Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera

Documentos relacionados
1ª REVISÃO DO PDM ANEXO III - DESANEXAÇÃO DE RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA RELATÓRIO DA PROPOSTA

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

Diário da República, 1.ª série N.º de setembro de

ÁREAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS DA CIDADE ALARGADA

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL

Estratégia para a Aplicação de Planos de Intervenção em Espaço Rural em Espaço Periurbano. O caso de Setúbal.

A Ocupação Dispersa no Quadro dos PROT e dos PDM. O PROT - Norte. Universidade de Évora, 12 de Novembro de 2009

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O

3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Memória Descritiva Reserva Agrícola Nacional Fase 4

Revisão do Plano Diretor Municipal de Aljustrel

Municípios Sustentáveis

ACTA DA 3.ª REUNIÃO SECTORIAL NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PDM DE VILA NOVA DE GAIA (6 DE JANEIRO DE 2005)

Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental

Proposta de delimitação da. Reserva Agrícola Nacional do concelho de Manteigas. Memória Descritiva e Justificativa

Alteração ao PDM da Maia

T E R M O S D E R E F E R Ê N C I A

Alcochete 2030: Visão e Estratégia. Construindo o Futuro: Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. Diário da República, 1.ª série N.º 1 2 de janeiro de

primeira Revisão do Plano Diretor Municipal do Cartaxo Modelo preliminar de ordenamento [Guia Orientador para a Discussão]

Relatório de ponderação dos resultados da Discussão Pública

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

V E R E A Ç Ã O D E P L A N E A M E N T O, O R D E N A M E N T O E U R B A N I S M O D I V I S Ã O D E P L A N E A M E N T O, R E V I T A L I Z A Ç Ã

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA VILA SANTA TERMOS DE REFERÊNCIA

MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. Diário da República, 1.ª série N.º de Março de

PLANO DE PORMENOR DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTA COMBA DÃO Termos de Referência

PLANO DE PORMENOR INFRAESTRUTURAS DE APOIO DE ATIVIDADES ECONÓMICAS DE ERVIDEL TERMOS DE REFERÊNCIA ACOLHIMENTO PARA EMPRESAS, LOCALIZADO NO ESPAÇO DE

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA HERDADE DO TELHEIRO TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO DE PORMENOR PARA A UOPG 13 (DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA MEIA PRAIA)

Apresentação parte II

DELIMITAÇÃO DA RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO Memória Descritiva e Justificativa - ADENDA

Ponto ª Alteração à licença de loteamento (Alvará 3/95)

APOIO AO EMPREENDEDORISMO)

1ª Revisão do PDM de Condeixa-a-Nova Relatório de Ponderação da Discussão Pública 18

PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE LEIRIA

1. Área a abranger pelo Plano de Pormenor

P L A N O D I R E T O R M U N I C I P A L DO S E I X A L R E V I S Ã O SESSÃO PÚBLICA REESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO URBANO E CONSOLIDAÇÃO

Modelo n.º 1. Revisão do Plano Diretor Municipal do Seixal. Lisboa Península de Setúbal Seixal

1 TERMOS DE REFERÊNCIA (Artigo 74.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial)

Delimitação e normativa para a urbanização rural difusa em Mafra

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O

C â m a r a M u n i c i p a l d e G u i m a r ã e s

ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL TERMOS DE REFERÊNCIA

T E R M O S D E R E F E R Ê N C I A

Revisão do Plano Diretor Municipal de Aljustrel

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014

PLANO DE PORMENOR NA MODALIDADE ESPECÍFICA DE PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RURAL DA CABEÇA DA CABRA TERMOS DE REFERÊNCIA

MUNICÍPIO DE ALENQUER

RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO

Quadro político e legislativo relativo ao ordenamento do território. Planeamento Urbano 2011/12 JOÃO CABRAL FA/UTL

Proposta de Alteração da Delimitação da Área de Reabilitação Urbana ARU - ZONA ANTIGA DO SABUGAL E PARQUE URBANO

Plano de Urbanização de Abrantes REVISÃO

PLANO DE PORMENOR POMBAIS E FREIXINHO

POLÍTICAS DO SOLO e ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Termos de Referência. 4. Enquadramento nos Instrumentos de Gestão Territorial. Página 1 de 5

Ordenamento do Território Nível Municipal Ano lectivo 2013/2014

DPGU DEPPC GAB.PLANEAMENTO

1ª Alteração PP Parque Empresarial Proença-a-Nova JUSTIFICATIVO DA DECISÃO DA NÃO QUALIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES PARA EFEITOS DE SUJEIÇÃO DO PROCEDIMENTO

1ª REVISÃO DO. Programa de Execução PROPOSTA DE PLANO

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS ESTRUTURA ECOLÓGICA DO MUNICIPIO DE SETÚBAL

FICHA DE DADOS ESTATÍSTICOS DE PLANO DIRECTOR MUNICIPAL N.º 5 da Portaria n.º 138/2005, de 2 de Fevereiro. 1ª Revisão do PDM de Manteigas

TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE ALJUSTREL

Delimitação da Reserva Ecológica do Município de Fornos de Algodres. Áreas da REN afetadas Fim a que se destina Síntese da Fundamentação

MEMÓRIA DESCRITIVA. I - Enquadramento

Plano de Pormenor da Praia Grande. Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território

5.1 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO

Os artigos abaixo indicados, salvo indicação contrária, referem-se à proposta de regulamento do PDM em discussão pública.

