COORDENADORIA NACIONAL DE ADOLESCENTES DA IPIB CNA TEENS ORGANIZANDO UM MINISTÉRIO COM ADOLESCENTES NAS IGREJAS LOCAIS

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COORDENADORIA NACIONAL DE ADOLESCENTES DA IPIB CNA TEENS ORGANIZANDO UM MINISTÉRIO COM ADOLESCENTES NAS IGREJAS LOCAIS 1. A COORDENADORIA a. Como surgiu A Coordenadoria Nacional de Adolescentes foi estabelecida na última gestão, tendo como primeiro Coordenador o Rev. David Rogério, que atualmente pastoreia a IPI de Umuarama/PR. Foi criada a partir de uma percepção da necessidade de orientação e mobilização da igreja local para o desenvolvimento de um projeto com este grupo etário que, até então, não tinha nenhum referencial em nível nacional para suas ações. Desde Fevereiro/2011 o Pr. Rodofo Franco Gois tem assumido esta função na denominação. b. Qual é o seu objetivo A Coordenadoria Nacional de Adolescentes visa apoiar e instruir as igrejas locais no projeto com adolescentes para a organização de ministério local onde eles possam servir, amadurecer, contribuir, socializar e desenvolver seu potencial. Isso pode acontecer duas formas principais: i. Conscientizar a igreja A necessidade da igreja descobrir a adolescência como potencial evangelizador e de serviço ao Corpo de Cristo é urgente. Durante muito tempo este grupo etário foi vítima de preconceito e até mesmo desprezo pela falta de compreensão sobre como agir para com eles e aproveitar a sua capacidade. Um novo olhar é necessário, e para isso há uma necessidade de que os líderes da igreja local, em primeiro lugar, percebam as condições que este grupo tem para construir, inovar, desenvolver, expressar e se comprometer com o reino de Deus e com a igreja local. A Coordenadoria Nacional de Adolescentes tem, como meta, então, esta conscientização da igreja local a partir das suas lideranças para a valorização dos adolescentes no corpo local. ii. Valorizar e mobilizar adolescentes A partir da conscientização da igreja local e sua liderança, um segundo objetivo pode ser traçado, que é a valorização e a mobilização dos adolescentes em nível local, regional e nacional. A valorização dos adolescentes acontece a partir da oferta de recursos ministeriais, uso de estratégias e ferramentas no seu contexto e linguagem, recrutamento de lideres, obreiros e pastores com perfil ministerial para projeto com adolescentes. A promoção de encontros, intercâmbios, ações sociais, evangelismo, atividades culturais e artísticas são maneiras de mobilizar este grupo precioso e necessário para o crescimento da igreja. c. Como pode ajudar i. Orientação à distância A Coordenadoria de Adolescentes da IPIB é composta por voluntários que usam sua paixão e seu tempo disponível para assessorar e orientar igrejas locais a respeito do trabalho com adolescentes.

A orientação à distância é a maneira mais prática de fazer contato e contar com o apoio da Coordenadoria, através de emails e outros canais de comunicação. ii. Participação em eventos e movimentos Existe a possibilidade de a Coordenadoria fazer-se presente ou representada em eventos. A preferência, neste caso, sempre será para movimentos presbiteriais, onde a concentração de adolescentes e líderes locais é maior, atingindo mais igrejas locais ao mesmo tempo. Estes encontros podem ser tanto de mobilização de adolescentes quanto de treinamento e capacitação de liderança, dentro da disponibilidade de agenda da Coordenadoria. iii. Desenvolvimento de recursos e meios de comunicação Existe a pretensão de desenvolver materiais de orientação para ministérios com adolescentes, e também a sugestão de literatura e ferramentas ministeriais. Este projeto está em nível de idealização e pretende-se colocá-lo em execução no próximo ano. 2. OS ADOLESCENTES Para trabalhar com adolescentes é necessário algumas percepções a respeito desta faixa etária. A intenção aqui não é esgotar o assunto ou fazer um tratado completo sobre a adolescência, mas apontar breves caminhos para o início de um projeto. a. A busca A adolescência é um tempo de busca. A busca de um caminho, a busca de um destino. Essa busca passa por aprimoramentos a vida toda, mas a adolescência é um período mais intenso exatamente pelo rompimento da infância, considerado por alguns como um segundo parto, pela busca de autonomia diante dos pais e tutores. Nesta busca, pode-se compreender dois fatores importantes: i. Identidade Os testes, os questionamentos, as perguntas, as mudanças constantes de comportamento e de estilo são frutos desta necessidade de definir a sua identidade. Uma infância bem estruturada vai facilitar esta fase, mas não evitará as crises. As estruturas que precisam ser chacoalhadas para, então, serem fortalecidas. Isso ocorre em vários níveis: relacionamento familiar, envolvimento social e convicções de fé. A igreja pode e deve ajudar o adolescente nesta busca por necessidade, reconhecendo-o, valorizando-o e ajudando-o a encontrar as respostas que procura neste momento de crise. A igreja pode apontar os caminhos para uma fé sólida e identidade de filho de Deus. ii. Identificação Caminha junto com a busca ou definição de sua identidade. Grupos sociais favoráveis, lugares e pessoas afins, aceitação e valorização do ser, sensação de segurança e bem-estar são fatores que promovem no adolescente uma identificação até o momento em que ele diz: este é o meu lugar. Exatamente por isso a igreja precisa propiciar adequadamente um espaço para que os adolescentes possam definir-se como grupo social. Isso ajudará muito nas questões de perseverança e desenvolvimento espiritual.

