolantes térmicas da envolvente do edifício (paredes e coberturas). Ação do vento sobre as superfícies interiores. Desenho e proteção das aberturas para iluminação e ventilação, assim como sua adequada proteção. Localização estratégica dos equipamentos de climatização artificial, tanto dentro como fora do edifício, assim como dos principais aparelhos eletrodomésticos. O desempenho térmico do edifício pode ser melhorado: Por meio do aproveitamento das características favoráveis do entorno, controlando ou amenizando, à distância, os fatores climáticos adversos. Por meio da amenização do clima, protegendo a edificação contra os aspectos desfavoráveis, procurando resolver o desenho adequado da sua envolvente. 3.8. IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO ESCOLAR A implantação do edifício escolar está condicionada a três fatores: o programa arquitetônico, a viabilidade econômica e financeira e as características físicas locais. 16

Uma boa implantação deve respeitar e manter as características peculiares de clima e paisagem de cada lugar, por meio da conservação da natureza do solo, da forma do relevo e da manutenção da vegetação nativa. Nos grandes centros urbanos é fundamental minimizar os efeitos negativos do microclima. É recomendável que o terreno selecionado para a construção do prédio escolar permita a implantação deste em um único pavimento, pelas seguintes vantagens: Economia da construção. Inexistência de escadas ou rampas. Maior facilidade para solução dos problemas de iluminação e ventilação. Ligação harmoniosa sala de aula x jardim. Também é importante evitar o fracionamento excessivo de áreas livres entre os prédios, procurando agrupar essas áreas de forma a criar áreas livres contínuas. 3.9. CONDICIONANTES AMBIENTAIS Ventilação e aeração - Em ambientes sem ventilação natural, o ar aquecido sobe, por ser mais leve que o ar frio e não ter saída. Forma-se, então, uma camada de ar quente, viciado, que não se renova. - Uma boa solução de ventilação natural controlada permite reduzir a energia gasta em refrigeração ou ventilação mecânica forçada. Por isso, conhecer e aplicar corretamente as técnicas de ventilação natural (através de projeto e cálculo) favorece ao conforto e traz economia de energia. - Entrada e saída em alturas apropriadas são as duas condições básicas para a circulação do ar. A entrada de ar frio (ou menos quente) pela parte inferior, oposta à saída de ar quente pela parte superior, é o que se chama de ventilação cruzada. - A ventilação natural permanente depende de valores fixos, tais como as características construtivas do edifício, a orientação local, os obstáculos existentes, além da posição e das dimensões das aberturas. - São fatores variáveis a direção e a velocidade do vento e a diferença de temperatura entre interior e exterior. - O planejamento da ventilação de uma edificação escolar deve considerar o aproveitamento máximo dos ventos dominantes no local. - É aconselhável que o sistema de entrada-saída de ar (ventilação cruzada) seja controlável, de modo a evitar os excessos de vento ou de frio. Deve-se prever que, em algumas ocasiões, poderá existir ventilação excessiva. Por isso, o projeto deve considerar sempre a regulagem das entradas de ar e, eventualmente, a das saídas. Um pátio interno funciona como um regulador térmico. Insolação e iluminação naturais - A insolação é o fenômeno resultante da ação dos raios solares irradiados. A insolação diária resulta da exposição do prédio ao sol em dois períodos de igual duração, porém distintos: o período da manhã ou nascente, e o período da tarde, ou poente. - A iluminação natural nos interiores dos ambientes é obtida mediante as aberturas nos planos verticais (janelas) e horizontais (domus e clarabóias). 17

