Nome do programa ou pesquisa: Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC)

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Transcrição:

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Data de elaboração da ficha: Mai 2007 Dados da organização: Nome: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Endereço: (várias unidades em todo o Brasil) Sede: Av. Franklin Roosevelt, 166 Centro Rio de Janeiro, RJ Site: http://www.ibge.gov.br Telefone: 0800-721-8181 Email: ibge@ibge.gov.br Tipo de organização: Instituição pública federal Características da organização: O IBGE é uma instituição da administração pública federal, subordinada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que se constitui no principal provedor de dados e informações do país, sendo o órgão público responsável pela produção de estatísticas oficiais. Possui mais de 500 agências, espalhadas por todas as Unidades da Federação, responsáveis pela coleta e apuração das informações. Perfil dos Municípios Brasileiros: Gestão Pública 2005 Nome do programa ou pesquisa: Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) Referência bibliográfica: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Perfil dos Municípios Brasileiros: Gestão Pública 2005. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 246p. Locais para consulta: Itaú Cultural. Disponível no Portal do IBGE. Palavras-chave Gestão da cultura Infra-estrutura <equipamento cultural><meios de comunicação> Produção cultural

2 Sinopse: A publicação apresenta os resultados da 5ª edição da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC 2005), que se propõe a funcionar como ferramenta para monitoramento e avaliação das políticas locais e a construir uma base de informações municipais. Traz textos analíticos sobre diversos temas abordados pela pesquisa, além de tabelas com agregação de dados de municípios por classe de tamanho da população, por Grandes Regiões do país e por Unidades da Federação. A pesquisa levantou informações sobre gestão e equipamentos municipais dos 5.564 municípios brasileiros, abrangendo temas como: estrutura administrativa, legislação, instrumentos de planejamento, articulações interinstitucionais, recursos, habitação, transporte e cultura. Objetivos: Oferecer informações municipais de qualidade, como instrumento efetivo de planejamento, diagnóstico e monitoramento das condições locais. Levantar dados estatísticos sobre oferta e qualidade dos serviços públicos e sobre a capacidade dos governos municipais em atender suas populações. Metodologia: Caráter censitário investigação das 5.564 municipalidades do Brasil. Áreas de cobertura: Informações sobre estrutura, dinâmica e funcionamento das instituições públicas municipais, em especial a prefeitura, compreendendo também diferentes políticas e setores que envolvem o governo municipal e a municipalidade. Objetos de estudo: organização da prefeitura, quadro funcional, aparato material, instrumentos fiscais, recursos institucionais, políticas de planejamento, iniciativas de descentralização e desconcentração, programas e ações públicas locais, ofertas de serviços à população e infra-estrutura urbana. Abrangência geográfica: Nacional (todos os 5.564 municípios brasileiros) Unidade de investigação: Município

3 Abrangência temporal: A MUNIC teve sua 1ª edição em 1999. As seguintes foram realizadas em 2001, 2002, 2004. A 5ª edição tem 2005 como ano de referência. Instrumentos de coleta e processamento de informações: Aplicação de Questionário Básico, acompanhado do Suplemento de Assistência Social (fruto de convenio entre o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome). Contato com a prefeitura de cada município, com o objetivo de obter a indicação de uma pessoa na administração municipal que coordenasse a coleta das informações nos vários setores. Essa pessoa foi entrevistada, sempre que possível, e devia manter contato com o pesquisador do IBGE quando houvesse necessidade de esclarecer algum item, procedimento ou conceito relativo à pesquisa. Identificação do informante na prefeitura por bloco setorial, a fim de qualificá-lo e de ampliar seu comprometimento com a qualidade das respostas fornecidas. Elaboração de um manual de coleta, contendo instruções básicas e conceitos técnicos necessários para o trabalho do técnico de pesquisas do IBGE. Ao receber o Questionário Básico preenchido, o técnico do IBGE procedeu a crítica visual de comparação entre as informações coletadas na edição de 2004 e na de 2005. Isso permitiu que problemas detectados no preenchimento fossem resolvidos imediatamente com o informante. Entrada de dados efetuada de forma descentralizada pela supervisão da pesquisa, na sede de cada unidade regional, ou pelo técnico responsável pela coleta, nas próprias agências. Crítica de consistência dos dados coletados realizada em cada unidade, além de um trabalho de apuração das informações pela equipe de Coordenação de População e Indicadores Sociais responsável pela MUNIC. Recursos de informática (ferramenta Oracle Discoverer) para consulta dos dados remetidos para o sistema gerenciador, permitindo consultas aos dados apurados na medida em que eram transmitidos ao sistema, possibilitando maior agilidade no esclarecimento de dúvidas e na correção de eventuais erros. Informante principal e outros informantes: Principal: Prefeitura (em seus diversos setores)

