ANSIEDADE.

Documentos relacionados
Módulo: Tratamento dos Transtornos de Ansiedade

Hipnóticos, Sedativos e Ansiolíticos

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I (Ansiolíticos e hipnóticos) Prof. Igor Bomfim

Ansiedade Edvard Munch 1894

Drogas que afetam o sistema nervoso. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

BENZODIAZEPÍNICOS (BZD)

ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO. Marco Aurelio Soares Jorge

Desordens Pisiquiátricas

Ansiedade. Estado de tensão,apreensão ou inquietude,com causa iden4ficável ou não

DROGAS ANSIOLÍTICAS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE - DSM IV. TRATAMENTO (1a. ESCOLHA) T. DE ANSIEDADE. Anxiety (Edvard Munch, 1894) T.

L o r a x e r i v o t r i l

Proporcionam alívio que conduz à ansiedade até hipnose, anestesia, coma e morte.

AULA 7 BENZODIAZEPÍNICOS E HIPNÓTICOS FARMACOTERAPIA DOS DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS. Prof. Márcio Batista

Drogas sedativo-hipn e ansiolíticas

Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde. Antiepilépticos. Manoelito Coelho dos Santos Junior.

A Importância do Uso dos Medicamentos no Processo de Acolhimento. Dr. George E. da Silva

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

16/03/2012 BARBITÚRICOS INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO. Indicações Farmacológicas dos Barbitúricos: Introduzida na terapêutica em 1903 barbital

INTRODUÇÃO. Introduzida na terapêutica em 1903 barbital. Fenobarbital usado como anticonvulsivante

27/05/2017. É um sintoma fundamental de muitos distúrbios psiquiátricos e um componente de muitas condições clínicas e cirúrgicas.

Aula 15: Doenças do sistema nervoso central

Alprazolam ou olcadil

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

Fármacos anticonvulsivantes. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

Modernos Antidepressivos. Profa.Vilma Aparecida da Silva Fonseca

ANSIEDADE. Por: Tharcila Viana Chaves. O grito Edvard Munch

Epilepsia.! Causas prováveis:! infarto cerebral! tumor! infecção! trauma! doença degenerativa

Faculdade de Imperatriz FACIMP

Medicamentos que atuam no sangue e sistema nervoso central

Mais um Lançamento...

Ansiedade e Transtornos de Humor: Uso de medicamentos depressores

04/02/2016. Tratamento das Convulsões. Epilepsia

Vertigens, desmaios e crises convulsivas. Prof. Sabrina Cunha da Fonseca Site:

IMIPRAMINA HCL. Antidepressivo Tricíclico

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan

Farmacologia dos transtornos de ansiedade. Profa. Dra. Thais Porto Ribeiro Pós-doutorado na Université de Strasbourg - FRANÇA

Drogas do Sistema Nervoso Central

BENZODIAZEPÍNICOS E SEUS EFEITOS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Jéssica Gabriela Leonardi 1* ; Bruna Marcacini Azevedo 2, Ana Carla Comune de Oliveira 3

O USO TERAPÊUTICO DOS BENZODIAZEPÍNICOS E SEUS EFEITOS COLATERAIS

CONTEÚDO INFORMATIVO RÁDIO PEDAGÓGICA ALCOOLISMO

DISTÚRBIO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Fármacos antidepressivos. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

23/07/14 AGENTES GERAIS INTRAVENOSOS. Que são Anestésicos Gerais Intravenosos? Objetivos da Anestesia Geral Intravenosa

Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

É indicado para o alívio da dor de intensidade moderada a grave

MAGNÉSIO DIMALATO. FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7. PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol

FARMACOCINÉTICA. Prof. Glesley Vito Lima Lemos

Desenvolvidos na década de 60, os primeiros foram clordiazepóxido e diazepam.

Tratamento Com freqüência, é possível se prevenir ou controlar as cefaléias tensionais evitando, compreendendo e ajustando o estresse que as ocasiona.

Controle farmacológico da ansiedade

DOSE EFEITO DO ETANOL

Caso clínico Parkinson

lorazepam Comprimido 2mg

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP

Neurose FóbicaF. Neurose Fóbica Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona

Síndromes Psíquicas. Prof: Enfermeiro Diogo Jacintho

Roteiro da aula. Definição de farmacocinética. Processos farmacocinéticos. Aplicações da farmacocinética

Ansiedade

O que precisa saber sobre Imuno-Oncologia

Mente Sã Corpo São! Abanar o Esqueleto - Os factores que influenciam as doenças osteoarticulares. Workshop 1

ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS

Dormire. Midazolam. FORMA FARMACÊUTICA: Comprimidos - 15 mg. APRESENTAÇÃO: Cartucho contendo 2 blisteres com 10 comprimidos.

