Bundles: a new language and a new methodology

Documentos relacionados
INTRODUÇÃO RECOMENDAÇÕES

Feixe de Intervenções

Plano Nacional Segurança do Doente Formação-Ação

ÍNDICE DE QUALIDADE PPCIRA COMO MONITORIZAR?

Feixes de intervenções partilha de experiências Infeção do trato urinário associado a cateter vesical

VI Jornadas ANCI Combater a infeção e as resistências: Problema e Desafio BUNDLE DO CATETER URINÁRIO

Prevenção da infeção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central

Dimensão Segurança do Doente Check-list Procedimentos de Segurança

Prevenção das IACS Ponto da Situação Paulo André Fernandes, Maria Goreti Silva, Ana Paula Cruz, José Artur Paiva

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ASSOCIADA A CATETER VESICAL

Guia: Auditoria às Precauções Básicas do Controlo de Infeção (PBCI)

NORMA. Prevenção da infeção relacionada com cateteres vasculares. Revisão:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER INTRAVASCULAR

Grupo de Coordenação do PPCIRA do SESARAM

Dimensão Segurança do Doente Check-list Procedimentos de Segurança

CONTROLO E ERRADICAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE SUPERFICIES CONTROLO DE INFEÇÃO EM AMBIENTE HOSPITALAR OPERACIONALIDADE COM VPH PPCIRA

CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)¹ MANUAL DA CCIH. POP nº 10. Versão: 01

Implementação das Precauções Básicas Experiência da ULS Matosinhos (Hospital Pedro Hispano)

V JORNADAS DA ANCI. Custos versus Benefícios em Controlo de Infeção. Nuno Morujão

Plano Nacional Segurança do Doente Formação-Ação

Políticas de Saúde na Prevenção e Controlo de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos

PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA A ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA - PAV

10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO DIVISÃO DE ENFERMAGEM

Tópico 9 Prevenção e controle de infecções

Dimensão Segurança do Doente 2017

RELATÓRIO 1ª AUDITORIA INTERNA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITAL DE SÃO GONÇALO EPE

Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA - IPCS

Audiência Comissão de Saúde Assembleia da República, 28 Setembro Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes

PREVENÇÃO DE INFECCÇÃO ASSOCIADA A CATETER VENOSO CENTRAL / CVC. Data Versão/Revisões Descrição Autor

3. Preparo do paciente antes da cirurgia Profilaxia antimicrobiana peri operatória Equipe cirúrgica Técnica cirúrgica 6

UNIVERSIDADE FEDERAL. MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO RIO DE JANEIRO POP N 81

Melhores Práticas Assistenciais

MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO.

ECDC PPS Protocolo v5.2. Formulários (a aplicar nos Hospitais Agudos Portugueses)

Procedimento Operacional Padrão

GRUPO DE COORDENAÇÃO LOCAL DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÕES E DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

Dia Internacional da Higiene das Mãos

Diretrizes Globais para a Prevenção de Infecções de Sítio Cirúrgico

Prevenção de infeções em Meio Hospitalar

Comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos e Prevenção e Controlo das Infeções e Resistências aos Antimicrobianos

Manual de Cirurgia Segura

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO DIVISÃO DE ENFERMAGEM

Higienização das Mãos

ENFERMEIRO. Thayrine Mayara Dário Enf.ª Serviço de Controle de Infecção Hospitar - HUEC

Apresentação. Componentes essenciais para programas de prevenção e controle de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS)

Campanha PBCI. Hospital de Braga. Isabel Veloso

Gestão da Segurança em Saúde

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.

