AVALIAÇÃO DO AEE AO FINAL DO CICLO I DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO AEE AO FINAL DO CICLO I DO ENSINO FUNDAMENTAL Leysa Miguel Rodrigues Moretti Maria Osvalda de Castro Feitosa Cristovam Kátia de Abreu Fonseca Prefeitura Municipal de Bauru Palavras chave: Educação Especial, Avaliação, AEE e Deficiência Intelectual Eixo Temático: SRM Analise de sua implementação e funcionamento 1. Introdução A escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica. Apesar de ser prevista na constituição de 1988, o olhar sobre uma educação com princípios democráticos e assim inclusivos, tomou grande proporção a partir da Declaração de Salamanca (1994) a qual tem a prerrogativa de que o sistema educacional se organize para acolher a diversidade de um modo geral, oferecendo um ensino de qualidade e potencializando as capacidades dos alunos e, inclusive do aluno com deficiência. Como forma de atender as necessidades e desenvolver essas potencialidades dos alunos publico alvo da educação especial, a saber, os alunos com deficiências, altas habilidades/super dotação e transtorno global do desenvolvimento é garantido pelo o decreto 7611/2011 o atendimento educacional especializado (AEE) que prevê o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, com o intuito de eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização. Valendo-se da experiência como professoras do AEE em escolas de ensino fundamental de ciclo I anos iniciais e de ciclo II anos finais entendemos que com a ruptura dos atendimentos da sala de recursos multifuncional (SRM) em algumas escolas do município, que se dá ao final do ciclo I, o desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno com deficiência acaba sendo prejudicado. Faz-se necessário estudos visando a reorganização do

serviço de AEE com ações que visem garantir os atendimentos para esses alunos, na mesma unidade escolar ou em uma bem próxima da sua residência. Atualmente, por questões de logísticas, alguns alunos que passam a frequentar o ciclo II (6º ao 9º) do ensino fundamental são encaminhados para prosseguir sua escolarização em escolas rede estadual de ensino mais próxima de sua casa, saindo do campo de atuação das escolas do município e, quando este aluno tem algum tipo de deficiência são atendidos em escolas que tem sala de recursos, que são organizadas por área de deficiência em polos, que na maioria das vezes estes polos ficam distante da escola de origem do aluno e contam com estrutura e organização diferente da sua escola anterior que, ao nosso ver, acaba sendo mais uma dificuldade para o aluno, estar fora de sua escola, sem seus colegas, professores, fora do seu contexto. Desta forma, nossa pretensão com esta pesquisa é analisar e avaliar os atendimentos das salas de recursos multifuncionais para alunos público alvo da educação especial com diagnóstico de deficiência intelectual e a ruptura de ciclo desses quando da necessidade de avanço do ciclo I- anos iniciais para o ciclo II anos finais do ensino fundamental de duas escolas municipais situadas na periferia do Município de Bauru. 2. Objetivos Analisar o desempenho acadêmico de dois alunos da Sala de Recursos Multifuncionais a partir do instrumento de avaliação padronizado pela Divisão de Educação Especial do município de Bauru; Comparar os resultados das avaliações dos alunos de duas escolas do município de Bauru, sendo que uma atende apenas o ciclo I e a outra ciclo I e II. 3. Métodos Participaram da pesquisa quatro professoras, sendo duas da Ed. Especial (Sala de Recursos) e duas do ensino fundamental, dois alunos, em triagem de diagnóstico suspeita de DI das duas EMEFs. Enviamos aos professores da sala comum, uma planilha de avaliação para verificar o processo de aprendizagem dos alunos na sala comum. Aplicamos avaliação padronizada do serviço da Educação Especial do Sistema Municipal de Educação, com os alunos em dois momentos, com o aluno E.R.C. realizamos ao final do 5º e 6 º anos, e com o aluno P.H.C ao final do 5º com o objetivo de verificar os níveis de conhecimentos que os dois apresentavam.

Após a aplicação da avaliação na Sala de recursos multifuncional, foi realizada a tabulação de dados obtidos nas mesmas. Vale ressaltar que o instrumento de avaliação é padronizado e proposta pela gestão de Educação especial da Secretaria Municipal da Educação pela Divisão de Educação Especial. Entretanto para análise desta pesquisa utilizaremos apenas os dados das áreas de linguagem oral e escrita e raciocínio lógico matemático. Para a análise de dados, procedeu-se um levantamento comparativo das respostas das avaliações. Os valores obtidos foram usados na elaboração de um quadro comparativo a fim de facilitar a análise de dados, reflexão da pesquisa. 4. Resultados Apresentaremos os resultados da pesquisa realizada que contribuem com informações necessárias à conclusão desta pesquisa A EMEF, atende alunos do 1º ciclo do 1º ao 5º ano e possui duas na salas de recursos multifuncionais uma no período da manhã e outra no período da tarde, oferecendo atendimento no contra turno. A EMEF 2 atende alunos do ciclo I e II, possui duas salas de recursos multifuncionais uma no período da manhã que atende alunos do 1º ao 5º ano no contra turno e outra no período da tarde que atende os alunos do 6º ao 9º ano dando continuidade e fechando o ciclo do ensino fundamental. Dados coletados nas avaliações aplicadas aos alunos 1 e 2 ÁREA DE CONHECIMENTO LINGUAGEM ORAL E ESCRITA ALUNO: P.H.C. 10 anos EMEF 1 CICLO I Primeiro nome, alfabeto, percebe correspondência letra/som, leitura visual (rótulos, figuras, símbolos), leitura de palavras por antecipação (mesma semântica, semântica diferente ), compreende ordem e orientação das atividades. ALUNO: E.R.C. 11 anos EMEF 2 CICLO I - II Nome completo, letra cursiva, junções combinatórias complexas, escrita de frases, escrita de textos curtos, reconhece e utiliza alguns, lê, interpreta e localiza informações em textos médios. RACIOCINIO LÓGICO MATEMÁTICO Diferencia números, letras e símbolos, forma sequência até 100, representa e discrimina quantidades até 100, quantifica dezena, possui noção de adição, efetua adição com um algarismo sem apoio de material concreto. Representa e discrimina centena, milhar, efetua adição com três ou mais algarismo com reagrupamento, efetua multiplicação com dois algarismo, possui noção de divisão, realiza calculo mental, resolve situação problema sem material concreto, reconhece e diferencia diferentes formas geométricas planas, possui noção de: dúzia, metade, dobro,

