MINIISTÉRIO DA ECONOMIA, PLANO E INTEGRAÇÃO REGIONAL GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU. Plano e Enquadramento de Gestão Ambiental e Social (ESMF/P)

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Transcrição:

Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized MINIISTÉRIO DA ECONOMIA, PLANO E INTEGRAÇÃO REGIONAL GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU Plano e Enquadramento de Gestão Ambiental e Social (ESMF/P) Projeto de Reabilitação do Setor Privado e de Desenvolvimento do Agronegócio (PRSPDA) Guiné-Bissau Fevereiro de 2012 E2983 v1

Executive Summary (English) Overview 1. The proposed IDA-financed Private Sector Rehabilitation and Agri-Business Development Project (PSRADP US$ 10M) aims to help improve Guinea Bissau s business environment and encourage development of the cashew sector. It is classified as a safeguards Category B as it will primarily finance technical assistance and capacity building activities, and potentially some limited physical infrastructure rehabilitation. It is not expected to have significant nor irreversible direct environmental or social impacts. However, as the project aims to stimulate private sector investment, particularly in the cashew agri-business sub-sector, it might induce activities which could in their turn generate negative social and environmental impacts. Of the project supported activities: (i) activities financed through the recently created Fund to Promote Industrialization of Agricultural Products (FUNPI), once operationalized, and (ii) demonstration pilots for electricity production from cashew nut shells, community satellite processing, and plant nurseries may also directly or indirectly give rise to negative environmental and social impacts. To address these potential concerns three safeguard instruments are being prepared to govern the project: (i) a Strategic Environmental and Social Assessment (SESA) of the cashew sector as to how any environmental and social issues induced by development of the sector at all levels of the value chain should be addressed 1, (ii) the FUNPI environmental and social policy/guidelines to ensure the potential impacts of any FUNPI financed activities are adequately addressed 2, and (iii) a simplified Environmental and Social Management Framework/Plan (ESMF/P) to guide implementation of each of the pilot projects. This document presents the last of these three, namely the ESMF/Ps for the three pilot projects. Context 2. Cashew is Guinea Bissau s most important agricultural product. It is grown by close to 55 percent of all agricultural households (mostly small holders) and employs, directly or indirectly, 80 percent of the population. Cashew nuts currently represent over 90 percent of the country s export revenues and are the main source of cash revenue for agricultural households, which are the poorest in the country (rural poverty is close to 80 percent). Guinea-Bissau is currently the world s fifth largest producer of cashew, after India, Cote d Ivoire, Vietnam and Brazil, and its nuts are considered of relatively high quality. 3. Despite very favorable agro-climatic conditions, expanding production levels of good quality nuts, the sector faces serious challenges. Although yields are acceptable at 500-600 kg/ha they are nevertheless low compared to their potential due to poor quality planting material and weak agronomic practices. Harvest and post-harvest techniques are also inadequate generating losses in quantity and 1 The SESA is expected to: (i) identify the positive and negative social and environmental impacts and the risks associated with the likely evolution of the cashew sector across all stages of the value chain production, processing and exporting/marketing - both with and without the PSRAD project, (ii) assess the policy, legal and institutional framework and capacity to manage these issues, and (iii) to propose a set of actionable recommendations by which these issues can be addressed at both a policy and project level so as to enhance environmental sustainability and social equity of the cashew sector development. 2 The FUNPI environmental and social policy guidelines will be operationalized with defined processes and procedures within the FUNPI Operational Manual

quality of nuts. In addition, in-country processing is very low; less than one percent of the approximately 200,000 tons of nuts produced in 2011. The government s National Agricultural Development Program and National Program for Agricultural Investment (PNIA) target sectors holding the greatest promise for a significant impact over the next 10 years in terms of economic growth, export earnings, food security, employment and poverty reduction. Cashew is one of the two critical high impact sectors identified. The Government aims to develop the sector by encouraging increased production, improved product quality and support for local processing; promoting the equitable distribution of this value-added to all actors of the value chain; and harnessing the economic value of the sector to facilitate development and diversification of the entire agricultural sector. The Government s vision is to produce more 350,000 tons of cashew nuts by 2020, of which at least 30 percent or 100,000 tons will be processed locally, creating about 35,000 full time jobs in rural areas. 4. To this end, a development fund for financing private or collective activities critical for the agricultural sector, the Fund to Promote Industrialization of Agricultural Products (FUNPI) was created in May 2011. It is a public-private institution funded by a parafiscal levy collected on the export of raw cashew nuts, resources from the government or other external sources. The Fund s objective is to promote the development of all agricultural value chains, however, in the short-to-medium term a large part of its activities will be targeted at the cashew sector, which will also be contributing most of the Funds resources. Project Objective 5. The proposed project aims to assist the Government move towards realizing this vision. The specific development objective (PDO) of the project is to improve selected aspects of the business environment, to improve the performance of supported MSMEs and to support the development of the cashew agribusiness sector. Project Description 6. The proposed project comprises three components summarized below. A detailed project description is presented in Annex 1. 7. Component 1: Improving Business Environment and Supporting Development of Entrepreneurial Capacities (US$3 million). This component aims at addressing selected cross-sectoral challenges and is composed of two distinct sub-components: (i) Improving Business Environment; and (ii) Developing Entrepreneurial Capacities. Sub-component 1 focuses upon provision of support to facilitate business creation, implementation of licensing reforms, simplification of tax administration, trade facilitation and streamlining of import/export procedures. Sub-component 2 focuses upon provision of training and mentoring for 500 MSMEs in management and entrepreneurship, including assistance for accessing financing. Component 2: Promoting the Development of Cashew Agro-processing (US$4 million). This component will be implemented in close coordination with the newly created FUNPI and an IFC-financed operation aimed at providing guarantees for short-term credit provided by local

