Estratégia Continental de Agronegócios Impulsionando o crescimento da África

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1 Pág.1 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA P. O. Box 3243, Addis Ababa, ETHIOPIA Tel.: Tel: Fax: / Website: Antecedentes e objectivos Estratégia Continental de Agronegócios Impulsionando o crescimento da África RE /144/34/12 A contribuição potencial da agricultura africana para a segurança alimentar e nutricional, emprego, rendimento familiar, redução da pobreza e o crescimento económico está bem documentada. No entanto, essa contribuição permanecerá sufocada se a África continuar a ser um produtor primário, incapaz de se engajar na agregação de valor e no comércio da produção agrícola. O objectivo da Estratégia Continental de Agronegócios é mobilizar a UA, as CER, os Estados-membros, as organizações de agricultores, o sector privado, os parceiros de desenvolvimento e outros actores em torno de um conjunto de estratégias de alta prioridade destinado a apoiar o crescimento do agronegócio africano moderno, robusto e inclusivo impulsionado pelo sector privado. Se os objectivos desta estratégia forem cumpridos, as metas importantes constantes na Declaração de Malabo, incluindo o aumento do comércio intra-africano, receberão um ímpeto significativo. Considerando que os eixos estratégicos identificados pela estratégia continental de agronegócios irão constituir a base para o agronegócio dinâmico e promoção do comércio agrícola em África, a estratégia tem como alicerces as iniciativas existentes a nível continental, regional e nacional. Ademais, a estratégia procura melhorar a coordenação, mobilização, advocacia e comunicação entre os vários actores na conjuntura do agronegócio em África, propondo os principais desenvolvimentos institucionais. O presente documento de síntese destaca as principais áreas abrangidas pelo Projecto de Estratégia Continental de Agronegócios. Visão e missão A visão da Estratégia Continental de Agronegócios é um sector dinâmico e inclusivo de agronegócios que agrega valor ao produto primário, gera emprego e renda, contribui para o crescimento económico e para a redução da dependência alimentar em África. A missão é: permitir a criação de um ambiente favorável para o aumento do investimento do sector privado e do sector empresarial na agricultura africana

2 Pág.2 Princípios orientadores O desenvolvimento do agronegócio africano deve ser orientado por sete princípios, inspirados na Declaração de Malabo e decorrentes das experiências adquiridas, até agora, na implementação do CAADP nos níveis nacional, regional e continental. Estes princípios são resumidamente os seguintes: 1) Reconhecimento das realidades do continente e defesa dos seus interesses e posições; 2) Prossecução do desenvolvimento agrícola impulsionado pelo sector privado e orientado para o mercado; 3) Prossecução da promoção do agronegócio inclusivo, equitativo e abrangente; 4) Expansão da mobilização de recursos domésticos; 5) Concentração em investimentos que tomam em consideração as questões ambientais; 6) Apoio a integração regional; 7) Subsidiariedade: observação e respeito pelos mandatos institucionais. Pilares Estratégicos Para impulsionar a implementação da presente estratégia, foram identificadas sete áreas estratégicas de acção (as áreas de acção e as actividades da amostra figuram do anexo ao presente documento). 1) Pilar 1: Política de viabilização: criação de políticas adequadas que permitam que o agronegócio se enraíze e floresça; 2) Pilar 2: Monitoramento e relatórios de progresso: acompanhamento dos progressos realizados e aprendizagem simultânea. 3) Pilar 3: Pesquisa estratégica e gestão do conhecimento: fornecimento de apoio através de pesquisa de ponta de modo a tornar os produtos agrícolas africanos competitivos e relevantes. 4) Pilar 4: Facilitação de parcerias: apoiar, em particular, a modelagem de parcerias inovadoras público-privados-produtores, críticas para a integração de pequenos produtores nas cadeias de valor competitivas. 5) Pilar 5: Criação sistêmica de capacidade: criação de capacidades humanas, institucionais e outras necessárias para o desenvolvimento do agronegócio moderno. 6) Pilar 6: Financiamento inovador: apoiar inovações financeiras que

3 Pág.3 aumentem a entrada de capital, quer a partir de fontes domésticas quer de fontes externas, para as cadeias de valor agrícolas africanas. Integração da juventude e do género no agronegócio africano Apesar de as mulheres e os jovens constituírem a maioria dos principais produtores de alimentos, estes não estão adequadamente envolvidos em actividades de grande valor do agronegócio, nomeadamente o processamento, comercialização, exportação e outras actividades de agregação de valor aos produtos agrícolas. Essa participação distorcida limita o potencial global do agronegócio africano, pois cria desincentivos para uma maior produtividade. A estratégia concentra-se em mulheres e jovens de várias formas relevantes, nomeadamente: 1) Melhoria da inclusão financeira de mulheres e jovens; 2) Aumento do acesso das mulheres e dos jovens aos principais mercados agrícolas; 3) Formação, orientação, incubação e treinamento da próxima geração de empresários e agronegócios. Implementação da Estratégia: Funções e Responsabilidades A implementação da presente estratégia é uma responsabilidade que cabe a todos os actores do agronegócio africano. No entanto, está previsto que os órgãos da UA, precisamente a CUA e a NPCA, sejam os principais propulsores da sua implementação a nível continental, oferecendo liderança técnica e apoio em termos de coordenação. Além disso, espera-se que as CER desempenhem o papel de liderança na supervisão da implementação a nível regional, e por outro lado, os Estadosmembros, através dos Planos Nacionais de Investimento Agrícola (PNIA), procedam a gestão da implementação a nível nacional. A estratégia propõe o estabelecimento de Câmaras Africanas (continentais) e nacionais de Agronegócios para mobilizar empresários do sector privado envolvidos no agronegócio. Ademais, a estratégia prevê Monitoramento e Avaliação da sua implementação no contexto dos sistemas de relatório bienal do CAADP.

