MANUAL DO SERVIÇO DE HIGIENE HOSPITALAR



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Transcrição:

MANUAL DO SERVIÇO DE HIGIENE HOSPITALAR HOSPITAL REGIONAL DE ASSIS Núcleo de Higiene Hospitalar Serviço de Controle de Infecção Hospitalar - 1 -

SUMÁRIO Apresentação 05 Introdução 06 CAPITULO 1 DEFINIÇÕES 07 1 Conceito 08 1.1 Limpeza 08 1.1.1 Tipos de limpeza hospitalar 09 1.2 Desinfecção 10 1.3 Unidade do paciente 11 CAPITULO 2 PRODUTOS 12 2.1 Produtos saneantes 13 2.2 Critérios de compra 14 2.3 Produtos utilizados na limpeza de superfícies 15 2.3.1 Sabões e detergentes 15 2.4 Produtos utilizados na desinfecção de superfícies 16 2.4.1 Álcool 16 2.4.2. Compostos liberados de cloro ativo 16 2.4.3. Ácido peracético 16 2.5 Produtos utilizados no tratamento de pisos 17 2.5.1 Escolha do produto 17 2.5.2 Preparação 18 2.5.3 Acabamento 19 2.5.3.1 Selamento e Porosidade 19 2.5.3.2 Impermeabilização 19 2.5.3.3 Polimento 19 2.5.4 Manutenção 20 CAPITULO 3 RECURSOS HUMANOS 21 3.1 Atribuições 22 3.2 Atribuições administrativas 22 3.2.1 Quanto à apresentação pessoal 22-2 -

3.2.2 Quanto às normas institucionais 23 3.3 Atribuições Técnicas para supervisores ou encarregados do serviço de limpeza 23 3.3.1 Quanto à aquisição de produtos saneantes 23 3.3.2 Quanto aos equipamentos e materiais 24 3.3.3 Quanto aos EPI s e EPC s 24 3.3.4 Outros atribuições 25 3.4 - Definições de responsabilidade 25 CAPITULO 4 ÁREAS HOSPITALARES 27 4.1 Classificação das áreas hospitalares 28 4.2 Freqüência de limpeza das unidades 29 4.3 Especificidades de algumas unidades 31 4.4 Áreas hospitalares de circulação 32 4.5 Vidros externos 33 4.6 Áreas externas 33 4.7 Salas administrativas Hospitalares não criticas 34 4.8- Frequência de limpeza terminal programada 36 CAPITULO 5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POPs) 37 POP 1 : Limpeza do Piso Técnica Dois Baldes 38 POP 2 : Limpeza de pias, Lavatórios e tanques 40 POP 3: Limpeza de sanitários 42 POP 4: Limpeza de cestos de resíduos 44 POP 5: Limpeza de janelas e vidros 46 POP 6: Limpeza dos elevadores 47 POP 7: Limpeza terminal da unidade do paciente 49 POP 8: Limpeza e cuidados com flores e plantas 52 CAPITULO 6 UNIDADE DE QUIMIOTERAPIA 53 6.1 Conceito 54 6.2 Resíduos Quimioterápicos 54 6.2.1 Manuseio de excreções e secreções corpóreas 54 6.2.2 Cuidados com o lixo 55 6.2.3 Armazenamento dos resíduos quimioterápicos 55 6.3 Procedimentos em caso de contaminação 56-3 -

6.3.1 Contaminação pessoal 56 6.3.2 Contaminação do ambiente 56 6.3.2.1 Pequenos vazamentos 56 6.3.2.2 Grandes vazamentos 57 CAPITULO 7 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS PELA HIGIENE 58 HOSPITALAR 7.1 Equipamentos 59 7.1.1 - Máquinas lavadoras e excretoras 59 7.1.2 Enceradeiras 59 7.1.3 - Aspiradores de pó e líquidos 60 7.1.4 - Carro funcional 61 7.1.5 - Placas de sinalização 61 7.2 Materiais 62 7.2.1 - MOP ou Conjunto MOP 62 7.2.2 Rodos 63 7.2.3 - Panos de limpeza 64 7.2.4 - Baldes 64 CAPITULO 8 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 65 8.1 Recomendações para higienização das mãos em serviços de saúde. 66 8.1.1 Higienização simples das mãos 66 8.1.2 Higienização anti-séptica das mãos. 68 8.1.3 Fricção anti-séptica das mãos. 69 Referências Bibliográficas 71 Créditos 73 Anexos Anexo I Roteiro de observação diária/semanal condições de limpeza e conservação 75 Anexo II - Roteiro de observação diária/semanal Biossegurança durante os 76 procedimentos Anexo III - Roteiro de observação diária/semanal Resíduos 77 Anexo IV Modelo de etiquetas para saneantes 78-4 -

APRESENTAÇÃO O conteúdo deste manual explicita critérios de seleção dos produtos utilizados na higiene hospitalar, descreve técnicas de limpeza e desinfecção das áreas hospitalares e ressalta a importância da seleção e capacitação dos recursos humano do serviço de higiene hospitalar. Quando se define limpeza e desinfecção é importante saber que apesar dos processos estarem estreitamente interligados, possuem finalidades diferentes e que as confusões freqüentes ocorridas na prática levam ao uso inadequado dos produtos de higiene e a um falseamento dos objetivos buscados. Atualmente sabemos que o ambiente é um importante reservatório de microorganismos, especialmente os multirresistentes, nos serviços de saúde. Considerando que a Higiene Hospitalar constitui um serviço de importância prioritária e que a execução inadequada de suas atividades poderá acarretar em sérios problemas higiênico-sanitários, o Núcleo de Higiene Hospitalar e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar tem como objetivo elaborar um Manual de limpeza e desinfecção de superfícies para que o Serviço de Higiene Hospitalar possa atualizar o conhecimento dos profissionais envolvidos e promover a prática correta dos diferentes procedimentos e rotinas. - 5 -

INTRODUÇÃO A limpeza e a desinfecção de superfícies são elementos que convergem para a sensação de bem--estar, segurança e conforto dos pacientes, seus familiares e profissionais nos serviços de saúde. Corrobora também para o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, por garantir um ambiente com superfícies limpas, com redução do número de microrganismos e apropriadas para a realização das atividades desenvolvidas nesses serviços. O ambiente é apontado como importante reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, especialmente os multirresistentes. A presença de matéria orgânica favorece a proliferação de microrganismos e, ainda, o aparecimento de insetos, roedores e outros, que podem veicular microrganismos nos serviços de saúde. Dessa forma, o aparecimento de infecções nos ambientes de assistência à saúde pode estar relacionado ao uso de técnicas incorretas de limpeza e desinfecção de superfícies e manejo inadequado dos resíduos em serviços de saúde. Para o gerenciamento dos resíduos gerados, há uma comissão específica que trata o assunto, ficando o Serviço de Higiene atento no cumprimento das orientações feitas por esta comissão. Assim, o Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde apresenta relevante papel na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, sendo imprescindível o aperfeiçoamento do uso de técnicas eficazes para promover a limpeza e desinfecção de superfícies. - 6 -