FLEBITE E N F ª L U A N A Z A G O T I M E D E T E R A P I A I N F U S I O N A L H C / U F T M

Implementação da Campanha das Precauções Básicas em Controlo de Infeção num Centro Hospitalar

A INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A UCCI. NÚMERO DE ESTUDO DA UCCI PROPRIETÁRIO DA UCCI Privado Público Sem fins lucrativos

COLETA DE SANGUE PARA HEMOCULTURA

Programas de vigilância das IACS. Margarida Câmara

QUALIDADE NA SAÚDE. Aspetos Estratégicos para a Prevenção de Infeções. Departamento da Qualidade na Saúde

Precauções básicas e equipamento de proteção individual

Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade

Aplicação de bundles no controle da infecção cirúrgica. Larissa Cavassin Enfª Especialista em CCIH 23/09/2015

O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções

Comissões da Qualidade e Segurança 3ª Reunião, julho de Alexandre Diniz Filipa Homem Christo José Artur Paiva Maria João Gaspar

HALT-3 FORMULÁRIOS DO INQUÉRITO DE PREVALÊNCIA DE PONTO (IPP/PPS) NAS UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS E LARES (LTCF) Setembro 2017

Controlo de Infeção Evolução - Atualidade. Aura Gonçalves

TIPO DE MATERIAL PERIODICIDADE DE TROCA OBSERVAÇÃO. - Não há troca programada.

Metodologia e instrumentos de auditoria. Vigilância de processos Ana Geada

Melhores Práticas Assistenciais

Introdução RESUMO. 92 N. 2, Novembro/2011 CCIH, 2 UTI, 3 CTI

Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA)

CAMPANHA VIDAS SALVAS

MANUAIS ISGH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA IPCS

Um projeto para a prevenção e controlo da infeção no perioperatório

PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa:

HALT-3: FORMULÁRIOS DO ESTUDO DE PREVALÊNCIA DE PONTO (PPS) NAS UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS E LARES

INDICADORES TRANSVERSAIS

CARTILHA SEGURANÇA DO PACIENTE. Como você pode contribuir para que a saúde e segurança do paciente não seja colocada em risco na sua instituição?

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE - PCI NORMA Nº 709

CUIDADOS COM CATETERES E SONDAS

A experiência das CCI

Montando meu programa de vigilância epidemiológica : o que não pode faltar

GRUPO DE COORDENAÇÃO LOCAL DO PROGRAMA DE PREVENÇÂO E CONTROLO DE INFEÇÔES E DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

Cadastro de Fornecedores de Bens e Serviços

RECONSTITUIÇÃO, DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO

a) Avaliar sistematicamente a possibilidade de evitar o cateterismo vesical (Categoria IB) (1,2,4 15)

UCCI. I Jornadas PPCIRA. Uma Prioridade Nacional. 16 a 18 novembro Artur Paiva, Paulo André, Goreti Silva e Paula Cruz

RESPONSABILIDADE CLÍNICA

Joint Comission International - JCI

SUMÁRIO. Glossário Apresentação PARTE I PRINCÍPIOS GERAIS... 27

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS CURSO DE ENFERMAGEM

DESCRITOR: bundle, prevenção, pneumonia associada a ventilação mecânica Página: 1/7 Revisão: Emissão: Indexação: 1. INTRODUÇÃO

Higienização das Mãos II

NORMAS DE PROCEDIMENTO APÓS EXPOSIÇÃO ACIDENTAL A MATERIAL POTENCIALMENTE CONTAMINADO

SERVIÇO DE ENFERMAGEM

Fórum de Qualidade e Segurança em Anestesia Apresentação de Casos: Hospital Ernesto Dornelles

PROFILAXIA DA INFECÇÃO ASSOCIADA A ACESSOS INTRAVASCULARES

5 de maio. Experiências de Implementação da Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção CHL CENTRO HOSPITALAR DE LEIRIA

Centro de Saúde de Santo António RRCCI UAII - Santo António

HALT-3: FORMULÁRIOS DO ESTUDO DE PREVALÊNCIA DE PONTO (PPS) NAS UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS E LARES

Mesa-redonda Experiências em controlo de infeção articulação Hospital/ACES/UCCI/Lares Higiene das mãos PPCIRA, DN

Transcrição:

Bundles: a new language and a new methodology José Artur Paiva MD, PhD Diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos Direção Geral da Saúde

ERRADO CERTO Métrica Métrica Métrica Intervenção Métrica Métrica

Mudar práticas e mudar pessoas Estratégias orientadas para o conhecimento - educação - feixes de intervenções (bundles) Estratégias orientadas para o comportamento - estratégias facilitadoras: remover barreiras e bloqueios à mudança - estratégias directivas:

Bundles = Feixes Feixes são um conjunto de intervenções (geralmente 3 a 5) que, quando agrupadas e implementadas de forma integrada, promovem melhor resultado, com maior impacto do que a mera adição do efeito de cada uma das intervenções individualmente.

