Outros temas fiscais tratados no Orçamento do Estado para Audit Tax Advisory Consulting

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1 Outros temas fiscais tratados no Orçamento do Estado para 2012 Audit Tax Advisory Consulting

2 O RERT III aplica-se aos elementos patrimoniais que não se encontrem no território português, em 31 de Dezembro de 2010, que consistam em depósitos, certificados de depósito, partes de capital, valores mobiliários e outros instrumentos financeiros, incluindo apólices de seguro do ramo "Vida" ligados a fundos de investimento e operações de capitalização do ramo "Vida". Os sujeitos passivos devem apresentar a declaração de regularização e proceder ao pagamento da importância correspondente à aplicação de uma taxa de 7,5% sobre o valor dos elementos patrimoniais constantes da declaração. A importância paga não é dedutível nem compensável para efeitos de qualquer imposto ou tributo. O artigo 3º define o modo de valorizar os elementos patrimoniais. Regime Excepcional de Regularização Tributária de elementos patrimoniais colocados no exterior (RERT III) O artigo 4º determina os efeitos da declaração e do pagamento, nomeadamente, a extinção das obrigações tributárias exigíveis em relação àqueles rendimentos, respeitantes a períodos de tributação que tenham terminado até 31/12/2010, exclusão da responsabilidade por infracções tributárias e constituição de prova bastante para os efeitos do n.º 3 do artigo 89º-A da LGT, excepto se já tiver tido início procedimento para apuramento da situação tributária ou procedimento penal ou contra-ordenacional. Para efeitos de apuramento de quaisquer rendimentos relativos a períodos de tributação que se iniciem em, ou após, 01/01/2011, considera-se que a data de aquisição desses elementos é 31/12/2010. A declaração de regularização tributária deve ser entregue até ao dia 30 de Junho de 2012, junto do Banco de Portugal ou de outros bancos estabelecidos em Portugal. O pagamento deve ser efectuado junto das entidades anteriormente referidas, em simultâneo com a entrega da declaração, ou nos dez dias posteriores contados da data da recepção daquela declaração. Artigo 166º do OE 2012 (págs. 134 e 135) Sem prejuízo das demais sanções criminais ou contra-ordenacionais que ao caso sejam aplicáveis, a falta de entrega da declaração de regularização tributária de elementos patrimoniais referidos no artigo 1.º, bem como as omissões ou inexactidões da mesma implicam, em relação aos elementos patrimoniais não declarados, omitidos ou inexactos, a majoração em 60% do imposto que seria devido pelos rendimentos correspondentes aos elementos patrimoniais não declarados, omitidos ou inexactos. 1

3 Contribuição Especial Alterações ao Regulamento da Contribuição Especial (Decreto-Lei n.º 51/95, de 20 de Março) Artigo 167º do OE 2012 (págs. 135 a 137) Caução global para desalfandegamento Notificações electrónicas efectuadas pela Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC). Registo de contribuintes Facturas e outros documentos com relevância fiscal Alterações ao regime da caução global de desalfandegamento (Decreto-Lei n.º 289/88, de 24 de Agosto). O Governo fica autorizado a legislar sobre as notificações por transmissão electrónica de dados através dos sistemas informáticos declarativos geridos pela DGAIEC. O Governo fica autorizado a rever e a sistematizar toda a regulamentação relativa à atribuição e gestão do NIF, no sentido de uniformizar as regras de emissão do cartão de identificação fiscal com as regras aplicáveis ao cartão do cidadão, cartão da empresa e cartão de pessoa colectiva. O Governo fica autorizado a aprovar um regime que instituta e regule a emissão e transmissão electrónica de facturas e outros documentos com relevância fiscal, no sentido de: Assegurar a fiabilidade e integridade da sequência de facturas, e outros documentos com relevância fiscal, emitidos electronicamente por sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português; Garantir a autenticidade da origem, a integridade e o não repúdio das factuas, e outros documentos fiscalmente relevantes, emitidos electronicamente; Regular a transmissão electrónica dos elementos das facturas, e outros documentos fiscalmente relevantes, dos emitentes para a Administração Fiscal, incluindo a disponibilização de funcionalidades de emissão e transmissão electrónica das facturas e documentos equivalentes; Regular a emissão e transmissão electrónica de recibos de quitação, nomeadamente de rendas, vencimentos e outros pagamentos; Estabelecer a obrigatoriedade de transmissão à Administração Fiscal, por via electrónica, dos elementos constantes dos suportes referidos nas Portarias ns.º 321-A/2007, de 26 de Março, e 1192/2009, de 8 de Outubro - Modelo de auditoria tributária; Regular a emissão electrónica dos documentos de transporte de bens em circulação, bem como da sua transmissão por via electrónica para a Administração Fiscal; Regular as condições e periodicidade do envio, por via electrónica, à Administração Fiscal dos inventários; Criar deduções em sede de IRS, IMI ou IUC, correspondentes a um valor até 5% do IVA suportado, e efectivamente pago, pelos sujeitos passivos na aquisição de bens ou serviços, sujeitas a um limite máximo. Artigo 169º do OE 2012 (págs ) Artigo 170º do OE 2012 (pág. 138) Artigo 172º do OE 2012 (pág. 138) Artigo 172º do OE 2012 (págs. 138) 2