CAPÍTULO 1 DEFINIÇÕES LIMPEZA DESINFECÇÃO UNIDADE DO PACIENTE - 7 -

1. CONCEITOS 1.1 LIMPEZA O Serviço de limpeza e desinfecção nos serviços de saúde tem como objetivo, manter um ambiente limpo e preparado para o atendimento de seus clientes e a conservação das superfícies fixas e equipamentos permanentes da instituição. A limpeza consiste na remoção, por meios mecânicos e/ou físicos, da sujidade depositada nas superfícies inertes que constituem um porte físico e nutritivo para os microrganismos. Buscando uma definição específica de limpeza, podemos entendê-la como o processo de remoção de sujidade mediante a aplicação de energias química, mecânica ou térmica, num determinado período de tempo. A energia química é proveniente de ação dos produtos que têm a finalidade de limpar através da propriedade de dissolução, dispersão e suspensão da sujeira. A energia mecânica é proveniente de uma ação física aplicada sobre a superfície para remover a sujeira resistente à ação de produto químico. Essa ação pode ser obtida pelo ato de esfregar manualmente com esponja, escova, pano ou sob pressão de uma máquina de lavar. A energia térmica é proveniente da ação do calor que reduz a viscosidade da graxa e gordura. Se a temperatura for alta e aplicada em tempo suficiente, ela também poderá ter ação desinfetante ou esterilizante. Consideremos então como limpeza hospitalar a limpeza das superfícies fixas e equipamentos permanentes das diversas áreas hospitalares, o que inclui pisos, paredes, janelas, mobiliários, equipamentos e instalações sanitárias. Esclarecemos que alguns microorganismos conseguem sobreviver um longo tempo em poeiras, enquanto outros são incapazes de sobreviver fora do hospedeiro por muito tempo, porém a presença de sujidade, principalmente matéria orgânica de origem humana, pode servir de substrato para a sua proliferação ou favorecer a presença de vetores, como possibilidade de transportar passivamente estes agentes. Em outras palavras, as paredes, os pisos e o teto ocupam um papel secundário na transmissão das infecções relacionadas a assistência a saúde. Contanto que suas superfícies estejam intactas e secas ou que não sejam tocadas por mãos e objetos e - 8 -

diretamente veiculados ao organismo humano, dificilmente apresentam uma condição importante de contaminação sendo por tanto desnecessária sua desinfecção rotineira. Porém, isso não significa que as mesmas não devam ser submetidas a processo de limpeza. Já ao se constar a necessidade de evitar a dispersão e circulação de poeira e de microrganismos no ar ambiente, principalmente em áreas críticas, inicia-se a especificidade da limpeza hospitalar que está relacionada com os métodos de execução, geralmente de forma úmida, molhada e/ou por aspiração e nunca por remoção seca, a qual propicia a dispersão da poeira ao ambiente. Além disso, as áreas críticas e grande parte das áreas semi-críticas são desprovidas de sistema de ralos. Se a ausência dos mesmos por um lado, é justificada para evitar a contaminação através de vetores, pela possibilidade de entrada de insetos e roedores, por outro lado é a principal causa de dificuldade para uma limpeza mais eficiente, a qual precisa ocorrer através de grande quantidade de água, esfregação mecânica e exaustão da mesma, quantas vezes seja necessário. Em outras palavras são justamente as áreas de maior risco de disseminação de contaminação as mais difíceis de limpar. Outra especificidade da limpeza hospitalar está relacionada com a freqüência e sua abrangência, levando-se em consideração o volume e os tipos de trabalho de procedimentos e de utilização das diversas áreas hospitalares. Há especificidade, também, no que se refere às formas e características com o que essas superfícies são constituídas comportando, portanto, diferentes métodos e tipos de produtos de limpeza. Devemos estar atentos também aos microorganismos de relevância epidemiológica nas Infecções relacionadas a assistência a saúde, ligados a contaminação ambiental, como o Clostridium difficile, Legionella e Aspergillus. Nos casos de reformas hospitalares deve-se realizar o isolamento da obra por meio de barreiras herméticas devido a grande quantidade de detritos, poeiras e fungo, que podem acometer principalmente os pacientes imunocomprometidos. 1.1.1 Tipos de limpeza hospitalar Os tipos de limpeza relacionados a seguir estão classificados de acordo com a sua abrangência, freqüência e os objetivos a serem atingidos. a) Limpeza concorrente É aquela realizada, de forma geral, diariamente, e inclui a limpeza de pisos, instalações sanitárias, superfícies horizontais de equipamentos e mobiliários, - 9 -

esvaziamento e troca de recipiente de lixo, de roupas e arrumação em geral. Ainda a manutenção e reposição de materiais de consumo ( papel toalha, sabonete líquido, papel higiênico, etc.). Em condições especiais esse tipo de limpeza pode e deve ser realizado mais de uma vez por dia e em áreas críticas, duas vezes ao dia, ou mais. b) Limpeza imediata ou descontaminação. Trata-se da limpeza quando é realizada quando ocorre sujidade após a limpeza concorrente em áreas críticas e semi-críticas, em qualquer período do dia. Tal sujidade refere-se, principalmente àquelas de origem orgânica, química ou radioativa, com riscos de disseminação de contaminação. Essa limpeza limita-se a remoção imediata dessa sujidade do local onde ela ocorreu e sua adequada dispensação. A técnica utilizada dependerá do tipo de sujidade e de seu risco de contaminação. c) Limpeza de manutenção É constituída de alguns requisitos da limpeza concorrente. Limitam-se mais ao piso, banheiros e esvaziamento de lixo, em locais de grande fluxo de pessoal e de procedimentos, sendo realizada nos 3 períodos do dia (manhã, tarde e noite) conforme a necessidade, através de rotina e de vistoria contínua. Exemplo de onde esse tipo de limpeza ocorre com freqüência é o pronto socorro ou ambulatório, devido à alta rotatividade de atendimento. d) Limpeza terminal Trata-se de uma limpeza e ou desinfecção mais completa, abrangendo horizontalmente e verticalmente pisos, paredes, equipamentos, mobiliários, inclusive camas, macas e colchões, janelas, vidros, portas, peitoris, varandas, grades do ar condicionado, luminárias, teto, etc, em todas as suas superfícies externas e internas. A periodicidade de limpeza de todos esses itens dependerá da área onde os mesmos se encontram e de sua freqüência de sujidade. Como exemplos, a limpeza terminal da unidade de um paciente internado deverá ser realizada a qualquer momento após sua alta, transferência ou óbito. Já a limpeza terminal do centro cirúrgico é realizada diariamente após a realização de cirurgias eletivas do dia. 1.2. DESINFECÇÃO A desinfecção é o processo aplicado a um artigo ou superfície, visando a eliminação dos microrganismos, exceto os esporos, e evitar o seu eventual deslocamento - 10 -