4 Secundários: Instituições ligadas a outros poderes públicos locais ou instaladas localmente Disseminação das informações: Portal do IBGE - www.ibge.gov.br Sítio Perfil dos Municípios Brasileiros - http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2005/default.shtm Publicação e CD-Rom contendo a base de dados completa com informações de cada município. Informações coletadas: Perfil básico do universo de prefeitos brasileiros Distribuição por gênero, grupo etário, nível de escolaridade e partido político, além da situação do atual mandato no tocante à reeleição. Estrutura e dimensão do quadro de pessoal da administração municipal Quadro de pessoal ocupado nos órgãos da administração direta e indireta do poder público local; número de trabalhadores por regime de contrato de trabalho, segundo o nível de escolaridade (ensino fundamental, completo ou não; ensino médio, superior e pós-graduação concluídos). Legislação e instrumentos de planejamento dos municípios brasileiros Informações sobre a atividade legislativa e instrumentos de planejamento municipais previstos no Estatuto da Cidade 1 (instituído em 2001, pela Lei nº 10.257): qualificação do órgão responsável pelo setor de planejamento e desenvolvimento urbano; criação de Conselhos Municipais para políticas setoriais; caracterização do Conselho Municipal de Política Urbana, Desenvolvimento Urbano, da Cidade ou similar; indicação de prática de gestão orçamentária participativa; Lei de Consórcios Públicos. Análise do Plano Diretor 2 e das formas de participação no processo de sua revisão ou elaboração. Articulações interinstitucionais pactuadas entre os entes federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios) e deles com a iniciativa privada Articulações estabelecidas pelos municípios entre si e com outros agentes públicos e privados, em relação a 12 políticas setoriais (Educação, Saúde, Assistência e Desenvolvimento Social, Direito da Criança e do Adolescente, Emprego e/ou Trabalho, Turismo, Cultura, Habitação, Meio Ambiente, 1 O Estatuto da Cidade configurou-se como marco regulatório para a política urbana dos municípios brasileiros, proporcionando instrumentos tanto para o planejamento físico do território, mas também para a organização e o ordenamento do uso do solo urbano com fins de inclusão social. (p. 44) 2 O Estatuto da Cidade instituiu o Plano Diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana dos municípios brasileiros, permitindo o estabelecimento de metas e programas que tenham como objetivo principal garantir que a cidade cumpra a sua função social. (p. 44)

5 Transporte, Desenvolvimento Urbano, Saneamento e/ou Manejo de Resíduos Sólidos). As formas de associação pesquisadas foram: consórcios públicos intermunicipais, com os estados e com a União; convênios de parceria com o setor privado; apoio do setor privado ou de comunidades. Habitação e gestão municipal Forma pela qual os gestores locais vêm tratando a área da Habitação: estrutura técnico-administrativa local, ações e programas adotados. Informações sobre Conselho Municipal de Habitação, existência de Fundo Municipal de Habitação, ações e programas municipais na área de habitação popular, perfil da política local para o setor; existência de cadastro de demanda local por programas habitacionais. Estudo da legislação, dos programas, da gestão e dos instrumentos utilizados na regularização fundiária dos municípios. Transporte Tipos e condições de transporte interno e exclusivo de cada município; dados referentes ao transporte informal e à presença da informalidade no gerenciamento de modalidades de transporte. Cadastro do órgão responsável pelo transporte municipal e dados sobre o gerenciamento de serviços de transporte; extensão e qualidade de vias urbanas e calçadas; existência de transporte coletivo por ônibus no contexto municipal, incluindo a área rural, seu gerenciamento e tipo de regulamentação. Outros tipos de transporte (barco, metrô, mototáxi, táxi, trem, van). Equipamentos culturais, meios de comunicação e atividades artísticas nos municípios brasileiros Informações sobre Conselho Municipal de Cultura; recursos financeiros para a área; existência, quantidade e esfera administrativa de 13 equipamentos culturais; presença de grupos artísticos no município; principais atividades artesanais desenvolvidas; cadastro das principais festas populares locais (religiosas ou não religiosas). Detalhamento das informações sobre cultura: A Pesquisa de Informações Básicas Municipais MUNIC aborda a dimensão cultural a partir de três eixos: 1. Equipamentos culturais e meios de comunicação nos municípios (esfera da infra-estrutura cultural pública). 2. Atividades culturais (artísticas e artesanais) praticadas nos municípios. 3. Características da gestão pública, orçamento para a cultura e a interlocução com a sociedade civil, por meio da existência dos Conselhos Municipais de Cultura.

