AÇAO DE IMPUGNAÇÃO DO MANDATO ELETIVO (AIME) Art. 14, 10 CRFB - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Esta ação visa declarar a perda do mandato eletivo. Como abuso do poder econômico podemos exemplificar a utilização de valores não declarados à justiça eleitoral. A corrupção se configuraria, por exemplo, pela oferta de determinada vantagem ao eleitor para que este votasse em certo candidato. A fraude consiste em enganar o eleitor para induzi-lo a erro.
Ação de má-fé é aquela proposta com a intenção de prejudicar alguém ou de alcançar um fim ilícito. Ação temerária é aquela em que se acusa alguém de prática indevida mas sem apresentar provas de tal ato. Nos termos da Lei Complementar 64/90, tal conduta constitui crime eleitoral.
Perda e suspensão dos direitos políticos Art. 15, CRFB - É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: (...)
Cassação: privação da capacidade eleitoral ativa e passiva em decorrência de ato unilateral e arbitrário, sem que fosse garantido ao cassado o direito ao devido processo legal, ao contraditório e a ampla defesa.
Ex.: Art. 10, ATO INSTITUCIONAL Nº 1, de 9 de abril de 1964 - No interesse da paz e da honra nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, os Comandantes-em-Chefe, que editam o presente Ato, poderão suspender os direitos políticos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos legislativos federais, estaduais e municipais, excluída a apreciação judicial desses atos. Parágrafo único - Empossado o Presidente da República, este, por indicação do Conselho de Segurança Nacional, dentro de 60 dias, poderá praticar os atos previstos neste artigo.
Art. 55, CRFB - Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; (...) VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
Art. 1º, LC 64/90 - São inelegíveis: I - para qualquer cargo: b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal... para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 anos subsequentes ao término da legislatura;
Perda: privação definitiva ou sem prazo certo para terminar da capacidade eleitoral ativa e passiva, aplicada nos casos expressamente previstos na Constituição, sendo garantido ao acusado o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório. Suspensão: privação temporária (com prazo certo para terminar) da capacidade eleitoral ativa e passiva.
Art. 15, CRFB - É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4º.
Art. 15, I, CRFB - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado ( PERDA ); Art. 12, 4º, CRFB/88 - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (...)
Art. 5º, LI, CRFB - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
Art. 15, II, CRFB - incapacidade civil absoluta (SUSPENSÃO) ; Art. 3 o, Código Civil - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Art. 15, III, CRFB - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos ( SUSPENSÃO ) ;
O preso temporariamente, em flagrante delito, em decorrência de prisão preventiva ou condenatória recorrível e àqueles condenados aos quais foram aplicadas a suspensão condicional (sursis) do processo (art. 88 da Lei 9.099/95) ou a transação penal (art. 76 da lei 9.099/95) podem exercer todos os seus direitos políticos, porque não há contra os mesmos sentença criminal condenatória transitada em julgado.
Já aquele que está cumprindo pena no regime aberto ou semiaberto, que está sob livramento condicional, ao qual foi aplicada a suspensão condicional da pena ou que está cumprindo pena alternativa ou que foi condenado apenas ao pagamento de multa, porque ainda estão sob os efeitos da condenação criminal transitada em julgado, não podem exercer seus os direitos políticos.
Art. 15, IV, CRFB - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (SUSPENSÃO) ; Escusa ou imperativo de consciência: Art. 5º, VIII, CRFB - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
SERVIÇO MILITAR: quando o inciso se refere à privação de direitos,está se referindo aos direitos políticos (por exemplo, votar e ser votado). Uma das obrigações legais a todos imposta aqui referida é o serviço militar obrigatório e a prestação alternativa é o serviço militar alternativo, fixado pela Lei 8.239/91. Quer dizer, se o homem se recusar a prestar o serviço militar obrigatório e o serviço militar alternativo, sofrerá privação dos direitos políticos.
Art. 3º, Lei 8.239/91 - O Serviço Militar inicial é obrigatório a todos os brasileiros, nos termos da lei. 3º O Serviço Alternativo será prestado em organizações militares da ativa e em órgãos de formação de reservas das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos Ministérios Civis, mediante convênios entre estes e os Ministérios Militares, desde que haja interesse recíproco e, também, sejam atendidas as aptidões do convocado.
Art. 4º, 1º, Lei 8239/91 - A recusa ou cumprimento incompleto do Serviço Alternativo... por motivo de responsabilidade pessoal do convocado, implicará... Art. 4º, 2º, Lei 8239/91 -... suspensão dos direitos políticos do inadimplente, que poderá, a qualquer tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações devidas.