D. G. O. U. D i v i s ã o d e P l a n e a m e n t o U r b a n í s t i c o e P r o j e t o s E s p e c i a i s S P D M

1. Matriz de compatibilização das classes de espaço dos Planos Directores Municipais com as Classes de Espaço propostas pelo POOC.

NORMA TÉCNICA ELEMENTOS ANEXOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

PLANO DE PORMENOR NA MODALIDADE ESPECÍFICA DE PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RURAL DO PAIOL TERMOS DE REFERÊNCIA

O Planeamento do. Gestão e ordenamento do território

RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL

PLANO DE PORMENOR NÚCLEO PATRIMONIAL DO PARQUE MINEIRO DE ALJUSTREL TERMOS DE REFERÊNCIA

MUNICÍPIO DE BEJA AVISO

1ª Revisão do Plano Diretor Municipal de Penamacor

CÂMARA MUNICIPAL DE MAFRA Departamento de Urbanismo, Obras Municipais e Ambiente Divisão de Planeamento Territorial e Gestão Urbanística

CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-NOVO PLANO DE INTERVENÇÃO EM ESPAÇO RURAL NO LOCAL DA REBOLA. Relatório de Concertação

1. Introdução / Enquadramento Legal Orientações Sectoriais Situações de Conflito 3. Localização das Áreas de Conflito 4

Ordenamento do Espaço Rural

As mais valias associadas à classificação do solo como urbano

Área de Reabilitação Urbana Entrada Norte de Vila. Proposta de Delimitação

Processo de delimitação da RAN

I - Memória Descritiva

RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO

ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DA PALMEIRA RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO DE DISPENSA

PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VALE DO GROU TERMOS DE REFERÊNCIA 1/8

PLANO DE PORMENOR DA ZONA BAIXA DA VILA DE PENELA TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO de PORMENOR da ZONA INDUSTRIAL do CANHOSO Alteração TERMOS DE REFERÊNCIA

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA Diário da República, 1.ª série N.º de março de 2014

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA SERRA DA CARREGUEIRA

PROGRAMA DE EXECUÇÃO REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE PAREDES. Maio 2015

ESTRUTURA ECOLÓGICA MUNICIPAL

Conflitos de ordenamento

PLANO DE URBANIZAÇÃO (PU) - SÃO BENTO DO CORTIÇO, INCLUINDO AESRP - UOPG8

Operação de Reabilitação Urbana Sistemática de Santa Clara. Programa Estratégico de Reabilitação Urbana

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente Perfil de Ordenamento do Território e Impactes Ambientais

RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL

PLANO de URBANIZAÇÃO da GRANDE COVILHÃ Alteração TERMOS DE REFERÊNCIA

Transcrição:

Plano Diretor Municipal Castanheira de Pera Câmara Municipal de Castanheira de Pera Lugar do Plano, Gestão do Território e Cultura m a i o 2015 Proposta de Exclusão da Reserva Nacional

Índice 1. Nota Introdutória... 3 2. Caracterização das Tipologias... 5 2.1. Acerto / Tipo A... 5 2.2. Colmatação / Tipo C... 5 2.3. Incongruência / Tipo INC... 6 2.4. Indústria / Áreas Tipo I... 7 2.5. s Verdes / Áreas Tipo V... 7 2.6. s Especial-Turismo / Áreas Tipo T... 7 3. Identificação das Áreas PDM... 8 3.1. Identificação das Áreas por Tipo... 8 3.1.1. Ace r t o s / Ti p o A... 8 3.1.2. Co l ma t a çã o / Tipo C... 8 3.1.3. I nco ngruê ncia / T i po I N C... 11 3.1.4. I ndúst r ia / T ipo I... 11 3.1.5. Espa ço s Ve r de s / Tipo V... 12 3.2. s Especial - Turismo / Tipo T... 12 4. Síntese das Áreas a Excluir... 13 lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 2

