CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

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16 TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE CARGAS RELATIVAS NAS MODIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA, COORDENAÇÃO MOTORA, TESTES NEUROMUSCULARES E POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES EM CRIANÇAS PRATICANTES DE AQUATLHON CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS AUTOR(ES): MARCIA TORRES LUZ ORIENTADOR(ES): RODRIGO PEREIRA COLABORADOR(ES): BRUNA FREITAS, FABRÍCIO MADUREIRA, JOSÉ VICTOR MESSIAS, MARIANA VILLANI

UTILIZAÇÃO DE CARGAS RELATIVAS NAS MODIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA, COORDENAÇÃO MOTORA, TESTES NEUROMUSCULARES E POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES EM CRIANÇAS PRATICANTES DE AQUATLHON RESUMO O Aquathlon é um esporte caracterizado por duas modalidades sucessivas (nataçãocorrida). O número de crianças participando deste tipo de prova tem aumentado significativamente na baixada santista, onde os mesmos devem percorrer distâncias de natação e corrida, sendo respectivamente 500 metros e 3km. Mais recentemente, um número muito significativo de crianças tem se envolvido neste tipo de modalidade, com provas de diferentes distancias, adaptando a modalidade as características fisiológicas do organismo infantil. Apesar do Aquathlon incentivar crianças no domínio de habilidades complexas que resultam em alto gasto calórico, o que contribui para a minimização do quadro atual que nosso país desenvolve de epidemia na obesidade infantil, ainda falta robustez nos efeitos reais deste tipo de prática que possam fundamentar programas mais controlados e eficazes. O objetivo deste experimento foi analisar os efeitos de um programa de treinamento de Aquathlon na composição corporal e no desempenho motor de crianças da rede pública de ensino. Foram analisadas 15 crianças de 10 a 12 anos da cidade de Santos/SP. O programa foi elaborado com duração de 80 minutos de treinamento, sendo 40 minutos de natação e 40 minutos de corrida. O projeto de pesquisa teve duração de 4 meses, e as aulas tiveram frequência de 3 sessões semanais. Os testes aplicados foram: Antropometria e composição corporal (Slaughter et al.1988), onde foram avaliadas a massa corporal total (MC), massa isenta de gordura (MI) e massa gorda (MG) e o desempenho motor das crianças será avaliado através da bateria de teste KTK, Após a verificação e confirmação da normalidade dos dados, será utilizado o teste T Student para amostras pareadas, para comparar as variáveis pré e pós prova. O nível de significância será aceito em α 0,05. INTRODUÇÃO A aprendizagem é um dos fatores inerentes a proficiência que vem sendo estudado ao longo dos anos. A mesma pode ser conceituada como um processo de informação organizada, processada na memória e disponibilizada para ser relembrada em diversas situações (GALLAHUE& DONNELY, 2008). Ainda, a aprendizagem tem potencial para induzir como consequência a proficiência motora que tem se mostrado decisiva na aquisição de habilidades mais complexas o que resulta em um maior envolvimento com atividade física (GALLAHUE, OZMUN & GOODWAY, 2013). Diferentes estudostêm demonstrado que crianças com alto nível de proficiência em habilidades motoras podem ser mais ativas que as crianças com baixa proficiência que podem desenvolver baixa competência física, resultando em menor envolvimento em