commercial banks to cashew exporters and processors. One of FUNPI main activities is to provide long-term resources to local banks to establish lines of credit for financing investments in agriculture, in particular in cashew processing. Accordingly, the component will not provide any credit to private investors. It will focus on helping FUNPI to launch its other activities on a secure footing, including technical assistance to private investors and support to critical agricultural services activities (research, extension, quality control mechanism). Specifically, the component will support the following three sub-components: (i) technical assistance to domestic cashew processing; (ii) support to producers and agricultural productivity; and (iii) institutional capacity-building and development of a well coordinated the value chain. 8. Component 3: Project Capacity Building and Coordination (US$1.5 million). This component will be implemented through close coordination between the project team and the local government. Capacity building will be included as part of the terms of reference (TOR) of the Project Capacity Building and Coordination Unit (PCBCU), to emphasize its importance. An intermediate indicator will help to enforce this importance with an annual report prepared by the implementing ministry outlining progress during the year and the immediate goals. Potential Environmental and Social Impacts 9. A comprehensive analysis of the possible environmental and social impacts which could arise at each stage of the value chain as a consequence of the development of the cashew sector is being prepared as part of the related safeguard documents, namely the SESA and the FUNPI safeguards policy and Operational Manual. 10. With respect to the potential impacts of the proposed pilot projects, the activities supported under the PSRADP are not expected to give rise to significant environmental and social impacts. Given that the PRSADP will be financing minor works in the form of: (i) small building repairs to existing community processing facilities; (ii) the purchase and installation of electricity generating equipment on existing factory premises (possibly involving the adaptation of existing building structures), and, potentially, the installation of posts and wires to transport the electricity to nearby rural communities; and (iii) the planting and care of cashew seedlings. Each of these activities presents potential for some minor, site specific and temporary environmental and social impacts such as construction-related noise, dust and waste; soil disturbance and erosion, sediment run off, and damage to existing vegetation. In addition, community processing of cashew nuts may lead to increased waste in the form of cashew shells. Similarly, operation of the electricity generator may give rise to air pollution due to the high calorific value of the cashew shell fuel and operation of the plant nurseries may increase water demand. To this end the mitigation measures presented in Section A (Building Rehabilitation) and G (Impacts on Forests or Protected Areas) of the Safeguards Information Screening CheckList and the Guidance on Potential Mitigation Measures (see Part 3 and 4 below, respectively) will be applied. It should be emphasized that the Government has agreed that there will be no land acquisition supported under this project, hence no resettlement nor loss of access issues are anticipated.

Enquadramento de Gestão Ambiental e Social (ESMF) Projeto de Reabilitação do Setor Privado e de Desenvolvimento do Agronegócio Guiné-Bissau Resumo Executivo (português) Síntese Geral 1. O Projeto proposto e financiado pela IDA para a Reabilitação do Setor Privado e de Desenvolvimento do Agronegócio (PRSPDA US$ 10M) tem por objetivo ajudar a Guiné-Bissau a melhorar o ambiente empresarial e a encorajar o desenvolvimento do setor do caju. Está classificado como sendo um projeto de salvaguardas de Categoria B, na medida em que irá primordialmente financiar a assistência técnica e as atividades de construção de capacidades e, potencialmente, alguma reabilitação física limitada de infra-estruturas. Não se espera que tenha impactos ambientais ou sociais directos que sejam significativos ou irreversíveis. No entanto, na medida em que o projeto tem por objetivo estimular o investimento no setor privado, particularmente no subsetor do agronegócio do caju, pode induzir atividades que, por seu turno, poderão gerar impactos sociais e ambientais negativos. Das atividades apoiadas pelo projeto (i), atividades financiadas através do recentemente criado Fundo para Promover a Industrialização dos Produtos Agrícolas (FUNPI), uma vez operacionalizado, e (ii) projetos-piloto de demonstração para a produção de eletricidade a partir das cascas da castanha de caju, projetos de processamento satélite com base na comunidade, e viveiros de plantas, podem também, direta ou indiretamente, dar azo a impactos ambientais e sociais negativos. Para lidar com estas preocupações potenciais estão a ser preparados três instrumentos de salvaguarda para a administração do projeto: (i) uma Avaliação Ambiental e Social Estratégica (SESA) do setor do caju, que defina como devem ser abordados quaisquer aspetos sociais e ambientais induzidos pelo desenvolvimento do setor a todos os níveis da cadeia de valor 3, (ii) as diretrizes/políticas ambientais e sociais do FUNPI para assegurar que os potenciais impactos de quaisquer atividades financiadas pelo FUNPI serão adequadamente abordados 4, e (iii) um Enquadramento/Plano de Gestão Social e Ambiental simplificado (ESMF/P) para conduzir a implementação de cada um dos projetos-piloto. Este documento apresenta o último destes três aspetos, nomeadamente o ESMF/P para os três projetos-piloto. Contexto 2. O caju é o produto agrícola mais importante da Guiné-Bissau. É cultivado por perto de 55 por cento da população que vive da agricultura (na maioria pequenos proprietários) e emprega, directa ou indirectamente, 80 por cento da população. Presentemente, as castanhas de caju representam mais de 90 por cento dos rendimentos das exportações do país e são a maior fonte de rendimento em dinheiro 3 O objetivo desta SESA é o de: (i) identificar os impactos ambientais e sociais positivos e negativos e os riscos associados à evolução provável do setor do caju ao longo de todos os estágios da cadeia de valor produção, processamento e exportação/marketing quer com e sem o projeto de PRSPDA, (ii) avaliar o quadro político, legal e institucional e a capacidade para gerir estes assuntos e (iii) propor um conjunto de recomendações accionáveis através das quais estes temas podem ser abordados, quer ao nível de política, quer ao nível de projeto, de modo a aumentar a sustentabilidade ambiental e a equidade social do desenvolvimento do setor do caju. 4 As directrizes de política ambiental e social do FUNPI serão operacionalizadas com processos e procedimentos definidos no Manual de Operações do FUNPI.