para outros pontos, como ocorre na limpeza. O agente utilizado para essa operação é o sabão ou detergente, seguido de enxágüe e aplicação de desinfetante. 1.3 UNIDADE DO PACIENTE A unidade do paciente compreende a cama, mesa de cabeceira, mesa de refeição, escadinha, cadeira, suporte de soro, campainha, luminária e cesto de lixo; que devem ser limpos conforme freqüência pré-estabelecida, por funcionário da higiene. Já a limpeza e desinfecção de artigos e equipamentos como bombas de infusão, de assistência ventilatória, monitores, é de competência da equipe de enfermagem. - 11 -

CAPÍTULO 2 PRODUTOS PRODUTOS SANEANTES CRITÉRIOS DE COMPRA PRODUTOS UTILIZADOS NA LIMPEZA DE SUPERFÍCIES PRODUTOS UTILIZADOS NA DESINFEÇÃO DE SUPERFÍCIES PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE PISO - 12 -

2.1 PRODUTOS SANEANTES De Acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada RDC da Anvisa nº 184, de 22 de outubro de 2001 (BRASIL, 2001), entende-se por produtos saneantes e afins mencionados no art. 1º da Lei 6.360 de 23 de setembro de 1976 (BRASIL, 1976), as substâncias ou preparações destinadas a limpeza, desinfecção, desinfestação, desodorização/odorização de ambientes domiciliar, coletivos e/ou públicos, para fins domésticos, para aplicação ou manipulação por pessoas ou entidades especializadas, para fins profissionais.essa mesma legislação classifica esses produtos como risco 1 e risco 2. Os produtos de risco 1 apresentam ph na forma pura maior que 2 e menor que 11,5 sendo necessária sua notificação junto a Anvisa. Nesse grupo estão incluídos os produtos de limpeza em geral e afins, que são notificados e haverá a expressão Produto Saneante Notificado na Anvisa, seguido do número do processo que originou a notificação. Já os produtos de risco 2 compreendem os saneantes que apresentam ph na forma pura menor ou igual a 2 ou maior ou igual a 11,5, possuam características de corrosividade, ação desinfestante, sejam à base de microorganismos viáveis ou contenham em sua fórmula os ácidos inorgânicos: fluorídrico (HF), nítrico (HNO 3), sulfúrico (H 2SO 4) seus sais que as liberem nas condições de uso dos produtos.esse grupo de produtos necessita ser registrado junto à Anvisa. Para que a limpeza atinja seus objetivos, torna-se imprescindível a utilização de produtos saneantes, como sabões e detergentes nas diluições recomendadas. Em locais onde há presença de matéria orgânica, torna-se necessária a utilização de outra categoria de produtos saneantes, que são os chamados desinfetantes. Para que a desinfecção atinja seus objetivos, torna-se imprescindível a utilização das técnicas de limpeza. A responsabilidade na seleção, escolha e aquisição dos produtos saneantes deve ser do Serviço de Limpeza, com aprovação do Serviço de Controle de Infecção hospitalar. Na aquisição de saneantes, deverá existir um sistema de garantia de qualidade que atenda aos requisitos básicos exigidos pela legislação em vigor. Atenção deve ser dada à avaliação da real necessidade do produto saneante, evitando o uso - 13 -

indiscriminado desse produto em serviços de saúde. Quando necessária a utilização do produto saneante, deve-se levar em consideração a área em que será utilizado o determinado princípio ativo, infra-estrutura, recursos humanos e materiais disponíveis, além do custo do produto no mercado. 2.2 CRITÉRIOS DE COMPRA Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 1994), devem ser considerados para a aquisição de produtos saneantes os seguintes itens: A natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada e o seu comportamento perante o produto. A possibilidade de corrosão da superfície a ser limpa. Tipo e grau de sujidade e a sua forma de eliminação. Tipo e contaminação e a sua forma de eliminação (microrganismos envolvidos com ou sem matéria orgânica presente). Recursos disponíveis e métodos de limpeza adotados. Grau de toxicidade do produto. Método de limpeza e desinfecção, tipos de máquinas e acessórios existentes. Concentração de uso preconizado pelo fabricante. Segurança na manipulação e uso dos produtos. Princípio ou componente ativo. Tempo de contato para a ação. Concentração necessária para a ação. Possibilidade de inativação perante matéria orgânica. Estabilidade frente às alterações de luz, umidade, temperatura de armazenamento e matéria orgânica. Temperatura de uso. ph. Incompatibilidade com agentes que podem afetar a eficácia ou a estabilidade do produto como: dureza da água, sabões, detergentes ou outros produtos saneantes. Prazo de validade para uso do produto. Ainda, deve ser exigido do fornecedor a comprovação de que o produto está notificado ou registrado na Anvisa com as características básicas de aprovação e, se - 14 -

necessário, no caso de produtos com ação antimicrobiana, laudo de testes no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) ou demais laboratórios acreditados para essa análise, e finalmente, o laudo técnico do produto. No rótulo dos produtos saneantes deverá constar: o nome do produto; modo de utilização, destacando o tempo de contato do produto; precauções de uso quanto à toxicidade e necessidades de uso de EPIs; restrições de uso; composição do produto; teor de princípio ativo descrito em percentagem (%); frases relacionadas ao risco do produto; prazo de validade; data de fabricação; lote e volume; informações referentes à empresa fabricante, como nome da empresa, endereço e Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); nome do responsável técnico e número do seu registro no Conselho de Classe e número do registro do produto na Anvisa. Deve ser solicitado ao fornecedor, fabricante ou distribuidor, o número da autorização de funcionamento da empresa titular do produto (empresa que registrou/notificou o produto na Anvisa) e a Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), que deve ser analisada em conjunto com o Núcleo de Medicina e Segurança do Trabalho. 2.3 PRODUTOS UTILIZADOS NA LIMPEZA DE SUPERFICIES 2.3.1 Sabões e detergentes O sabão é um produto para lavagem e limpeza, formulado à base de sais alcalinos de ácidos graxos associados ou não a outros tensoativos. É o produto da reação natural por saponificação de um álcali (hidróxido de sódio ou potássio) e uma gordura vegetal ou animal. O detergente é um produto destinado à limpeza de superfícies e tecidos através da diminuição da tensão superficial (BRASIL, 2007). Os detergentes possuem efetivo poder de limpeza, principalmente pela presença do surfactante na sua composição. O surfactante modifica as propriedades da água, diminuindo a tensão superficial facilitando a sua penetração nas superfícies, dispersando e emulsificando a sujidade. O detergente tem a função de remover tanto sujeiras hidrossolúveis quanto aquelas não solúveis em água. - 15 -