atividades físicas na adolescência (CLIFF, 2009; FISHER, 2005; WILLIAMS, 2008 & BARNETT, 2008). Portanto, a potencialização da proficiência motora parece apresentar uma forte correlação com níveis ótimos de atividade física. É bastante sólido na literatura acadêmica atual a relevância da atividade física (AF) quando relacionados à saúde e prevenção de doenças crônicas, as resultantes positivas de níveis ótimos de AF são o aprimoramento de diversas variáveis imprescindíveis ao bom desenvolvimento humano, entre elas: força, flexibilidade, resistência muscular e capacidade cardiorrespiratória (Campos et al.,2004; Burgos et al.,2012). Um dos aspectos mais fascinantes é a relação entre o exercício, atividade física e a longevidade (SUNDQUIST et al., 2004; MANINI et al., 2006; INOUE et al., 2006) sendo que os estudos mostram de forma geral que os indivíduos que eram fisicamente ativos na infância/adolescência apresentam um menor risco de mortalidade por todas as causas e uma melhor qualidade de vida na fase adulta, do que os fisicamente inativos. O envolvimento de crianças e jovens na pratica de AF pode ser um indicador para a redução dos índices de sedentarismo, promovendo qualidade de vida e prevenção de possíveis doenças crônicas degenerativas, melhores níveis de coordenação motora, potencializando maiores envolvimentos com rotinas saudáveis ao longo da vida adulta(oliveira & FISBERG,2003; RODRIGUES et al., 2005; WEINECK,2003; LEVANDOSK et al, 2009; NERIS et al.,2012; CAMPOS.2004; BURGOS et al., 2012).AF que envolvam processos competitivos nos quais os resultados podem ser normatizados para diferentes populações, bem como, comparados em termos de performance ao longo do tempo, parecem aumentar o envolvimento dos praticantes. Uma modalidade, que possui estas características e que tem crescido de forma muito significativa no litoral do estado de São Paulo, é o Aquathlon, portanto, o aprofundamento da estrutura deste tipo de esporte merece maior atenção, como será descrito a seguir. O Aquathlon é a interação de duas modalidades (natação e corrida). Ele surgiu sendo uma variação do Triathlon (natação, ciclismo e corrida) e elaborada pela UIT (União Internacional de Triathlon), com o intuito de divulgar a modalidade triathlon e por ser de baixo custo e fácil acesso para a população(madsen et al, 2014). O Aquathlon chama a atenção pelo dinamismo e rapidez da prova. No Brasil suas competições são disputadas nas distâncias médias de 500mts de natação e 3,000mts de corrida de acordo com seu design. Em nossa região é crescente o número deste tipo de modalidade devido às condições favoráveis à prática; estes tipos de disputa estão sendo desenvolvidas em ambientes fechados (indoor), em centros de treinamentos e academias. A mesma tem se mostrado eficiente quando relacionadas a crianças, como exemplo o trabalho desenvolvido por Pereira, et al., (2011)onde os pesquisadores identificarambenefícios da modalidade para este público em aspectos físicos como

ganho de força e potência.entretanto, se a análise for isolada para os esportes que envolvem o Aquathlon, encontram-se estudos robustos na natação,como exemplo, para valores antropométricos, capacidade física e velocidade de nado em adolescentes (GELADASet al, 2005) e coordenação motora com deficientes físicos(rodrigues & LIMA, 2014). Já para estudos envolvendo a corrida, pode-se observar que, o estabelecimento de metas com crianças obesas e com sobrepeso, obtiveram melhor desempenho quando comparado com crianças sem metas, para as variáveis de aptidão física e melhora da composição corporal (NOGUEIRA et al.,2012). Finalmente, parece ser consenso na literatura acadêmica, que um programa com o ensino de habilidades de complexidade e dificuldade progressivas, somadas a sistematização de cargas individualizadas faz-se necessário em essência (MORAES, 2012). Tendo em vista que os resultados apresentados na literatura, em geral, tendem a apontar para a influência da dificuldade motora e o baixo nível de aptidão física, como os dados apresentados no estudo de Santos, et al, (2012) investigando crianças com e sem dificuldades motoras. Espera-se que as crianças com dificuldades motoras apresentem desempenhos inferiores comparados aos dos seus pares, especialmente nas variáveis relacionadas com força/potência, resistência muscular de membros e resistência cardiorrespiratória. Ainda, a proporção de crianças com sobrepeso e obesidade é maior entre os indivíduos com dificuldades motoras(cairney, et al., 2007). Este resultado tende a reforçar a associação epidemiológica existente entre sedentarismo e obesidade (HILLS, et al., 2011).Nessa perspectiva, o presente estudo faz uma relação inversa as obras supracitadas, sendo o objetivo analisar se o aumento do nível de atividade física de crianças, em uma modalidade como o Aquathlon, pode influenciar níveis de ótimos de coordenação motora. JUSTIFICATÍVA A literatura atual indica que a baixa coordenação motora é um potencial problema de saúde pública, haja vista, sua forte relação com o surgimento precoce de doenças crônico degenerativas. Portanto, o incentivo e o favorecimento de possibilidades que aumentem o envolvimento de crianças com níveis maiores de AF faz-se imperioso e o Aquathlon parece ser uma modalidade bastante promissora no litoral em função das características ambientais favorecerem a prática. OBJETIVOS Foi analisado nessa pesquisa, a influência de um programa de treinamento de Aquathlon com utilização de cargas relativas de esforço sobre a coordenação motora geral, composição corporal, testes neuromusculares, potências de membros superiores e inferiores e performance motora de crianças.