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Reserva Nacional ( RAN ), é o conjunto das áreas que, em virtude das suas características morfológicas, climatéricas e sociais, maiores potencialidades apresentam para a produção de bens agrícolas, formalizada com o objetivo de defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua afetação à agricultura de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura portuguesa e para o correto ordenamento do território. Estas áreas que integram a RAN, constituem-se como restrição de utilidade pública, e os processos de elaboração, revisão, aprovação e ratificação de planos, no caso do plano diretor municipal, devem ser instruídos junto das entidades responsáveis pela gestão destas áreas, sendo obrigatória a sua identificação nos instrumentos que definem a ocupação física do território. Ora, no presente caso, a revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, é necessário agir em conformidade com as disposições legais traçadas para esta restrição. Entretanto, e visto tratar-se de um processo de revisão do PDM, está-se de igual forma num estádio de reflexão das perspetivas de desenvolvimento do Município, que passam por procurar atingir metas qualificadas que, em diferentes graus, têm a sua incidência física no âmbito da sua expressão no território do Município. Do trabalho efetuado até aqui, que tem decorrido num processo contínuo e no qual a componente natural assume um papel estruturante e determinante no ordenamento do território, pela procura do equilíbrio entre o natural e o humano, foi-se avançando para a definição de uma estratégia territorial que se consubstancia na afirmação da constituição de um sistema urbano expresso na proposta de ordenamento para o concelho de Castanheira de Pera, como se reconhece pelas continuidades da componente ambiental, particularmente expresso pela definição de uma Estrutura Ecológica Urbana que objetiva fundamentalmente a conservação, racionalização e valorização dos usos e rentabilização dos recursos, no sentido da sustentabilidade como forte estratégia territorial. Esse trabalho de construção da proposta de ordenamento para o território concelhio de Castanheira de Pera não pode, como é óbvio, acontecer de uma forma desligada daquilo que são as condicionantes e servidões de utilidade pública com expressão física, como é o caso da RAN. Acontece porém, que nesse cruzamento entre a proposta de ordenamento entretanto esboçada, e as áreas integradas em RAN, surgem situações de incompatibilidade, onde se verifica existirem áreas, ou porções de áreas que, pertencendo à RAN, não possibilitam a formação e a afirmação do sistema urbano entretanto proposto, nomeadamente no que respeita à definição e delimitação dos perímetros urbanos. Na realidade do concelho de Castanheira de Pera, a par com outras de pequenas cidades e vilas, é notada uma nova identidade que se traduz numa classe com um peso significativo que pratica a pluriatividade; lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 3

pessoas que têm os seus empregos nos setores secundário e terciário e que continuam a ser agricultores e que, para além de serem criadores de uma cultura própria, são geradores da diversidade mantendo os campos, a produção e a ocupação da terra. Esta diversidade, este banco genético tem de ser conservado e valorizado, mas sobretudo tem de ser desenvolvido numa perspetiva de racionalização de usos e rentabilização dos recursos, no sentido da continuidade, ou seja, da sustentabilidade. Há assim a necessidade de compatibilizar as áreas que constituem esta restrição com a proposta de ordenamento no âmbito da presente revisão do Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera, procurando servir tanto os objetivos da RAN, como os objetivos da constituição e formação de uma estrutura urbana concelhia que sirvam os interesses do desenvolvimento integrado do concelho. Desta forma, apresenta-se, através do presente documento, essa procura de compatibilização, que passa sobretudo pela proposta de exclusão da RAN de áreas que se julgam essenciais para a formação dessa estrutura urbana. Neste relatório, são identificadas e assinaladas as áreas para as quais se propõe a sua exclusão do regime da Reserva Nacional. As tipologias utilizadas são as seguintes: exclusão de áreas por Acerto (Tipo A), exclusão de áreas para Colmatação de áreas urbanas / perímetros urbanos (Tipo C), exclusão de áreas em que a RAN se sobrepões ao perímetro urbano em vigor (Tipo INC), exclusão de áreas para equipamento existente (Tipo E), e, finalmente, exclusão de áreas para parque urbano (Tipo P). As situações propostas são identificadas nos quadros, para as quais se indica o código da mancha, a sua área, o uso atual e o uso proposto. Estas áreas têm a sua correspondência em representação gráfica, através da utilização de códigos alfanuméricos, nas plantas apresentadas à escala 1/25 000, onde são localizadas cada uma das parcelas. Com os pedidos de exclusão, pretende-se organizar um espaço, atendendo aos objetivos traçados e às disposições do PDM, promovendo uma maior legibilidade e consolidação de um tecido que venha a adquirir características de continuidade mantendo, no entanto, a preocupação de constituição e preservação de um contínuo natural formado pelos espaços verdes agrícolas, de enquadramento, proteção e recreio, assegurando a diversidade biológica e ecológica dos ecossistemas e amenizando situações passíveis de gerar conflitos. Ainda, este processo vem a ser acompanhado pela DRAP Centro, pelo que se refere nos quadros um campo com observações sobre o código utilizado anteriormente ao longo deste processo. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 4