2.4 PRODUTOS UTILIZADOS NA DESINFEÇÃO DE SUPERFICIES 2.4.1 Álcool Os alcoóis etílico e o isopropílico são os principais desinfetantes utilizados em serviços de saúde, podendo ser aplicado em superfícies ou artigos por meio de fricção. Características: bactericida, virucida, fungicida e tuberculocida. Não é esporicida. Fácil aplicação e ação imediata. Indicação: mobiliário em geral. Mecanismo de ação: desnaturação das proteínas que compõem a parede celular dos microrganismos. Desvantagens: inflamável, volátil, opacifica acrílico, resseca plásticos e borrachas, ressecamento da pele. Concentração de uso: 60% a 90% em solução de água volume/volume. Geralmente em ambientes hospitalares é utilizado a 70 %. 2.4.2 Compostos liberadores de cloro ativo INORGÂNICOS Os compostos mais utilizados são hipocloritos de sódio, cálcio e de lítio. Características: bactericida, virucida, fungicida, tuberculicida e esporicida, dependendo da concentração de uso. Apresentação líquida ou pó; amplo espectro; ação rápida e baixo custo. Indicação: desinfecção de superfícies fixas. Mecanismo de ação: o exato mecanismo de ação ainda não está completamente elucidado. Desvantagens: instável (afetado pela luz solar, temperatura >25ºC e ph ácido). Inativo em presença de matéria orgânica; corrosivo para metais; odor desagradável, e pode causar irritabilidade nos olhos e mucosas. Concentração de uso: desinfecção 0,02% a 1,0%. 2.4.3 Ácido peracético Características: é um desinfetante para superfícies fixas e age por desnaturação das proteínas, alterando a permeabilidade da parede celular, oxidando as ligações suldril e sulfúricas em proteínas e enzimas.tem uma ação bastante rápida sobre os - 16 -

microorganismos, inclusive sobre os esporos bacterianos em baixas concentrações de 0,001 a 0,2%. É efetivo em presença de matéria orgânica. Apresenta baixa toxicidade. Indicação: desinfecção de superfícies. Desvantagens: é instável principalmente quando diluído, corrosivo para metais e sua atividade é reduzida pela modificação do ph. Causa irritação para os olhos e para o trato respiratório. Concentração: para desinfetante para superfícies é utilizado em uma concentração de 0,5%.O tempo de contato será aquele indicado no rótulo do fabricante. 2.5. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE PISOS 2.5.1 Escolha do produto A escolha do produto para o tratamento do piso é de fundamental importância, pois está relacionada ao tipo de piso, às características do tráfego, à resistência aos produtos saneantes utilizados no procedimento de limpeza, às condições de implantação e conservação, ao resultado desejado e ao custo do investimento inicial e de manutenção. As etapas de remoção e acabamento das ceras impermeabilizantes, devido ao tempo de secagem, se tornam mais difíceis em quartos de pacientes pela necessidade de ocupação imediata não permitindo por completo os processos de tratamento. Já nas áreas críticas, como emergências e UTI, tanto a implantação como as conservações se tornam complicadas devido à dificuldade de interdição, ao alto tráfego, além da demora do tempo de secagem. Áreas pequenas ou com obstruções não são propícias, pois não permitem a mobilidade da lustradora. Nos centros cirúrgicos e obstétricos, o tratamento de piso não é recomendado, uma vez que podem interferir com a condutibilidade desse. (BASSO, 2004). Ainda, a presença de maior umidade do piso, como, por exemplo, nos lavabos para escovação das mãos, o tratamento de piso pode torná-lo mais escorregadio. Apesar das dificuldades relacionadas, é freqüente a utilização das ceras impermeabilizantes em pisos de serviços de saúde devido as suas vantagens em relação às - 17 -

ceras naturais e sintéticas que necessitam de uma manutenção mais frequente. Sua importância está relacionada aos seguintes fatores: Proteção: maior vida útil do piso devido às agressões geradas pelo tráfego ocorrer sobre o filme da cera, evitando seu desgaste natural. Limpeza: maior facilidade de higiene dos pisos com tratamento impermeabilizantes está relacionada à diminuição da porosidade, evitando a penetração das sujidades e conseqüente proliferação de microrganismos. Segurança: maior poder antiderrapante das ceras acrílicas impermeabilizantes. Beleza: maior nível de brilho ocasionando o embelezamento do ambiente, tornandoo mais bonito e agradável aos pacientes e as equipes, bem como contribuindo com a imagem do serviço de saúde. Mão de obra: maior produtividade dos funcionários pela facilidade de limpeza diária do piso, maior durabilidade do tratamento e consequente menor manutenção, reduzindo, dessa forma, o custo com a mão de obra ou disponibilizando-a para outras atividades. Em qualquer processo de limpeza ou tratamento de pisos é primordial que os profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde utilizem os EPI e outros equipamentos que se fizerem necessários para proteção e segurança. 2.5.2 Preparação Considerada a etapa mais importante na implantação do sistema de tratamento de pisos, independentemente do tipo de cera que será utilizado, por concentrar os procedimentos onde todos os cuidados devem ser muito bem observados para garantir o excelente resultado final no tratamento de piso. O primeiro procedimento da etapa da preparação consiste na retirada das impurezas do piso (cera velha, sujidades, gordura, terra, tintas ressequidas ou qualquer outro tipo de resíduo). Deve ser feito com removedor, de preferência a base de solventes, na diluição e no tempo recomendado pelo fornecedor para a remoção, com a utilização da enceradeira industrial com o disco preto. O segundo procedimento consiste no enxágüe do removedor, parte mais importante de todo o tratamento, que deverá ser repetido quantas vezes forem necessárias, com água limpa, até a remoção completa dos resíduos do removedor. - 18 -