MATERIAIS E MÉTODOS Após o parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Metropolitana de Santos, a amostra foi constituída por 15 indivíduos no grupo experimental e 15 no grupo controle, no qual as avaliações finais ainda estão em andamento. Ambos os grupos com idades entre 10 a 12 anos. Para o grupo experimental foi proposto um programa de treinamento com 3 sessões semanais, totalizando 15 semanas, divididas em: 1ª semana semana de avaliações pré. 2ª à 8ª semana realização do programa de treinamento: que envolveu 40min de atividades na água (natação) e 40min de atividades terrestres (corrida), com utilização de cargas relativas de esforço e para carga relativa em relação ao tempo máximo. 9ª a 14ª semana aumento nas cargas e volumes de treinamento. 15ª semana- avaliações finais (pós). TESTES Para a avaliação das variáveis foram realizados os seguintes testes: Antropometria: Estatura: foi utilizado uma fita métrica de 1,50m de comprimento, demarcamos uma parede a 1 metro do solo, e um esquadro que se posiciona junto a cabeça do avaliado, não podendo esquecer de acrescentar 1 metro ao resultado aferido pela fita; Peso: utilizamos uma balança portátil; Composição corporal: Dobras cutâneas: Subescapular e tricipital, utilizando o protocolo Slaughter et al.1988 para duas dobras. Desempenho físico: Teste de Potência Abdominal: Foram utilizados um colchonete e um cronômetro, o aluno se posicionou em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 45 graus. Com os braços cruzados sobre o tórax e o professor segurando seus tornozelos sobre o solo, ao sinal, o aluno iniciava os movimentos de flexão de tronco até tocar com os cotovelos

nas coxas e retornando à posição inicial. O resultado foi registrado pelo número de repetições executado em um minuto (Pollock & Wilmore, 1993); Salto horizontal: Para avaliar força de potência dos membros inferiores, utilizando uma trena e uma linha traçada no solo, o aluno foi orientado a posicionar-se atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semi-flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao sinal do professor, a criança saltou a maior distância possível aterrissando com os dois pés simultaneamente, realizando duas tentativas, assim considerando o melhor desempenho (Matsudo, 1995). Arremesso de Medicine-ball: Para avaliar força de potência dos membros superiores, foram utilizados 2 colchonetes, uma trena métrica, fita adesiva, medicine ball de 2 kg e um giz. O professor orientou os alunos a posicionar-se sentados sobre o colchonete, apoiando as costas sobre na parede, onde, ao sinal do mesmo, o aluno arremessou a medicine ball o mais longe possível com ambas as mãos, sem tirar as costas da parede. O aluno executou a tarefa duas vezes, onde, foi marcado a de maior distância (resultado em centímetro com uma casa decimal) (Proesp-2012). Corrida/caminhada dos 6 minutos: Para avaliar a força de resistência na terra, foram utilizados como materiais cronômetro e trena. Ao sinal do professor, os alunos correram o maior tempo possível (evitando tempos longos de caminhada) a maior metragem que conseguirem dentro do tempo determinado, a cada passagem foi informado o tempo para o aluno. Ao termino do tempo, o aluno parou a corrida permanecendo no mesmo lugar para os professores anotarem a distância percorrida (Proesp-2012). Teste potência de membro superior na água: Para avaliar a força de potência de membro superior na água, os alunos deverão realizar 25 metros girando apenas os braços, utilizando como material flutuante nas pernas uma polibóia (material este que limita a movimentação das pernas durante o nado). Ao termino da metragem será aferido o tempo de execução da tarefa. Teste potência de membro inferior na água: Para avaliar a força de potência de membro inferior na água, os alunos deverão realizar 25 metros batendo apenas as pernas, utilizando como material de apoio a prancha (material este que limita a movimentação dos braços durante o nado). Ao termino da metragem será aferido o tempo de execução da tarefa. Teste resistência do nado: Para avaliar a força de resistência na água, os alunos deverão realizar 7 minutos nadando para a maior metragem seguindo o protocolo de que: caso eles se cansem ou coloquem os pés no chão, eles não deverão andar e sim permanecerem parados no lugar até que estejam totalmente dispostos a continuarem realizando o teste.