Feixe de intervenções têm como objetivo assegurar que os doentes recebam tratamentos e cuidados recomendados e baseados na evidência, de uma forma consistente. Cada aspeto está bem definido e apoiado em evidência proveniente de, pelo menos, uma revisão sistemática de múltiplos ensaios controlados aleatorizados bem desenhados ou em dados de, pelo menos, um ensaio controlado aleatorizado bem desenhado.

Logo a auditoria é do tipo tudo-ou-nada ( sim significa que todas as medidas foram implementadas e não significa que nem todas as medidas foram implementadas). Feixe de intervenções São bem mais do que uma lista, já que todas as intervenções são necessárias e se alguma delas não for aplicada o resultado não será o mesmo, tratando-se de um conjunto coeso de medidas em que todas têm de ser implementadas em conjunto para o sucesso ser atingido Apresenta unidade de tempo e de espaço, no sentido em que todas as intervenções ocorrem num tempo e num local ou área específicos.

Feixe de intervenções O seu poder decorre da evidência em que radica cada um dos elementos e da metodologia de implementação São múltiplas as metodologias de implementação possíveis: - nomeação de uma comissão para rever as recomendações e para as comparar com as práticas habituais da unidade clínica, - formação dos profissionais da unidade clínica sobre os seus componentes, - realização de auditorias para avaliar a adesão e a comunicação dos indicadores de processo e de resultados de retorno aos profissionais. O desenvolvimento do processo beneficia de uma abordagem em equipa multidisciplinar e multiprofissional.

Implementation science Study of the local system

Implementation science It s all about envolving people

Rotação de 90 º Gestão por funções Gestão por processos Médicos Enfermeiros Microbio logistas Administradores Hospitalares Ass. Op

Feixes de intervenções

Feixe de intervenções Prevenção de ILC 1. Realizar banho com clorohexidina a 2% no dia anterior à cirurgia e, no dia da cirurgia, com pelo menos 2 horas de antecedência (Recomendação IB) (1-10) ; 2. Administrar antibiótico para profilaxia antibiótica cirúrgica dentro dos 60 minutos anteriores à incisão cirúrgica, sempre que indicado (Recomendação IA) (1-13) 3. Em dose única ou durante um máximo de 24 h de acordo com a Norma N.º 031/2013 Profilaxia Antibiótica Cirúrgica (Recomendação IA) (11). 4. Evitar tricotomia (Recomendação IIA) e, quando absolutamente necessária usar máquina de corte imediatamente antes da intervenção cirúrgica (Recomendação IA) (1-10, 14) ; 5. Manter normotermia peri-operatória (temperatura central 35,5ºC) (Recomendação IA) (1-10, 15-18) ; 6. Manter glicemia 180 mg/dl durante a cirurgia e nas 24 horas seguintes (Recomendação IA) (1-10, 19-24) ;

Auditoria do feixe de intervenções de prevenção de ILC 1: Implementação Integrada do Feixe de Intervenções Critérios Sim Não N/A Existe evidência de que no doente é realizado banho com clorohexidina a 2% no dia anterior à cirurgia Existe evidência de que no doente é realizado banho com clorohexidina a 2% no dia da cirurgia, com pelo menos 2 horas de antecedência EVIDÊN CIA Existe evidência de que no doente é administrado antibiótico para profilaxia antibiótica cirúrgica dentro dos 60 minutos anteriores à incisão cirúrgica, sempre que indicado, em dose única ou durante um máximo de 24 horas de acordo com a Norma N.º 031/2013 profilaxia Antibiótica Cirúrgica Existe evidência de que no doente é evitada tricotomia e, quando absolutamente necessária é usada máquina de corte imediatamente antes da intervenção cirúrgica Existe evidência de que no doente é mantida normotermia perioperatória (temperatura central 35,5ºC) Existe evidência de que no doente é mantida glicemia 180 mg/dl durante a cirurgia e nas 24 horas seguintes Sub-total 0 0 0 ÍNDICE CONFORMIDADE %

