História 2 Módulo 5 COMENTÁRIOS ATIVIDADES PARA SALA COMENTÁRIOS ATIVIDADES PROPOSTAS REVOLTAS NATIVISTAS E MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL

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Transcrição:

História 2 Módulo 5 REVOLTAS NATIVISTAS E MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL 10. A Revolução Francesa, fundamentada nos princípios de liberdade, igualdade, fraternidade e na sobreposição da razão sobre a fé, influenciou a todos os setores da sociedade brasileira descontentes com o Pacto Colonial. 1. A atividade mineradora sustentava-se essencialmente no trabalho compulsório africano. No entanto, a ocorrência de fugas, rebeliões e formação de quilombos era igualmente intensa. Geralmente os escravos fugitivos tornavam-se ladrões, atacando tropeiros e viajantes nas estradas. 2. Após a expulsão dos holandeses do Nordeste, estes passaram a produzir açúcar nas Antilhas. A partir de então, além da perda do monopólio sobre o produto, Portugal também enfrenta o problema da excessiva oferta de açúcar no mercado internacional, situação que provocou a queda do preço. 3. A sequência correta é a da alternativa A. 4. A Coroa Portuguesa, visando aumentar a arrecadação e combater o contrabando na região das minas, passou a incentivar a delação, oferecendo como recompensa aos delatores a metade das posses do delatado, ou a liberdade, caso o delator fosse escravo e, ainda, o perdão, caso o delator fosse sócio do delatado. 5. As Câmaras Municipais representavam os interesses dos homens bons (latifundiários geralmente portugueses de nascimento que, com o tempo, passaram a questionar os mecanismos do pacto colonial, sentindo-se desprestigiados pela metrópole.). 6. A Revolução Pernambucana foi um movimento de caráter emancipacionista e republicano, inspirado nas ideias iluministas e na Revolução Francesa que contou com o apoio de outras capitanias nordestinas, como Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas. 7. As Conjurações Mineira e Baiana ou dos Alfaiates foram movimentos de libertação nacional influenciados pelo ideário iluminista e pelas Revoluções Americana (1776) e Francesa (1789). A Baiana, por ser tipicamente popular, pretendia promover a abolição da escravidão e a igualdade social e racial, sendo, assim, considerada radical. 8. Durante todo o Período Colonial, o governo português impôs à sua colônia na América o rigor do Pacto Colonial, criando ou elevando os mecanismos fiscais a partir dos quais asseguraria vultosos lucros para seus cofres reais. 9. A ideologia liberal iluminista foi a base teórica desses movimentos de libertação nacional, somada à repercussão da independência dos EUA e da Revolução Francesa. A crise na produção agrícola somada aos preços elevados dos alimentos foram as causas principais. 1. A revolta de Vila Rica foi um movimento nativista ocorrido no Brasil em 1720 liderado pelo minerador Filipe dos Santos, originada pela oposição dos principais mineradores daquela capitania contra a implantação do sistema de casas de fundição que aumentaria o custo e refletiria diretamente no valor dos impostos cobrados na região das minas. 2. O século XVIII se apresentou para o Brasil como um momento histórico repleto de descobertas e conflitos sociais. Dentre as principais consequências advindas da mineração temos: o aumento da fiscalização e tributação na colônia por parte de Portugal, o aumento da produção do mercado interno e o deslocamento do eixo econômico, antes localizado no litoral nordestino, para a região centro-sul do Brasil. 3. A expressão que se refere a questão, o falso fausto, leva em conta que a riqueza proveniente das minas não escorreu de modo natural pelos segmentos sociais existentes na colônia, esse fausto ficou retido nas entranhas de uma pequena elite colonial e serviu para aliviar um pouco a dívida de Portugal com a Inglaterra.Sobrou desigualdade social e aumentou o nível de miséria social no Brasil do século XVIII. 4. A administração colonial esteve entregue a uma série de burocratas vindos de Portugal e muitos deles utilizaramse na colônia de atitudes pra lá de absolutistas que humilhavam e espoliavam aqueles que na colônia viviam. 5. A política de catequese implementada na colônia pelos jesuítas e a construção de missões com esse objetivo ajudaram a povoar várias regiões do Brasil, entre estas se encontra o planalto central e adjacências. 6. Os movimentos nativistas ocorridos no Brasil a partir do final do século XVII e durante o século XVIII eram desprovidos de ideologia política de cunho iluminista. Não se tratou em nenhum movimento dessa natureza na abolição dos escravos na colônia. Os movimentos reportados possuíam nítida inspiração economicista, contra a retirada ou diminuição de parcelas do lucro dos colonos.foram isolados entre si e não ameaçaram o poder metropolitano de rompimento político.a revolta de Vila Rica em 1720 é um exemplo desses movimentos. Resposta correta: F F V F V PRÉ-VESTIBULAR VOLUME 2 HISTÓRIA 2 1