b. Onde há famílias, há adolescentes Neste período da sociedade brasileira, dificilmente não há adolescentes em uma família. Portanto, se a igreja é composta por famílias, provavelmente existe um grupo de adolescentes com potencial para ser trabalhado. i. Eles existem, precisam deixar de ser invisíveis Se há adolescentes na família, e entendemos a igreja de Cristo como um lugar para a família, então eles estão lá, mas precisam deixar de ser invisíveis. Isso começa por um processo de catálogo. Fazer lista, descobrir quem são, quais as suas idades, porque estão invisíveis. Sejam 2 ou 3, devem ser tratados com o mesmo impacto de um grupo de 15, 20 ou 50. Importantíssimo que a liderança da igreja os encontre, os veja, e se comunique com eles (comunicação tem a ver com uma linguagem inteligível para ambas as partes). c. Seu lugar no Corpo A adolescência é um período de muita energia gasta no processo de transformação física, bem como mental e social. Usar esta energia a favor do Corpo de Cristo é uma das melhores maneiras de envolver adolescentes no comprometimento com o reino de Deus e no serviço ao próximo. Para isso: i. Precisam ser reconhecidos Não como aqueles que fazem barulho, questionam, deixam as coisas bagunçadas ou são muito distraídos. Reconhecimento do seu potencial, da sua capacidade em servir, da sua saída da infância, mas também do fato de que ainda não são adultos. Reconhecidos como adolescentes. ii. Precisam ser aceitos Reconhecê-los como adolescentes implica em aceitá-los como tal e investir na sua formação mas também aproveitar suas qualidades para o ministério local. Aceitação é uma palavra-chave para o adolescente abrir o coração para ser edificado. Alguém que aceita o adolescente é alguém que poderá ajudá-lo nesta fase da vida. Aceitar o indivíduo é diferente de ser conivente com seus erros e maldades (todos se extraviaram, não há quem faça o bem Romanos 3). Aceitá-lo é mostrar que ele é bem-vindo, pois naquele lugar se alegram com sua presença e seu potencial. iii. Precisam ser aproveitados Ignorar o potencial dos adolescentes na igreja local é um grande desperdício. Sua capacidade criativa, facilidade do aprendizado e comprometimento com uma missão são ótimas ferramentas para a edificação da igreja e integração do adolescente com o serviço ao corpo. Precisam ser aproveitados com as suas características para que possam servir. E quando eles sentem-se úteis e valorizados, darão respostas cada vez mais rápidas aos desafios da vida cristã e do corpo de Cristo. iv. Precisam ser orientados Os adolescentes estão em processo de transformação. É exatamente por isso que precisam de orientação para que o seu melhor potencial seja canalizado para o louvor e glória do nome de Jesus. Por isso precisam de conselheiros que compreendam quem eles são, os aceitem e consigam visualizar a capacidade de serviço deste grupo tão especial. Precisam sim, de pessoas que os ajude a visualizar o futuro, medir consequências, focalizar seus objetivos e servir ao Senhor com alegria.