Art. 53, Res./TSE nº: 21.538/03 - São considerados documentos comprobatórios de reaquisição ou restabelecimento de direitos políticos : II - Nos casos de suspensão : b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à prestação do serviço militar obrigatório...
SERVIÇO AO TRIBUNAL DO JÚRI : A partir da entrada em vigor da Lei 11.689, de 2008, que modificou o Código de Processo Penal,agora também aplica-se esta regra ao serviço do júri,que sempre foi obrigatório mas somente a partir da edição da referida norma é que teve estabelecido o serviço alternativo.
Assim, a contar de então, à negativa ao serviço do júri aplicar-se-á a prestação alternativa prevista no 1º do art. 438 do CPP e se houver recusa também quanto a esta, então o indivíduo terá seus direitos políticos suspensos enquanto não prestar o referido serviço.
Art. 436, Código de Processo Penal - O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória idoneidade. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 438, Código de Processo Penal - A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto. 1 o Entende-se por serviço alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade conveniada para esses fins.
Art. 15, V, CRFB - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4º ( SUSPENSÃO). Art. 37, 4º, CRFB - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Princípio da anualidade da lei eleitoral Art. 16, CRFB - A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Art. 16, CRFB - A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Art. 59, CRFB - O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.
A expressão lei tem sentido genérico, pois refere-se a todos os atos normativos ( lei ordinária, lei complementar, emenda constitucional etc ).
O princípio da anualidade da lei eleitoral não se aplica quanto às Resoluções do TSE, apesar destas terem força de lei. Prevalece, quanto a estas espécies normativas, o art. 105 da Lei nº 9.504/97, que estabelece prazo até 5 de março do ano do pleito para expedição das resoluções necessárias ao bom andamento da eleição.
Art. 105, Lei 9.504/97 - Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.
Art. 16, CRFB - A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Segundo a doutrina, o processo eleitoral é composto por 4 fases: 1ª) Alistamento ; 2ª) Votação ; 3ª) Apuração e 4ª) Diplomação.
Assim, a lei que alterar qualquer destes procedimentos somente terá aplicabilidade em uma certa eleição caso tenha sido publicada pelo menos um ano antes do primeiro turno. Contrário senso, entende-se que a lei eleitoral que não altera o processo eleitoral tem aplicabilidade imediata.
CLÁUSULA PÉTREA: o STF entendeu que o art. 16 é cláusula pétrea (art. 60, 4º, CRFB), por consagrar uma variação do princípio da segurança jurídica.
DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17, CRFB - É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Art. 17, CRFB - É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Partido político é pessoa jurídica de direito privado.
I - caráter nacional; Art. 7º, 1 o, Lei 9.096/95 - Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de 2 anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; Art. 31, Lei 9.096/95 - É vedado ao partido receber... sob qualquer forma..., contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro,..., procedente de : I - entidade ou governo estrangeiros;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; Art. 30, Lei 9.096/95 - O partido político, através de seus órgãos nacionais, regionais e municipais, deve manter escrituração contábil, de forma a permitir o conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas despesas.
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. Art. 12, Lei 9.096/95 - O partido político funciona, nas Casas Legislativas, por intermédio de uma bancada, que deve constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do partido, as disposições regimentais das respectivas Casas e as normas desta Lei.
Art. 17, 1º, CRFB - É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
Quanto à fidelidade partidária, assim estabelece o STF : Renúncia a mandato parlamentar e coligação : Citou-se a jurisprudência tanto do TSE quanto do STF no sentido de o mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral proporcional pertencer ao partido político. Aludiu-se à Resolução TSE 22.580/2007, segundo a qual o mandato pertence ao partido e estará sujeito a sua perda o parlamentar que mudar de agremiação partidária, ainda que para legenda integrante da mesma coligação pela qual eleito. MS 29988 MC/DF,, 9.12.2010. (MS-29988)
Sistema Eleitoral: é um conjunto de técnicas legais que objetiva organizar a representação popular com base nas circunscrições eleitorais. (arts. 105 ao 113 do C.E. e arts. 1º ao 5º da Lei 9.504 /97)
Espécies de sistemas eleitorais utilizados no Brasil: 1) Sistema majoritário de maioria absoluta; 2) Sistema majoritário de maioria relativa e 3) Sistema proporcional.
Sistema majoritário de maioria absoluta: Aplicável nas eleições para Presidente da República, governador e prefeito de municípios com mais de 200 mil eleitores. Neste sistema será eleito o candidato que obtiver, no mínimo, metade mais um dos votos válidos. Se tal condição não for alcançada no 1º turno, realizarse-á um 2º turno, com os dois candidatos mais votados no primeiro.