Indicador de adesão ao feixe de intervenções de prevenção de ILC Taxa de adesão ao feixe de intervenções: Numerador: número de cirurgias em que foram realizadas todas as intervenções indicadas no feixe Denominador: número de cirurgias

Feixe de intervenções para prevenção de infeção urinária a cateter urinário 1. Avaliar sistematicamente a possibilidade de evitar o cateterismo vesical (Recomendação IB) e documentar sistematicamente a razão que o torna necessária no processo clínico (Recomendação IC); 2. Cumprir a técnica assética no procedimento de cateterismo vesical e de conexão ao sistema de drenagem (Recomendação IB) 3. Cumprir a técnica limpa, nomeadamente com correta higiene das mãos e uso de luvas e avental, no manuseamento do sistema de drenagem, de forma individualizada, doente a doente, mantendo constantemente a conexão do cateter vesical ao sistema de drenagem (Recomendação IB); 4. Realizar a higiene diária do meato uretral, pelo doente (sempre que possível) ou pelos profissionais de saúde (Recomendação IB) com ensino ao doente e família sobre cuidados de prevenção de ITU associada a cateter vesical (Recomend IIaC); 5. Manter cateter vesical seguro, com o saco coletor constantemente abaixo do nível da bexiga e esvaziado sempre que tenha sido atingido 2/3 da sua capacidade (Recomendação IB); 6. Verificar diariamente a necessidade de manter cateter vesical, retirando-o logo que possível e registando diariamente no processo clínico as razões para a sua

Critérios Auditoria do feixe de intervenções de prevenção de ITUACV 1: Implementação Integrada do Feixe de Intervenções Existe evidência de que no doente é efetuada avaliação sistemática da possibilidade de evitar o cateterismo vesical e documentação sistemática da razão que o torna necessária no processo clínico Existe evidência de que no doente é efetuado cumprimento da técnica assética no procedimento de cateterismo vesical e de conexão ao sistema de drenagem Existe evidência de que no doente é efetuado cumprimento da técnica limpa, nomeadamente com higiene das mãos e uso de luvas e avental, no manuseamento do sistema de drenagem, de forma individualizada, doente a doente, mantendo constantemente a conexão do cateter vesical ao sistema de drenagem Existe evidência de que no doente é efetuada realização da higiene diária do meato uretral, pelo doente (sempre que possível) ou pelos profissionais de saúde com ensino ao doente e família sobre cuidados de prevenção de infeção urinária associada a cateter vesical Existe evidência (peço o favor de fazer o texto com base no ponto e) da Norma. Existe evidência de que no doente é efetuada verificação diária da necessidade de manter cateter vesical, retirando-o logo que possível e registando diariamente no processo clínico as razões para a sua manutenção Sub-total 0 0 0 ÍNDICE CONFORMIDADE % Sim Nã o N/ A EVIDÊNC A

Indicador de adesão ao feixe de intervenções de prevenção de ITUACV 1. Taxa de adesão ao cumprimento do feixe relacionado com a introdução do cateter vesical Numerador: número de algaliações em que foram cumpridos os pontos 1) e 2) do feixe de intervenções Denominador: número de algaliações 2. Taxa de adesão ao cumprimento do feixe relacionado com a manutenção do cateter vesical Numerador: número de doentes dia em que foram cumpridos os pontos 3), 4), 5) e 6) do feixe de intervenções Denominador: número de doentes dia