- Nas aberturas verticais (janelas), torna-se mais fácil o controle dos raios diretos, com utilização de quebra-sóis ou outros dispositivos. - As aberturas devem proporcionar luz natural uniforme sobre o plano de trabalho em todos os pontos do ambiente, sem incidência direta dos raios solares. - O aproveitamento dos raios solares por algumas horas, no período da manhã ou da tarde, em alguns ambientes do prédio escolar, como vestiários, sanitários e área de serviços, funciona como um fator importante na salubridade e na higiene. - Prever uma faixa contínua de janelas, a fim de evitar sombreamentos indesejáveis nas salas de aula e nos demais ambientes pedagógicos. - Na disposição do mobiliário dos ambientes pedagógicos ou daqueles com algumas atividades de escrita e leitura preferir a luz incidente pela esquerda. - A localização correta da vegetação permite a absorção da radiação solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício. - Os brises permitem reflexões da luz, evitando insolação direta e, por conseguinte, a luz difusa, não direta. Eles só devem ser utilizados pelo lado exterior às esquadrias, para que a radiação difusa sofre aeração, perdendo o calor, antes de penetrar no ambiente. Para isso entre o brise e a esquadria, prever um espaço mínimo de 30 cm. Conforto térmico - No verão, o corpo das pessoas que ocupam os ambientes da edificação recebe a radiação proveniente das paredes, do forro ou do piso. - Num ambiente, onde as paredes não são especificadas adequadamente para isolamento térmico, o ar em contato com a parede exterior ganha calor na estação quente e perde na estação fria. - Em climas quentes, o pé-direito alto permite maior volume de ar, funcionando como isolante, mantendo o ar mais quente acima do corpo das pessoas. Pé-direito baixo exige aberturas até a linha do forro, retirando todo o ar quente e úmido existente. Conforto acústico - As atividades desenvolvidas nas escolas exigem silêncio e concentração, e, por conseguinte, o conforto acústico é condição de saúde e tranqüilidade. O controle e o tratamento acústico nunca podem ser considerados supérfluos. A boa acústica torna mais eficiente o ensino e a aprendizagem. - O projeto da edificação escolar, desde o seu início, deve levar em conta os agentes produtores de ruídos que circundam o terreno. Nas tomadas de decisões quanto ao uso de materiais, observar sempre as características dos mesmos e o seu papel no desempenho acústico dos ambientes. - A localização correta da vegetação permite a absorção da radiação solar e o resfriamento do ar que penetra no edifício. - Qualquer anteparo rígido situado a mais de 11m de distância de uma fonte sonora reflete as ondas que nele incidem, reforçando a frente de onda primária existente. - Evitar reflexões excessivas do som pelo teto, paredes e piso por meio do tratamento acústico das superfícies refletoras, revestindo-as com materiais que tenham características de absorventes acústicos. Tratamento paisagístico 18

- O tratamento paisagístico requer um projeto que priorize os aspectos educativos, estéticos, ecológicos e práticos do espaço escolar. - Quando planejada, a vegetação purifica o ar, regula a temperatura e a umidade, produz barreira reduzindo ventos, ruídos, poeira e luminosidade, gerando conforto ambiental na escola. - A análise do clima é de vital importância, certificando-se das suas condições locais. Escolher as plantas adequadas ao clima da região é melhor do que fazer adaptações. - Levantamento planialtimétrico e cadastral, analisando o formato e a declividade do terreno, bem como o tamanho e o partido do prédio escolar; fatores que vão influenciar decisivamente no resultado final. - Mapeamento do movimento das sombras provocadas pela edificação pela edificação e seus componentes, além dos eventuais muros, anotados no projeto, para descobrir onde cada tipo de vegetação pode ser plantado. Produzir sombras densas, médias e ralas, dependendo da necessidade. - Em áreas escolares devemos evitar plantas tóxicas, com espinhos e que atraem animais nocivos (ratos, cobras, morcegos e outros). - Utilizar, nas áreas pavimentadas e nos estacionamentos, de preferência, espécies que não tenham raízes superficiais e agressivas. Não reservar espaço para árvores de grande porte muito perto das construções, pois o sistema radicular da árvore pode acabar rachando pisos próximos e até comprometer o alicerce. - Nas escolhas das espécies e na sua locação, considerar a possibilidade de entupimento ou danos em calhas e coletores de águas pluviais em decorrência da queda de folhas e galhos. 