Tax Alert. Novo Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho. Incidência. Não sujeito

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Transcrição:

Outubro de 2014 Tax Alert Aprovação do novo Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho Novo Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho Foi publicada a 22 de Outubro de 2014, a Lei n.º 18/14, a qual veio proceder à aprovação do novo Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho, o qual entrará em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015. Este diploma vem assim revogar a actual versão do Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho, na versão aprovada em 29 de Outubro de 1999, pela Lei n.º 10/99, bem como de qualquer outra legislação que contrarie o disposto no novo Código, nomeadamente o Decreto Executivo n.º 80/09, de 7 de Agosto. Abaixo apresentamos as principais alterações face à redacção anterior do Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho: 1. Incidência Alargamento da base de incidência do imposto, contemplando novos rendimentos, tais como: As remunerações dos detentores das participações sociais pelo desempenho de trabalho nas respectivas sociedades; e As remunerações pagas por partidos políticos e outras organizações de carácter político ou social. Passam igualmente a ser tributados em sede deste imposto os rendimentos decorrentes de actividades industriais e comerciais, desenvolvidas por conta própria e anteriormente tributados em sede de Imposto Industrial. 2. Não sujeito A lista de rendimentos excluídos da matéria colectável é clarificada, pelos que os seguintes rendimentos passam a não estar sujeitos a imposto:

Abono de família pago pela entidade patronal, até ao montante de 5% do ordenado base; Compensação por rescisão contratual, independentemente da sua causa objectiva, desde que a mesma não ultrapasse os limites previstos na Lei Geral do Trabalho; Subsídios diários de alimentação e transporte, atribuídos a trabalhadores que não sejam funcionários públicos, até ao limite de AAOA 30.000 do seu valor mensal global; Reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes de entidades sujeitas a Imposto Industrial ou a outros regimes especiais de tributação, quando deslocados ao serviço da entidade patronal, desde que estas despesas se encontrem devidamente documentadas; e As gratificações de férias e subsídio de natal até ao limite de 100% do salário base. Para além disso, a exclusão de tributação sobre remunerações pagas a trabalhadores eventuais agrícolas e trabalhadores domésticos passa a aplicar-se apenas quando estes são contratados directamente por pessoas singulares ou agregados familiares. 3. Grupos de Tributação Passam a estar consagrados três Grupos de Tributação: Grupo A Remunerações dos trabalhadores por conta de outrem e pagas por entidade patronal nos termos da Lei Geral do Trabalho ou do Regime Jurídico da Função Pública; Grupo B Rendimentos dos trabalhadores por conta própria que desenvolvam uma actividade profissional constante da lista anexa ao Código, bem como remunerações dos membros dos órgãos estatutários; Grupo C Remunerações derivadas de actividades industriais e comerciais. Para além disso, é igualmente clarificado o âmbito de incidência subjectiva do imposto, o qual engloba os rendimentos obtidos por serviços prestados, directa ou indirectamente, a pessoas singulares ou colectivas com domicílio, sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável em Angola, e não apenas quando prestados ao país. 4. Isenções É eliminada a isenção de imposto para os cidadãos nacionais portadores de deficiências motoras congénitas. 2

Os rendimentos auferidos por pessoas singulares que prestem serviço militar e paramilitar apenas ficam isentos se tais rendimentos derivarem desse serviço. Por outro lado, os rendimentos dos Grupos A e B auferidos por antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de combatentes falecidos, desde que devidamente registados no Ministério da Tutela, passam a estar isentos de tributação. Finalmente, o montante máximo de rendimento isento de imposto sobe de AOA 25.000 para AOA 34.450. 5. Determinação da Matéria Colectável Clarificação da forma de cálculo dos rendimentos de cada um dos Grupos, como se apresenta de seguida: O novo Código do IRT entra em vigor a 1 de Janeiro de 2015 Grupo A Deduzem-se primeiro as contribuições obrigatórias para a Segurança Social e depois as componentes excluídas ou isentas de tributação. Passa igualmente a estar previsto especificamente no Código que não é aceite, para efeitos fiscais, a transferência de encargo fiscal do trabalhador para a esfera da entidade patronal, não podendo ser atribuído ao trabalhador um rendimento líquido disponível superior ao valor constante do seu contrato de trabalho a título de remuneração. Grupo B No caso de rendimentos pagos por pessoas colectivas ou singulares com contabilidade organizada, a matéria tributável corresponderá a 70% do valor pago; Nos restantes caso, a matéria colectável será apurada de acordo com a contabilidade ou registos contabilísticos do sujeito passivo ou com base nos registos disponível sobre compras e vendas e serviços prestados (ou com base nos dados que a Administração Fiscal dispor), após dedução dos encargos incorridos para o desenvolvimento da actividade (até ao limite de 30%); Neste último caso, caso o sujeito passivo não possua contabilidade organizada, é considerada como despesa incorrida para o desenvolvimento da actividade 30% do rendimento bruto; Finalmente, no caso de membros dos órgãos estatutários, aplicam-se as regras e deduções previstas para o Grupo A. 3

