UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica 2008 UFU 30 anos GESTANTES CADASTRADAS NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS E AGRAVOS SOB A PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO EM SAÚDE Cristhiane Leão de Queiroz 1 Av. Pará 1720 Bairro Umuarama crisinha_leao@hotmail.com Álex Moreira Herval 1 alex_amh@hotmail.com Rosana Ono 2 rosana.ono@terra.com.br Liliane Parreira Tannús Gontijo 2 lili@triang.com.br Resumo: A gestação é um período de mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais que exigem melhores condições de saúde e de vida, tanto para a mulher como para o bebê que está a caminho. A partir dessas mudanças, vê-se a importância de uma atenção especial, principalmente durante o período gestacional e puerpério, pois sabe-se que a não atenção ou a atenção deficitária às gestantes, levam à elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Para que ocorra redução dessas taxas, é necessário o planejamento e a execução de ações educativas e medidas preventivas, as quais deverão ser fruto de um sistema de saúde organizado. Sendo assim, acredita-se que a Estratégia de Saúde da Família (ESF), seja o modelo mais eficaz na atenção básica à saúde, já que o público alvo é a família, a lógica seguida é a epidemiologia social e os atores são profissionais da área da saúde, os quais trabalham em equipes multidisciplinares. Com isso as ações propostas para atenção às gestantes são: visitas freqüentes aos domicílios, possibilitando o conhecimento da realidade de cada uma delas, avaliação e diagnóstico dos problemas de saúde, para que assim possam realizar medidas educativas e preventivas adequadas, e se necessário, encaminhamento para tratamento. Todas essas ações serão objetos de estudo desenvolvidos concomitantemente pela ESF e os acadêmicos dos cursos de Odontologia, Medicina, Enfermagem e Psicologia, sob a ótica do trabalho em equipe. Palavras-chave: gestantes, promoção, prevenção. 1. INTRODUÇÃO Nacionalmente é celebrado e pactuado no dia 28 de maio, o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, mortalidade esta que é oficialmente registrada no Brasil como 74,5 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos. Mortalidade materna é aquela que ocorre devido a qualquer causa que esteja relacionada com a gestação (CID 10, 1994) e segundo Abouzahr apud Sousa et al 1 Acadêmicos do curso de Odontologia 2 Orientadoras 1
(2006) é um dos indicadores do desenvolvimento da saúde materno infantil e do desenvolvimento social de um país, refletido na incidência de doenças relacionadas à gravidez e nas condições de assistência pré-natal e ao parto. Em setembro de 2000 foi realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a Cúpula do Milênio, onde foram estabelecidos os objetivos do milênio. Dentre esses, o quinto objetivo é melhorar a saúde da mulher, reduzindo até 2015 em 75% a mortalidade da mulher (Brasil, 2004). Para alcançar o objetivo estipulado pela OMS (2000) de reduzir os índices de mortalidade materna são necessárias medidas como: educação sexual abrangente; planejamento familiar; melhor atendimento pré-natal; atendimento parto e puerpério; redução da violência contra a mulher; aumento do nível cultural da população; aumento do poder da mulher; melhores condições de saúde da população feminina; melhor atendimento ao parto e qualificação dos profissionais (Brasil, 2004). Em Uberlândia, Minas Gerais vem ocorrendo várias ações parceiras entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a (UFU) e demais organizações governamentais e não governamentais do município no sentido de somar esforços para reduzir a mortalidade materna. No entanto, é necessário a implementação de medidas preventivas para chegar a menos de 20 óbitos maternos para cada 100.000 nascidos vivos, dado este preconizado pela OMS. Tais medidas aplicadas na gestação, parto e puerpério podem reduzir em até 90% a mortalidade materna (Brasil, 2004). Dentro dos níveis de atenção à saúde, a proposta da Equipe de Saúde da Família é aquela que tem o maior contato com a gestante e a sua realidade. Esta estratégia sob a perspectiva da forma de organização da assistência à saúde é o modelo que mais tem avançado desde a sua criação em 1994, sendo uma estratégia eficaz na reorganização de Atenção Básica em saúde. Atenção Básica segundo Starfield (2002) possui os seguintes atributos: primeiro contato; longitudinalidade; integralidade; coordenação; centralização na família; e orientação comunitária, que estão presentes na Estratégia de Saúde da Família, que se coloca como um instrumento para viabilizar a implementação dos mesmos. No momento atual, onde buscamos em cada canto do país, construir um modelo de atenção à saúde que seja universal, integralizado, eqüitativo e resolutivo, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), segundo Gontijo (2006), desponta