7. As câmaras municipais representavam o poder de mando das elites locais na colônia e no início os principais cargos eram exercidos apenas pelos homens bons geralmente portugueses que mantinham as camadas populares afastadas das principais decisões políticas. 8. A concessão de terras para colonos, sesmarias, e o aumento da atividade da pecuária foram fortes fatores que levaram ao povoamento e ocupação efetiva da região do Rio Grande do Sul. 9. Conflito entre Senhores de Engenho e comerciantes portugueses radicados em Recife. Guerra dos Mascates. Implantação do sistema de Casas de Fundição. Revolta de Vila Rica. Criação da Companhia Geral de Comércio no Maranhão e escravização de nativos pelos latifundiários maranhenses. Revolta de Beckman.Tentativa de obter exclusividade na exploração das minas e invasão dos forasteiros. Guerra dos Emboabas. 10. O uso do trabalho escravo proveniente da África, foi uma imposição de grandes comerciantes metropolitanos que enxergaram no tráfico negreiro uma oportunidade ímpar de ganhar muito dinheiro, some-se a isso a falta de aptidão do nativo para o trabalho compulsório nos engenhos e fazendas da colônia. RUMO AO "QUINTO DOS INFERNOS" Módulo 6 1. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal significou o fim do monopólio luso sobre sua colônia americana, isso representou o primeiro grande passo para acelerar nosso processo de emancipação política. 2. A permanência da Corte portuguesa no Brasil e o aumento dos custos para sua manutenção provocaram a revolta do povo do Nordeste, que se encontrava em decadência desde a transferência da capital para o Rio de Janeiro. À opressão fiscal, que intensificou o sentimento antilusitano, somaram-se a influência iluminista difundida pela Maçonaria e pelo Seminário de Olinda, além dos prejuízos acarretados pela seca de 1816. 3. Dentre as várias transformações ocorridas no Brasil com a presença da Corte portuguesa, não podemos citar a inserção do Brasil no mundo socialista, o que não ocorreu em nenhum momento de nossa história. 4. A abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal não se estendeu à França, que estava em guerra contra lusos e ingleses, que foram os grandes beneficiados com esta medida. 5. A chegada da Corte portuguesa ao Brasil inverteu a situação da colônia, que passou a ser sede do Império Português. 1. A invasão napoleônica à Portugal teve como repercussão imediata no Brasil o deslocamento da Família Real da Europa para a América em 1808 e a consequente abertura dos portos da colônia às nações amigas, somando-se a isso os tratados de 1810 que eram favoráveis a Inglaterra e uma modernização do Rio de Janeiro com obras de caráter social e cultural naquela cidade. 2. O tráfico de escravos continuou acontecendo mesmo após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em 1808. 3. Abertura dos portos brasileiros a outras nações e a assinatura dos tratados de 1810 com a Inglaterra são atos do período joanino efetuados no Brasil a partir de 1808. 4. Com a economia portuguesa em crise o comércio que se desenrolará no Brasil depois da Abertura dos Portos em 1808, aliviará um pouco a grave situação financeira pela qual passava Portugal. 5. No momento em que acontece a Revolução do Porto em Portugal, D.João VI é convocado às pressas pelos lusitanos e tendo que voltar para sua Pátria deixa no Brasil seu filho, D.Pedro com o título de Príncipe Regente em 1821. 6. No período em que se encontra no Brasil, a Corte portuguesa contribuiu bastante para o fim do pacto colonial com a abertura dos portos e todo o desenrolar do processo de independência pelo qual passará o nosso país. 7. Depois da efetivação do Bloqueio Continental imposto por Napoleão a toda a Europa e com a desobediência portuguesa em cumpri-lo, a Corte portuguesa embarca para o Brasil onde aqui chegando abre os portos às nações que fossem amigas, beneficiando com isso as relações comerciais entre Portugal e Inglaterra. 8. Os tributos cobrados de forma diferenciada entre brasileiros e portugueses se constituíram em causas que levaram a eclosão da Revolução Pernambucana de 1817. 9. Abertura dos portos às nações amigas, Invasões da Guiana Francesa e da Cisplatina e a chegada ao Brasil de uma missão de artistas franceses são acontecimentos ligados à presença da corte lusitana no nosso país. 2 PRÉ-VESTIBULAR VOLUME 2 HISTÓRIA 2