Tempo de meia vida tramadol

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Álcool e Drogas na Terceira Idade. UNIAD/UNIFESP Elton Pereira Rezende GERP.13

Doenças do Sistema Nervoso

INTRODUÇÃO. Transtornos do humor ou transtornos afetivos:

BENZODIAZEPÍNICOS MARCELO RIBEIRO HAMER ALVES HISTÓRICO, EPIDEMIOLOGIA, FARMACOLOGIA E COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO CONSUMO

Conceitos importantes. Droga qualquer entidade química ou mistura de entidades que alteram a função biológica e possivelmente sua estrutura.

SISTEMA NERVOSO neurônio dendrito, corpo celular, axônio e terminações do axônio sinapses

Tramadol Basi 50 mg /1ml 100 mg/2 ml solução injetável Tramadol

ANSIEDADE: E AGORA? Carlos Marinho. humanas; numa ou outra altura, já todos nos sentimos ou menos ansiosos.

Lorazepam. 1 mg e 2 mg EMS S/A. comprimido

lorazepam Medley Farmacêutica Ltda. comprimido 2 mg

AVALIAÇÃO DO USO DE BENZODIAZEPíNICOS POR IDOSOS

P ERGUNTAR ( o máximo possível):

FEXODANE Cloridrato de fexofenadina

Drogas que atuam no sistema cardiovascular, respiratório e urinário

REGULAÇÃO E COORDENAÇÃO

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Opióides 09/06/2016 AAS. Aguda e crônica. Periférica e Visceral. Vias Inibitórias Descendentes. Opióides. Neurônio de transmissão DOR.

FOLHETO INFORMATIVO. DIAZEPAM LABESFAL, comprimidos

Opióides 27/05/2017 AAS. Aguda e crônica. Periférica e Visceral. Vias Inibitórias Descendentes. Opióides. Neurônio de transmissão DOR.

Desmaio e Convulsão. Prof. Raquel Peverari de Campos

Estresse. O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no

Classificando as crises epilépticas para a programação terapêutica Farmacocinética dos fármacos antiepilépticos... 35

Entenda sua ansiedade. Novembro

LORAX lorazepam I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO. Nome comercial: Lorax Nome genérico: lorazepam

Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos.

VIVER BEM ALCOOLISMO

1. Benefícios da atividade física

PROF.: FERNANDA BRITO Disciplina Farmacologia.

ansiolíticos e tranquilizantes

Profa. Mônica Tallarico Pupo Química Farmacêutica I

INFORMAÇÃO AO PACIENTE Ação esperada do medicamento KIATRIUM 5 mg e 10 mg é um medicamento com ação ansiolítica, tranquilizante e miorrelaxante.

Alterações na Farmacocinética e Farmacodinâmica do Idoso

Transcrição:

ANSIEDADE vivimilan@uninove.com.br 1

Ansiedade Característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário Marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como: uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc. 2

Ansiedade e Medo Não surgem na vida da pessoa por uma escolha. Vivências interpessoais e problemas na primeira infância. Causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais. 3

Ansiedade Estado emocional que se adquire como conseqüência de algum ato. Dependendo do grau ou da freqüência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Nem sempre é patológica. 4

Manifestações Vasto número de sintomas, resultantes de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autônomo, que controla o reflexo ataque-fuga. Ansiedade 5

Manifestações Outros são somatizações, ou seja, os doentes convertem a ansiedade em problemas físicos, incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular. Epilepsia 6

Manifestações Cerca de metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito. Epilepsia 7

Manifestações Conforme a sintomatologia, a ansiedade pode ser classificada em vários transtornos, mas sempre quando há um grau patológico, definido como aquele que causa interferência nas atividades normais do indivíduo. 8

Sintomas Contrações ou tremores incontroláveis Tensão muscular, dores Necessidade urgente de defecar ou urinar Dificuldade em engolir Sensação de ter um "nó" na garganta Dificuldades para relaxar Dificuldades para dormir Leve tontura ou vertigem Vômitos incontroláveis 9