3. O MINISTÉRIO LOCAL Que características deve ter o ministério de adolescentes na igreja local para o desenvolvimento e comprometimento do grupo com a igreja e o Reino de Deus. Alguns fatores são primordiais: a. Lugar de socialização A igreja precisa ser um lugar de socialização do adolescente. Descobrindo a igreja como um lugar seguro onde ele pode expressar suas ideias, pensamentos, gastar suas energias, canalizar o seu potencial, relacionar-se com pessoas da sua faixa etária, ele se sentirá parte daquele lugar. O melhor lugar para alguém desenvolver relacionamentos é no corpo de Cristo. Um espaço para socialização implica em estar aberto para temas, atividades, integração e expressão na linguagem e na realidade da adolescência. Se um adolescente sentir que aquele é o seu lugar, com certeza mais adolescentes aparecerão. b. Lugar de capacitação O adolescente tem um grande potencial, mas ainda tem dificuldade de administrá-lo. Se o ministério local for um espaço de capacitação, a igreja estará investindo em um retorno imediato para o serviço cristão. Adolescentes se dão bem com música, tecnologia, expressões artísticas. Em grupo, são corajosos e ousados para comunicarem o evangelho. Precisam ser capacitados para dar respostas aos desafios do seu tempo, usando seu tempo e seu talento para a evangelização. Para isso, precisam de investimento financeiro, pessoal e permanente. A igreja que capacita adolescentes estará bem suprida em todas as áreas por muito tempo. c. Lugar de serviço O adolescente pode servir já. Ele não é a igreja do futuro. É mão de obra disponível. Estando em um lugar de aceitação, onde ele pode socializar-se e ser capacitado, estará disposto a cumprir qualquer desafio que for proposto. Se bem observado, será notado que adolescentes estão envolvidos com louvor, sonoplastia, departamento infantil, decoração de festas e atividades, entre outras situações. Por que não aproveitar isso e também os colocar para dirigir reuniões, inovar em eventos e demostrar sua capacidade de servir ao Senhor. A igreja precisa proporcionar espaço para que o adolescente sirva, e também precisa estar disposta a ouvir o adolescente e suas ideias sobre como eles gostariam de servir. Seu potencial não está em apenas cobrir buracos, mas em desenvolver projetos novos, relevantes e eficientes. Tratando das Formalidades: informalizando o formalismo A formalização do ministério de adolescentes na igreja local é importante, e precisa-se levar em consideração as características da própria idade. A preocupação com a organização e estruturação ministerial deve acompanhar a espontaneidade e informalidade que fazem parte desta faixa etária e é um caminho que deve ser traçado. A proposta da Coordenadoria Nacional de Adolescentes é trabalhar uma organização de maneira contextual, adequada à realidade de cada igreja local. É simplificar para valorizar e, assim, desenvolver uma liderança com potencial ministerial e não apenas burocrático. Adolescentes são extremamente relacionais. É o

relacionamento que promove o comprometimento. Portanto, a liderança estabelecida deve ter como alvo integrar mais relacionamentos do que papelada. A. CONSELHEIROS/ORIENTADORES Sendo um grupo que, apesar do grande potencial, precisa ser orientado e direcionado, sugerimos que um ou dois casais de conselheiros sejam definidos pelo conselho da igreja para acompanhar, apoiar e ajudar os adolescentes no desenvolvimento da liderança. a. Quem pode ser. Sugerimos: i. Jovens e/ou adultos acima de 21 anos; ii. Comprometidos com Deus e sua palavra; iii. Conhecidos e reconhecidos na comunidade de fé; iv. Pessoas de fácil relacionamento; v. Exemplos ético/moral/social/espiritual; vi. Equilibrados emocionalmente; vii. Dispostos a ouvir; viii. Dispostos a lidar com a energia adolescente; ix. Prontos para acreditar no potencial e na criatividade dos adolescentes; x. Dispostos a aprender; xi. Disponibilidade de tempo. b. Como atuar i. Transparência Os conselheiros não precisam andar ou se vestir como adolescentes. É na sinceridade e no desejo de compreender e investir nesta faixa etária que eles vão ganhar a confiança do grupo. ii. Relacionamento. É fundamental para a mobilização do grupo. E não se cria relacionamento sem o investimento de TEMPO. Os adolescentes não precisam de mais um adolescente e nem de um professor ou general. Eles precisam de um adulto amigo. Isso se constrói a partir do relacionamento. iii. Pontes. Entre a liderança da igreja (conselho e outros ministérios). Farão a integração de interesses, propósitos e necessidades, correspondendo às expectativas da liderança e alinhando com as ideias e anseios do grupo. iv. Investidores. No potencial criativo e produtivo do grupo. Ouvindo suas ideias, avaliando as possibilidades de colocá-las em prática. Buscar recursos materiais e financeiros junto à igreja para viabilizar os projetos. v. Setas. Que apontam para caminhos de integração social e edificação espiritual. Os conselheiros devem ajudar os adolescentes a canalizar seu potencial para servir, crescer e se divertir. Os programas precisam ter uma razão, um conceito, um interesse que sirva aos propósitos estabelecidos pelo ministério, sem perder as características da adolescência. B. LIDERANÇA PRÓPRIA (ADOLESCENTES) Os Conselheiros/Orientadores atuam como moderadores do ministério. Entre os próprios adolescentes também deve-se formar uma liderança com o propósito de formação, treinamento e oportunidade para servirem.