10. Durante o período joanino ( 1808-1821) não se verifica no Brasil uma redução da carga tributária, pelo contrário, houve uma progressiva elevação do custo de vida na colônia. "EM DEPENDÊNCIA OU MORTE!" Módulo 7 1. O reconhecimento interno da independência proclamada em 7 de setembro de 1822 foi tão conflituoso quanto o reconhecimento externo, haja vista que durante todo o período colonial a metrópole desestimulou a construção do nacionalismo, incentivando a manutenção do isolacionismo entre as capitanias, pois a aproximação entre as lideranças regionais poderia pôr em risco a posse sobre a colônia. 2. O autoritarismo que marcou o Primeiro Reinado, sustentado no Poder Moderador, que atribuía plenos poderes a D. Pedro I, foi alvo de inúmeros conflitos, como a Confederação do Equador, no Nordeste, e as Noites das Garrafadas, no Rio de Janeiro, este último envolvendo brasileiros contra portugueses partidários do imperador. 3. Os espanhóis, após a usurpação do trono real por Napoleão, que depôs o rei Carlos IV e impôs seu irmão, José Bonaparte, direcionaram todas as suas forças no intuito de devolver o trono a seu rei, descuidando-se de suas colônias na América, enquanto a Corte portuguesa, ao transferir-se para o Brasil, promoveu a inversão do sentido colônia-metrópole, pois a sede da administração lusa agora estaria indeterminadamente fixada no Brasil. 4. Diversos fatores concorreram para o desgaste da imagem de D. Pedro I e sua consequente abdicação, destacando-se a imposição da Constituição de 1824, sustentada no Poder Moderador, a forma violenta utilizada para reprimir a Confederação do Equador, a derrota na Guerra da Cisplatina, o envolvimento na questão da sucessão ao trono português e a crise econômica que culminou com a falência do Banco do Brasil, em 1829. 5. Diversos fatores concorreram para o desgaste da imagem de D. Pedro I e sua consequente abdicação, destacandose a dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, cujos parlamentares pretendiam limitar os poderes do Executivo, a extrema violência aplicada aos revolucionários da Confederação do Equador e o envolvimento na questão da sucessão ao trono português. 6. A independência não trouxe grandes alterações na estrutura econômica e social do Brasil, sendo mantidos a economia agrário-exportadora, o latifúndio, a escravidão e a exclusão social. 7. O apoio da aristocracia rural à emancipação política brasileira não significou que esta desejasse que houvesse uma alteração na estrutura econômica e social do país. 8. A Assembleia Constituinte que elaborou o projeto conhecido por Constituição da Mandioca se chocou com os interesses do Imperador D. Pedro I à medida em que procurou limitar os poderes do imperador. 9. Um dos principais objetivos da Revolução Liberal do Porto era a recolonização do Brasil. 10. Os artigos citados demonstram a força política e os poderes delegados ao Imperador pela Constituição de 1824. 1. a) Nas primárias que escolhiam os eleitores das províncias, não votavam: estrangeiros não naturalizados; brasileiros sem direitos políticos; menores de 21 anos; menores de 25 anos, excetuando-se os que, tendo mais de 21 anos, fossem casados, bacharéis formados e oficiais militares; índios; mulheres; religiosos regulares; criados de servir; filhos que vivessem na dependência dos pais; todos os detentores de renda anual inferior a 100 mil-réis. b) Alguns requisitos para ser um eleitor nos Colégios Eleitorais: não ser liberto; não estar envolvido em querelas e devassas e ter uma renda anual superior a 200 mil-réis. 2. A escravidão acompanhou grande parte da história do nosso país e em particular da cidade do Rio de Janeiro onde se concentrou uma enorme quantidade de negros cativos. 3. Logo no período inicial de nossa fase de autonomia política o Brasil se encontrava numa deplorável situação econômica em grande parte devido a dependência do capital inglês. 4. Nos primeiros momentos após a proclamação de nossa independência política, aconteceram algumas revoltas ocasionadas por portugueses que aqui residiam e estavam temerosos em perder os seus privilégios, essas revoltas aconteceram no Pará, no Maranhão, no Piauí e na Bahia. PRÉ-VESTIBULAR VOLUME 2 HISTÓRIA 2 3

5. O voto pela Constituição de 1824 era censitário e indireto, o que levava a uma natural elitização do eleitorado no Império. 6. A escravidão acompanhou a nossa sociedade mesmo após proclamada a independência do Brasil. As leis que dificultavam o acesso à terra por parte de ex-escravos foi um fator que contribuiu para o crescimento do latifúndio. 7. Mesmo se modernizando um pouco a partir do século XIX, a sociedade brasileira ainda manteve a escravidão que serviu de mácula para esta sociedade, que terminou sendo o último reduto das Américas a libertar os negros cativos. 8. A imigração europeia só acontece no Brasil durante o Segundo Reinado por volta de 1870, impulsionada pelo crescimento da cultura cafeeira. 9. O texto faz alusão à grande quantidade de escravos existentes no Brasil nessa época, bem como mostra-nos as principais atividades exercidas por estes no cotidiano das cidades brasileiras. 