Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Demonstrações contábeis regulatórias em 31 de dezembro de 2011 e 2010
Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Demonstrações contábeis regulatórias em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Conteúdo Balanços patrimoniais regulatórios e societários 3 Demonstrações regulatórias de resultados 4 Notas explicativas às demonstrações contábeis regulatórias 5-12 Quadros.xlsx 2
Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. Notas explicativas às demonstrações contábeis regulatórias Exercícios findos em 31 de dezembro 2011 e 2010 (Em milhares de Reais) 1 Contexto operacional A Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S.A. ( ETAU ou Companhia ) é uma sociedade anônima de capital fechado constituída em 7 de maio de 2002, que tem como objeto principal a exploração da concessão de serviços públicos de transmissão relativos à linha de transmissão de energia elétrica denominada Campos Novos/Santa Marta de 230 kv, bem como das entradas de linhas e instalações associadas a esta, localizadas nas subestações de Santa Marta - RS, Lagoa Vermelha - RS, Barra Grande - RS e Campos Novos - SC, conforme estabelecido no Edital de Leilão nº 002/2002, emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Em 18 de dezembro de 2002 a Companhia assinou, junto à ANEEL, o contrato de concessão nº 082/2002 para construção, operação e manutenção da linha de transmissão pelo prazo de 30 anos. A linha de transmissão de 230 kv tem extensão aproximada de 188 km, com origem na subestação de Lagoa Vermelha - RS e término na subestação Santa Marta - RS, fazendo parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). A construção da linha de transmissão foi iniciada ao longo do exercício de 2002 e foi concluída em 1º de setembro de 2005. Controladores - Possuem o controle compartilhado, através de acordo de acionistas, da Companhia os acionistas: Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A ( Taesa ), Eletrosul Centrais Elétricas S.A. ( Eletrosul ), DME Energética S.A. ( DME ) e Companhia Estadual de Energia Elétrica ( CEEE ). 2 Base de elaboração 2.1 Declaração de conformidade A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL ainda não reconheceu as novas práticas relacionadas às interpretações contidas no IFRIC 12 - Service Concession Arrangements, referente a contabilização nas concessões de serviço público (correlacionada à interpretação técnica brasileira ICPC 01 (R1) - Contratos de Concessão), como também, discordou do não reconhecimento dos ativos e passivos regulatórios, por não se enquadrarem ao IASB (CPC 00 - Estrutura Conceitual). Com isso, a ANEEL publicou a Resolução Normativa nº 396/2010, instituindo a contabilidade regulatória e aprovando alterações no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, instituído pela Resolução ANEEL n 444, que entrou em vigor a partir de 1º de
janeiro de 2012. Tal resolução está fundamentada no entendimento que as novas práticas contábeis não refletem consistentemente com as práticas e disposições regulatórias da ANEEL, além de dificultar a aplicação da fiscalização econômico financeira. Em consequência, as concessionárias, além de efetuarem registros contábeis societários de acordo com o BRGAAP, deverão ainda manter os registros e demonstrações contábeis regulatórias de acordo com a Resolução Normativa N 396. A ANEEL publicou o Despacho nº 4.991, de 29 de dezembro de 2011, determinando às concessionárias do serviço público de energia elétrica a elaborarem e publicarem as informações contábeis e econômico-financeiras para as demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2011 para fins regulatórios de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, instituído pela Resolução ANEEL n 444. Em atendimento ao despacho citado, a Companhia elaborou as demonstrações contábeis regulatórias e as notas explicativas que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações societárias, que contém informações adicionais às divulgadas neste relatório e que foram publicadas na Imprensa Oficial em 27 de fevereiro de 2012. 2.2 Bases de preparação e apresentação das demonstrações contábeis regulatórias As demonstrações contábeis regulatórias estão sendo apresentadas de acordo com as disposições contidas no Manual de Contabilidade do Setor elétrico, instituído pela Resolução nº 444 de 26 de outubro de 2011, Resolução normativa nº 396 de 23 de fevereiro de 2010 e Despacho nº 4.991 de 29 de dezembro de 2011. Todos os valores apresentados nestas demonstrações contábeis estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outro modo. O objetivo desse relatório é demonstrar as principais diferenças entre as demonstrações societárias e regulatórias. 