triplo, reconhece sistema monetário, cores primárias. Os alunos participantes da pesquisa estão em avaliação para comprovação do diagnóstico de deficiência intelectual, por esse motivo escolhemos fazer a comparação da avaliação dos alunos. O quadro acima apresentado demonstra que o aluno P.H.C. na área de conhecimento linguagem oral e escrita está em defasagem aos conhecimentos preconizados para o ano a qual participa. O aluno E.R.C., apesar de também apresentar defasagem, podemos inferir que comparado com o outro aluno analisado está em condição melhor, porém não no nível esperado para o 5º ano. O mesmo ocorre na área do raciocínio logico matemático assim percebemos que os dois alunos necessitam de atendimento no AEE e em sala comum ajustes para realização das atividades propostas. Através da avaliação foi possível comparar que os dados aqui apresentados demonstram a evolução de um aluno em relação ao outro em seus processos de aprendizagem e nos mostram que a ruptura dos atendimentos da sala de recursos multifuncional (SRM) em algumas escolas do município e a não continuidade do AEE acaba por prejudicar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem do aluno nas unidades escolares do Estado. A avaliação diagnóstica/reflexiva é uma pratica constante no AEE das SRM do município, como forma de verificar avanços e dificuldades dos alunos atendidos, bem como são elaborados relatórios pontuando a avaliação, para assim buscar estratégias e metodologias adequadas para garantir o desenvolvimento do aluno e contribuir em seu processo de aprendizagem. E quando da mudança de unidade escolar a avaliação e o relatório são enviados para a unidade escolar em que o aluno for matriculado, para que o especialista que vai atendê-lo tome ciência de como anda os seus conhecimentos e assim possa dar continuidade ao processo de aprendizagem. 5. Discussão No atendimento do AEE a avaliação vem de encontro com o posicionamento de Abramowicz (1998), que pontua, a avaliação sendo encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e para melhoria do sistema de ensino. Castro (1195), também enfatiza que a avaliação não deve ser vista como caça aos incompetentes, mas como uma busca de excelência pela organização escolar como um todo.

Concordamos com Luckesi (2002), quando ratifica que a avaliação diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, exigindo por sua vez, direciona o objeto em uma trilha dinâmica da ação. 6- Conclusões objeto. A avaliação Com a presente pesquisa, onde analisamos por meio de instrumento avaliativo com documento padronizado usado pelo Sistema educacional da Prefeitura do Município de Bauru, o nível de aprendizado dos alunos atendidos nas EMEFs 1 e 2 e comparamos os resultados, apresentados em forma de quadro comparativo do desenvolvimento dos alunos atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais, observando o diferencial que é uma escola com atendimento até o 5º ano, tendo uma ruptura com o encerramento do ciclo na escola com a outra EMEF que dá continuidade aos atendimentos até o 9º ano. Concluímos que com a ruptura dos atendimentos da sala de recursos multifuncional (SRM) em algumas escolas do município e a não continuidade do AEE, acaba por prejudicar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem do aluno nas unidades escolares do Estado e que as políticas educacionais precisam se voltar para buscar soluções que visem sanar essas dificuldades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL. Declaração de Salamanca sobre princípio, política e práticas na área das necessidades educativas especiais. 1994. Disponível em: http://www.portalmec.gov.br. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Disponível em: http://goo.gl/3yqof.acesso em 31 mar de 2016.. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 1988. Disponivel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 31 mar de 2016. Lei Decreto 7611-17/11/2011- http://www.planalto.gov.br. Resolução SE 61 de 11 de novembro de 2014. Dispõe sobre a Educação Especial nas unidades escolares da rede estadual de ensino. Diário Oficial do Estado, SP. Disponível em: <http://goo.gl/7yjojc>. Acesso em 14 de nov. 2015. ABRAMOWICZ M. Um reflexo fiel da escola. Revista Nova Escola. Disponível e, http://revistaescola.abril.com.br/formacao/reflexo-fiel-escola-424736.shtml. Acesso em 01 abr de 2016 MILANEZ, S. G. C; OLIVEIRA, A. A. S.; MISQUIATI, A.R.N. Atendimento Educacional Especializado com deficiência intelectual e Transtorno global do desenvolvimento. São Paulo: Cultura Acadêmica: Oficina Universitária, 2013.

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