Sistema majoritário de maioria relativa: Aplicase nas eleições para prefeito de municípios com até 200 mil eleitores e para senador. Neste sistema, a eleição ocorre em turno único e será eleito o candidato mais votado, ainda que não tenha obtido a maioria absoluta dos votos válidos.
Sistema proporcional: A representação é distribuída equitativamente, considerando-se as forças ideológicas (partidos e coalizões partidárias) e o território (circunscrição). Quer dizer, consiste em uma proporção entre o total de votos válidos em uma certa circunscrição e os total de votos dados a todos os candidatos de um certo partido ou coligação, somados aos votos de legenda. É aplicável nas eleições para deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais e vereadores.
Quociente eleitoral: Define o número de votos necessário à obtenção de uma vaga e tem seu mecanismo de cálculo determinado pela divisão do número total de votos válidos pelo número de lugares na casa legislativa (câmara dos deputados, assembléia legislativa, câmara legislativa e câmara municipal).
Quociente partidário: Define o número de vagas cabível a cada partido ou coligação e é obtido através da divisão do número de votos alcançados por todos os candidatos de um partido ou coligação partidária, somados ao votas dados a legenda, pelo quociente eleitoral.
EXEMPLO: eleição para deputado federal no Estado do Rio de Janeiro em 2010. Vagas: 46 Votos nominais: 7.423.341 Votos de legenda: 573.986 Votos válidos (nominais + de legenda): 7.997.327 Quociente eleitoral: 173.855 Votos em branco: 722.753 Votos nulos: 852.406
22 - PR *2258 - ANTHONY WILLIAN GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA 694.862 *2280 - FRANCISCO FLORIANO DE SOUSA SILVA 57.018 *2211 - ADILSON SOARES 51.011 *2270 - JORGE DE OLIVEIRA 44.355 *2233 - NEILTON MULIM DA COSTA 41.480 *2255 - PAULO CESAR DA GUIA ALMEIDA 33.856 *2222 - LILIAM SA DE PAULA 29.248 2288 - PAULO FERNANDO FEIJO TORRES 22.619 VOTOS NOMINAIS : 1.188.629 VOTOS DE LEGENDA : 13.735 TOTAL : 1.202.364
33 - PMN / 40 - PSB *4011 - ROMARIO DE SOUZA FARIA 146.859 *4040 - ALEXANDRE AGUIAR CARDOSO 142.714 *4080 - GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA 57.549 3333 - CARLOS ALBERTO LOPES 42.808 VOTOS NOMINAIS : 563.144 VOTOS DE LEGENDA : 6.795 TOTAL : 569.939
33 - PMN / 40 - PSB *4011 - ROMARIO DE SOUZA FARIA 146.859 *4040 - ALEXANDRE AGUIAR CARDOSO 142.714 *4080 - GLAUBER DE MEDEIROS BRAGA 57.549 3333 - CARLOS ALBERTO LOPES 42.808 VOTOS NOMINAIS : 563.144 VOTOS DE LEGENDA : 6.795 TOTAL : 569.939
50 - PSOL *5050 - FRANCISCO RODRIGUES DE ALENCAR FILHO 240.724 *5005 - JEAN WYLLYS DE MATOS SANTOS 13.018 5055 - RENATO ATHAYDE SILVA 9.333 VOTOS NOMINAIS : 294.220 VOTOS DE LEGENDA : 26.024 TOTAL : 320.244
Com base na decisão do STF, o TSE disciplinou o processo de perda de cargo eletivo, bem como de justificação de desfiliação partidária, nos termos seguintes: RESOLUÇÃO Nº 22.610, de 25.10.2007 - T.S.E. Art. 1º - O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. 1º - Considera-se justa causa: I) incorporação ou fusão do partido; II) criação de novo partido; III) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; IV) grave discriminação pessoal.
Art. 17, 2º, CRFB - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
Procedimento para que o partido adquira personalidade jurídica : Art. 8º, Lei 9.095/95 - O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: (...)
Art. 8º, 2º, Lei 9.906/95 - Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo certidão de inteiro teor. Art. 8º, 3º, Lei 9.096/95 - Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o 1º do art. 7º e realiza os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto.
Procedimento para que o partido possa participar de eleições : Art. 9º, Lei 9.096/95 - Feita a constituição e designação, referidas no 3º do artigo anterior, os dirigentes nacionais promoverão o registro do estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, através de requerimento acompanhado de: I - exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil; II - certidão do registro civil da pessoa jurídica... III - certidões dos cartórios eleitorais que comprovem ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o 1º do art. 7º
Art, 17, 3º, CRFB - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei Art. 41-A, Lei 9.096/95-5% do total do Fundo Partidário serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral e 95% do total do Fundo Partidário serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
Art. 17, 4º, CRFB - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.