para a população agrícola, a qual permanece a mais pobre do país (a pobreza rural está perto dos 80 por cento). Actualmente, a Guiné-Bissau é o quinto maior produtor mundial de caju, depois da Índia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil e as castanhas são consideradas como de relativa alta qualidade. 3. Não obstante as condições agro-climáticas serem extremamente favoráveis e os níveis de produção de castanhas de boa qualidade se encontrarem em expansão, o setor confronta-se com sérios desafios. Apesar da produtividade de 500-600 kg/ha ser aceitável, permanece todavia diminuta quando se tem em conta o potencial do terreno, e isto devido a material de plantio de fraca qualidade e a práticas agronómicas de rendimento inferior. As técnicas de colheita e de pós-colheita são igualmente inadequadas, o que gera perdas na quantidade e qualidade das castanhas. Para além disto, a capacidade de processamento no país é muito fraca; em 2011, menos de um por cento das cerca de 200,000 toneladas de castanhas produzidas foram processadas no país. O Programa Nacional de Desenvolvimento Agrícola e o Programa Nacional para o Investimento Agrícola (PNIA) têm por alvo setores que apresentem maior probabilidade de ter um impacto significativo no decorrer dos próximos 10 anos em termos de crescimento económico, rendimento das exportações, segurança alimentar, emprego e redução da pobreza. O setor do caju foi identificado como um dos dois setores com impacto crítico. O Governo tem por objetivo desenvolver o setor encorajando o aumento da produção, a melhoria da qualidade do produto e apoiando o processamento local; promovendo a distribuição equitativa deste valor acrescentado a todos os atores da cadeia de valor; e aproveitando o valor económico do setor para facilitar o desenvolvimento e diversificação de todo o setor agrícola. A visão do Governo é a de produzir mais de 350,000 toneladas de castanhas de caju em 2020, das quais pelo menos 30 por cento (ou 100,000 toneladas) serão processadas localmente, criando cerca de 35,000 postos de trabalho a tempo inteiro nas zonas rurais. 4. Para este fim, foi criado em Maio de 2011 um fundo de desenvolvimento para financiar atividades privadas ou coletivas críticas para o setor agrícola: o Fundo para a Promoção da Industrialização de Produtos Agrícolas (FUNPI). Trata-se de uma instituição público-privada financiada por uma taxa parafiscal recolhida sobre a exportação de castanhas de caju em bruto, recursos do governo ou outras fontes externas. O objetivo do Fundo é o de promover o desenvolvimento de todas as cadeias de valor agrícola. No entanto, no curto a médio prazo, uma grande parte das suas atividades terão por alvo o setor do caju, o qual também irá contribuir com a maioria dos recursos do Fundo. Objetivo do Projeto 5. O projeto proposto tem por objetivo assistir o Governo na concretização desta visão. O objetivo de desenvolvimento específico (PDO) do projeto é o de melhorar determinados aspetos do ambiente empresarial, melhorar o desempenho das MPMEs apoiadas e patrocinar o desenvolvimento do setor do agronegócio do caju. Descrição do Projeto

6. O projeto proposto compreende três componentes sumariadas abaixo. Uma descrição detalhada do projeto é apresentada no Anexo 1. 7. Componente 1: Melhoria do Ambiente Empresarial e Apoiar o Desenvolvimento de Capacidades Empresariais (US$3 milhões). Esta componente tem por objetivo abordar desafios intersetoriais seleccionados e é composta por duas sub-componentes distintas: (i) Melhorar o Ambiente Empresarial; e (ii) Desenvolver Capacidades Empresariais. A sub-componente 1 centra-se no fornecimento de apoio para facilitar a criação de empresas, implementação de reformas de licenciamento, simplificação da administração fiscal, facilitação do comércio e racionalização dos procedimentos de importação/exportação. A sub-componente 2 centra-se no fornecimento de formação e de aconselhamento para 500 MPME, em gestão e empresariado, incluindo assistência para acesso a financiamento. 8. Componente 2: Promover o Desenvolvimento do Agro-processamento do Caju (US$4 milhões). Esta componente será implementada em íntima coordenação com o recentemente criado FUNPI e com a operação financiada pela IFC, com o objetivo de fornecer garantias para crédito a curto prazo fornecido por bancos comerciais locais aos exportadores e processadores de caju. Uma das principais atividades do FUNPI é a de fornecer recursos de longo prazo aos bancos locais para que estabeleçam linhas de crédito para financiar investimentos na agricultura, em particular no processamento de caju. Assim sendo, a componente não fornecerá qualquer crédito a investidores privados. Centrar-se-á em ajudar o FUNPI a lançar de forma segura as suas outras atividades, incluindo assistência técnica aos investidores privados e apoio a atividades de serviços agrícolas críticas (pesquisa, extensão, mecanismo de controlo de qualidade). Especificamente, a componente apoiará as três seguintes sub-componentes: (i) assistência técnica ao processamento doméstico do caju; (ii) apoio aos produtores e à produtividade agrícola; e (iii) criação de capacidade institucional e desenvolvimento de uma cadeia de valor eficazmente coordenada. 9. Componente 3: Reforço de Capacidades e Coordenação de Projeto (US$ 1.5 milhões). Esta componente será implementada através de coordenação estreita entre a equipa de projeto e o governo local. O reforço de capacidades será incluído como parte dos Termos de Referência (ToR) da Unidade de Coordenação e de Reforço de Capacidades do Projeto (PCBCU), para enfatizar a sua importância. Um indicador intermédio ajudará a efectivar essa importância com um relatório anual preparado pelo ministério encarregue da implementação, detalhando o progresso durante o ano e os objetivos imediatos. Potenciais Impactos Ambientais e Sociais 10. Uma análise global dos possíveis impactos ambientais e sociais que possam surgir em cada estágio da cadeia de valor como consequência do desenvolvimento do setor do caju está a ser preparada como parte dos documentos de salvaguarda relacionados, nomeadamente a SESA e as políticas de salvaguardas e Manual de Operações do FUNPI.

