ESCOLA UM REFLEXO DA FAMÍLIA

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Transcrição:

ESCOLA UM REFLEXO DA FAMÍLIA OLIVEIRA, Luciana Santos; SANTOS, Beatriz Aparecida Batista dos 2 ; OLIVEIRA-NETO, José Firmino 3 ; PERES, Juliane Pereira de Santana 4 Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá 1 lucianasantos.o.bio@hotmail.com; 2 beatrizsantos-ipo@hotmail.com; neto.09@hotmail.com; 4 julianepsp@yahoo.com.br RESUMO A família não tem condições de ensinar sem a cooperação da escola. Ambas as instituições precisam uma da outra para um efetivo trabalho, visto que, acontecimentos e experiências que ocorrem em uma interferirão no funcionamento da outra. Assim este trabalho objetiva entender a relação escola-família e família-escola, além de sugerir caminhos para que família e escola consigam trabalhar juntas para um único fim, a aprendizagem do aluno. Para a obtenção dos dados foi aplicado três questionários para distintos grupos alunos, gestores e professores - da escola campo desta pesquisa. Por intermédio das respostas concluí-se que a família influencia tanto positivamente quanto negativamente no processo de aprendizagem na escola, muitas vezes a falta de uma base sólida reflete em um descomprometimento do alunado, se fazendo para tanto necessário o apoio da família no processo de aprendizagem, visto que, se trabalhando para um mesmo fim chegarão a um melhor resultado. Palavras Chaves: Escola, Família, Relação. INTRODUÇÃO A escola é um ambiente de socialização, secundário em relação à família (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO; 2011), e aprendizagem onde as crianças interagem a todo o momento, não só com os colegas, mas também com todo o grupo educador da instituição. A parte que cabe a escola quanto ao desenvolvimento das crianças é propiciar a seus alunos um conhecimento organizado (POLONIA & DESSEN, 2005). A família é o primeiro grupo social ao qual pertence à criança (BERGER & BERGER, 2008), cujo papel principal é à socialização dos infantes (POLONIA & DESSEN, 2005), o que nos deixa claro que a família é uma instituição social muito importante (BERGER & BERGER, 2008). Ela é a matriz da aprendizagem humana, com significados e 100

práticas culturais próprias que geram modelos de relação interpessoal e de construção individual e coletiva (DESSEN & POLONIA, 2007). A família comporta aspectos no educar que estão desvinculados ao currículo das instituições (CARVALHO, 2004). Assim o ambiente familiar influi no processo de conscientização da criança, o que reflete na aprendizagem. Segundo López (2002), a família não tem condições de ensinar sem a cooperação da escola. Ambas as instituições precisam uma da outra para um efetivo trabalho, visto que, acontecimentos e experiências que ocorrem em uma interferirão no funcionamento da outra. Segundo Dessen & Polonia (2007) os acontecimentos e as experiências familiares propiciam a formação de repertórios comportamentais, de ações e resoluções de problemas com significados universais e particulares, são trazidos para a escola pelos alunos, os quais extravasam muitas vezes através da indisciplina, cabendo ao professor buscar a raiz do problema para intervir de forma efetiva. Assim o aluno não se finda no racional, mas engloba também o sentimental e o emocional (GRINSPUN, 2006). As políticas públicas no âmbito da educação estão sugerindo debates e propondo ações para uma aproximação entre a escola e a família, acredita ser esta relação à chave para uma escola, e um ensino de qualidade (RIBEIRO & ANDRADE, 2006). Porém, pais e até mesmo os professores não buscam uma relação de equilíbrio, pais só procuram a escola quando seus filhos apresentam algum problema grave na mesma ou quando repetem o ano, em contra partida, professores querem os pais na escola quando não conseguem dominar o alunado. Observando a grande influência da família para o processo de socialização e aprendizagem no âmbito escola, o referido trabalho objetivou entender esta relação, tão complexa em seu âmago, além de sugerir caminhos para que família e escola consigam trabalhar juntas para um único fim, a aprendizagem do aluno. MATERIAIS E MÉTODOS Nessa pesquisa optamos por uma abordagem qualitativa, que de acordo com Oliveira (2008) pode ser caracterizada como sendo uma tentativa de se explicar em profundidade o significado e as características do resultado das informações obtidas através de entrevistas ou questões abertas, sem a mensuração quantitativa de características. Para a obtenção dos dados foi aplicado três questionários para distintos grupos alunos, gestores e 101