como uma alternativa de reorganização da prática assistencial, centralizando sua atenção nos princípios de vigilância à saúde, e priorizando as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, de forma integral e contínua. Segundo Campos (2003), o modelo de vigilância da saúde pode ser considerado um eixo reestruturante da maneira de se agir em saúde. Seguindo esse modelo, os problemas de saúde passam a ser analisados e enfrentados de forma integrada, por setores que historicamente têm trabalhado de maneira dicotomizada. Consideram-se os determinantes sociais, os riscos ambientais, epidemiológicos e sanitários associados e os desdobramentos, em termos de doença. Propõe ainda o envolvimento de todos os setores inseridos naquela realidade e vê o indivíduo e a comunidade como o sujeito do processo. Nesta perspectiva, a família passa a ser objeto de atenção, sendo entendida a partir do ambiente no qual vive. Mais do que uma delimitação geográfica é nesse espaço que se permite uma compreensão ampliada do processo saúde-doença e, portanto, da necessidade de intervenções de maior impacto e significação social. Segundo o Ministério da Saúde (1997) a ESF tem como pressupostos: o foco na família, adscrição da clientela, a prática clínica segundo a lógica da epidemiologia social como ponto forte no estabelecimento de um vínculo, laços de compromisso e responsabilidade entre os profissionais e a população, podendo então atender da melhor forma e discernir qual o melhor encaminhamento para a gestante. No decorrer do seu desenvolvimento a ESF vem sofrendo modificações em sua composição, sendo que em seu início era composta apenas por um médico, um enfermeiro, um a dois auxiliares de enfermagem e cinco ou seis agentes comunitários de saúde (Silva & Trad, 2005). A partir do ano de 2000 estabeleceu-se a Portaria 1.444, publicada no Diário Oficial da União (Brasil, 2000), criando o incentivo financeiro para ações de inserção de profissionais da 2
saúde bucal no Programa de Saúde da Família. Esta Portaria objetivou ampliar o acesso da população às ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, melhorar os índices epidemiológicos da população e incentivar sua reorganização na atenção básica, vislumbrando a possibilidade de reverter o quadro da inacessibilidade aos cuidados em saúde bucal. Em junho de 2003, a portaria nº 673 estabelece uma equipe de saúde bucal para uma de saúde da família, não trazendo a obrigatoriedade do município adotar tal medida. Em Janeiro de 2007, contabilizou-se no país 26.729 equipes de saúde da família e 15.086 equipes de saúde bucal, representando 56% do total de equipes de saúde da família habilitadas no País (Brasil, 2007). Em cada micro-área a ESF é responsável por acolher a gestante e captá-la para o pré-natal o mais rápido possível. Após a captação o profissional deve preencher o cartão da gestante, que é o meio de comunicação entre a equipe e os profissionais da maternidade. Completando estes passos básicos fica sob responsabilidade da equipe realizar atividades educativas orientando sobre a importância do pré-natal e os cuidados necessários, preparando a gestante para o aleitamento materno, parto e cuidados com o bebê. Assim a equipe deve realizar visitas domiciliares para monitorar a gestante, orientar os cuidados adequados, e identificar os fatores de risco, buscando uma diminuição na sua probabilidade de vir a óbito em decorrência da gestação (Secretaria de Saúde MG, 2006). Dentro da Estratégia de Saúde da Família a equipe de saúde bucal tem por responsabilidade criar e manter vínculo entre comunidade e os membros desta equipe, ampliando o conceito de vigilância a saúde bucal (Mendes, 1996). Uma importante característica da equipe de saúde bucal é entender os vários espaços e diferentes níveis de complexidade no trabalho, que exigem uma programação em sua agenda de ações intra e extra clínica (Carvalho et. al, 2004). Com relação à saúde bucal da gestante, o dentista tem em cada trimestre uma ação, buscando sempre evitar o aparecimento de doenças ou complicações orais, pois essas morbidades são muitas vezes relacionadas ao agravamento dos fatores de risco, como cardiopatias e diabetes, e também ao baixo peso dos bebês (Louro et. al, 2001). Segundo Pedrosa & Teles (2001) estudos realizados sobre a atuação da ESF foi revelado uma ausência de responsabilidade coletiva do trabalho e baixo grau de interação entre as categorias profissionais. Tal situação não é reflexo do discurso de interação entre os membros, que de acordo com Bastos (2003), entre os membros da equipe há certa hierarquia, acentuada pelo nível de formação dos profissionais. É relevante avaliar qual a importância da inserção da equipe de saúde bucal no ESF, quanto a sua participação no atendimento a gestante. Um outro fator importante a ser pensado é a implementação de um psicólogo na equipe, que pode junto ao médico diagnosticar e tratar transtornos mentais, que podem estar relacionados também a gestação e ao puerpério. Tendo em vista a alta taxa de mortalidade materna no Brasil e a necessidade de atuar nos aspectos preventivos, o grupo de pesquisadores irá procurar evidenciar em duas equipes de saúde da família do município de Uberlândia, distintas em sua localização e risco econômico e social, as doenças e agravos à saúde prevalente nas gestantes cadastradas, com ênfase nas doenças bucais, sob a perspectiva de seus aspectos físicos, biológicos, sociais e emocionais e propôr medidas de promoção, prevenção e reabilitação da saúde das gestantes envolvidas neste estudo. 