Quando os enxágues não forem bem feitos poderá comprometer por completo o tratamento do piso. O removedor poderá atacar a cera nova, ocasionando manchas ou rachaduras. O último procedimento da preparação consiste em aguardar o tempo de secagem do piso, que deverá estar totalmente seco, atingindo seu estado original. Se houver residual de umidade no piso o tratamento poderá ficar opaco. 2.5.3 Acabamento 2.5.3.1 Selamento das porosidades Consiste em um procedimento utilizado somente nos tratamentos de piso com ceras impermeabilizantes acrílicas com a finalidade de vedar os poros, fazer o nivelamento do piso e proporcionar brilho. O número de camadas depende do produto, tráfego e desgaste do piso, normalmente de duas a três camadas de base seladora. Importante que seja observado o tempo de secagem entre as camadas, tempo recomendado pelo fornecedor, que poderá variar conforme a umidade relativa do ar, caso contrário poderá ter problemas de aderência dos produtos ao piso. Também o sentido das camadas deverá ser contrário ao anterior para cobrir possíveis falhas e desnivelamento. 2.5.3.2 Impermeabilização Consiste no procedimento de aplicação das ceras impermeabilizantes após a secagem da última camada do selador, variando de três a cinco camadas, dependendo das características do tráfego local. Da mesma forma que a base seladora é de extrema importância à observância do tempo de secagem entre a aplicação de cada camada. No caso das ceras a base de carnaúba ou mistas serão aplicadas de uma a duas camadas, após a lavagem do piso. 3.4.2.3 Polimento Após o período de secagem as ceras de carnaúba e sintéticas deverão ser polidas com as enceradeiras industriais de baixa rotação com discos claros (branco ou bege). Dentre os sistemas de tratamento de piso com ceras impermeabilizantes o polimento é o procedimento responsável em aumentar o nível de resistência da cera onde são utilizadas as enceradeiras de alta rotação com o disco pelo de porco. - 19 -

2.5.4 Manutenção A manutenção do sistema de tratamento do piso com ceras impermeabilizantes é importante por proporcionar maior durabilidade, resistência e brilho ao piso. Está dividida em conservação diária e periódica. Na conservação diária, o piso deverá ser lavado com produtos que não agridam o tratamento, podendo acarretar manchas ou até removê-lo. Dependendo do tráfego e grau de sujidade poderá exigir lavagem convencional e o polimento com as enceradeiras de alta rotação. A utilização do mop pó para a remoção das sujidades soltas pelo piso, tais como pó, areias, terra, grãos é recomendado para evitar as ranhuras no piso, além da manutenção facilitada da limpeza. Esse procedimento deverá ser utilizado sempre antes da varredura úmida. A definição da necessidade da manutenção periódica está relacionada à necessidade de reaplicação do impermeabilizante para repor o que foi desgastado pelo tráfego e pelo polimento do piso. Na conservação periódica será necessária a lavagem do piso com disco apropriado, vermelho ou verde, com solução detergente. Após o tempo de secagem deverá ser reaplicado o impermeabilizante e realizado o polimento com o disco pelo de porco em toda a área lavada - 20 -

CAPÍTULO 3 RECURSOS HUMANOS ATRIBUIÇÕES ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS ATRIBUIÇÕES TECNICAS PARA SUPERVISORES OU ENCARREGADOS DO SERVIÇO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DEFINIÇÕES DE RESPONSABILIDADES - 21 -

3.1 ATRIBUIÇÕES As atribuições da equipe do Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde podem variar de acordo com a área e as características do local onde a limpeza será realizada, além do modelo de gestão em vigor aplicado ao serviço em questão. Embora as atribuições possam apresentar variações entre diferentes instituições, o objetivo alvo deve ser comum, ou seja, a remoção de sujidades de superfícies do ambiente, mediante a aplicação e ação de produtos químicos, ação física, aplicação de temperatura ou combinação de processos. Ao limpar superfícies de serviços de saúde, pretende-se proporcionar aos usuários um ambiente com menor carga de contaminação possível, contribuindo na redução da possibilidade de transmissão de patógenos oriundos de fontes inanimadas, por meio das boas práticas de limpeza e desinfecção de superfícies (TORRES & LISBOA, 2007). A clareza das atribuições tem papel fundamental para seu cumprimento e, para tanto, se faz necessário este manual contendo todas as tarefas a serem realizadas, especificadas por cargo. O manual deve ser apresentado e estar à disposição de todos os colaboradores para consulta no local de trabalho, em local de fácil acesso. Sua revisão deve ser periódica e sempre que houver mudança de rotinas. 3.2 ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS 3.2.1 Quanto à apresentação pessoal Apresentar-se com uniforme completo, limpo, passado, sem manchas, portando a identificação do funcionário. Utilizar calçados profissionais: fechados, impermeáveis e com sola antiderrapante. Manter cabelos penteados e presos. Manter unhas curtas, limpas, sem esmalte ou unhas postiças. Desprover-se de adornos, como pulseiras, anéis, brincos, colares e piercing. Manter higiene corporal. - 22 -

3.2.2 Quanto às normas institucionais Apresentar-se no horário estabelecido no contrato de trabalho. Comunicar e justificar ausências. Respeitar clientes internos e externos à instituição: superiores, colegas de trabalho, pacientes, visitantes e outros. Adotar postura profissional compatível com as regras institucionais: falar em tom baixo. evitar gargalhadas. evitar diálogos desnecessários com clientes, sem que seja questionado previamente. não fumar e não guardar ou consumir alimentos e bebidas nos postos de trabalho Cumprir tarefas operacionais estabelecidas previamente em suas atribuições designadas. Participar de programas ou campanhas institucionais que contribuam para a minimização de riscos ocupacionais, ambientais e que estimulem a responsabilidade social, como, por exemplo, programas de biossegurança, prevenção de incêndio, campanha de vacinação e outros. 3.3 ATRIBUIÇÕES TÉCNICAS PARA SUPERVISORES OU ENCARREGADOS DO SERVIÇO DE LIMPEZA 3.3.1 Quanto à aquisição de produtos saneantes Utilizar somente produtos saneantes padronizados, na concentração e tempo recomendados pelo fabricante e SCIH. Avaliar junto ao fabricante a compatibilidade do tipo de superfícies com o produto a ser empregado, a fim de preservar a integridade do mobiliário, de revestimentos e dos equipamentos pertencentes ao patrimônio institucional. Orientar os funcionários sobre qual produto utilizar em cada tipo de superfície e quando utilizá-lo. Oferecer sabão ou detergente para realizar os processos de limpeza, restringindo o uso de desinfetantes apenas para situações específicas recomendadas pelo SCIH. Padronizar a aquisição de detergentes com tensoativo biodegradáveis que atendam à legislação pertinente e suas atualizações (BRASIL, 1988). - 23 -