3.10. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO O levantamento topográfico tem por objetivo representar as características do relevo e dos pontos singulares de uma região: rios, árvores, elementos naturais, edificações existentes, ruas, confrontações, rede de água, energia elétrica, telefonia e outros. Um bom projeto tira partido dos fatores da topografia e deve levar em consideração, entre outros, os seguintes aspectos: Adequar as edificações à topografia natural do terreno. Preservação das árvores existentes. Proteção contra fontes externas de ruídos, visando à economia e à facilidade de execução: preferir cortes em relação aos aterros e aos taludes naturais em relação ao muro de arrimo. Prever tratamento gramado nos taludes. Soluções de escoamento de águas pluviais, sempre que possível. 3.11. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS Os solos dividem-se basicamente em rochosos, arenosos, siltosos e argilosos, podendo receber outras denominações variadas. Tipo de solo Solo rochoso Solo arenoso Solo argiloso (*) Características Rocha firme que pode ser removida só com martelete e ar comprimido. Impermeável. Predomina a areia. Grande permeabilidade É o oposto da areia. Dificuldade de desagregação. Formação de barro plástico, com muita liga (grudento) e viscoso quando molhado. Grande 19

Tipo de solo Solo siltoso Solo de piçarra Solo de tabatinga / turfa Solo de moledo Características impermeabilidade, dificultando a drenagem. Permite cortes verticais estáveis. Está entre a areia e a argila. Não tem coesão apreciável. Não tem plasticidade suficiente quando molhado. Cortes em silte arenoso não têm estabilidade superficial prolongada, são facilmente erodíveis e desagradáveis. Rocha muito decomposta e que pode ser escavada com pá ou picareta. Argila com muita matéria orgânica. Rocha em estado de decomposição, que pode ser removida só com martelete e ar comprimido. (*) significativa parte do território brasileiro apresenta-se sobre solo argiloso. A compactação de terrenos é usada no preparo do terreno para fundação dieta. O solo compactado tem menor recalque do que o solo não compactado. O solo quando adequadamente compactado tem as seguintes vantagens: Recalca menos Aumenta a impermeabilidade Aumenta a resistência O adensamento é uma redução de volume do solo (e, portanto, um aumento de seu peso específico), em conseqüência da perda de sua água, por meio de rebaixamento do lençol freático, por exemplo. Em terrenos arenosos, permeáveis, a perda de água por rebaixamento do lençol freático se faz com muito mais rapidez do que em terrenos argilosos, pouco permeáveis. O adensamento de um terreno não compactado, após a obra pronta, pode causar graves recalques de fundação da construção, principalmente em terrenos arenosos. Os diferentes tipos de solo podem apresentar aspectos favoráveis e desfavoráveis, dependendo do seu uso. 3.12. ESTRUTURA É fundamental que a definição da estrutura contemple os princípios de flexibilidade e racionalização que o espaço educativo necessita, possibilitando espaços livres de barreiras e obstáculos, para que as atividades possam ser desenvolvidas com maior liberdade, conforto e segurança. Estrutura é o que sustenta a edificação sendo, geralmente, compostos por fundações, baldrames, pilares, vigas e lajes, que podem ser de concreto, madeira, alvenaria de tijolos, alvenaria estrutural, metálica ou mista. Toda ampliação deverá ser executada com estrutura independente da existente, prevendo-se juntas de dilatação no encontro das estruturas, evitando trincas ou outras interferências. Optar por um sistema estrutural independente das paredes. Nas estruturas de concreto, prever juntas de dilatação a cada 30,00m no mínimo. Nas estruturas metálicas, especificar perfis usuais fabricados pelas siderúrgicas brasileiras. A definição do tipo de fundação depende do tipo de solo, que pode ser estudado por meio de sondagem. É importante consultar construções vizinhas para se ter uma idéia de como foram feitas as suas fundações. 20