professores - da escola campo desta pesquisa. As perguntas apresentadas buscaram relacionar o desempenho escolar dos alunos em função das características individuais de suas famílias. A escola para realização da pesquisa foi escolhida devido à grande abertura do grupo escolar. RESULTADOS E DISCUSSÃO As respostas aos questionários foram dispostas em tabelas e posteriormente lidas para seguinte análise considerando a literatura. O primeiro questionário dirigido aos alunos contendo apenas uma pergunta pedia aos mesmos que colocassem qual o seu responsável, a maioria do alunado 53,62% responderam ser os pais (pai e mãe); 34,05% apenas a mãe; 7,97% os avós, o restante 4,34% disseram ser outros (irmãos, tios, padrinhos) como seus responsáveis. O grupo gestor da instituição respondeu o segundo questionário, a primeira questão perguntava se acreditam que os discentes freqüentam a escola por consentimento próprio, a resposta foi unânime, 100% disseram que não; a frequência se dá muitas vezes por uma imposição da família e não por vontade dos alunos em aprender. A segunda pergunta coloca se os pais dão apoio aos estudos dos filhos, destes 67% disseram que não apóiam, os outros 33% abordaram que sim, partindo destes princípios a pergunta de número três complementa a linha de pensamento onde afirma que conhecer a vida pessoal dos alunos os auxiliam em medidas disciplinares que por ventura tenham que tomar. Os pais são imprescindíveis quando da construção do projeto pedagógico, porém a maioria destes (67%) não participam da elaboração do documento da escola campo desta pesquisa, porém em festividades a participação ganha peso, segundo os gestores há participação de 100% dos pais nestes eventos. Quando perguntados sobre qual situação vivida em casa acreditam provocar mais reflexo na família as respostas se divergiram, alguns colocaram o vício e a separação como primeiros pontos, outro já acredita ser a falta de diálogo e o fato de os pais não se importarem com os filhos os principais motivos. A pergunta de número nove fecha o rol de discussão para o grupo, pergunta-se nesta se acreditam que a escola auxilia os alunos a transpor problemas pessoais, todos responderam sim, acreditando que por meio do diálogo conseguem apresentar caminhos para a resolução destes problemas. O terceiro e último questionário se inicia perguntando aos professores se estes acreditam que os discentes freqüentam a escola porque acham a escola um lugar de aquisição do conhecimento, que é importante para o futuro deles (alunos); do total 75% acreditam que sim e 25% que não. A próxima questão perguntava aos professores se os responsáveis dão 102

apoio aos estudos dos alunos, acreditam que a maioria (75%) apóia os seus filhos, não somente no financeiro, mas também no acompanhamento do cotidiano escolar do filho, sendo que para alguns docentes não há apoio em nenhum aspecto. A quinta pergunta aborda os novos modelos de família e a influência da mesma no ambiente escolar, 62,5% abordam que a influência destes modelos são negativos, o outro restante se divide em aqueles que acreditam ser a influência positiva, os que marcaram as duas alternativas e os que deixaram a questão em branco. A questão seguinte perguntava se acreditam que os pais estão deixando a educação dos filhos apenas como responsabilidade da escola, para a maior porcentagem dos docentes (87,5%) a educação vem sendo deixa apenas como responsabilidade das escolas, o restante (12,5%) discorda colocando que família e escola dividem os espaço na educação. Indo de acordo com o discorrido pelos docentes os professores na questão sete também crêem que a vida pessoal dos discentes os auxilia em medidas disciplinares que tenham que tomar quando há necessidade, também (questão 8) acreditam que a indisciplina mostrada por alguns alunos em sala é fruto do vivido no ambiente familiar. Segundo Bolsoni-Silva & Marturano (2002) as famílias acabam influenciando comportamentos inadequados mediante uma indisciplina precária, pouca interação entre os membros do grupo e baixa supervisão dos pais as atividades desenvolvidas pelas crianças. A questão de número oito, abordando a vinda dos pais para buscar o boletim, coloca se apenas com esta presença é possível conhecer os mesmos, para todos (100%) não é suficiente, necessitando assim que os pais compareçam outras vezes na instituição. A penúltima questão do questionário pergunta aos professores, assim como feito aos gestores, qual a situação vivida em casa acreditam provocar um maior reflexo na escola, as respostas expõe que a desestruturação da família e a falta de diálogo são os principais fatores de influência. A última questão, também a que encerra o questionário dos gestores, pergunta se a escola pode auxiliar os discentes a transpassar os problemas pessoais, todos colocaram que sim, abordando que por meio de diálogo, sobretudo um processo de escuta, é possível auxiliar o aluno quanto a seus problemas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das respostas apresentadas concluí-se que a família influencia tanto positivamente quanto negativamente no processo de aprendizagem na escola, muitas vezes a falta de uma base sólida reflete em um descomprometimento do alunado. O apoio da família no processo de aprendizagem é inteiramente necessário, visto que, se trabalhando para um 103

mesmo fim chegaram a um melhor resultado. Inúmeras medidas devem assim ser tomadas para que esta relação escola-família e família-escola se consolidem, pois só assim ações concretas serão perceptíveis para as duas instituições. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOLSONI-SILVA, A. T. & MARTURANO, E. D. Práticas Educativas e Problemas de Comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estudos de Psicologia, 2002, n. 7, p. 227-235. CARVALHO, M. E. P. Modos de educação, gênero e relações escola-família. Cadernos de Pesquisa, 2004, n. 34, p. 41-58. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 4º ed. São Paulo: Cortez, 2011. p. 364. DESSEN, M. A. & POLONIA, A. C. A Família e a Escola como contextos de desenvolvimento humano. Paidéia, 2007, n. 17, p. 21-32. GRINSPUN, M. A Orientação educacional Conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3º ed. São Paulo: Cortez, 2006. López, J. S. I. (2002). Educação na família e na escola. Coleção O que é, como se faz? (M.C. Mota, Trad.) São Paulo: Loyola (Trabalho originalmente publicado em 1999). OLIVEIRA, M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. POLONIA, A. C. & DESSEN, M. A. Em busca de uma compreensão das relações entre família e escola. Psicologia Escolar e Educacional, 2005, n. 9, p. 303-312. RIBEIRO, D. F. & ANDRADE, A. S. A assimetria na relação entre família e escola pública. Paidéia, 2006, n. 16, p. 385-394. 104