NIVELAMENTO PARA PÓS GRADUAÇÃO. - Direito Individual do Trabalho - (aula 08/11)

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Transcrição:

NIVELAMENTO PARA PÓS GRADUAÇÃO - Direito Individual do Trabalho - (aula 08/11)

CUSTÓDIO NOGUEIRA Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil; Sócio da Tardem e Nogueira Assessoria Empresarial, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil e Membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB Subseção de Guarulhos São Paulo. E-mail: g.custodio@uol.com.br Facebook: Custodio Nogueira 2

DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

1) CONCEITO LIBERDADE SINDICAL É o direito dos trabalhadores e empregadores de se organizarem e constituírem livremente as agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do Estado, nem uns em relação aos outros, visando à promoção de seus interesses ou dos grupos que irão representar. Essa liberdade sindical também compreende o direito de ingressar e se retirar

2) ORGANIZAÇÃO SINDICAL a) Sindicato é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que tem atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria. É uma associação espontânea entre as pessoas. b) 2. O sindicato é uma pessoa jurídica de direito privado, pois não pode haver interferência ou intervenção no sindicato (art. 8º, I da CF). c) I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente,

2) ORGANIZAÇÃO SINDICAL c) O inciso II do art. 8º da CF determinou a unicidade sindical, pois não é permitida a criação de mais de uma organização sindical na mesma base territorial, que não poderá ser inferior à área de um município. Os sindicatos podem ser municipais, intermunicipais, estaduais, interestaduais e nacionais. d) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente

3) ÓRGÃOS DO SINDICATO a) O sindicato compõe-se de três órgãos: assembleia geral, diretoria e conselho fiscal. b) A diretoria será composta de um mínimo de 3 membros e um máximo de 7 membros, entre os quais será eleito o presidente do sindicato. c) O conselho fiscal será composto de 3 membros. Esses membros terão mandato de 3 anos. O conselho fiscal terá por competência a fiscalização da gestão financeira do sindicato.

3) ÓRGÃOS DO SINDICATO d) A assembleia geral irá eleger os associados para representação da categoria, tomar e aprovar as contas da diretoria, aplicar o patrimônio do sindicato, julgar os atos da diretoria, quanto a penalidades impostas a associados, deliberar sobre as relações ou dissídios do trabalho, eleger os diretores e membros do conselho fiscal. São os associados do sindicato que decidem sobre a celebração de convenção coletiva.

4) ENTIDADES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR a) As entidades sindicais de grau superior são as federações e as confederações (art. 533 da CLT). b) As federações são entidades sindicais de grau superior organizadas nos Estadosmembros. Poderão ser formadas desde que congreguem pelo menos 5 sindicatos, representando a maioria absoluta de um grupo de atividades. c) As federações poderão celebrar convenções

4) ENTIDADES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR d) As confederações são entidades sindicais de grau superior de âmbito nacional. São constituídas de, no mínimo, 3 federações, tendo sede em Brasília (art. 535 da CLT). e) As confederações formam-se por ramo de atividade (indústria, comércio, transportes etc.) f) As confederações poderão celebrar convenções coletivas, acordos coletivos, e

5) DIREITO DE GREVE a) COMPETÊNCIA Art. 114, II da CF; Art. 114, 3º da CF; Súmula 189 do TST. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:... II as ações que envolvam exercício do direito de greve;...

5) DIREITO DE GREVE a) COMPETÊNCIA 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 189. GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ABUSIVIDADE. A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve.

5) DIREITO DE GREVE b) CARACTERIZAÇÃO Art. 9º da CF; Art. 37, VII da CF; Lei 7.783 de 28 de junho de 1989. Art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

5) DIREITO DE GREVE b) CARACTERIZAÇÃO 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:... VII o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

6) COMENTÁRIOS À LEI DE GREVE a) CONCEITO A Lei nº 7783/89 regula o direito de greve, atividades essenciais e atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. A Lei de Greve dá aos trabalhadores o direito e a oportunidade de deflagrarem o movimento paredista de conformidade com os seus interesses, como força de pressão, para a conquista de objetivos salariais e condições de trabalho (art. 1º).

A solução da negociação pelo caminho da arbitragem, embora conste do texto legal, não é 6) COMENTÁRIOS À LEI DE GREVE b) FRUSTRAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA Para que a paralisação das atividades da empresa seja considerada greve, nos termos da lei, basta que a suspensão do trabalho seja coletiva total ou parcial, temporária e pacífica, exigindo-se apenas que a negociação seja frustrada ou impossibilidade de recurso via arbitral (art. 3º).

6) COMENTÁRIOS À LEI DE GREVE b) FRUSTRAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA Na prática, basta que a negociação se torne infrutífera, para que os trabalhadores exerçam o seu direito de paralisação das atividades da empresa.

7) NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL Caberá ao sindicato da categoria profissional convocar assembleia geral para definir as reivindicações da categoria e a paralisação coletiva (art. 4º).

8) AVISO PRÉVIO A decisão adotada pelo sindicato profissional quanto ao início da greve, deve ser comunicada ao sindicato patronal ou aos empregadores diretamente envolvidos, no prazo mínimo de 48 horas, mediante notificação, devendo o sindicato obreiro obter da entidade ou empresa notificada, o seu respectivo recebimento, registrando o dia e a hora, uma vez que a lei fala em período de antecedência levando-se em conta horas e não dias, para o início da greve.

9) ATIVIDADES ESSENCIAIS A Lei ainda enumera os serviços ou atividades que são considerados essenciais e que possam, em razão da sua paralisação, trazer sérios prejuízos à população, devendo, nestes casos, os sindicatos profissionais, patronais, empresas e trabalhadores acordarem para a manutenção dessas atividades, preservando-se os direitos da comunidade, em termos de sobrevivência, saúde e segurança.

9) ATIVIDADES ESSENCIAIS São consideradas atividades essenciais: tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustível; assistência médica e hospitalar, distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; processamento de dados ligados a serviços

9) ATIVIDADES ESSENCIAIS Na greve em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários, com antecedência mínima de 72 horas da paralisação (art. 13). É de responsabilidade do sindicato profissional ou da comissão de negociação, mediante acordo com o sindicato patronal ou diretamente com as empresas, estabelecer mediante acordo as equipes de empregados que continuarão prestando serviços considerados inadiáveis e que possam causar prejuízos irreparáveis em máquinas, equipamentos e bens, bem como a sua manutenção, primordiais para

10) LOCKOUT A Lei de Greve também nos coloca que é vedada a paralisação por iniciativa do empregador, o que vale dizer que o lockout é proibido no Brasil, sob pena de pagar os salários correspondentes ao período (art. 17). O lockout é a paralisação do trabalho ordenada pelo próprio empregador, seja para frustrar ou dificultar o atendimento das reivindicações dos trabalhadores em busca de alguma vantagem econômica. Ilustrativamente, podemos mencionar o exemplo das greves de transportes coletivos patrocinadas