Transtorno da ansiedade Termo que cobre várias formas de ansiedade patológica: medos, fobias condições nervosas Surgem rapidamente ou lentamente, durante um período de muitos anos, e que interferem na rotina diária do indivíduo. Epilepsia 10

Os transtornos de ansiedade mais comuns são: Síndrome do pânico Fobias Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) Transtorno por estresse pós-traumático Transtorno de ansiedade generalizada Epilepsia 11

Ataque de pânico Conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, Período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas ( variam de pessoa para pessoa e são no mínimo cinco para ser considerada uma crise) Epilepsia 12

Sintomas tremores, calafrios, desrealização ou despersonalização, ondas de calor, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. Epilepsia 13

Ataque de pânico A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante. Epilepsia 14

Transtorno do pânico ou Síndrome do pânico Condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental. Epilepsia 15

Transtorno do pânico É nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por: crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes freqüentemente, incapacitantes.. Epilepsia 16

Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir em detrimento de outras partes do corpo. 17

Durante a hiperventilação, o organismo excreta uma quantidade acima do normal de gás carbônico. Epilepsia 18

Este, apesar de ser um excreta do organismo, exerce função fundamental no controle do equilíbrio ácido-básico do sangue. Quando ocorre diminuição do gás carbônico ocorre também um aumento no ph sanguíneo (alcalose metabólica) 19

Uma maior afinidade da albumina plasmática pelo cálcio circulante, Hipocalcemia relativa (por redução na fração livre do cálcio). Os sintomas dessa hipocalcemia são sentidos em todo o organismo: Epilepsia 20

Sistema Nervoso Central Vasoconstrição arterial: Vertigem, Escurecimento da visão, Sensação de desmaio. Epilepsia 21

Sistema Nervoso Periférico Dificuldade na transmissão dos estímulos pelos nervos sensitivos parestesias (formigamentos) que possuem uma característica própria: são centrípetos, ou seja, da periferia para o centro do corpo. Epilepsia 22

Musculatura Esquelética tremores nas pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente). Epilepsia 23

Tetania dificuldade para abertura dos olhos (contratura do músculo orbicular dos olhos), dor torácica alta (contratura da porção superior do esôfago), sensação de aperto na garganta (contração da musculatura da hipofaringe, notadamente do cricofaríngeo), Epilepsia 24

Dificuldade de abertura da boca (contratura do masseter e de músculos faciais - sinal de Chvostec), contratura das mãos (mão de parteiro - sinal de Trousseau). São muito frequentes as cãimbras. 25

Transtorno ansioso social Síndrome ansiosa caracterizada por: manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social Epilepsia 26

Sintomas Ansiedade, às vezes associada também aos ataques de pânico. Ansiedade intensa perante grupos de pessoas. Ansiedade antecipatória, isto é, aquela que surge ao se encontrar na situação temida. Erubescência. Epilepsia 27

Sintomas Tremores nas mãos, pés ou voz. Suor excessivo, suando frio (especialmente nas mãos). Palpitações ou calafrios. (Raro) Temor de enrubescer-se ou balbuciar. Epilepsia 28

Sintomas Temor de ser observado e avaliado negativamente por outros. Temor de ser visto como fraco, ansioso, louco ou estúpido. Temor de que as próprias opiniões possam não interessar aos outros. Temor de não estar em estado de comportar-se de modo adequado em situações sociais. 29

Sintomas Tendência a evitar situações sociais que o colocariam em incômodo (Tendência ao Isolamento). É importante notar que os indivíduos afetados pela fobia social reconhecem, de qualquer maneira, que seus medos são exagerados, excessivos ou irracionais. Isso descarta psicose. 30

Situações temidas Falar em público. Comer ou beber em público. Participar de festas. Escrever ou assinar em público. Atravessar a faixa de pedestres (Raro). Olhar as pessoas nos olhos. Medo de falar. Iniciar uma conversa. Ser apresentado a outras pessoas. Fazer chamadas telefônicas. 31

Dar ou defender as próprias opiniões. Encontrar-se com pessoas desconhecidas pelo qual são atraídas. Estar em espaço fechado onde há gente. Falar em um grupo pequeno. Fazer amizades. Falar com pessoas de autoridade. Dar ou aceitar cumprimentos. Epilepsia 32

Medo de atender pessoas no portão/porta (ou portaria). Viajar de ônibus, metrô ou outro meio de transporte público. Andar na rua. Ir ao barbeiro, cabeleireiro, banheiro, hospital... 33