10. Ocorreram de maneiras diferentes os processos de independência das Américas portuguesa e espanhola. Do lado espanhol houve uma fragmentação política, com a criação de vários países, enquanto no lado português, o Brasil conseguiu manter a unidade política e sua extensão territorial. Módulo 8 PERÍODO REGENCIAL E REBELIÕES REGENCIAIS 1. O período regencial foi um dos mais conturbados da história brasileira, quando a própria unidade nacional esteve em jogo. Esse período foi marcado por diversos conflitos regionais, tendo como principais motivos a questão da centralização política e o descaso governamental com o povo, como ficou registrado na Revolta dos Cabanos, ou Cabanagem, um movimento essencialmente popular ocorrido no Pará, entre 1835 e 1840. 2. Os restauradores, adeptos da monarquia absoluta, eram remanescentes do Partido Português e defendiam o retorno de D. Pedro I para o trono brasileiro. O grupo dos exaltados era formado, principalmente, pelas camadas médias urbanas, enquanto que os moderados eram constituídos pelos representantes da aristocracia rural. Essas duas correntes políticas compunham o chamado Partido Brasileiro e tinham se aliado para derrubar D. Pedro do poder. 3. Por meio do Ato Adicional de 1834 as províncias ganharam maior autonomia. Foram criadas Assembleias provinciais nas províncias. Essas Assembleias tinham autonomia administrativa, mas seus presidentes continuavam sendo escolhidos pelo Governo central, que garantia assim o seu controle. Assim, a descentralização foi bastante limitada aos olhos dos exaltados. Segundo os moderados, a descentralização concedida foi a chave para as diversas revoltas ocorridas nas províncias durante o período. 4. A Guarda Nacional foi criada pelo Padre Diogo Antônio Feijó, em 1832, quando ocupava o Ministério da Justiça. Era dirigida pelas elites políticas locais, demostrando a falta de confiança do governo na fidelidade do Exército. A Guarda Nacional era recrutada entre os cidadãos com renda anual superior a 200 mil réis, nas grandes cidades, e 100 mil réis nas demais regiões. Seu objetivo era combater a anarquia, reprimindo movimentos populares que ameaçassem a ordem e a unidade nacional. 5. O posicionamento desses partidos a nível regional não se diferenciava da postura nacional. A oposição entre elas devia-se basicamente à disputa pelo poder e à forma de organização desse poder, onde os conservadores defendiam a centralização político-administrativa e os liberais inclinavam-se pelo fortalecimento do parlamento e pela maior autonomia provincial. Quando estavam no poder, ambos tratavam de varrer toda e qualquer força ou influência do adversário. 1. O Período Regencial, vivenciado pelo Brasil entre 1831 e 1840, foi um dos mais conturbados da nossa história, com uma série de rebeliões de cunho separatista que puseram em perigo a unidade territorial e política do Brasil. 2. O Ato Adicional de 1834 é o momento de maior descentralização política ocorrido no período regencial e propõe uma alternativa republicana dentro de uma monarquia acéfala. 3. Em 1831 o então Ministro da Justiça da Regência Trina Permanente, Diogo Feijó, promulgou uma lei que impedia o tráfico de escravos para o nosso país. Essa referida lei jamais foi cumprida e ficou conhecida popularmente como lei para inglês ver. 4. Não se discutiu durante o período regencial no campo político a abolição dos escravos, pois a elite de liberais e conservadores estava mais empenhada em conseguir o domínio das ações naquele espaço cronológico. 4 PRÉ-VESTIBULAR VOLUME 2 HISTÓRIA 2

5. As rebeliões regenciais puseram em xeque, a continuidade da nossa unidade territorial e política, pois o separatismo esteve presente na grande maioria dos conflitos. 6. Os saquaremas, como eram chamados os conservadores, defendiam a manutenção da unidade territorial através de uma monarquia forte e autoritária, não dando margens para manobras dos luzias, no caso os liberais que queriam a todo custo implementar instituições republicanas no Brasil. 7. Os principais grupos políticos que atuaram no início do período regencial foram: os restauradores que queriam a volta de D.Pedro I, os liberais moderados que queriam manter o poder a todo custo e os liberais exaltados que defendiam os ideais republicanos. 8. Os restauradores que desejavam a volta de D. Pedro I, que se encontrava em Portugal eram chamados de Caramurus, uma alusão a um jornal editado por esta facção que fazia a propaganda de suas ideias. 9. A Guarda Nacional foi criada em 1831 pela ação do Padre Feijó, então Ministro da Justiça, com objetivo de abrir um leque maior de poder paralelo ao governo central que teria apoio das camadas da elite rural. 10. Os movimentos regenciais ocorridos no Brasil naquele período tinham nitidamente caráter contrário ao poder central e visavam muitos deles o separatismo. -10309 Rev.: Juliana PRÉ-VESTIBULAR VOLUME 2 HISTÓRIA 2 5