11. No que respeita aos impactos potenciais dos projetos-piloto propostos, não se espera que as atividades suportadas sob o PRSPDA dêem azo a impactos sociais e ambientais significativos. Tendo em conta que o PRSPDA irá financiar trabalhos de pequena escala sob a forma de: (i) pequenas reparações de edifícios em instalações de processamento da comunidade, (ii) aquisição e instalação de equipamento gerador de eletricidade em instalações fabris existentes (possivelmente envolvendo a adaptação de estruturas edificadas existentes) e, potencialmente, a instalação de postes e fios para transportar a eletricidade a comunidades rurais próximas; e (iii) o cultivo e acompanhamento do desenvolvimento de plântulas. Cada uma destas atividades apresenta potencial para alguns impactos ambientais e sociais temporários de reduzida dimensão, específicos às instalações, tais como ruído relacionado com construção, poeiras e resíduos; perturbação e erosão dos solos, perda de sedimentos e danos à vegetação existente. Para além disso, o processamento das castanhas de caju na comunidade pode levar ao aumento dos desperdícios, sob a forma de cascas de caju. De modo similar, a operação do gerador de eletricidade pode dar azo à poluição do ar, devido ao elevado valor calórico do combustível das cascas de caju e, por outro lado, a operação dos viveiros de plantas pode aumentar as necessidades de água. Para esse fim, as medidas de mitigação apresentadas na Secção A (Reabilitação de Edifícios) e G (Impactos nas Florestas ou Áreas Protegidas) da Análise Social/Ambiental e da Lista de Verificação de Boas Práticas e Medidas de Mitigação (ver Parte 3 e 4 abaixo, respetivamente) serão aplicadas. Deve ser enfatizado que o Governo concordou em que não haverá apoio à aquisição de terras sob este projeto e, assim sendo, não são antecipados quaisquer realojamentos ou problemas de acesso.

Enquadramento de Gestão Ambiental e Social (ESMF) Projeto de Reabilitação do Setor Privado e de Desenvolvimento do Agronegócio Guiné-Bissau A. Síntese Geral 1. O Projeto proposto e financiado pela IDA para a Reabilitação do Setor Privado e de Desenvolvimento do Agronegócio (PRSPDA US$ 10M) tem por objetivo ajudar a Guiné-Bissau a melhorar o ambiente empresarial e a encorajar o desenvolvimento do setor do caju. Está classificado como um projeto de salvaguardas de Categoria B, na medida em que irá primordialmente financiar a assistência técnica e as atividades de construção de capacidades e, potencialmente, alguma reabilitação física limitada de infra-estruturas. Não se espera que tenha impactos ambientais ou sociais directos significativos ou irreversíveis. No entanto, na medida em que o projeto tem por objetivo estimular o investimento no setor privado, particularmente no subsetor do agronegócio do caju, pode induzir atividades que por seu turno poderão gerar impactos sociais e ambientais negativos. Das atividades suportadas pelo projeto (i), atividades financiadas através do recentemente criado Fundo para Promover a Industrialização dos Produtos Agrícolas (FUNPI), uma vez operacionalizado, e (ii) projetospiloto de demonstração para a produção de eletricidade a partir das cascas da castanha de caju, projetos de processamento satélite com base na comunidade, e viveiros de plantas, podem também, directa ou indirectamente, dar azo a impactos ambientais e sociais negativos. Para lidar com estas preocupações potenciais estão a ser preparados três instrumentos de salvaguarda para a administração do projeto: (i) uma Avaliação Ambiental e Social Estratégica (SESA) do setor do caju, que defina como devem ser abordados quaisquer aspetoss sociais e ambientais induzidos pelo desenvolvimento do setor a todos os níveis da cadeia de valor 5, (ii) as directrizes/políticas ambientais e sociais do FUNPI para assegurar que os potenciais impactos de quaisquer atividades financiados pelo FUNPI sejam adequadamente abordados 6, e (iii) um Enquadramento/Plano de Gestão Social e Ambiental simplificado (EGAS/P) para conduzir a implementação de cada um dos projetos-piloto. Este documento apresenta o último destes três aspetos, nomeadamente o ESMF/P para os três projetos-piloto. B. Introdução 5 O objetivo desta SESA é o de: (i) identificar os impactos ambientais e sociais positivos e negativos e os riscos associados à evolução provável do setor do caju ao longo de todos os estágios da cadeia de valor produção, processamento e exportação/marketing quer com e sem o projeto de PRSPDA, (ii) avaliar o quadro político, legal e institucional e a capacidade para gerir estes assuntos e (iii) propor um conjunto de recomendações accionáveis através das quais estes temas podem ser abordados, quer ao nível de política, quer ao nível de projeto, de modo a aumentar a sustentabilidade ambiental e a equidade social do desenvolvimento do setor do caju. 6 As directrizes de política ambiental e social do FUNPI serão operacionalizadas com processos e procedimentos definidos no interior do Manual de Operações do FUNPI.