Fobia social Generalizada: medos são experimentados na quase totalidade das situações sociais; Específica: se a ansiedade é experimentada apenas em determinadas situações sociais que podem variar de sujeito a sujeito. 34

Estresse Soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio-ambiente e o desgaste físico e mental causado por esse processo. Epilepsia 35

Estressores Acontecimentos biográficos críticos (ing. life events): localizáveis no tempo e no espaço, que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc. 36

Estressores Desprezo amoroso Dor e mágoa Luz forte 37

Estressores Níveis altos de som Eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crónicas, desemprego e amnésia. Responsabilidades: Dívidas não pagas e falta de dinheiro Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos 38

Estressores Relacionamento pessoal: conflito e decepção Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia Exposição de stress permanente na infância (abuso sexual infantil). Idade Calor 39

Ansiolíticos São drogas sintéticas usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Em pequenas doses recomendadas por médicos, não causam danos físicos ou mentais. Afetam áreas do cérebro que controlam a ansiedade e o estado de alerta relaxando os músculos. Epilepsia 40

Benzodiazepinicos Grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares, para amnésia anterógrada e atividade anticonvulsionante. A capacidade de causar depressão no SNC deste grupo de fármacos é limitada, todavia, em doses altas podem levar ao coma. Não possuem capacidade de induzir anestesia, caso utilizados isoladamente 41

Mecanismo de ação Epilepsia 42

Mecanismo de ação Agem sobre um sub-receptor específico, o receptor das benzodiazepínicos, no receptor A do GABA Neurotransmissor inibitório do SNC. Tornam os receptores GABAa mais sensíveis à ativação pelo próprio GABA (agem num sub-receptor da proteína do receptor). O GABA é um neurotransmissor que abre canais de cloro, hiperpolarizando o neurônio e inibindo a geração de potencial de acção. Ou seja potenciam o efeito do GABA fisiológico no seu próprio receptor. 43

Efeitos adversos Sedação (se usado como ansiolítico) Alguma euforia. Amnésia Indiferença e má avaliação do perigo. Tendem a responder menos a agressões por outros indivíduos. Exacerbam muito os efeitos do álcool, podendo ser perigoso o seu consumo exceto em muito pequenas doses. Confusão Hipotermia Dependência Aumento da hostilidade 44

Dependência Psicológica e física, dependente da dosagem e duração do tratamento A dependência física estabelece-se após 6 semanas de uso, mesmo que moderado. Epilepsia 45

O uso crônico cria tolerância obrigando a aumentar a dose para obter os mesmos efeitos, razão por que atualmente não está indicada a sua administração para lá das três semanas, em casos não complicados. Epilepsia 46

Síndrome de privação/abstinência O seu após uso prolongado (mais de 2 meses) inicia-se alguns dias após paragem da administração, atingindo um período ainda desconhecido que pode ir até aos dois, três anos. Caracteriza-se por tremores, tonturas, ansiedade, insônias, perda do apetite, delirium tremens, suores, e por vezes convulsões ou psicoses. 47

Farmacocinética Administrado por vias: oral, endovenosa, injeção intramuscular, terapia intravenosa e supositório. Via oral: absorção ocorre em aproximadamente 25 minutos. Via parenteral: absorção ocorre em aproximadamente 3 minutos e de 15-25 minutos respectivamente. Epilepsia 48

Farmacocinética Duração do efeito depressor do SNC dura aproximadamente 3 horas. Altamente solúvel em meio aquoso e é amplamente distribuído pelo organismo após sua administração. Atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e é encontrado na placenta e no leite materno. Epilepsia 49

Farmacocinética Após a absorção é redistribuído e encontrado no tecido muscular e no tecido adiposo. Metabolizado através do processo de oxidação pelos citocromos P-450 da família 3ª. Após o metabolismo apenas 3% da droga inalterada foram encontradas nas fezes e na urina. Epilepsia 50

Benzodiazepínico (BRASIL) Alprazolam (Frontal) Bromazepam (Lexotam) Clordiazepóxido 5mg + amitriptilina (Limbitrol) Indicação Clínica Dose Intervalo de Administração Ansiedade, Pânico, Agorafobia Medo Ansiedade, Pânico, insônia Medo, Medicacão préanestésica Ansiedade Abstinência ao álcool Pré medicação anestésica 0,25-0,5, 1mg 8 horas 3; 6 mg 24 horas 5/ 12,5mg 6-8 horas Clonazepam (Rivotril) Clorazepato (Tranxilene) Anticonvulsivante Mania Ansiedade Convulsão parcial complexa 0,5-2 mg 8-12 horas 5-10-15 mg 24 horas