3.13. COBERTURA A cobertura tem a função básica de proteger a edificação das ações da natureza, sendo a superfície mais exposta à ação direta do sol e da chuva. A cobertura deve ser impermeável, permitir o escoamento das águas pluviais e servir como proteção às paredes e aberturas. A cobertura é composta por forro ou laje. No Brasil, é sempre aconselhável o uso do conjunto telhado/forro, evitando-se o uso de lajes impermeabilizadas, de modo a obter melhor desempenho térmico da cobertura. A cobertura é um dos elementos construtivos mais problemáticos na manutenção de uma escola. 3.14. INFRA-ESTRUTURA PARA SANEAMENTO Reservação e distribuição de água potável - O reservatório para distribuição de água potável é subterrâneo ou elevado. Dimensionar o consumo da água prevendo-se reserva para dois dias sem abastecimento. Sistema para reservação de água potável Reservatório único Reservatórios subterrâneo ou Reservatórios térreo subterrâneo e elevado Reservatórios elevados Capacidade 1.500 litros para 10 usuários 1.000 litros para 10 usuários 500 litros para 10 usuários - Bebedouros instalados no recreio coberto, próximos aos sanitários. - Disponibilidade mínima de água de 50 litros/aluno/dia. - Capacidade mínima das fossas sépticas de 50 litros/aluno/dia. - Evitar tubulação sob piso da quadra de esportes ou cruzando ambientes internos. - Prever torneiras de lavagem nos pavimentos superiores que não tenham sanitários. - Prever instalação de shafts variáveis, para facilitar a manutenção. - A rede deve ser acessível, para facilitar seu manuseio na hora da conservação. O telhado deve possibilitar a instalação de caixa-d água (independentemente de existirem outros reservatórios externos. - A racionalização do uso do material pode proporcionar economia nas instalações hidráulicas. Por exemplo, banheiros projetados lado a lado, requerem menor metragem de tubulação. Sistema de esgoto sanitário - As águas servidas, dejetos e gorduras passam pelo sistema de esgotos sanitários, até as canalizações e os dispositivos destinados a afastar da edificação as águas servidas por fins higiênicos, encaminhando-as ao destino adequado: rede coletora pública e tratamento, fossa séptica, fossa séptica e sumidouro ou fossa absorvente, de acordo com o local e a densidade de ocupação do solo. Densidade do lugar Até 150 usuários / ha Entre 150 e 250 usuários / ha Acima de 250 usuários / ha Sistema de esgoto Fossas, fossas e sumidouros Fossas absorventes Rede de tratamento 21

- O projeto deve permitir rápido escoamento dos esgotos sanitários, desobstruções e vedar a passagem de gases nas tubulações, entre outras recomendações. - A ventilação (sempre obrigatória) é um dos itens do projeto do sistema de esgotos. - Os ralos de captação devem ser sifonados, dimensionados de acordo com o projeto de esgoto e as normas da ABNT. - Fossas, sumidouros e filtros, se necessário, dimensionados de acordo com as normas da prefeitura local e as condições de absorção do terreno. Preservar a salubridade das águas dos mananciais utilizando-se fossas sépticas que devem ser localizadas a uma distância de no mínimo 300m dos mananciais ou dos filtros anaeróbicos. - Lagoas de oxidação e decantação, quando houver, deverão ter plantas de grande absorção orgânica. - As caixas de passagem de esgoto e de gordura no piso devem ser preferencialmente, instaladas fora das circulações pavimentadas. 