4 O Regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de infra-estruturas rodoviárias onde seja devido o pagamento de taxas de portagem Represtinação de algumas isenções a Instituições Particulares de Solidariedade Social e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Alteração do Regime sancionatório aplicável às transgressões ocorridas em matéria de infra-estruturas rodoviárias onde seja devido o pagamento de taxas de portagem, com especial relevância para a regulamentação da competência então atribuída à Administração Fiscal para a instauração dos processos de contraordenação e para a cobrança coerciva. São represtinados, durante o ano de 2012, certas isenções referentes a Instituições Particulares de Solidariedade Social e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Artigo 179º do OE 2012 (pág. 141) Regime de exigibilidade de caixa do IVA O Governo irá apresentar, durante o ano de 2012, uma proposta de um regime de exigibilidade de caixa do IVA, simplificado e facultativo, destinado às microempresas que não beneficiem de isenção do imposto, permitindo que estas exerçam o direito à dedução do IVA e paguem o imposto devido no momento do efectivo pagamento ou recebimento, respectivamente. Artigo 180º do OE 2012 (pág. 141) Contribuição para o audiovisual O valor mensal da contribuição para o audiovisual a cobrar em 2011 fixa-se em 2,25. O valor mensal da contribuição para o audiovisual a cobrar em 2012 fixa-se em 2,25. Regime de cobrança de dívidas pelas instituições e serviços integrados no SNS, em virtude de cuidados de saúde prestados Transmissão de dados entre a DGCI e o ISS I.P. Ao regime de cobrança de dívidas pelas instituições e serviços integrados no SNS em virtude dos cuidados de saúde prestados aplica-se o regime jurídico das injunções e a DGCI é competente para a instauração e instrução dos processos de contra-ordenação pela utilização dos serviços de saúde sem pagamento de taxa moderadora. Os órgãos do Ministério da Solidariedade e Segurança Social enviam à DGCI, por via electrónica, até ao final do mês de Fevereiro de cada ano, os valores de todas as prestações sociais pagas, incluindo pensões, bolsas de estudo e de formação, subsídios de renda de casa e outros apoios públicos à habitação, por beneficiário, relativas ao ano anterior. Artigos 192º e 193º do OE 2012 (págs. 143 e 144) Artigos 194º do OE 2012 (pág. 144) Cobrança de dívidas à ADSE As certidões emitidas pela ADSE, de onde constem as prestações a esta em dívida, qualquer que seja a respectiva natureza, têm força de título executivo nos termos dos artigos 162º e 163º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, sendo a sua cobrança coerciva efectuada através do processo de execução fiscal. Artigos 195º do OE 2012 (pág. 144) Regularização extraordinária dos pagamentos aos fornecedores do sector público administrativo e empresarial Estabelece regras sobre a regularização extraordinária dos pagamentos aos fornecedores do sector público administrativo e empresarial Artigos 208º do OE 2012 (pág. 147) 3

5 A declaração de ilegalidade de actos de determinação da matéria tributável, de actos de determinação da matéria colectável e de actos de fixação de valores patrimoniais. A declaração de ilegalidade de actos de fixação da matéria tributável quando não dê origem à liquidação de qualquer tributo, de actos de determinação da matéria colectável e de actos de fixação de valores patrimoniais. Alínea b) do n.º 1 do artigo 2º do Regime Jurídico da Tributária (pág. 133) Arbitragem tributária A apreciação de qualquer questão, de facto ou de direito, relativa ao projecto de decisão de liquidação, sempre que a lei não assegure a faculdade de deduzir a pretensão referida na alínea anterior. Revogação da alínea c) do n.º 1 do artigo 2º do Regime Jurídico da Tributária Os pedidos de constituição de tribunal arbitral apresentados com a vista à obtenção das pronúncias previstas nas alíneas b) e c) do artigo 2.º têm efeito suspensivo: a) Da liquidação das prestações tributárias correspondentes às questões suscitadas quanto à parte controvertida; b) Dos prazos de caducidade do direito à liquidação e de prescrição da prestação tributária até à data da comunicação da decisão arbitral, excepto no caso de recurso interposto pelo sujeito passivo. Revogação do artigo 14º do Regime Jurídico da Tributária 4