Feixe de intervenções para prevenção de pneumonia associada à ventilação 1. Rever, reduzir e, se possível, parar diariamente a sedação, maximizando a titulação do seu nível ao mínimo adequado ao tratamento e documentar no processo clínico (Recomendação IA) (1-7) ; 2. Discutir e avaliar diariamente a possibilidade de desmame ventilatório e/ou extubação, com formulação diária de plano de desmame/extubação, registado no processo clínico (Recomendação IA) (1-4, 8-11) ; 3. Manter a cabeceira do leito em ângulo 30º, evitar momentos de posição supina e realizar auditoria diária ao cumprimento desta medida, registando no processo clínico (Recomendação IIbA) (1-4,12-15) ; 4. Realizar higiene oral com gluconato de clorhexidina a 0,2%, pelo menos 3 vezes por dia, em todos os doentes, com idade superior a 2 meses, que previsivelmente permaneçam na UCI mais de 48 horas e documentar no processo clínico (Recomendação IIA) (1-4,16-24) ; 5. Manter circuitos ventilatórios, substituindo-os apenas quando visivelmente sujos ou disfuncionantes (Recomendação IA) (1-4, 25-28) 6. Manter pressão do balão do tubo endotraqueal entre 20 e 30 cmh 2 O (Recomendação IIC) (29,30).

Indicador de adesão ao feixe de intervenções de prevenção de PAV Taxa de cumprimento do feixe de intervenções de prevenção de PAV: Numerador: número de dias doente em que foram realizadas todas as intervenções indicadas no feixe Denominador: número de dias doente

Feixe de intervenções para prevenção de infeção relacionada com CVC na colocação do CVC 1. Avaliar a necessidade de colocar cateter venoso central, registar a razão da sua necessidade e, em caso afirmativo, selecionar cateter venoso central com número mínimo de lumens adequado à situação do doente (Recomendação IC) 2. Realizar preparação pré-cirúrgica das mãos e precauções de barreira máximas (bata estéril, luvas estéreis, touca e máscara) por operador, ajudantes e todos os circunstantes ao procedimento de colocação de cateter venoso central, num raio de 2 metros (Recomendação IC) 3. Realizar antissepsia da pele do doente com clorohexidina a 2% em álcool, antes da colocação do cateter venoso central (Recomendação IA): 4. Usar campo cirúrgico que cubra totalidade da superfície corporal do doente (Recomendação IIC) 5. Não usar acesso femoral, sempre que possível (Recomendação IA): 6. Utilizar técnica asséptica na realização do penso (Recomendação IIaC).

Feixe de intervenções para prevenção de infeção relacionada com CVC na manutenção do CVC 1. Avaliar diariamente a necessidade de manter o cateter venoso central (Recomendação IIaC) 2. Realizar higiene das mãos com clorohexidina a 2% em álcool ou com solução antissética de base alcoólica antes de manusear o cateter venoso central (Recomendação IIaC) 3. Descontaminar as conexões com clorohexidina a 2% em álcool ou álcool a 70º antes de qualquer manuseamento local (Recomendação IIaC) 4. Mudar penso com periodicidade adequada e utilizando técnica assética (Recomendação IIaC)

Indicadores de adesão ao feixe de intervenções de prevenção de IRCVC Taxa de cumprimento do feixe de intervenções de colocação do CVC : Numerador: número de procedimentos de colocação de cateter venoso central em que são cumpridos todos os elementos do feixe intervenções, nomeadamente de 1) a 6) Denominador: número de procedimentos de colocação de CVC Taxa de cumprimento do feixe de intervenções de penso do CVC: Numerador: número de dias doente em que são cumpridos os pontos 1) e 4) do feixe intervenções de manutenção do CVC Denominador: número de dias doente Taxa de cumprimento do feixe de intervenções de manutenção do CVC em Numerador: número de manuseamentos do cateter venoso central que são cumpridos os pontos 2) e 3) do feixe intervenções de manutenção do CVC Denominador: número de manuseamentos do CVC

Feixes de intervenções Prevenção de infeção do local cirúrgico Prevenção da infeção urinária associada a cateter vesical Prevenção da pneumonia associada à intubação Prevenção da infeção relacionada com cateter venoso central

CONHECIMENTO PRÁTICA

CONHECI MENTO PRÁTICA COMPORT AMENTO

CONHECI MENTO PRÁTICA COMPORT AMENTO CULTURA