3.15. COMUNICAÇÃO VISUAL A programação visual de orientação e identificação do espaço educativo tem a função de informar, organizar os espaços, sinalizar e orientar os fluxos de circulação, permitindo aos usuários e visitantes uma rápida e precisa compreensão da escola. Torna, também, o espaço mais bonito e agradável ao aluno, favorecendo, enfim, a integração do usuário com o meio físico. A identificação dos espaços e das instalações pode ser solucionada por meio da utilização de diversos recursos, sempre, porém, procurando manter uma unidade visual. No caso de elementos de identificação externos, é importante, ainda, verificar a exigência de padronização, junto aos órgãos públicos responsáveis pela unidade escolar. 3.16. UTILIZAÇÃO DAS CORES A cor é um dos fatores que mais incide no campo perceptivo pelo poder de exprimir significados e provocar emoções, valorizando ou mascarando objetos, criando pontos focais, reforçando ou atenuando contrastes e identidades, aproximando ou afastando superfícies. No espaço educativo, as cores devem ser aplicadas e combinadas de modo a auxiliar a reflexão e a concentração, mas, ao mesmo tempo, estimular a alegria e a criatividade. 3.17. ACESSIBILIDADE UNIVERSAL: FATOR DE CONFORTO E EQUIDADE A acessibilidade ao meio físico é um conceito intimamente ligado à qualidade. A integração social é uma das principais necessidades do indivíduo e a acessibilidade é um fator decisivo que viabiliza as relações com o meio que o envolve. É necessário, portanto, promover as modificações requeridas para adaptação do espaço educativo, garantindo a acessibilidade universal. Alguns aspectos de caráter genérico, a serem observados para a garantia da acessibilidade: Perfil - a entrada, ao nível da calçada, deverá ter perfil adequado, facilitando o trânsito de portadores de necessidades especiais ou pessoas com mobilidade reduzida. Travessias deverão ser sinalizadas, com faixas, tendo o meio-fio rebaixado. No caso de haver desnível nos acessos e circulações externos, prever rampas com declividade máxima de 8,33%. Estacionamento em todo estacionamento, devem existir vagas preferenciais, reservadas para veículos utilizados por pessoa portadora de deficiência. Essas vagas devem ser as mais 22

próximas do acesso à entrada do estabelecimento, ter piso nivelado e serem adequadamente sinalizadas. Entradas pelo menos uma das entradas do estabelecimento deve permitir o acesso ao portador de necessidades especiais e estar sinalizada. Rampas devem ter largura mínima útil de 1,20m, piso antiderrapante e patamar intermediário de repouso a cada 9 m ou em caso de mudança de direção. No início e final da rampa, deve haver prolongamento horizontal de, no mínimo, 1,20m. A declividade máxima admitida é de 8,33%. Corrimão deve ser colocado em, pelo menos, um dos lados da rampa e dos patamares, não devendo ser interrompido. Deve ter altura de 0,80m, com prolongamento não interfira na circulação. O corrimão deve ter perfil circular, diâmetro aproximado de 0,04m, guardar separação mínima de 0,04m da parede e superfície lisa, para permitir boa empunhadura e fácil deslizamento. Portas devem possuir largura útil mínima de 0,80m, maçanetas do tipo alavanca e pegador auxiliar para facilitar o fechamento por pessoas em cadeira de rodas. Circulação interna o piso da área de circulação deve ser contínuo, uniforme a antiderrapante. Quando houver ressalto, sua altura não deve ultrapassar 0,03m e suas quinas devem ser arredondadas ou chanfradas. Sanitários devem ter porta com largura mínima de 0,80m, piso antiderrapante, plano e uniforme, espaço interno livre que permita a circulação e o giro completo da cadeira de rodas. O compartimento do vaso sanitário tem de ter, no mínimo, 1,50m de largura por 1,70m de comprimento. O lavatório deve ser fixado na parede, com a borda superior localizada a uma altura de 0,80m do piso. Sifão e tubos de instalação devem estar situados a 0,25m da borda da frente, para permitir o acesso de pessoa em cadeira de rodas. As torneiras devem ser do tipo alavanca, operáveis com um único movimento. É importante observar que, quando a escola não possuir acessos externos universais, sua execução é obrigatória. O acesso à sala de aula e a circulação, dentro dela, são aspectos que podem ser resolvidos, criteriosamente, em algumas salas, escolhendo-se para adequação as que apresentem maior facilidade, preservando-se os direitos do portador de necessidades especiais ou mobilidade reduzida, sem prejuízo da capacidade de atendimento da escola. 