6 1. Equipamentos culturais e meios de comunicação São constituídos por 13 equipamentos 3 : Bibliotecas Museus Teatros ou Salas de Espetáculos Estádios ou Ginásios Esportivos Cinemas Unidades de Ensino Superior Shopping Centers Livrarias Estações de Rádio AM e FM Videolocadoras Lojas de CDs, fitas e DVDs Geradoras de TV Provedores de Internet Considerando os 13 equipamentos comuns às pesquisas de 1999, 2001 e 2005, construiu-se um indicador que mede a quantidade de equipamentos culturais e meios de comunicação existentes nos municípios, que varia entre zero (nenhum equipamento cultural ou meio de comunicação) até 13 (número máximo de compatibilidade entre as pesquisas). O capítulo traz cartogramas 4 com a distribuição pelo território nacional dos equipamentos culturais e meios de comunicação, em 1999 e 2005. Gráfico que correlaciona a média estadual para o número de equipamentos e meios de comunicação existentes nos municípios, com a sua taxa de crescimento entre 1999 e 2005. Considerações: A existência de equipamentos culturais e meios de comunicação nos municípios segue padrões clássicos de divisão do país (NO/NE/CO X SE/SUL) O Distrito Federal (caso especial de cidade e estado) e Rio de Janeiro apresentam maior existência de equipamentos. Acre e Maranhão apresentam uma ampliação dos equipamentos. Norte e Nordeste apresentam menores quantidades de equipamentos. 3 Em 1999 e 2001, também foram incluídos: Clubes, Bandas, Orquestras, TV a Cabo, Jornal Diário, Jornal Semanal. 4 Quadro ou mapa em que se representa graficamente, por meio de linhas e figuras, a ocorrência quantitativa ou a intensidade de diversos fenômenos. (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa)

7 2. Atividades culturais (artísticas e artesanais) São consideradas atividades artísticas e artesanais 5 : Artísticas Artesanais Grupos Musicais Grupos de Dança Coral Grupos de Folclore Grupos de Teatro Associação Literária Cineclube Bordado Madeira Barro Material Reciclável Fibras Vegetais Fios e Fibras Tapeçaria Renda Tecelagem Couro Frutas e Sementes Pedras Pedras Preciosas Metal Gráfico com análise fatorial para atividades culturais, artesanais e artísticas nos municípios, segundo Unidades da Federação (2005). Considerações: As atividades artísticas ligadas à música (grupos musicais, grupos de dança e coral) destacam-se com mais de 50% de incidência nos municípios. O folclore também é expressivo, presente nas manifestações locais com seus grupos em quase metade dos municípios (45,8%). Nas atividades artesanais, o bordado é a atividade mais encontrada (75,2% dos municípios), seguido por atividades com madeira (43,1%), barro (23,4%) e material reciclável (16,7%). Atividades como cineclubes, teatros, círculos literários, dança e coral estão mais próximos do padrão do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. Atividades com madeira, fibras, pedras preciosas e material reciclável, tem presença mais significativa em estados do Norte e Sul. Nos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, o padrão municipal para as atividades artesanais relaciona-se ao bordado, renda e couro. 5 No Glossário, define-se atividade artesanal como atividade produtiva caracterizada como trabalho preponderantemente manual, realizado por artesão cujo conhecimento e modos de fazer estão enraizados no cotidiano das comunidades. Pode ter finalidade utilitária ou artística. (p. 237)

8 3. Gestão pública, orçamento e existência de Conselhos Municipais de Cultura Contexto: A descentralização administrativa após a Constituição Federal de 1988 delegou mais atribuições legais e destinou mais recursos aos municípios. O município tornou-se uma instância mais forte na distribuição dos poderes, surgindo experiências de gestão e articulação com a sociedade que não ocorriam antes. (p. 99) Tabela que mostra a relação entre contingente populacional e número de municípios (concentração da população brasileira em um número pequeno de municípios em 35 municípios, residem 28,7% do total de habitantes; dispersão da população pelo território nacional cerca de 70% dos municípios têm até 20 mil habitantes), com relação ao percentual de municípios que têm orçamento específico para a área de cultura (63%) e Conselho de Cultura (21%). Esses dois indicadores aumentam significativamente de acordo com o tamanho do município (municípios com mais de 500 mil habitantes = 97,1% tem orçamento; 65,7% tem Conselho de Cultura). Gráfico que mostra o percentual de municípios com existência de Conselhos Municipais de Cultura e realização de reuniões (comparativo 2001/2005). Gráfico que mostra o percentual de municípios com existência de Conselhos Municipais de Cultura e orçamento municipal específico para cultura (2005). Os dados indicam que o fato de ter Conselho de certa forma pressupõe a alocação de orçamento (17,2% têm Conselho e orçamento; apenas 3,8% têm Conselho, mas não têm orçamento).