2. Background do País. A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres da África Subsariana. Com cerca de 1.54 milhões de habitantes, a população é jovem cerca de 42 por cento tem menos de 14 anos e está presentemente a crescer a uma média de 2.2 por cento ao ano. O Produto Interno Bruto (PIB) anual per capita está estimado em US$550. O país tem sido assolado pela instabilidade política desde o conflito de1998-99, sofrendo de repetidas tentativas de golpe, mudanças de governo e assassínios de líderes militares e políticos. Estes acontecimentos colocaram em destaque preocupações entre a comunidade internacional sobre a segurança nacional e tornaram-se ainda mais prementes tendo em conta relatórios recentes acerca do aumento da presença do tráfico de drogas, o que ameaça as perspectivas do país. 3. Setor do Caju. A economia da Guiné-Bissau é altamente dependente de recursos naturais. A agricultura é o setor dominante (representando aproximadamente 50 por cento do total do PIB) e no seio deste, o caju é o produto agrícola mais importante. É cultivado por perto de 55 por cento da população que vive da agricultura (na maioria pequenos proprietários) e emprega, directa ou indirectamente, 80 por cento da população. Presentemente, as castanhas de caju representam mais de 90 por cento dos rendimentos das exportações do país e são a maior fonte de rendimento em dinheiro para a população agrícola, a qual permanece a mais pobre do país (a pobreza rural está perto dos 80 por cento). A área sob a produção de caju aumentou de 118.595 ha 7 para mais de 250.000 ha 8 (representando aproximadamente 47 por cento do total da área agrícola cultivada) entre 1996 e 2011. De modo idêntico, a produção de castanhas por processar aumentou de 30,000 toneladas no princípio da década de 1990 para 180,000 em 2011. 4. Actualmente, a Guiné-Bissau é o quinto maior produtor mundial de caju, depois da Índia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil e as castanhas são consideradas como de relativa alta qualidade. 9 Esta expansão em curso da área plantada e da produtividade foi conseguida apesar do fraco apoio estatal e de constrangimentos severos no ambiente institucional e empresarial. O actual estoque de árvores foi predominantemente plantado por pequenos proprietários individuais, em parcelas de terra com uma média de 2-3 ha 10, por oposição a plantações de larga escala. Apesar deste facto, a distribuição das árvores de caju na Guiné-Bissau tende para a monocultura, com todos os problemas inerentes, tais como: perda de biodiversidade, aumento do risco de pragas e de doenças, redução da qualidade do solo. Apesar de existirem diferenças regionais significativas, em média cerca de 50 por cento das árvores tem menos de 10 anos de idade, não tendo atingindo ainda a produtividade total. Assim sendo, a produção continuará a expandir-se e será uma das mais importantes fontes de crescimento para o futuro próximo. 7 TIPS/USAID ANAG/AMAE (1996). 8 Preliminary Annual Report- Conselho Nacional de Caju (CNC 2011) estima que a área sob plantação de caju esteja entre 250.000 a 300.000 hectares. 9 As castanhas em bruto/por processar da Guiné-Bissau são consideradas de alta qualidade, o que é reflectido pelo preço que estas castanhas alcançam quando comparado com castanhas de outros países da África Ocidental (i.e., Costa do Marfim). 10 Peter Jaeger and Steev Lynn (2004).

5. Não obstante as condições agro-climáticas extremamente favoráveis, a qualidade geral e o aumento de produção das castanhas por processar, o setor confronta-se com sérios desafios. Ao nível da produção, o estoque de árvores existente foi estabelecido na maior parte utilizando material de plantio de fraca produtividade e as práticas agrícolas são pobres, dada a ausência de programas de pesquisa e de serviços de extensão apropriados desde meados da década de 1990. Presentemente, existe pouco ou nenhum tratamento e poda das árvores e há uma ausência de medidas preventivas contra pragas e doenças. Apesar da produtividade de 500-600 kg/ha parecer relativamente elevada, quando comparada com a da Índia e do Brasil, esta poderia ser aumentada de forma significativa, potencialmente libertando assim quer terra quer trabalho, o que por seu turno permitiria a diversificação da base agrícola do país. As técnicas de colheita e de pós-colheita são igualmente inadequadas (colheitas prematuras, processos de secagem, manuseamento e armazenagem desapropriados), o que gera perdas na quantidade e qualidade das castanhas. 6. Ao nível do processamento, quase toda a colheita de caju da Guiné-Bissau é exportada como castanhas em bruto, principalmente para a Índia e o Vietname. Existe uma pequena capacidade de processamento para a produção de miolo de caju (cerca de 25,000 toneladas ou aproximadamente 13 por cento da produção total), mas todas as instalações estão presentemente paradas, devido à fraca competitividade da indústria de processamento doméstica, a qual se encontra constrangida inter alia por um fraco clima de investimento, instabilidade política, capacidades de gestão limitadas e acesso ao crédito. Em 2011, menos de um por cento das cerca de 200,000 toneladas de castanhas produzidas foram processadas no país. Ao nível das exportações, o mercado é dominado por 51 companhias/indivíduos, os quais exportaram uma média de três mil e quinhentas (3,500) toneladas cada uma em 2011. (Relatório Anual 2011da CNC). 7. Ao exportar apenas castanhas em bruto, a Guiné-Bissau está perigosamente dependente dos seus dois principais compradores, a Índia e o Vietname; e não está a aproveitar o valor acrescentado e os empregos criados pelo processamento do caju, o qual gera cerca de um emprego a tempo inteiro para cada três toneladas de castanhas em bruto processadas. O processamento de 60,000 toneladas criaria cerca de 20,000 empregos, na maioria em zonas rurais, sendo que dois terços destes seriam para mulheres. Para além disso, existe o potencial para gerar benefícios socioeconómicos adicionais para as áreas rurais pobres, através de oportunidades para a co-geração de energia através da utilização das cascas do caju um bioproduto do processamento dos miolos com um valor calórico muito elevado que pode ser transformado em eletricidade de biomassa. Tendo em conta o que acima é dito, o agroprocessamento do caju representa uma oportunidade para o crescimento em prol dos pobres que não deve ser desperdiçada. Isso dito, o aumento do investimento no setor do caju pode também ocasionar consequências sociais e ambientais negativas, tais como o aumento do consumo de água e combustível, poluição do ar e acumulação de resíduos sólidos. Assim sendo, é importante que seja gerido de forma correcta.

