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Transcrição:

Wellintânia Freitas dos Anjos; Mestranda em Engenharia Urbana e Ambiental/UFPB welanjo@hotmail.com Milena Dutra da Silva; Profa. Assistente A Depto de Engenharia e Meio Ambiente/UFPB Bolsista Pesquisadora PNPD/CAPES institucional/ufpb-ppgau dutra_ms@hotmail.com Tarciso Cabral da Silva; Prof. Titular Depto de Engenharia Civil/UFPB tarcisocabral@gmail.com José Augusto Ribeiro da Silveira Prof. Associado II Depto de Arquitetura/UFPB ct.laurbe@gmail.com

A Bacia do Rio Cuiá apresenta características ambientais e paisagísticas fortemente alteradas Expansão urbana Início: Década1970, Intensificada nas décadas de 1980 e 1990 e, Mais recentemente, pela aprovação de inúmeros loteamentos.

Expansão urbana Início: Década1970, Intensificada nas décadas de 1980 e 1990 e, Mais recentemente, pela aprovação de inúmeros loteamentos. Se por um lado a urbanização, presente nessas áreas, pode possibilitar uma melhoria da qualidade de vida pelo acesso às facilidades urbanas, por outro lado, produz impactos ambientais, em vários níveis e intensidades que, frequentemente, ocasionam o desequilíbrio do ambiente natural. POSSÍVEIS PROBLEMAS: efeitos catastróficos, desde a qualidade da água e manutenção do sistema hidrográfico, até a perda de vidas humanas, do patrimônio natural e edificado.

Expansão urbana POSSÍVEIS PROBLEMAS: efeitos catastróficos, desde a qualidade da água e manutenção do sistema hidrográfico, até a perda de vidas humanas, do patrimônio natural e edificado. Faz-se necessária a identificação e o monitoramento Nesse contexto, o presente trabalho objetivou identificar os impactos ambientais, ano de referência 2013, decorrentes da intensificação da ocupação urbana na Bacia do Rio Cuiá, Paraíba, Brasil.

Bacia do Rio Cuiá: A maior bacia hidrográfica no setor sul-sudeste da cidade de João Pessoa; Possui largura variável entre 1 e 7,5 km, com área de aproximadamente 40 km² (REIS, 2010). Tem como contribuintes os riachos do Grotão, Maribondo, Padre, Mangabeira e os rios Laranjeira e Sanhavá. Além desses, várias fontes, córregos e ressurgências colaboram para que o rio tenha um fluxo hídrico com vazão regular ao longo de todo o ano.

Foram efetuados trabalhos de campo ao longo do ano de 2013, com fins de identificar impactos ambientais* na bacia. Todas as alterações foram registradas e mapeadas. *Definição de Impacto Ambiental segundo a Resolução CONAMA, nº. 001/86, no seu art.1º

Ao longo do alto, médio e baixo curso do rio Cuiá (principal fluxo d água da bacia), observam-se usos e atividades geradoras de impacto ambiental negativo, como consequência da expansão urbana, diretamente influentes na qualidade da água e manutenção do sistema hidrográfico.

Decorre da demanda por solo desnudo para a construção e/ou ampliação de edificações, prática de agricultura de subsistência, criação de animais; cultivo de pastagem, e abertura de estradas vicinais. Compromete o ciclo hidrológico da bacia, devido à diminuição da porcentagem de água infiltrada e elevação no escoamento superficial, que potencializam o empobrecimento do solo, carreamento de sedimentos para calha do rio, o assoreamento dos rios, a erosão, o soterramento de nascentes, inundações e compactação do solo. Figura 1. Desmatamento nas margens do Rio Cuiá, João Pessoa, Paraíba. A- (Comunidade Frei Damião). Margem esquerda do rio desnuda e/ou com vegetação rala; assoreamento do rio. B- (Bairro Costa do Sol). Queima da vegetação para obtenção de solo desnudo para construção de edificação. Fonte: Acervo da primeira autora, 2013.

Esses efluentes são oriundos, em sua maioria, das residências das comunidades subnormais, inseridas em espaços carentes em infraestrutura e saneamento. Além do despejo de efluentes brutos dessas residências, há, ainda, o despejo de efluentes tratados, pela rede coletora de esgotos sanitários e estação elevatória de efluentes. Figura 2. Despejo de efluentes domésticos no alto curso do Rio Cuiá, João Pessoa, Paraíba, 2013. A- Comunidade do Arame. B- (Comunidade Zacarias). Encontro entre efluentes domésticos (tom leitoso) e o rio (seta). Fonte: Acervo da primeira autora. Esse impacto já havia sido apontado por Reis (2010), como impacto ambiental bastante frequente, visualizado desde a nascente do rio Cuiá, até muito próximo da desembocadura, no oceano.

O soterramento de nascentes ocorre como consequência do uso e ocupação de áreas com nascentes, para a construção e/ou ampliação de edificações e/ou pecuária. Sabe-se que, o soterramento de nascentes implica, entre outros, na diminuição do volume de água no rio.

Os impactos ambientais da Bacia do Rio Cuiá são gerados direta, ou indiretamente, pela construção e/ou amplificação de edificações, ineficiência (ou ausência) de mecanismos de drenagem pluvial e saneamento, além da prática de plantio e pecuária. Os impactos ambientais identificados por esse estudo, ano de referência 2013, são similares àqueles apontados por estudos anteriores, efetuados na década de 2000 e início de da década de 2010. Isso evidencia a presente ineficácia de medidas remediadoras já adotadas. Embora se tenha identificado impactos ambientais negativos ao longo de toda a Bacia do Rio Cuiá e de seu principal curso d água, em trechos onde a vegetação ciliar apresenta-se mais densa o impacto é reduzido.

Wellintânia Freitas dos Anjos; Mestranda em Engenharia Urbana e Ambiental/UFPB welanjo@hotmail.com Milena Dutra da Silva; Profa. Assistente A Depto de Engenharia e Meio Ambiente/UFPB Bolsista Pesquisadora PNPD/CAPES institucional/ufpb-ppgau dutra_ms@hotmail.com Tarciso Cabral da Silva; Prof. Titular Depto de Engenharia Civil/UFPB José Augusto Ribeiro da Silveira Prof. Associado II Depto de Arquitetura/UFPB ct.laurbe@gmail.com tarcisocabral@gmail.com