3.18. SEGURANÇA A segurança dentro do espaço educativo varia conforme o tamanho da escola e envolve vários aspectos: prevenção e combate a incêndios, proteção contra descargas atmosféricas, proteção contra pragas e epidemias, segurança patrimonial, segurança física e psicológica dos usuários. Prevenção e combate a incêndios é obrigatório, além disso, que o prédio escolar seja dotado de sistema de segurança contra incêndios, contando com equipamentos adequados (hidrantes, dependendo do tamanho do prédio escolar, e extintores, sempre), em quantidade e localização corretas; com iluminação de emergência. Proteção contra descargas atmosféricas o primeiro passo na prevenção desse tipo de acidente é determinar os locais de maior probabilidade de ocorrência de descargas. Proteção contra pragas e epidemias é necessário manter o espaço educativo limpo, com alto índice de higiene e salubridade, sem pontos de alagamento e poças de água. Também é necessário que existam locais adequados ao acondicionamento e descarte de lixo. Periodicamente, devem ser feitas limpeza dos reservatórios de água e dedetização dos ambientes. Segurança patrimonial a segurança patrimonial ideal é aquela que já é prevista no projeto original. Como nem sempre isso ocorre, alguns paliativos podem minimizar o problema de vandalismo e invasões, a começar com o fechamento do terreno, que pode ser feito de várias formas. É recomendável que os espaços que guardam equipamentos, material didático, gêneros alimentícios e outros materiais sejam dotados de laje de forro, com o intuito de dificultar o acesso através da cobertura. As janelas devem ser seguras. Caso não o sejam, é possível equipá-las com grades metálicas de proteção. Portões com acesso controlado e uma estratégica localização da portaria colaboram para a segurança. Segurança física e psicológica dos usuários a segurança física dos usuários é promovida por meio da utilização de pisos antiderrapantes, de escadas com alturas e larguras dentro dos padrões 23

recomendados, pela existência de corrimãos e guarda-corpos. Um aspecto associado tanto à segurança física quanto à psicológica é a correta iluminação, pois a visibilidade é ponto de importância capital para o sentimento de segurança. O sentimento que um espaço seguro produz reforça a aceitação da escola por seus usuários. 3.19. ESPAÇOS EDUCATIVOS: RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS Cada tipo de espaço educativo possui características peculiares, em função de seu uso, a serem consideradas na obtenção de um padrão básico de qualidade. Para determinar o tamanho de uma célula base é necessário levar em consideração: As características antropométricas dos usuários do espaço (criança, jovem, adulto); A postura do indivíduo para realização da atividade (em pé, sentado, deitado, agachado); O mobiliário ou equipamento utilizado; O movimento realizado; e A área necessária de entorno e segurança. 3.19.1. Características Específicas de cada ambiente Sala de Aula local principal de desenvolvimento de aulas. É recomendável criar um partido arquitetônico dando opções para a prática pedagógica possibilitando diversas formas de arranjo do mobiliário, do modo a permitir organização em pequenos grupos, em círculo, fileiras e outras mais. Os parâmetros de visibilidade e acústica condicionam o tamanho e a forma da sala. Parâmetros Área útil por aluno 1,32m² ou mais 1,15m² Largura útil 7,50m ou mais 5,10m Comprimento útil máximo 8,10m 9,50m Vão livre portas 0,90m com visor 0,80m com visor Pé-direito