3.3.2 Quanto aos equipamentos e materiais Providenciar a aquisição de equipamentos e materiais necessários para a realização de boas práticas de limpeza que atendam às exigências ergonômicas e que preservem a integridade física do trabalhador (BRASIL, 2005), como a disponibilização de carros funcionais em número suficiente para que todos os colaboradores tenham acesso quando precisarem. Fornecer equipamentos e materiais aprovados previamente pelo SCIH. Capacitar os profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies a operar e zelar pela manutenção dos equipamentos e materiais pertencentes ao serviço. Substituir os equipamentos que possam representar risco à integridade física do profissional de limpeza ou que não atendam às necessidades do serviço. A análise de alguns critérios auxilia no momento da aquisição de um novo equipamento: a) nível mínimo de ruídos, b) uso de equipamentos industriais e nunca domésticos, c) consumo mínimo de energia e água, preservando assim, os recursos ambientais naturais esgotáveis, d) possibilidade de manutenção ou reposição rápida quando danificados, e) compatibilidade com as áreas às quais se pretende utilizá-los. f) qualidade e tecnologia adequadas e compatíveis com revestimentos institucionais e que não ofereçam riscos à saúde ocupacional, g) preferencialmente com referências de utilização em outro serviço de saúde. 3.3.3 Quanto aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC): Adquirir EPI com certificação de aprovação, pois se refere ao CA. do Ministério do Trabalho e disponibilizá-los em quantidade suficiente para uso e reposição (BRASIL,2005). Capacitar ou direcionar a capacitação sobre EPI para um profissional que esteja habilitado para desenvolver treinamentos com abordagens como: tipos, onde e quando utilizar, importância da utilização, técnicas de utilização correta e adequada, riscos da não utilização e outros. - 24 -

Supervisionar o uso correto dos EPIs. Providenciar e disponibilizar Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e orientar os colaboradores para sua utilização. 3.3.4 Outras atribuições Focar suas ações em consonância com a missão, visão, filosofia e objetivos da instituição. Participar e acompanhar os processos seletivos da equipe de limpeza e desinfecção de superfícies por meio de estabelecimento de requisitos pertinentes ao cargo, participação em entrevistas e avaliações. Planejar, coordenar, implementar e supervisionar as atividades pertinentes ao serviço. Dimensionar pessoal, equipamentos, utensílios e materiais de limpeza e desinfecção de superfícies. Desenvolver e implementar programas de educação contínua sobre processos de limpeza e desinfecção de superfícies e conservação. A principal vantagem da educação contínua está no fato de possibilitar uma intervenção no momento em que o erro acontece, por meio da orientação e acompanhamento, possibilitando que falhas técnicas sejam corrigidas imediatamente após sua ocorrência, ao invés de aguardar sua ocorrência, ao invés de aguardar um cronograma preestabelecido de reciclagem programada. Planejar supervisão contínua das atividades de limpeza de forma que os três turnos de trabalho sejam assegurados. Realizar avaliações de desempenho dos funcionários sob sua responsabilidade. Estabelecer o cronograma de periodicidade e de frequência dos diferentes tipos de limpeza em todos ambientes e superfícies sob responsabilidade da equipe de limpeza e desinfecção. Liberar quartos ou enfermarias, após vistoria. 3.4 DEFINIÇÕES DE RESPONSABILIDADES Todo paciente hospitalizado ocupa necessariamente uma unidade que deverá ser limpa diariamente, sendo constituída basicamente por cama, mesas (refeição e cabeceira), lâmpada de cabeceira, cesto de lixo, poltrona, suporte de soro e escadinha. - 25 -

Compete ao Serviço de Higiene Hospitalar executar limpeza do teto, pisos, paredes, janelas, vidros e mobiliários, não cabendo a ele a limpeza ou desinfecção de artigos específicos relativos à assistência do paciente como, bomba infusora monitores, cabines de fluxo laminar e artigos para assistência respiratória, que competem ao serviço de enfermagem. Além da unidade do paciente, o Serviço de higiene é responsável pela limpeza dos banheiros, pelo posto de enfermagem, corredores, sala de utilidades, janelas, áreas específicas, como centro-cirúrgico, Unidades de terapia intensiva, necrotério, laboratório, copa, cozinha e todas as demais áreas administrativas/apoio da instituição, respeitando sempre a peculiaridade de cada área. - 26 -

CAPÍTULO 4 ÁREAS HOSPITALARES CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES FREQUENCIA DE LIMPEZA DAS UNIDADES - 27 -

4.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES A evolução tecnológica aplicada à medicina vem revolucionando a arquitetura dos serviços de saúde, que tem sido modificada visando a melhoria do atendimento ao paciente (MUNHOZ & SOARES, 2000). Para se adequarem às novas tecnologias, muitos serviços de saúde necessitam de reformas ou ampliações das áreas construídas, resultando em construções que nem parecem estabelecimentos de assistência a saúde. A aparência do ambiente proporcionada pela limpeza é um importante critério de qualidade de atendimento do serviço de saúde. Considerando-se a variedade das atividades desenvolvidas em um serviço de saúde, há necessidade de áreas específicas para o desenvolvimento de atividades administrativas e operacionais. As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecção com base nas atividades realizadas em cada local. Essa classificação auxilia em algumas estratégias contra a transmissão de infecção, além de facilitar a elaboração de procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. O objetivo da classificação das áreas dos serviços de saúde é orientar as complexidades, a minuciosidade e o detalhamento dos serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco. Portanto, a definição das áreas dos serviços de saúde foi feita considerando o risco potencial para a transmissão de infecções, sendo classificada em áreas criticas, semicríticas e não- críticas (YAMAUSHIet al., 2000; BRASIL 202; APECIH 2004), conforme descrito a seguir: a) Área crítica: aquelas que oferecem risco potencial para a aquisição de infecções, seja pelos procedimentos de risco invasivos realizados ou pela presença de pacientes imunodeprimidos. Outros ambientes são considerados críticos pelo risco ocupacional no manejo de substâncias infectantes. Exemplos de áreas críticas:: Unidade de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico e Obstétrico, UTI Neonatal, Isolamentos, Unidade de Transplante, Unidades de Emergência, Hemodiálise, Unidade de Quimioterapia, Banco de Sangue, Laboratório de Análises Clínicas e Patológicas, Central de Material e Esterilização, Cuidados Intermediários, Lactário, - 28 -