Teste de coordenação motora geral: Para avaliar a coordenação motora geral, os alunos passaram por uma bateria de testes quantitativos seguindo provas como: trave de equilíbrio de marcha a retaguarda, salto lateral, salto monopedais e transposição lateral) (Schilling e Kiphard, 1974 KTK). Lista de proficiência do Nado Crawl: Para avaliar a coordenação motora específica na água, os alunos serão filmados de três ângulos, sendo, duas dessas filmagens subaquáticas (lados direito e esquerdo) e uma dessas filmagens de cima da superfície (posicionamento do corpo todo). Para a análise destas filmagens será utilizada uma lista de proficiência do nado crawl contendo 60 proposições de erros que os alunos poderão vir a cometer (Madureira et al, 2008) Lista de proficiência da Corrida: Para avaliar a coordenação motora específica na terra, os alunos serão filmados de ângulos, sendo, uma para cada um dos lados (direito e esquerdo). Para a análise destas filmagens será utilizada uma proposição de posicionamentos considerados adequados segundo a literatura como: Ângulos de flexão de quadril, Ângulos de flexão de joelhos, Amplitude de passadas, Postura de tronco e Ângulos de flexão e extensão de ombros. RESULTADOS

CONCLUSÃO Diante a utilização das cargas relativas individuais no programa de treinamento de Aquathlon, as crianças do grupo experimental tiveram melhoras significativas na porcentagem de gordura, performance de corrida (6 minutos) e natação (7 minutos), potência abdominal, coordenação motora geral, potência de membros inferiores e superiores. Não obtiveram diferença significativa nos testes de arremesso de medicineball e salto horizontal. ANÁLISE ESTATÍSTICA Foi analisada a normalidade dos dados e apresentaram-se normais e foi utilizado o Teste t Student de amostras em pares, para comparar as variáveis pré e pós. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Barnett, L. M., P. J. Morgan, et al. "Perceived sports competence mediates the relationship between childhood motor skill proficiency and adolescent physical activity and fitness: a longitudinal assessment." International journal of behavioral nutrition and physical activity 5(1): 40.2008; 2. Burgos, M. S., C. P. Reuter, et al., "Perfil de aptidão física relacionada à saúde de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos." Journal Health Science Institute 30(2): 171-175., 2012; 3. Cairney, J.; Hay, J.; Mandigo, J.; Wade, T.; Faught, B. E.; Flouris, A. Developmental coordination disorder and reported enjoyment of physical education in children. European Physical Education Review, London, v. 13, n. 1, p. 81-98, 2007. doi: http://dx.doi.org/10.1177/1356336x07072678 4. Campos, W.; Brum, V. P. C. Criança no esporte. Curitiba: Primapress, 2004;

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