4 Pág.4 Anexo 1: Resumo dos cronogramas detalhados de acção prioritária e responsáveis pela implementação Acções prioritárias Defender uma reforma da política de modo a criar um ambiente favorável par o agronegócio (a política deve visar objectivos, como o agronegócio na camada juvenil e o acesso ao capital a longo prazo bem como o financiamento em condições favoráveis). Priorizar/fortalecer as mulheres e os jovens que operam no sector do agronegócio em matéria de programação em PNIA e PRIA existentes bem como os da próxima geração. Compromisso de alto nível por parte de instituições financeiras, bancárias e de seguros no desenvolvimento de pacotes de financiamento inovadores e substanciais virados para mulheres e jovens. Fortalecimento dos sistemas de informação e de gestão do conhecimento de modo a garantir que o componente do agronegócio seja tomado em consideração nos mecanismos de responsabilização mútua do CAADP/relatórios bienais. Estabelecer regimes comerciais simplificados orientados para as mulheres e jovens a nível continental. Cronograma de Implementação Instituição Líder > 5 anos UA 3 a 5 anos CER e EM 1 a 2 anos CUA/NPCA 1 a 2 anos CUA/NPCA 3 a 5 anos CUA/NPCA Outras instituições colaboradoras e contribuintes CER, Agências das Nações Unidas, Organizações de Agricultores, Sector Privado, OSC especificamente Grupos de Jovens Instituições Técnicas, Agências das Nações Unidas, Redes de Agricultores, Instituições Públicos e Privados vinculadas com Agronegócios, Academia CER, Agências das Nações Unidas, BAD EM, CER, NSOs, Instituições de Pesquisa CER, agências das Nações Unidas, OSC Criar e fortalecer a capacidade das instituições nacionais do sector privado para impulsionar e 6 meses CUA/NPCA/CER/ EM Sector Privado Nacional, outros parceiros

5 Acções prioritárias facilitar a transformação do agronegócio africano. Mapear as partes interessadas e actores do agronegócio, e identificar histórias de sucesso, modelos inovadores a serem aproveitados e replicados. Criar a capacidade dos actores da cadeia de valor para pesquisa, tecnologia, inovações, aplicação de TIC, mecanização para operações de agronegócio aprimoradas e aumentar as oportunidades para mulheres e jovens. Criar e fortalecer os sistemas de gestão de informação e do conhecimento para a aprendizagem e partilha, bem como o reforço da promoção de políticas. Desenvolver currículos educacionais práticos, e fortalecer o envolvimento de universidades e instituições terciárias africanas no desenvolvimento do agronegócio. Documentar, partilhar e ampliar modelos PPP inovadores (incluindo modelos privadoprivado). Cronograma de Implementação Instituição Líder 6-12 meses CUA, Sector Privado Nacional, Governo 12 Meses - contínuo CUA, Sector Privado Nacional, Governo 12 Meses - contínuo CUA, Sector Privado Nacional, Governo 12 Meses - contínuo CUA, Sector Privado Nacional, Governo, Universidades, Instituições Terciárias 6 meses + CUA/NPCA/Sector Privado Pág.5 Outras instituições colaboradoras e contribuintes NEPAD, CER, outros parceiros NEPAD, CER, outros parceiros NEPAD, CER, outros parceiros CER, outros parceiros CER, FARA, SROs, AGRF, PanAAC, Instituições de Conhecimento e outros Expandir os modelos de incubação inclusivos (por exemplo, UniBRAIN da FARA). 6 meses + FARA/AAIN SROs, PanAAC, ANAFE e outros

6 Pág.6 Acções prioritárias Cronograma de Implementação Instituição Líder Outras instituições colaboradoras e contribuintes Desenvolver e facilitar o financiamento inovador para a mobilização do capital interno Meses - contínuo BAD, UA, Sector Privado Nacional, Governo Bancos comerciais líderes (Equity, Ecobank, Stanbic, Rabobank, etc.) e outros Bancos Comerciais, ÁFRICA, Bancos Centrais, FIDA e outros. Monitoramento, avaliação e produção de relatórios, e de quadro de resultados Curto prazo ReSAKSS Instituições de Conhecimento