3 Ativo financeiro A Companhia registrou um ativo financeiro a receber do Poder Concedente devido ao direito incondicional de receber caixa ao final da concessão, conforme previsto em contrato, a título de indenização pelos serviços de construção efetuados e não recebidos pela prestação de serviços relacionados à concessão. Ativo financeiro - Circulante (17.826) (15.813) Ativo financeiro - Não circulante (102.017) (95.222) (119.843) (111.035) Para fins regulatórios, os saldos do ativo financeiro foram ajustados, eliminando assim os efeitos do ICPC 01. 6
4 Impostos e contribuições diferidos Ativo - Não circulante IR - (25) CSLL - (13) - (38) Passivo - Não circulante IR (176) - CSLL (95) - (271) - Para fins regulatórios, foram ajustados saldos no ativo e no passivo de imposto de renda e contribuições sociais diferidos oriundos dos efeitos do ICPC 01. 5 Imobilizado Em 31 de dezembro de 2011, foi ajustado o montante de R$ 99.790 (R$ 102.736 em 31 de dezembro de 2010), cujos valores foram transferidos do Ativo financeiro para o Ativo Imobilizado, visando a reversão dos efeitos do ICPC 01 (R1). O quadro abaixo representa o imobilizado regulatório, isento de qualquer efeito do ICPC 01 (R1). Em serviço Terrenos 731 731 Edif., obras civis e benfeitorias 1.355 1.355 Máquinas e equipamentos 117.331 117.331 Móveis e utensílios 57 57 119.474 119.474 (-) Reintegração acumulada Edif., obras civis e benfeitorias (334) (280) Máquinas e equipamentos (20.795) (17.590) Moveis e utensílios (27) (22) (21.156) (17.892) Em curso Faixa de servidão 72 66 Móveis e utensílios 14 11 Máquinas e equipamentos 1.100 905 A ratear - - 7
Material em depósito 2.381 2.381 Adiantamento a fornecedores 289 276 Depósitos judiciais 991 991 4.847 4.630 Subtotal 103.165 106.212 Obrigações vinc.ao serviço público (3.375) (3.476) Total do imobilizado 99.790 102.736 6 Intangível Em 31 de dezembro de 2011, foi ajustado o montante de R$ 604 (R$ 605 em 31 de dezembro de 2010), cujos valores foram transferidos do Ativo financeiro para o Ativo Intangível, visando a reversão dos efeitos do ICPC 01 (R1) - contratos de concessão. O quadro abaixo representa o intangível regulatório, isento de qualquer efeito do ICPC 01 (R1). Em serviço Intangíveis 607 607 (-) Reintegração acumulada Intangíveis (3) (2) Total do intangível 604 605 7 Tributos diferidos Passivo - não circulante PIS (55) (4) Cofins (251) (18) (306) (22) Para fins regulatórios, foram ajustados saldos no passivo de PIS e COFINS diferidos oriundos dos efeitos do ICPC 01 (R1). 8
8 Patrimônio líquido Reservas de lucros (18.872) (7.710) (18.872) (7.710) Para fins regulatórios, foram ajustados saldos nas contas de patrimônio líquido, eliminando assim os efeitos do ICPC 01 (R1). Tais ajustes surgem pelo fato de o resultado regulatório ser diferente do resultado societário, gerando assim diferentes distribuições do resultado. 9 Receita operacional bruta Disponibilização do sistema de Transmissão 29.573 28.062 Operação e manutenção (11.698) (11.593) Remuneração do ativo financeiro (26.683) (17.092) (8.808) (623) Para fins regulatórios, foram ajustados saldos referentes às receitas de Operação e manutenção, Remuneração do ativo financeiro e foi constituído um saldo da Receita de Disponibilização do sistema de transmissão, eliminando assim os efeitos do ICPC 01 (R1). Refere-se à tarifa cobrada dos agentes do setor elétrico, incluindo os consumidores livres ligados na alta tensão, pela disponibilização da rede básica de transmissão, de propriedade da Companhia, associada ao sistema interligado brasileiro. Os valores a serem recebidos estão registrados no ativo, na rubrica de Consumidores, concessionárias e permissionárias. 10 Custos operacionais Material - Custo de operação e manutenção 217 - Depreciação (3.163) (3.163) Amortização (1) (1) Outros - (270) (2.947) (3.434) Para fins regulatórios, foram ajustados saldos de contas contábeis no grupo de Custos Operacionais no resultado, visando eliminar os efeitos do ICPC 01 (R1). Os ajustes foram aplicados nas contas de Custo de operação e manutenção, depreciação e amortização. Os custos de construção foram desreconhecidos para fins regulatórios. As despesas com depreciação e amortização foram reconhecidas para fins regulatórios. 9
11 Impostos e contribuições diferidos Imposto de renda 201 12 Contribuição social 109 7 310 19 Foram ajustados saldos no resultado de IR e CSLL diferidos oriundos dos efeitos do ICPC 01 (R1). 10