PONTO 1: Atos administrativos PONTO 2: Atributos dos Atos Administrativos PONTO 3: Requisitos ou elementos. 1. Atos administrativos:

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Transcrição:

1 DIREITO ADMINISTRATIVO PONTO 1: Atos administrativos PONTO 2: Atributos dos Atos Administrativos PONTO 3: Requisitos ou elementos 1. Atos administrativos: Nem todos os atos que a administração pratica são atos administrativos, pois existe uma categoria mais ampla chamada de atos da administração que se apresenta da seguinte forma: 1) Atos Materiais: São atos da administração que tem concretude, partem de agentes públicos e precisam ter respaldo na lei e, como regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos. Ex: servidor público municipal varrendo a rua; professor de escola estadual ministrando aula. 2) Atos de Direito Privado: São atuações administrativas em que o poder público e seus agentes ficam colocados no mesmo nível dos administrados, ou seja, predomina o regime jurídico privado em detrimento ao regime jurídico público. Ex: relações que envolvem vínculo do poder público com o particular por um contrato de locação; situação em que o poder público coloca-se o usuário de serviços públicos. 3) Atos Políticos: Atos praticados por agentes públicos com um elevado grau de independência em relação, inclusive, a possibilidade de apreciação pelo poder judiciário. Normalmente descendem diretamente da CF. Ex: a sanção ou veto do Presidente da República em projeto de lei. 4) Atos Administrativos: É importante ressaltar que também particulares tem legitimidade para praticar atos administrativos, o que aparece no artigo 31, VI 1, da lei 8987/95. 1 Art. 31. Incumbe à concessionária: VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato.

2 Ato administrativo é a manifestação do poder público ou por quem o represente com a legitimidade para produzir novas relações jurídicas com base na CF e nas leis, sob controle permanente do poder judiciário e regime jurídico diferenciado. Ex: fiscalização de trânsito regularizando o ir e vir dos veículos; concessão de licença a um servidor; abertura de processo licitatório. 2. Atributos dos Atos Administrativos: 1) Presunção de legalidade (ou legitimidade) 2) Tipicidade 3) Imperatividade 4) Exigibilidade 5) Auto-executoriedade. Os atributos clássicos são: presunção de legalidade, imperatividade e auto-executoridade, sendo indiscutíveis na doutrina. Destes cinco atributos, os dois primeiros (presunção de legalidade e tipicidade) estão presentes em todos os atos. 1) Presunção de legalidade ou legitimidade: Todo ato administrativo depende da existência de uma lei anterior e por isso presumese a legalidade de todos eles até que se prove ao contrário (essa presunção é iures tantum presunção relativa). É relativa porque dá a chance de tentar provar ao contrário. Como regra geral, os recursos administrativos têm efeito suspensivo? Não, pois eu presumo a legalidade do ato até que alguém prove ao contrário. Lei 9784/99, art. 61 2. Contudo, em duas situações eles tem: 2 Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

3 1) Quando a lei diz que tem em um especifico recurso administrativo. Ex: Código Tributário Nacional, art. 151, III 3 - traz hipóteses de suspensão do crédito tributário. Ex2: Lei 9784/99, art. 61. Ex3: recursos da lei 8666/93, art. 109 4 tem efeito suspensivo. 2) Quando a autoridade assim decidir, a pedido ou de ofício, no caso concreto. Ex: Lei 9784/99, art. 61, parágrafo único 5. 2) Tipicidade: Assim como presunção de legalidade, todo ato administrativo é típico, ou seja, são qualidades presentes em todos os atos. Obs: No tema classificação dos atos administrativos a diferença entre atos típicos e atípicos tem relação direta com a competência predominante. Para o Executivo participar da função legislativa é atípico. Praticar atos administrativos, abrindo um processo licitatório é típico. O Judiciário desempenha a função típica na atuação jurisdicional. Mas abrir processos licitatórios é um desempenho atípico no universo de suas competências. 3) Imperatividade: É um poder abstrato em alguns atos administrativos e que a lei exige do administrado o seu acatamento. 3 Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. 4 Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: a) habilitação ou inabilitação do licitante; b) julgamento das propostas; c) anulação ou revogação da licitação; d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa; 5 Art, 61. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

4 Ex: sinal que fica vermelho, placa que proíbe estacionamento. A administração está impondo restrições. Presume-se a legalidade daquela ordem até alguém provar ao contrário. 4) Exigibilidade: Está situado entre a imperatividade e a auto-executoriedade, pois não respeitar ordens que decorrem de alguns atos administrativos poderá resultar notificações e multas, que tentarão conduzir o administrado para o cumprimento da regra. 5) Auto-executoriedade: Poder concreto, presente em alguns atos administrativos e que permite ao poder público realizar diretamente o seu direito, sem a necessidade de perguntar para o poder judiciário. Ex: derrubada de obra irregular, cassação de alvará. Como regra geral os pareceres, atos administrativos de caráter enunciativo têm imperatividade? Como regra geral não. É um parecer, uma opinião, posicionamento. Observar a lei 9784/99, art. 42 6, que admite pareceres com efeito vinculante. - Lei 8666/93, art. 38, parágrafo único: As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. - STF, mandado de segurança 24.631, 2007 STF refere que se o parecer tem imperatividade, tem efeito vinculante poderá responsabilizar o parecerista. Os pareceres exigem motivação, como também exige motivação não acatar um parecer art. 50, VII 7, da Lei 9784/99. Art. 50, 1º: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. 6 Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 7 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

5 Quando a lei dá uma ordem nascem os atos administrativos vinculados e se ela permite a autoridades escolhas segundo critérios de conveniência ou oportunidade nascem os atos discricionários. Os atos discricionários e vinculados são atos legais. 3. Requisitos ou elementos: A legalidade de um ato administrativo é testada a partir da análise dos seus requisitos (ou elementos) a saber: - competência (ou sujeito); - finalidade; - forma; - o motivo; - o objeto (conteúdo ou conseqüência). Motivação é diferente de motivo. Motivação é princípio. Motivo é elemento, requisito. Os vinculados e discricionários são os que estão em harmonia com os requisitos. Essa lista dos atributos encontra-se no art. 2º 8, da lei 4717/65 (Lei da Ação popular). Pois quem propõe uma ação popular quer anular uma to administrativo. 1) Competência: Todo ato administrativo vinculado ou discricionário tem na lei a definição de uma autoridade competente para praticá-lo. A competência atribuída a uma autoridade por lei é sempre irrenunciável, podendo, todavia, ser delegada ou avocada (Lei 9784/99, artigos 11 até o 15 9 ). 8 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. 9 Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

6 Delegar é um ato discricionário, exige a motivação, publicação oficial e passa a ser responsabilidade do que recebeu a delegação. É ato revogável a qualquer tempo. A delegação é instrumento do poder hierárquico, pois pode ser imposta ao subordinado, assim como exige a concordância quando envolver autoridade do mesmo nível (Lei 9784/99). Delegar sempre é possível, desde que a Lei não proíba, o que ocorre em três casos (Lei 9784/99, art. 13 10 ): 1) matéria de competência exclusiva; 2) julgamento de recurso administrativo; 3) produção de ato normativo. Requisitos: Competência Finalidade Forma Motivo Objeto Atos vinculados: Lei Atos discricionários: Lei Cuidado com a relação entre competência privativa x competência exclusiva. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 10 Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.