A forma de escolha desta liderança não precisa seguir os padrões de outras coordenadorias. Eleições podem não ser uma estratégia muito eficaz neste sentido, visto que adolescentes vão se basear mais em relacionamento e bom humor do que em outras características também importantes no momento do voto (nota: não estamos subestimando a capacidade do adolescente, mas enfatizando uma característica importante desta fase da vida). A nomeação é uma opção, pois seria feita a partir de observação e foco específico em treinamento e preparação de adolescentes para liderar enquanto lideram. a. Representantes oficiais A sugestão de quantidade é de 1 para 5 (cada 5 adolescentes, 1 lider). Independente da quantidade de membros da liderança, 2 seriam representantes oficiais diante do Conselho. Os conselheiros não entram nesta contagem. b. Divisão de tarefas A divisão de tarefas é importante para assumirem responsabilidades. 1. Financeiro 2. Secretario 3. Comunicação 4. Social Todos da liderança estão no mesmo nível de hierarquia, sendo orientados e moderados pelos conselheiros. Tem as responsabilidades divididas para facilitar o trabalho. Esta divisão de tarefas pode aumentar de acordo com a quantidade de adolescentes e com as características próprias do grupo. C. Ministérios em potencial Além das responsabilidades divididas dentro da liderança, os adolescentes podem desenvolver ministérios dentro do grupo. Algo importante a enfatizar no desenvolvimento deste projeto é que os ministérios dentro do ministério devem ter um propósito de servir ao CORPO DE CRISTO e não apenas ao grupo de adolescentes. Ao focalizarem as ações apenas em si mesmos, correm o risco de se afastarem do relacionamento com outras gerações, promovendo rixas e discórdias na igreja local. Podem promover para seu crescimento e expansão, mas não podem negar oportunidades de servir à toda igreja, sempre que possível, com alegria e dedicação. Alguns ministérios sugeridos a. Esporte/Lazer para organização de torneios e atividades de integração. Tornam-se responsáveis pelos equipamentos esportivos b. Evangelização/Ação Social atividades de serviço à comunidade e ações evangelísticas, como treinamentos, viagens, incursões pelos bairros e escolas, estratégias diversas c. Arte e Cultura para o desenvolvimento de talentos e habilidades como música, teatro, dança, outros. Não precisam se envolver com tudo, mas coordenar as ações. d. Integração e Comunicação para recepcionar amigos e visitantes, coletando dados, enviando notícias e convites, adicionando às redes sociais da igreja, fazendo-o sentir-se bem vindo e em casa. Como já esboçado anteriormente, este documento não vai resolver todas as questões, dúvidas e peculiaridades de cada realidade local. Pretende-se, com isso, abrir a visão das igrejas locais e presbitérios para o momento oportuno de investimento nesta faixa etária que pode hoje ainda servir aos propósitos do Corpo de Cristo evangelizando, agindo e edificando.

Sendo um grupo em formação, não estarão totalmente preparados, e esta é a grande chance da liderança local: moldar os corações em Jesus para que eles possam amá-lo e fazer a vontade de Deus desde agora, e por toda a sua vida. Esperamos contribuir, desta forma, com a organização e estabelecimento do ministério com adolescentes na igreja local. Pr. Rodolfo Franco Gois Coordenador Nacional de Adolescentes Igreja Presbiteriana Independente do Brasil