8. O Programa Nacional de Desenvolvimento Agrícola e o Programa Nacional para o Investimento Agrícola (PNIA) tem por alvo setores que apresentem maior probabilidade de ter um impacto significativo no decorrer dos próximos 10 anos em termos de crescimento económico, rendimento das exportações, segurança alimentar, emprego e redução da pobreza. O caju é um dos dois setores de impacto crítico entretanto identificados. O Governo tem por objetivo desenvolver o setor encorajando o aumento da produção, a melhoria da qualidade do produto e apoiando o processamento local; promovendo a distribuição equitativa deste valor acrescentado a todos os actores da cadeia de valor; e aproveitando o valor económico do setor para facilitar o desenvolvimento e diversificação de todo o setor agrícola. A visão do Governo é a de produzir mais de 350,000 toneladas de castanhas de caju em 2020, das quais pelo menos 30 por cento (ou 100,000 toneladas) serão processadas localmente, criando cerca de 35,000 empregos a tempo inteiro nas zonas rurais. 9. Para este fim, foi criado em Maio de 2011 um fundo de desenvolvimento para financiar atividades privadas ou colectivas críticas para o setor agrícola, o Fundo para a Promoção da Industrialização de Produtos Agrícolas (FUNPI). Trata-se de uma instituição público-privada financiada por uma taxa parafiscal recolhida sobre a exportação de castanhas de caju em bruto, recursos do governo ou outras fontes externas. O objetivo do Fundo é o de promover o desenvolvimento de todas as cadeias de valor agrícola. No entanto, no curto a médio prazo, uma grande parte das suas atividades terão por alvo o setor do caju, o qual também irá contribuir com a maioria dos recursos do Fundo. Até à data, não foram finalizados os estatutos do FUNPI, no entanto, uma comissão nomeada conjuntamente pelo Governo e pela CCIAS está presentemente a trabalhar na definição dos mesmos. 10. Capacidade de Gestão Social e Ambiental. No decorrer da última década, a avaliação ambiental tem vindo a ganhar um cada vez maior reconhecimento nacional como um meio para promover o desenvolvimento sustentável. Tendo em conta desafios ambientais, a Guiné-Bissau endossou o princípio de que um ambiente saudável é um direito humano. Esta preocupação manifesta-se por intermédio da criação de várias instituições (Secretaria do Estado para o Desenvolvimento do Ambiente e Durável - SEADD, Instituto para Biodiversidade e Áreas Protegidas - IBAP, Célula de Avaliação do Impacto Ambiental - CAIA, etc.) para a gestão dos assuntos ambientais. Apesar da crescente importância atribuída a estas matérias, a capacidade no país para os gerir é ainda limitada. Uma Lei-quadro Ambiental e uma Lei de Avaliação Ambiental nacional foram promulgadas em 2010, o que fornece um quadro legislativo alargado para a gestão e protecção ambiental e social no país. Regulações detalhadas para a sua implementação ainda não foram estabelecidas. A Célula de Avaliação do Impacto Ambiental (CAIA) responsável pela implementação da Lei EIA foi estabelecida com uma pequena equipa de duas pessoas, apoiadas por uma rede de «Antenas Setoriais», ou pontos foco em cada ministério técnico. A capacidade institucional e recursos humanos destes para cumprirem os seus papéis e responsabilidades são fracos. C. Objetivo do Projeto

11. O projeto proposto tem por objetivo assistir o Governo em alcançar a sua visão. O objetivo de desenvolvimento específico (PDO) do ambiente empresarial do projeto é o de melhorar o desempenho das MPME apoiadas e suportar o desenvolvimento do agronegócio do setor do caju. D. Descrição de Projeto 12. O projeto abrange as seguintes três componentes: 13. Componente 1: Melhoria do Ambiente Empresarial e Apoiar o Desenvolvimento de Capacidades Empresariais (US$3 milhões). Esta componente tem por objetivo abordar desafios intersetoriais seleccionados e é composta por duas sub-componentes distintas: (i) Melhorar o Ambiente Empresarial; e (ii) Desenvolver Capacidades Empresariais. 14. Sub-componente 1.1: Melhoria do Ambiente Empresarial (US$ 1.72 milhões). Esta subcomponente tem por objetivo melhorar aspetos selecionados do ambiente empresarial na Guiné-Bissau e centra-se em três áreas prioritárias do ambiente empresarial: (a) Criação de empresas e licenciamento; (b) simplificação da administração fiscal; (c) Alfândega e facilitação do comércio. a) O apoio para melhorar o regime de criação de empresas e reformas de licenciamento tem por objetivo disponiblizar os serviços de registo de empresas fora da capital, através do estabelecimento de um escritório móvel do recentemente criado Centro de Formalização de Empresas (CFE) em Bissau. b) O apoio à simplificação e racionalização da administração fiscal tem por objetivo melhorar o clima de investimento no que respeita à temática dos impostos, especificamente estimulando a formalização e o cumprimento voluntário, melhorando a eficiência da administração fiscal, aumentando a transparência e os serviços aos contribuintes. Centrar-se-á nos seguintes aspetos: (i) racionalização e fortalecimento da administração fiscal com a introdução de um sistema de administração fiscal integrado; (ii) simplificação do regime fiscal para os micros e pequenos contribuintes; (iii) fortalecimento das comunicações e acesso aos contribuintes; e (iv) construção de capacidade contabilística e de cumprimento fiscal, quer para a administração, quer para os contribuintes. c) A Facilitação do comércio e o apoio à racionalização dos procedimentos de importação/exportação têm por objetivo racionalizar e reduzir o custo dos procedimentos de importação/exportação e melhorar a transparência e previsibilidade dos mesmos. As principais áreas foco incluem: (i) apoio à consolidação do ASYCUDA++ e reformas na alfândega, pela introdução de um sistema de incentivos que premeiem o comportamento exemplar dos funcionários da alfândega, bem como reforma das comunicações e das atividades de diálogo