Serviço de Nutrição e Dietética, Farmácia, Área Suja da Lavanderia, Banco de Leite e Necrotério. b) Área semi-crítica: são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento. Exemplos: Enfermarias, Ambulatórios, Postos de Enfermagem, Elevadores, Corredores e Banheiros. c) Área não crítica: são todas as áreas não ocupadas por pacientes tais como: Áreas Administrativas, Almoxarifado, Vestiários, Sala de Costura, Copas, etc. Ressaltamos que esta classificação é utilizada para nortear o responsável pelo serviço de higiene, pois o risco de infecção está relacionado aos procedimentos aos quais o paciente é submetido, independente da área em que ele se encontra. 4.2 FREQÜÊNCIA DE LIMPEZA DAS UNIDADES AMBIENTE/SUPERFÍCIE FREQÜÊNCIA LIMPEZA LIMPEZA TERMINAL CONCORRENTE ARMÁRIOS Face externa 1 vez ao dia e sempre que necessário Face interna e externa Quinzenal ou na saída do paciente ou na terminal do quarto BALCÃO E BANCADAS 1 vez ao dia e sempre que necessário Quinzenal ou na terminal da unidade MOBILIÁRIOS SEM PACIENTE 1 vez ao dia e sempre Na terminal da unidade que necessário LUMINÁRIA E SIMILARES 1 vez ao dia e sempre que necessário Na terminal da unidade ou na saída do paciente JANELAS Face interna 1 vez ao dia e sempre que necessário Face externa Semanal, na terminal do quarto/ unidade ou quando necessário PORTA / VISORES 1 vez ao dia e sempre que necessário Quinzenal ou na saída do paciente - 29 -

MAÇANETAS DE PORTAS 3 vezes ao dia (no mínimo) UNIDADE DO PACIENTE (exceto mesa de refeição) 1 vez ao dia e sempre que necessário Na saída do paciente ou quinzenal ou na terminal do quarto MESA DE REFEIÇÃO 4 vezes ao dia (após as refeições) e sempre que necessário Na saída do paciente ou quinzenal ou na terminal do quarto PISOS EM GERAL 2 vezes ao dia ou sempre que necessário Quinzenal ou na saída do paciente ou na terminal da unidade BANHEIRO COMPLETO 1 vez ao dia ou na saída do paciente ou na terminal do quarto BANHEIROS (PISOS, ÁREA DE BANHO, VASOS, PIAS, TORNEIRAS E 2 vez ao dia ou sempre que necessário ACESSÓRIOS) DISPENSADORES DE SABÃO OU ÁLCOOL Face externa 1 vez ao dia ou sempre que necessário GEL Face interna e Sempre ao término do sabão externa TOALHEIRO 1 vez ao dia ou Sempre ao término do papel sempre que necessário GRADES DO AR CONDICIONADO Semanal ou sempre que necessário CORTINAS (DIVISÓRIAS DE LEITOS) 1 vez ao dia Na saída do paciente (sempre que necessário) ou na terminal da unidade SALA DE MÁQUINAS (AR 1 vez por semana CONDICIONADO) POLTRONAS 1 vez ao dia ou sempre que necessário SOFÁ (CANGURU) 1 vez ao dia ou sempre que necessário - 30 -

PERSIANAS (UTI NEONATAL E CANGURU) MICROONDAS (UNIDADE CANGURU) GELADEIRAS (GUARDA DE MEDICAMENTOS, EXCETO QUIMIOTERAPIA) CESTOS (LIXO E HAMPER) VESTIÁRIO (CENTRO- CIRÚRGICO) COPAS DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO SALA DE GUARDA DE MATERIAIS 1 vez ao dia ou sempre que necessário 1 vez ao dia ou sempre que necessário 1 vez ao dia ou sempre que necessário 1 vez ao dia ou sempre que necessário 2 vezes ao dia ou sempre que necessário Após as refeições realizadas 1 vez ao dia ou sempre que necessário Na terminal da unidade Na terminal do local Sempre que a quantidade de gelo interfeir no funcionamento do mesmo. Semanal ou na terminal da unidade Quinzenal ou sempre que necessário Semanal ou sempre que necessário Semanal ou sempre que necessário 4.3 ESPECIFICIDADES DE ALGUMAS UNIDADES: UNIDADE CENTRO-CIRÚRGICO (SALAS OPERATÓRIAS) PRONTO SOCORRO MUNICIPAL (SALA DE SUTURA, URGÊNCIA, CONSULTÓRIOS, INALAÇÃO/PROCEDIMENTOS/MEDICAÇÃO. AMBULATÓRIO (SALA DE TRIAGEM, DE PROCEDIMENTOS E CONSULTÓRIOS) FARMÁCIA (SALA DE PREPARO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL PROLONGADA- NPP E PREPARO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS) QUIMIOTERAPIA FREQÜÊNCIA LIMPEZA LIMPEZA TERMINAL CONCORRENTE Antes do início da primeira cirurgia e após cada cirurgia 3 vezes ao dia ou sempre que necessário 1 vez ao dia ou quando necessário 2 vezes ao dia ou sempre que necessário 2 vezes ao dia ou sempre que necessário 1 vez ao dia ou quando necessário Semanal ou sempre que necessário Semanal ou sempre que necessário Antes do preparo da NPP ou semanal ou sempre que necessário Semanal ou sempre que necessário - 31 -

NECROTÉRIO Sempre que necessário Após a saída do corpo HEMONÚCLEO (SALA DE COLETA) ou membro amputado 4.4 Áreas Hospitalares de circulação: CARACTERÍSTICAS: consideram-se neste trabalho como áreas internas com espaços livres, saguão, hall, salão, corredores, rampas, escadas e escadas externas, revestidas com pisos frios pertencentes às áreas críticas e semi críticas relacionadas. As rotinas das tarefas e as freqüências de limpeza a serem executadas nestas áreas serão: Manter os cestos isentos de resíduos, acondicionando-os em local indicado pela Contratante; Remover o pó dos peitoris, caixilhos das janelas, bem como dos bancos, cadeiras, demais móveis existentes, telefones, extintores de incêndio etc.; Diária Remover os resíduos, acondicionando-os apropriadamente e retirando-os para local indicado pela Contratante; Remover manchas e lustrar os pisos; Passar pano úmido e polir os pisos; Limpar/remover o pó de capachos e tapetes; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência diária. Limpar portas/visores, barras e batentes com produto adequado; Encerar/lustrar todo mobiliário envernizado com produto adequado; Semanal Limpar as forrações de couro ou plástico em assentos e poltronas com produto adequado; Limpar / polir todos os metais, tais como: torneiras, válvulas, registros, sifões, fechaduras, etc., com produto adequado; Limpar telefones com produto adequado; Encerar / lustrar os pisos; - 32 -