livre (teto plano) 3,00m livre sob viga 2,60m livre sob viga Abertura para iluminação 1/4 da área do piso ou mais 1/5 da área do piso ou mais natural Abertura para ventilação natural 1/8 da área do piso ou mais 1/10 da área do piso ou mais Insolação Evitar insolação direta Evitar insolação direta Iluminação artificial Fluorescente/eletrônica Fluorescente Nível de iluminamento 500 lux 300 lux Tempo para uma troca de ar 2 min 6 min Nível máximo de ruído externo 40 db 45 db Laje/forro Obrigatório Obrigatório Ventilação cruzada Obrigatória Obrigatória Paredes Semi-impermeáveis e claras Semi-impermeáveis e claras Piso Lavável e anti-derrapante Anti-derrapante Carga acidental prevista 500 kgf/m² 300kgf/m² Deve situar as aberturas para iluminamento do lado esquerdo, em relação ao quadro de giz. Evitar reflexos no quadro de giz ou de caneta (quadro branco). Aberturas para iluminação e ventilação devem ser guarnecidas de persianas, venezianas, treliças e de vidros ou lâminas que permitam a abertura. Impedir a entrada de radiação solar direta em qualquer orientação. 24

Em teto inclinado, considerar o pé-direito livre pelo ponto mais baixo, obedecendo, nesse ponto, ao parâmetro recomendado ou mínimo. Tomadas devem estar aterradas e protegidas. Luminária com duas lâmpadas fluorescentes, no mínimo, de modo a cortar o efeito estroboscópico. Laboratório de ciências local de aula prática da disciplina de Ciências onde conta a participação ativa dos alunos, realizando experiências e acompanhando demonstrações do professor ou de grupos de alunos, exigindo mais espaço por aluno que a sala de aula comum. O ambiente requer a instalação de bancadas, pontos de água e energia, estantes e locais para a guarda de instrumentos, equipamentos e materiais de consumo. Devem ser previstos murais para fixação de cartazes, trabalhos de alunos e outras informações relacionadas com a disciplina. A forma retangular facilita a distribuição da circulação interna. É recomendada a divisão do espaço de trabalho em dois ambientes, com instalações próprias, de modo a permitir o acesso de grupos distintos de alunos à prática simultânea de diferentes atividades. Parâmetros Área útil por aluno 4,59m² 2,58m² Largura útil 7,00m ou mais 5,00m Comprimento útil máximo 11,00m 9,50m Vão livre portas 0,90m com visor 0,80m com visor Pé-direito livre (teto plano) 3,00m livre sob viga 2,60m livre sob viga Abertura para iluminação 1/4 da área do piso ou mais 1/5 da área do piso ou mais natural Abertura para ventilação natural 1/8 da área do piso ou mais 1/10 da área do piso ou mais Insolação Evitar insolação direta Evitar insolação direta Iluminação artificial Fluorescente/eletrônica Fluorescente Nível de iluminamento 500 lux 300 lux Tempo para uma troca de ar 2 min 6 min Nível máximo de ruído externo 40 db 45 db Laje/forro Obrigatório Obrigatório Ventilação cruzada Obrigatória Obrigatória Paredes Semi-impermeáveis e claras Semi-impermeáveis e claras Piso Lavável, resistente a produtos químicos e anti-derrapante Lavável, resistente a produtos químicos e anti-derrapante Carga acidental prevista 500 kgf/m² 300kgf/m² Deve situar as aberturas para iluminamento do lado esquerdo, em relação ao quadro de giz. Evitar reflexos no quadro de giz ou de caneta (quadro branco). Aberturas para iluminação e ventilação devem ser guarnecidas de persianas, venezianas, treliças e de vidros ou lâminas que permitam a abertura. Impedir a entrada de radiação solar direta em qualquer orientação. Em teto inclinado, considerar o pé-direito livre pelo ponto mais baixo, obedecendo, nesse ponto, ao parâmetro recomendado ou mínimo. Tomadas devem estar aterradas e protegidas. Na bancada isolada do professor prever tomada na parte lateral, a 0,70m do piso, e na bancada de preparo, junto à parede, prever tomada sobre a mesma, na parede, a cada 1,50m. Luminária com duas lâmpadas fluorescentes, no mínimo, de modo a cortar o efeito estroboscópico. Prever extintores de combate a incêndio. 25