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Transcrição:

Processo nº: E04/110.630/00 Data: 29.03.00 Fls. SECRETARIA DE ESTADO DA RECEITA CONSELHO DE CONTRIBUINTES Sessão de 05 de novembro de 2003 CONSELHO PLENO RECURSO N.º 19.163 ACÓRDÃO 4.450 I.E. Nº 81.964.262 RECORRENTE SEAGRAM DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. RECORRIDA RELATOR FAZENDA ESTADUAL CONSELHEIRO JOSÉ TORÓS Participaram do julgamento os Conselheiros: José Torós, Antonio Silva Duarte, Mário Cezar Franco, José Augusto Di Giorgio, Carlos Guimarães de Almeida Filho, Gelson de Araujo Gama, Ivan da Silva Pereira, Dinorá Bauer Cesar, Ricardo Garcia de Araujo Jorge, Marcos Antonio de Mesquita Pinto Furtado, João da Silva de Figueiredo, Antonio de Pádua Pessoa de Mello, Nélio Francisco Tavares Pinheiro, Eduardo Caetano Garcia e Moacyr de Oliveira Araujo. ICMS ALÍQUOTA DE IMPORTAÇÃO PARA MATÉRIA PRIMA, GRAIN WHISKY E MALT WHISKY.

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.2/2 Importação. Comprovado tratar se de matéria prima imprópria para o consumo, no estado em que se encontra, através de laudos técnicos, a alíquota correta nos termos da legislação vigente é a de 18% e não a de 25%, objeto do lançamento fiscal. RELATÓRIO Adoto o relatório de fls. 121/123 da Junta de Revisão Fiscal, que passo a ler. Inconformado com a decisão singular que julgou procedente em parte o Auto de Infração de fls. 2, recorre o autuado, às fls. 135/156, a este Egrégio Conselho de Contribuintes. A Douta Representação da Fazenda em seu parecer de fls. 161 pugna pelo desprovimento do Recurso. À fls. 170/174, a Colenda 1ª Câmara pelo Acórdão nº 4.265, nega provimento ao recurso nos termos do voto vencedor do Conselheiro Wantheriel Ribeiro da Silva, designado Redator. À fls. 180/192, o sujeito passivo interpõe Recurso a este Egrégio Conselho Pleno.

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.3/3 À fls. 195/196, a Douta Representação Geral da Fazenda pugna pelo desprovimento do Recurso. VOTO DO RELATOR Adoto o voto do Conselheiro José Augusto Di Giorgio, fls. 171/173, Relator do processo julgado na 1ª Câmara, tudo nos termos do Acórdão nº 4.265 (fls. 170/174) a seguir transcrito. Segundo relato da peça básica, a Recorrente foi autuada por entenderem os Sr. Fiscais de Rendas do Estado do Rio de Janeiro, que a mesma recolheu a menor o ICMS (18%) relativo à importação de mercadorias consideradas pelo Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias NESH Órgão da Secretaria da Receita Federal como bebidas alcóolicas. Sendo. Portanto, sujeita à alíquota de 25%, conforme levantamento fiscal. Como se depreende dos autos, através das cópias das notas fiscais acostadas às fls. 42 "usque" 107, as mercadorias importadas pela Recorrente e que deram origem a autuação são: Grain Whisky e Malt Whisky, que são transportados em barris.

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.4/4 Consta, ainda, da referida documentação, acompanhado as Guias de Importação, diversas Declarações de Importação, Ministério da Fazenda, Anexo III, onde se observa que: "A mercadoria constante da presente Declaração de Importação, foi "analisada" pela Seção de análise de produtos vegetais do Ministério da Agricultura que considerou o produto em tela próprio para industrialização e emitiu o certificado de inspeção nº 0662/95, fls. 46, além daqueles acostados às fls. 53, 59, 72, 79 e 86. Ademais, como se verifica da documentação acosta aos autos, o Serviço de Inspeção Vegetal, órgão do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, expediu o Laudo Técnico nº 27/99, aos 23 de abril de 1999, acostado às fls. 110, onde se verifica: "verbis" "A pedido do interessado, informamos que os produtos importados / manipulados pela Seagram do Brasil: Destilado Alcoólico simples Envelhecido de Cana (56% vol.), Grain Whisky (59.2% vol.) e Malt Whisky (59,1% vol.) são classificados como matéria primas e, como tal, não são, in natura, aptos ao consumo humano" Outrossim, às fls. 111, consta Laudo Técnico do Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Bromatologia e Química TL BQ, datado de 21 de junho de 1999, que conclui:

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.5/5 "CONCLUSÃO: Trata se de matéria prima imprópria para o consumo no estado em que se encontra." Apesar do esclarecido e devidamente comprovado, o entendimento dos operosos Fiscais de Rendas autuantes, louvado em definição da Secretaria da Receita Federal, que os produtos em questão, Malt Whisky e Grain Whisky, são produtos acabados e considerados como bebidas alcoólicas. Destarte, como se vê, o ponto nodal da "quaestio juris", é se saber se os produtos importados pela Recorrente, e que foram objetos da autuação por recolhimento a menor do ICMS (18%) são consideradas como bebidas alcoólicas, sendo portanto sujeita à alíquota de (25%), conforme levantamento fiscal e quadros demonstrativos de fls. 05 e 07. Concessa Maxima Venia, em que pese o louvável esforço e ponderáveis considerações do nobre autuante, às fls. 117/118, permissa venia, não pode lograr êxito sua pretensão, dadas as circunstâncias relevantes e especiais que envolvem tal postulação. Realmente, como se depreende dos autos, após a importação dos referidos produtos e o esvaziamento dos barris que os transportam, este produtos passam por um processo denominado "blending" ( mistura), que compreende a edição de água para reduzir a gradação alcoólica, a filtragem e a mistura com as demais matérias

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.6/6 primas, aplicando se o percentual de utilização de cada uma delas. Após este processo, essa mistura é engarrafado e embalada, resultando o produto que é comercializado. Sublinhe se com tintas bem vivas, que tais alegações da Recorrente, não forma, jamais, contrariadas pelos Srs. autuantes, presumindo se, consequentemente, verdadeiras, limitando se os Srs. Autuantes afirmarem que a Secretaria da Receita Federal define como produtos acabados. Ora, data venia, considerar que os referidos produtos, inclusive de teor alcoólico bem acima dos permitidos pela legislação Nacional, 59,2% vol. e 59,1% vol., respectivamente, são produtos acabados, e fazer tábua rasa da legislação cogente, regulando e disciplinando o teor alcoólico das bebidas alcoólicas, que poderão ser comercializadas no país. Destarte, não tenho a menor dúvida em afirmar que os produtos importados pela Recorrente, constantes do presente feito, como se depreende dos laudos técnicos acostados aos autos não são bebidas alcoólicas, na forma que pretendem fazer crer os autuantes, sendo, indubitavelmente, matéria prima a ser industrializadas antes de ser comercializadas pela Recorrente.

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.7/7 Em face ao exposto e tudo o mais que consta dos autos, dou provimento ao Recurso. É como voto. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente SEAGRAM DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA e Recorrida FAZENDA ESTADUAL. Acorda o PLENO do Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, por maioria de votos, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Conselheiro Relator. Vencidos os Conselheiros Mário Cezar Franco e Eduardo Caetano Garcia, que negaram provimento. O PLENO do Conselho de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro, em 27 de novembro de 2003. MOACYR DE OLIVEIRA ARAUJO PRESIDENTE

CONSELHO PLENO Ac. nº: 4.450 fls.8/8 JOSÉ TORÓS RELATOR /LBF