público-privadas; e (ii) maior racionalização dos procedimentos de importação/exportação, para além dos alfandegários, e melhoria da coordenação entre entidades envolvidas no processo de importação/exportação. 15. Sub-componente 1.2. Desenvolvimento de Capacidades Empresariais (US$1.29 milhões). Esta sub-componente tem por objetivo ajudar 500 MPME a melhorarem o seu desempenho, transformandose a partir de companhias informais, com fraca gestão e baixa produtividade, em empresas formais melhor geridas com acesso a serviços financeiros. Uma rigorosa avaliação de impacto acompanhará a execução desta intervenção. As intervenções específicas de construção de capacidades são: a) Formação em gestão e em atitude empresarial para 500 MPME, que se centrará no seguinte: contabilidade básica e cálculo de custos, marketing e relações com clientes, gestão e negociação com fornecedores, como abordar uma instituição financeira para obtenção de financiamento e atitude empresarial. Para além disto, o projeto financiará a preparação de 10 a 20 formadores. 11 b) Acompanhamento, aconselhamento e assistência técnica serão fornecidos às MPME participantes, incluindo serviços de aconselhamento personalizados no local, bem como assistência a pedido a partir de um conjunto de conselheiros disponíveis durante um período de 6-12 meses após o programa de formação. O projeto também formará conselheiros de forma a desenvolver um quadro local de conselheiros empresariais. c) O apoio à formalização e à abordagem de instituições financeiras apoiará a melhoria das capacidades empresariais em duas áreas adicionais: (i) formalização das MPME de forma a permitir o acesso ao crédito e a participação em aquisições públicas e (II) fortalecimento da capacidade das MPME na abordagem de instituições financeiras, preparação de propostas empresariais e preparação da documentação necessária, incluindo o estabelecimento inicial de contas para permitir que as instituições financeiras possam avaliar os riscos das empresas associadas e trabalhar com estas MPME. 16. Componente 2: Promover o Agro-processamento do caju (US$ 3.99 milhões). Esta componente será implementada em coordenação estreita com o FUNPI e com uma operação financiada pela IFC que tem por objetivo proporcionar garantias para o crédito a curto prazo fornecido pelos bancos comerciais locais aos exportadores e processadores do caju. Uma das principais atividades do FUNPI é a de fornecer recursos a longo prazo aos bancos locais de modo a que estes possam estabelecer linhas de crédito para financiar investimentos na agricultura e, em particular, no processamento do caju. Assim sendo, a componente não fornecerá qualquer crédito a investidores privados. Centrar-se-á em ajudar o FUNPI a lançar as suas outras atividades assistência técnica a investidores privados, apoio a atividades de serviços agrícolas críticos (pesquisa, extensão, mecanismo de controlo de qualidade) de forma segura. Dado que o FUNPI ainda não se encontra operacional e tendo em conta o tempo necessário para construir a sua capacidade técnica, o projeto executará e apoiará atividades piloto que irão estabelecer

os padrões de serviço e mecanismos operativos para que o FUNPI possa avançar. Especificamente, a componente apoiará as seguintes três componentes: (i) assistência técnica ao processamento doméstico do caju; (ii) apoio aos produtores e à produtividade agrícola; e (iii) construção de capacidade institucional e desenvolvimento de uma cadeia de valor bem coordenada. 17. Sub-componente 2.1: Assistência ao Processamento Doméstico (US$2.64 millões). A subcomponente apoiará: (i) assistência técnica aos investidores comerciais em matéria de instalações de processamento; (ii) fortalecimento do centro de formação do caju já existente; e (iii) uma operação piloto para a promoção do processamento baseado numa vila/aldeia. a) Assistência aos processadores (US$1.5 milhões). A sub-componente fornecerá assistência técnica aos investidores para: (i) reabilitar/modernizar os seus sistemas de gestão financeiros e de contabilidade; (ii) escolher tecnologia de processamento e um modelo de negócios adequado aos seus objetivos e capacidades; (iii) preparar estudos detalhados de viabilidade financeira e técnica; (iv) identificar potenciais compradores externos para os produtos processados (miolo do caju) e conceber uma estratégia de exportação apropriada; (v) estabelecer instalações (seleção do local, aquisição e instalação de equipamento, processos de monitorização de qualidade) e (vi) selecionar e recrutar a força de trabalho. Esta assistência técnica será proporcionada por prestadores de serviços recrutados de forma competitiva e com reconhecida experiência internacional, os quais serão incentivados a entrar em joint-ventures com uma instituição local adequada (e.g., FUNDEI), de modo a que a capacidade deste último atinja padrões internacionais por altura do final do projeto. O prestador de assistência externo irá operar sob um contrato de performance. A componente financiará: (i) o custo para que o prestador de serviços selecionado possa estabelecer uma presença mínima permanente no país; e (ii) parte do custo de assistência técnica on-demand para investidores através de um esquema de vouchers. O projeto financiará o custo da assistência técnica aos investidores durante os dois primeiros anos da execução. Este financiamento será então assumido inteiramente pelo FUNPI. b) Apoio à formação e piloto para melhorar a produtividade dos trabalhadores. A sub-componente tem por objetivo fortalecer o principal centro de formação do caju do país, de modo a assegurar que uma força de trabalho qualificada, bem como outras capacidades especializadas, estará disponível para as instalações de processamento. O apoio do projeto incluirá: (i) a reabilitação das instalações do centro de formação (material de processamento novo e reabilitação mínima do edifício); e (ii) a modernização das capacidades técnicas e de ensino do pessoal. Os serviços de formação centrar-se-ão quer no treino da força de trabalho principal das fábricas (cortadores, descascadores), quer no treino do pessoal mais especializado, como o pessoal responsável pela manutenção e reparação do material industrial (caldeiras, secadores, geradores ). A formação do pessoal do centro será efetuada por intermédio de um contrato com uma instituição internacional qualificada, como a EMBRAPA do Brasil. A formação on-demand será prestada com base numa recuperação total do custo e espera-se que os custos operacionais do centro de formação sejam inteiramente cobertos pela venda dos seus serviços às fábricas de processamento. O custo dos 11 De forma a encorajar as mulheres a participarem da formação, o projeto fornecerá igualmente subsídios para cobrir despesas