2. OBJETIVOS Oportunizar aos acadêmicos um contato com as gestantes, a realidade em que vivem e o sistema de saúde em que estão inseridas, ultrapassando os espaços intra-murais da universidade e permitindo a aplicação de seus conhecimentos técnico-científicos; Identificar a prevalência das principais doenças e agravos da gestante; Planejar e executar ações de educação para a saúde. 3. METAS Reduzir a taxa de mortalidade, mantendo-se abaixo de 20 para cada cem mil nascidos vivos; 3
Acesso a educação para saúde e medidas preventivas a 100% das gestantes inseridas nas duas ESF; Reduzir a incidência de cárie e doença periodontal na gestação; Ampliar atendimento preventivo à gestante. 4. METODOLOGIA Serão realizadas visitas domiciliares às gestantes cadastradas em duas ESF, pertencentes às equipes Lagoinha I (Setor Sanitário Sul Núcleo Pampulha) com uma população total de 3.981 pessoas e Morumbi IV (Setor Sanitário Leste Núcleo Morumbi) com uma população total de 3.451 pessoas, conforme dados do SIAB. Estas duas áreas possuem uma população estimada de 2% de gestantes conforme parâmetro da OMS, que correspondem respectivamente a 80 e 70 gestantes. Serão selecionados 05 acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Medicina, Psicologia e 08 de Odontologia da. Serão desenvolvidas pelos acadêmicos dos diversos cursos, atividades de promoção da saúde, utilizando de metodologias dialógicas e problematizadoras a partir de técnicas apropriadas ao contexto destas gestantes. Serão coletados dados para o agendamento das 150 gestantes, onde as mesmas deverão receber todas as informações sobre os objetivos deste projeto antes de aderirem ao mesmo, assim como cada participante receberá uma codificação para preservar a sua identidade e privacidade. As gestantes deverão ser maiores de 18 anos e caso não sejam, os pais ou o responsável legal deverá assinar o consentimento para que a mesma participe deste estudo. A partir destas informações serão formadas as equipes para executarem as visitas domiciliares e colherem os dados de cadastramento familiar de saúde, moradia, saneamento e informações gerais (meios de comunicação utilizados, planos de saúde entre outros) definidos pelo SIAB do Ministério da Saúde de Uberlândia. Após o preenchimento deste deverá ser realizada a classificação das famílias. Os quesitos são: caracterização econômica; acesso a serviços odontológicos; autopercepção em saúde bucal; edentulismo; fluorose dentária; anormalidades dentofaciais; cárie dentária e necessidades de tratamento; doença periodontal, alterações do tecido mole também deverão ser avaliados. Após a coleta de todas as informações citadas acima, os mesmos serão tabulados e avaliados por todos os profissionais das áreas envolvidas. 5. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES Serão analisados os fatores que facilitarão e/ou dificultarão a execução do Projeto e obtenção dos resultados, por meio de reuniões da coordenadora do Projeto com os demais participantes: a) dois acadêmicos voluntários representando os cursos de Odontologia, Medicina, Enfermagem e Psicologia; b) duas gestantes; c) membro representante do ESF e Conselho Municipal de Saúde. Será avaliada ainda a contribuição do Projeto para a formação/capacitação profissional dos acadêmicos que dele participaram e experimentaram uma nova vivência de educação e promoção de saúde, por meio de relatórios elaborados pelos próprios acadêmicos. As atividades realizadas e oferecidas às gestantes serão anotadas e documentadas, sendo as avaliações e diagnósticos precoces dos principais problemas de saúde registrados em fichas próprias. Isto facilitará o levantamento de dados para o relatório final, bem como fornecerá subsídios para o aprimoramento da atuação dos PSF relacionada às gestantes. 6. AGRADECIMENTOS Ao Programa Institucional de Estágio Acadêmico de Extensão Remunerado da Universidade Federal de Uberlândia (PIEEX / UFU). Á Prefeitura Municipal de Uberlândia/Secretaria Municipal de Saúde. 4