Retirar o pó e resíduos dos quadros em geral; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência semanal. Limpar / remover manchas de forros, paredes/divisórias e rodapés; Remover o pó de cortinas e persianas, com equipamentos e Mensal acessórios adequados; Limpar todas as luminárias por dentro e por fora; Limpar persianas com produtos, equipamentos e acessórios adequados; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência quinzenal. 4.5 Vidros Externos Características: vidros externos são aqueles localizados nas fachadas das edificações; vidros externos com exposição à situação de risco são aqueles existentes em áreas consideradas de risco, necessitando, para a execução dos serviços de limpeza, a utilização de balancins manuais ou mecânicos, ou ainda, andaimes ; os vidros externos se compõem de face externa e face interna. Dessa maneira. na quantificação da área dos vidros deverá ser considerada somente a metragem de uma de suas faces ; a freqüência de limpeza deve ser definida, de forma a atender as especificidades e necessidades características da unidade contratante. 4.6 Áreas Externas No presente trabalho, considera-se como áreas externas todas as áreas das unidades de assistência à saúde situada externamente às edificações, tais como: estacionamentos, pátios, passeios, entre outras. - 33 -

Características: consideram-se áreas externas pisos pavimentos adjacentes / contíguos às edificações aquelas áreas circundantes aos prédios, revestidas de cimento, lajota, cerâmica, entre outras. Manter os cestos isentos de resíduos, acondicionando-os em local indicado pela Contratante; Diária Semanal Mensal Limpar / remover o pó de capachos; Remover os resíduos acondicionando-os apropriadamente e retirando-os para local indicado pela Contratante; Retirar papéis, resíduos e folhagens, acondicionando-os apropriadamente e retirando-os para local indicado pela contratante, sendo terminantemente vedada a queima dessas matérias em local não autorizado, situado na área circunscrita de propriedade da Contratante, observada a legislação ambiental vigente e de medicina e segurança do trabalho; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência diária. Lavar pisos Executar demais serviços considerados necessários à freqüência diária Limpar e polir todos os metais, tais como: torneiras, válvulas, registros, sifões, fechaduras, etc. 4.7 Salas Administrativas Hospitalares não criticas. Todas as demais áreas de assistência à saúde, não ocupadas por pacientes e que oferecem risco mínimo de transmissão de infecção, são consideradas como áreas hospitalares não críticas. Diária Limpar / lavar espelhos, bacias, assentos, pias e pisos dos sanitários com saneante, mantendo-os em adequadas condições de higienização durante todo o horário previsto de uso; Efetuar reposição de papel higiênico, sabonete e papel toalha nos respectivos sanitários. Manter os cestos isentos de resíduos, acondicionando-os em local - 34 -

indicado pela contratante; Remover o pó das mesas, telefones, armários, arquivos, prateleiras, peitoris, caixilhos das janelas, bem como dos móveis existentes, dos aparelhos elétricos, dos extintores de incêndio etc.; Limpar parte externa dos equipamentos com produto adequado; Remover os resíduos existentes, acondicionando-os apropriadamente e retirando-os para local indicado pela Contratante; Limpar os pisos com pano úmido; Remover manchar e lustrar os pisos encerados de madeira; Limpar/remover o pó de capachos (entrada do hospital) e tapetes; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência diária. Limpar / lavar os azulejos dos sanitários, mantendo-os em adequadas condições de higiene, durante todo o horário previsto de uso; Remover os móveis, armários e arquivos para limpeza completa Semanal das partes externas, recolocando-os nas posições originais; Limpar divisórias,portas/visores, barras e batentes com produto adequado; Encerar/lustrar todo mobiliário envernizado com produto adequado; Limpar as forrações de couro ou plástico em assentos e poltronas com produto adequado; Limpar /polir todos os metais, tais como: torneiras, válvulas, registros, sifões, fechaduras. etc., com produto adequado; Encerar / lustrar os pisos; Retirar o pó e resíduos dos quadros em geral; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência semanal. - 35 -

Limpar / remover manchas de forros, paredes / divisórias e rodapés; Mensal Remover o pó de cortinas e persianas, com equipamentos e acessórios adequados; Executar demais serviços considerados necessários à freqüência mensal. 4.8- Frequência de limpeza terminal programada. Classificação das áreas Áreas críticas Áreas semi críticas Áreas não críticas Frequência Semanal (data, horário pré-estabelecidos) Quinzenal (data, horário pré-estabelecidos) Mensal (data, horário pré-estabelecidos) - 36 -

CAPÍTULO 5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POPs) - 37 -

DIRETORIA DE DIVISÃO DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA,ESTASTÍSTICA E SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Unidade: Todas as Unidades N :01 Data Emissão: dez/2012 Página: Limpeza do Piso Técnica Dois Baldes Local onde realiza o procedimento: Todas as unidades de Internação. Resultados Esperados: Promover um ambiente limpo para o paciente e equipe assistencial, proporcionado conforto e diminuição o risco de infecção relacionada a assistência a saúde Materiais Necessários: Carro funcional provido panos de limpeza limpos; sabão ou detergente; 2 baldes de cores diferentes com água limpa; rodo; EPIs padronizados; sacos de lixo vazios (branco para resíduo infectante e preto para resíduos comum); EXECUTANTE OPERAÇÃO Funcionário da higiene Higieniza as mãos; Coloca o material necessário para a limpeza no carro funcional; Leva o carro até o local a ser limpo; Cumprimenta o paciente e explica o procedimento; Isola a área com as placas de sinalização necessárias; Coloca os EPIs apropriados para o procedimento; as luvas do banheiro e do quarto devem ter cores diferentes; Recolhe os sacos contendo resíduos do local, fechando-os e depositando-os no saco hamper do carro funcional ou diretamente no depósito de resíduo temporário no andar; Mergulha o pano no balde com água e sabão, torce o pano e revesti o rodo; Inicia a varredura úmida pelos cantos, do fundo para a porta da frente, com movimentos firmes e contínuos, a fim de remover as partículas maiores do piso (papéis, migalhas, cabelos e outros); Recolhe as partículas maiores; - 38 -