Benzodiazepínico (BRASIL) Diazepam Valium Dienpax Indicação Clínica Dose Intervalo de Administração Ans-conv-relax musculatura esquelética- pré medicação anestésica V:5-10 mg D:5-10 mg 6-8 horas Estazolam (Noctal) Hipnótico 2mg 24 horas Lorazepam (Lorax) Ansiedade, convulsões, manias Premedicação anestésica 1-2 mg 8 horas Midazolam (Dorminid) Flunitrazepam (Rohypnol) Cloxazolam (olcadil) Flurazepam (Dalmadorm) Nitrazepam (Sonebon) Pré-medicação anestésica e endoscopia 15 mg Amp. 50mg 01 hora antes do procedimento Ansiedade, Hipnótico 1mg 24 horas Ansiedade, Hipnótico 1mg 2mg 4mg 24 horas Ansiedade, Hipnótico 30mg 48 horas Ansiedade, Hipnótico 5mg 24 horas Flumazenil Antagonista 0,2-1 mg

Novos Agonistas dos Receptores Benzodiazepínicos Zolpidem- Lioram, Stilnox, tartarato de zolpidem Dose: 10 mg (Recomendado até 04 semanas) Zaleplona- Zerene 10mg à noite Tratamento a curto prazo (7 a 10 dias) de insônias de diferentes tipos 5 mg cápsulas Zopiclona: IMOVANE- Iniciar com 7,5 mg/dia e ir aumentando a dosagem até o limite de 15 mg/dia durante 4 semanas no máximo.

preparações a base de ZOLPIDEM e de ZALEPLONA, em que a quantidade dos princípios ativos ZOLPIDEM e ZALEPLONA respectivamente, não excedam 10 miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. Resolução RDC nº 26, de 15 de fevereiro de 2005

Barbitúricos São sedativos e calmantes usados para: dor de cabeça, para hipnose, para epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Epilepsia 55

Barbitúricos Provocam: dependência física e psicológica, diminuição em várias áreas do cérebro, depressão na respiração e no sistema nervoso central, depressão na medula, depressão do centro do hipotálamo, vertigem, redução da urina, espasmo da laringe, crise de soluço, sedação, alteração motora. 56

Mecanismo de ação Semelhante ao dos Benzodiazepínicos Atuam aumentando a atividade do neurotransmissor ácido gamaaminobutírico GABA, que induz a inibição do Sistema Nervoso Central (SNC), causando a sedação. Epilepsia 57

Mecanismo de ação Ação depressora do SNC, diminuição do metabolismo cerebral, do consumo de oxigênio, do fluxo sanguíneo cerebral, diminuição da pressão intracraniana, efeito benéfico em determinadas situações clínicas. Epilepsia 58

Metabolismo São metabolizados no fígado, promovendo a indução enzimática, levando a tolerância e interferindo com a ação de outras drogas que dependem do sistema microssomal para a sua metabolização Epilepsia 59

Barbitúricos Indicação Clínica Dose Fenobarbital Anticonvulsivante 80-120mg Secobarbital Tratamento emergências convulsivas 15-40mg Amobarbital Sedação pré-operatória Tratamento emergências convulsivas 10-40 mg Pentobarbital Sedação pré-operatória Tratamento emergências convulsivas 15-50mg Tiopental Anestesia 8-10 mg

Buspirona Agonista de receptores de serotonina pertencente à classe de compostos azaspirodecanediona. Tem uma eficácia comparada ao diazepam para o tratamento de transtorno de ansiedade generalizada. Epilepsia 61

Buspirona Agonista do receptor pré-sinaptico 5- HT1A. Também funciona como um conjunto agonista/antagonista pós-sinaptico da recepção da dopamina Epilepsia 62

Biodisponibilidade: Buspirona Farmacocinética Baixa e variável (aproximadamente 5%) Metabolismo: hepático Meia-vida: 2-3 horas Excreção: urina (29-63%) e fezes (18-38%) na forma dos seus metabólitos Administração Oral Epilepsia 63

Buspirona Desvantagem: Efeitos ansiolíticos começam a notar-se apenas cerca de 1 a 3 semanas passarem. Muitas vezes os pacientes têm de ser tratados em conjunto com uma benzodiazepina para ansiólise imediata. Não funciona tão bem quanto as benzodiazepinas. Epilepsia 64