Grupo C A determinação da matéria colectável é efectuada com base na Tabela dos Lucros Mínimos, excepto se o sujeito passivo obtiver um volume de facturação quatro vezes superior ao valor máximo constante da Tabela para a respectiva actividade, caso em que se considera como matéria colectável o volume de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte (no caso de incumprimento, para além do imposto devido acresce multa correspondente ao dobro do imposto apurado com base na Tabela); No caso de prestações de serviços sujeitos a retenção na fonte de acordo com o Código do Imposto Industrial, a matéria colectável corresponde ao valor do serviço, não sendo esta componente considerada para efeitos do apuramento da matéria colectável referida acima. 6. Taxas Continuam a aplicar-se as taxas progressivas, entre 0% e 17%, aos rendimentos do Grupo A, bem como a taxa de 15% aos rendimentos do Grupo B. No caso do Grupo C, a taxa aplicável será de 30% sobre o rendimento determinado de acordo com a Tabela de Lucros Mínimos e de 6,5% nas restantes situações. É eliminada a taxa de 20% aplicável às importâncias que os donos de empresas individuais escriturem a título de remuneração. 7. Liquidação Em regra geral, mantêm-se as regras de liquidação anteriormente previstas, no que concerne a rendimentos dos Grupos A e B. Relativamente aos rendimentos do Grupo C, a liquidação compete à entidade pagadora que seja obrigada a efectuar a retenção na fonte e, nos restantes casos, ao próprio sujeito passivo. Foi eliminada a regra específica relativa aos pagamentos de rendimentos a artistas, desportistas, conferencistas, cientistas e outros. 8. Declarações As entidades responsáveis pela liquidação e entrega de imposto devido pela atribuição de rendimentos dos Grupos A, B e C deverão submeter uma declaração anual Modelo 2, que deverá incluir a seguinte informação: a) Nome completo e morada do beneficiário dos rendimentos; b) Número de Identificação Fiscal do beneficiário; 4

c) Número de Segurança Social do beneficiário; d) Valor anual dos rendimentos pagos; e) Montante anual de imposto entregue. Por outro lado, os sujeitos passivos do Grupo B, residentes em Angola, devem entregar uma declaração anual Modelo 1 até ao final do mês de Março do ano seguinte (ao invés do mês de Janeiro). O mesmo prazo aplica-se para os sujeitos passivos do Grupo C que obtenham outros rendimentos para além de serviços sujeitos a retenção na fonte. Passa a estar prevista uma declaração Modelo 3 para comunicar a cessação de actividade dos sujeitos passivos que obtenham rendimentos dos Grupos B e C. 9. Emissão de Recibos As entidades empregadoras (Grupo A) devem processar os salários em mapas de remuneração mensais, sempre que tenham 3 ou mais trabalhadores. 10. Penalidades A falta, inexactidão das várias declarações e as omissões nelas praticadas passa a ser punido com multa nos termos do Código Geral Tributário. Verifica-se um incremento dos montantes mínimos e máximos das multas, conforme se sumariza: Atraso na escrituração Facto Antes Depois Não conservação de documentos Falta de retenção na fonte Falta de entrega da retenção entre AOA 3.520 e AOA 17.600 entre AOA 8.800 e AOA 17.600 mínimo de AOA 3.520 mínimo de AOA 7.040 entre AOA 50.000 e AOA 500.000 AOA 200.000 mínimo de AOA 50.000 sem valor mínimo 11. Lista de Actividades Foram adicionadas as actividades de electricista, canalizador, serralheiro, outros técnicos de engenharia e fotógrafos, tendo sido eliminada a actividade de notário. 5

EY Assurance Tax Transactions Advisory About EY EY is a global leader in assurance, tax, transaction and advisory services. The insights and quality services we deliver help build trust and confidence in the capital markets and in economies the world over. We develop outstanding leaders who team to deliver on our promises to all of our stakeholders. In so doing, we play a critical role in building a better working world for our people, for our clients and for our communities. EY refers to the global organization and may refer to one or more of the member firms of Ernst & Young Global Limited, each of which is a separate legal entity. Ernst & Young Global Limited, a UK company limited by guarantee, does not provide services to clients. For more information about our organization, please visit ey.com. 2014 Ernst & Young, SA All Rights Reserved. This material has been prepared for general informational purposes only and is not intended to be relied upon as accounting, tax, or other professional advice. Please refer to your advisors for specific advice. ey.com Como pode a EY ajudar? A EY, Empresa líder a nível mundial na prestação de serviços profissionais de consultoria, assessoria fiscal e auditoria, poderá assistir as empresas Angolanas abrangidas por esta nova legislação com o devido pormenor, tendo em atenção as alterações dela constantes. Neste contexto, providenciamos apoio técnico e especializado, o qual será especificamente direccionado a estas alterações, e apresentamos soluções de forma a minimizar os potenciais riscos fiscais que poderão surgir das mesmas. Para informação adicional por favor contactar: Luís Marques luis.marques@pt.ey.com Telefone: +244 227 280 461/2/3/4 Telemóvel: +244 926 951 647/+351 937 912 214 Rui Henriques rui.henriques@pt.ey.com Telefone: +244 227 280 461/2/3/4 Telemóvel: +244 927 561 851/+351 937 912 028 Filipa Pereira filipa.pereira@pt.ey.com Telefone: +244 227 280 461/2/3/4 Telemóvel: +244 946 509 436 Angolan Tax Desk António Neves antonio.neves@pt.ey.com Telefone: +351 217 912 295 Telemóvel: +351 937 912 249