7. REFERÊNCIAS Bastos, L. G. C. Trabalho em equipe em atenção primária à saúde e o Programa Saúde da Família. 2003. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial, Brasília, 1997. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1444, de 28 de dezembro de 2000. Cria o Incentivo de Saúde Bucal que garante financiamento as ações da equipe odontológica do Programa de Saúde da Família. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2000. Brasil. Ministério da saúde. Projeto SB 2000: condições de saúde bucal da população brasileira no ano de 2000: manual do examinador. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 673/ GM Atualiza e revê o incentivo financeiro às ações de saúde bucal, no âmbito do Programa de Saúde da Família, parte integrante do Piso de Atenção Básica; PAB. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 03 de junho de 2003. Brasil. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Relatório Nacional de Acompanhamento. Setembro de 2004. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI. Relatório de Avaliação do Plano Plurianual 2004-2007: exercício 2007 - ano base 2006 / Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. Brasília: MP, 2007. Campos, C. E. A.; O desafio da integralidade segundo as perspectivas da vigilância da saúde e da saúde da família. Ciênc. saúde coletiva vol.8 no.2 Rio de Janeiro 2003 Carvalho, D. Q.; Ely, H. C.; Paviani; L. S.; Corrêa, P. E. B.; A Dinâmica da Equipe de Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família, Escola de Saúde Pública do RS, v. 18, n. 1 - jan./jun. 2004. Páginas 175 a 184. Gontijo, L. P. T. Construindo as competências do cirurgião dentista na atenção primária em saúde. 2006. 225p. Tese (Doutorado em Enfermagem em Saúde Pública) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto 2006 Louro, P. M.; Fiori, H. H.; Louro, P.; Steibel, J.; Fiori; R. M.; Doença periodontal na gravidez e baixo peso ao nascer. Jornal de Pediatria, 2001. Mendes, E. V. Um novo paradigma sanitário: a produção social da saúde. In: MENDES, E. V. Uma agenda para a saúde. São Paulo: Hucitec, 1996. p.233-300. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção ao pré-natal, parto e puerpério: protocolo Viva a Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006. 84p. Organização Mundial da Saúde - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Décima Revisão. Volume 2, Manual de Instrução. Centro Colaborador da OMS Para a Classificação de Doenças em Português, 1994. Edusp, São Paulo. Pedrosa, J. I. S.; Teles, J. B. M. Consenso e diferenças em equipes do Programa de Saúde da Família. Rev. Saúde Pública, v. 35, n. 3, p.303-11, 2001. Silva, I. Z. Q. J.; Trad, L. A. B. Team work in the PSF: investigating the technical articulation and interaction among professionals, Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.9, n.16, p.25-38, set.2004/fev.2005. Sousa, M. H.; Cecatti J. G.; Hardy, E. E.; Amaral, E.; Souza, J. P. D.; Serruya S. Sistemas de informação em saúde e monitoramento de morbidade materna grave e mortalidade materna. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. v.6 n.2 Recife abr./jun. 2006. Starfield, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/ Ministério da Saúde, 2002. 5
PREGNANT WOMEN INSERTED ON EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: STUDY OF DISEASE AND AGGRAVATE S PREVALENCE ON THE PERSPECTIVE OF PROMOTION IN HEALTH Cristhiane Leão de Queiroz Av. Pará 1720 Bairro Umuarama crisinha_leao@hotmail.com Álex Moreira Herval alex_amh@hotmail.com Rosana Ono rosana.ono@terra.com.br Liliane Parreira Tannús Gontijo lili@triang.com.br Abstract: The pregnancy is a period of physiological, psychological and social changes that requires good conditions of health and life, as for women so for the baby coming. From these changes, it is seen the importance of an special attention, mainly during pregnancy and puerperium. It is known that no attention or deficit attention for pregnant women can increase rates of morbidity and mortality. To reduce the occurrence of these rates, it is necessary to plan and to implement of educational actions and preventive measures, which should be the result of an organized health system. Therefore, it is believed that the Estratégia de Saúde da Família (ESF), is the most effective model in basic health attention, so the main public is the family, the logic followed is the social epidemiology and the actors are health s professionals, who work in multidisciplinary teams. Then the actions proposed for pregnant women are: frequent visits to homes, enabling knowledge of pregnant women s reality, evaluation and diagnosis of health problems. After that health s professionals can perform appropriate preventive and educational measures, and if necessary, to send pregnant women for treatment. All these actions will be objects of study developed concurrently by the ESF and the academic courses of Dentistry, Medicine, Nursing and Psychology, from the perspective of teamwork. Keywords: pregnant women, promotion, prevention. 6