serviços de formação para os investidores será financiado parcialmente pelo projeto e parcialmente pelo investidor através de um esquema de vouchers. O projeto co-financiará o custo desta formação por intermédio do esquema de vouchers no decorrer dos dois primeiros anos da execução. Então, este financiamento será inteiramente assumido pelo FUNPI. O projeto financiará também uma creche de dia no local de modo a encorajar as mulheres a trabalharem de forma mais produtiva nas fábricas. No seguimento dos resultados de um estudo de seis meses, o projeto espera demonstrar às firmas que elas mesmo devem financiar esta atividade, tendo em conta o aumento da produtividade das trabalhadoras dela resultante. c) A assistência ao processamento com base na comunidade (US$ 0.4 milhões) apoiará uma operação piloto em duas regiões adequadas do país as quais efetuarão a ligação entre unidades de processamento com base na comunidade e uma grande unidade de processamento comercial, de acordo com medidas contratuais adequadas. As unidades primárias levarão a cabo o corte e, possivelmente, o descasque das castanhas em bruto para venda à fábrica de processamento; esta encarregar-se-á do processamento final e do marketing. Um prestador de serviços adequado (ONG) será recrutado para: (i) mobilizar os grupos da comunidade; (ii) assistir os mesmos na reabilitação das suas instalações e fornecer a requalificação profissional necessária; e (iii) fornecer o apoio técnico necessário para assegurar a qualidade das castanhas fornecidas à unidade central, bem como a entrega atempada das mesmas. O projeto financiará o custo do prestador de serviços durante um período de três meses. Financiará, igualmente, a reabilitação inicial das instalações de processamento da comunidade e a requalificação dos trabalhadores, e fornecerá um pequeno capital de giro inicial para aquisição de cerca de 50 por cento das castanhas em bruto a serem processadas (sendo que a outra metade virá dos próprios membros da unidade de produção). Após este período espera-se que: (i) a unidade comercial central tenha então assumido a assistência técnica às unidades satélite por intermédio de medidas contratuais inteiramente auto-suficientes; e (ii) que operações similares sejam apoiadas sob o FUNPI. d) Bolsa de inovação piloto para a co-geração de eletricidade (US$ 0.19 milhões) custeará uma bolsa de inovação competitiva para financiar até 80 por cento dos custos para estabelecer uma unidade de co-geração de eletricidade. 18. Sub-componente 2.2: Apoio aos produtores e à produtividade agrícola (US$ 0.88 milhões). A sub-componente apoiará: (i) o restabelecimento de serviços de protecção de colheitas; (ii) a implementação de um programa de pesquisa prioritário; e (iii) a melhoria do acessos dos agricultores aos serviços de extensão de modo a promover boas práticas agrícolas e melhorar o acesso a insumos críticos (material de plantio). a) O apoio à pesquisa e à introdução de material de plantio melhorado (US$ 0.40 milhões) patrocinará a preparação e implementação por parte do instituto nacional de pesquisa (IMPA) de um programa de pesquisa prioritário centrado na melhoria da produtividade, qualidade das castanhas e introdução de variedades resistentes/tolerantes a pragas e doenças. Isto será feito com a assistência técnica e formação prestada por um instituto de pesquisa de créditos acreditado. com crianças durante o treino fora do local.

A componente financiará o custo da assistência externa e os custos operacionais não-salariais do programa por um período de três anos. O financiamento do projeto será então substituído por financiamento do FUNPI, de acordo com os objetivos e políticas operacionais do mesmo. Adicionalmente, o projeto apoiará o estabelecimento de viveiros para a produção e distribuição de variedades de plântulas melhoradas. Esta atividade será levada a cabo numa base piloto em duas ou três áreas de elevada produção, como empreitadas de colaboração entre o IMPA, associações de produtores e/ou operadores privados. Os viveiros venderão a sua produção numa base de recuperação total de custos/orientada para o lucro, e espera-se que atinjam o seu limiar de rentabilidade financeira após três anos de operações. A sub-componente financiará o custo inicial do estabelecimento dos viveiros e, numa base decrescente, os custos operacionais dos mesmos. O alargamento destas operações piloto será então financiado pelo FUNPI. b) O apoio aos serviços de extensão (US$ 0.30 milhões) apoiará atividades de extensão através: (i) da produção de manuais de boas práticas agronómicas, de colheita e de pós-colheita; e (ii) da implementação de programas piloto de extensão em áreas selecionadas do país, tendo por alvo associações de agricultores e envolvendo fornecedores de serviços privados especializados, tais como ONG e processadores. Os serviços de extensão aos pequenos produtores, com pouca ou nenhuma capacidade para pagar, são considerados um bem público e serão financiados a 100 por cento pelo projeto durante três anos e então pelo FUNPI. c) Apoio ao estabelecimento de um sistema de informação de preços (US$ 0.10 milhões). O projeto apoiará a implementação de um sistema de informação de preços para os agricultores juntamente com a Comissão Nacional do Caju (CNC). Este sistema permitirá aos agricultores passarem a utilizar informação útil sobre os preços do caju (e sobre os preços do arroz, já que ambos os produtos são habitualmente trocados diretamente), começando três a quatro meses antes do período da colheita. 19. Sub-componente 2.3: Fortalecimento Institucional (US$ 0.5 milhões). Sob a nova estratégia do Governo, o desenvolvimento do setor do caju será gerido por intermédio de três instituições principais: (i) uma agência reguladora financiada a partir de recursos orçamentais e responsável por fornecer e executar o enquadramento regulador do setor; (ii) uma instituição inter-profissional, independente, público-privada O Instituto do Caju composta por todas as partes interessadas do setor privado, responsável pela gestão coletiva dos bens comuns do setor (política de preços, pesquisa, assuntos de qualidade, colaboração/competição entre firmas, fluxos de informação, etc.) e financiada a partir de recursos do próprio setor; e (iii) o FUNPI, responsável por atividades de financiamento, privadas ou coletivas, críticas para o desenvolvimento do setor. Este quadro institucional está agora estabelecido. De modo a assegurar a implementação satisfatória do FUNPI, a sub-componente apoiará a gestão do FUNPI através do recrutamento de uma equipa de gestores experiente (doméstica ou internacional) para: (i) gerir o fundo diretamente por um período que não exceda dois anos enquanto desenvolve as capacidades operacionais dos gestores locais e (ii) transferir a responsabilidade de gestão para os gestores locais enquanto atua numa capacidade de aconselhamento por mais um período de dois anos. A equipa de gestão, recrutada competitivamente com base num contrato de performance, seria, em particular, responsável por todos os aspetos da gestão do FUNPI, sob a supervisão do seu Conselho de