2. CARACTERIZAÇÃO DAS TIPOLOGIAS 2.1. ACERTO URBANO / TIPO A Eventual erro na delimitação da RAN. Áreas com pré -existências construtiv as. Resultado natural de uma primeira geração de Planos Diretores Municipais, bem como de uma mesma geração de definição de Reserva Nacional, cedo se constatou a existência de alguns lapsos na cartografia da referida Reserva. Estes lapsos são perfeitamente justificados não só pela inovação que constituiu a definição da Reserva Nacional, mas também e, sobretudo, pela existência de uma cartografia desatualizada, de difícil leitura e por fotografias aéreas anacrónicas para o referido estudo. Ao longo do tempo, tem a Reserva Nacional vindo a sofrer pequenos acertos, em sede de elaboração de Planos Municipais de Ordenamento do Território, que têm corrigido algumas situações de reconhecida anormalidade. Neste sentido, o Plano Diretor Municipal de Castanheira de Pera aponta algumas áreas que possuem construções anteriores à definição da referida Reserva e que, provavelmente, por omissão em planta, ficaram situadas em plena RAN, acarretando com isso elevadas dificuldades para intervir no espaço construído. Da mesma forma entende-se necessária a libertação do regime da RAN de área que ajudam a complementar a profundidade, medida a partir da via principal, reconhecendo assim a formação de frente urbana ou urbanizável. 2.2. COLMATAÇÃO / TIPO C Áreas que contribuem para a conformação e equilíbrio do perímetro urbano. As áreas incluídas neste Tipo referem-se a pequenas áreas encravadas entre construções urbanas, infraestruturadas, e áreas que contribuem para a conformação e equilíbrio do perímetro urbano e/ou a áreas que servem a constituição de frente urbana em rua devidamente infraestruturada. Esta tipologia de intervenção no território procura encontrar uma maior legibilidade e melhor perceção dos espaços, permitindo uma clareza de percurso e de ocupação urbana mais equilibrada e propiciadora da implementação de infraestruturas qualificadoras do meio. Trata-se, assim, de um trabalho de conformação do espaço construído como imperativo fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes que aí habitam ou dele fruem. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 5

Houve, assim, que ponderar infraestruturas que qualifiquem esta área tais como procurar os espaços para a dotação de passeios tão importantes, dotação de árvores para uma maior aprazibilidade dos percursos, regularizar os estacionamentos como forma de evitar os constrangimentos excessivos à circulação, acertar gavetos para melhorar a segurança rodoviária, entre outros aspetos que minorassem os efeitos negativos da génese urbana desta área. Numa época em que o rural e o urbano se diluem importa equacionar a organização do espaço dotando-o de capacidade de receção de carga equilibrada de ocupação. Conferir uma maior clareza ao espaço urbano e ao espaço rural parece ser um imperativo contemporâneo de qualificação. Neste item observa-se a intenção de clarificar os vários espaços de utilização do território. Trata-se também de rentabilizar as infraestruturas existentes, já colocadas em ruas bem estruturadas e cuja definição era já presente antes da redelimitação da Reserva Nacional. A sua ocupação urbanística vem apoiar a estruturação da morfologia, incrementando a noção de espaços urbano ou para-urbano como unidade de sociabilidade promovendo o términus dos impasses e da falta de estrutura. Esta ocupação vem, igualmente, introduzir parâmetros de justiça socioterritorial por serem espaços que não se inserem em grandes manchas agrícolas e descredibilizava a própria atividade de planeamento e ordenamento do território por não se apresentarem como justificações de non-aedificandi compreensíveis, quer para os munícipes, quer para os técnicos de licenciamento. 2.3. INCONGRUÊNCIA / TIPO INC Áreas onde ocorre sobreposição do regime da RAN com perímetro urbanos em vigor. No âmbito da revisão do PDM de Castanheira de Pera foi esboçada uma proposta de ordenamento que distingue essencialmente o destino básico dos solos entre solo rural e solo urbano. Dessa proposta verificou-se a sobreposição entre áreas para as quais se continua a propor a classificação de solo urbano e o regime da RAN. Assim, e dadas as especificidades intrínsecas características a cada uma dessas classificações, de logo se entende que os usos não são imediatamente compatíveis. E por essa mesma razão se pede a exclusão dessas áreas. O tipo de áreas propostas para exclusão da RAN que se apresentam no Tipo INC, como já se referiu na nota introdutória, são manchas constituídas por perímetros urbanos publicados que porém se encontram sobrepostos ao regime da RAN. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 6

A metodologia aplicada neste tipo de área seguiu processo idêntico aos restantes tipos ( A, C, E e P ). Foram inventariadas e medidas as áreas onde se verificaram as referidas sobreposições, e constituído este processo onde se solicita a exclusão do regime da RAN das áreas identificadas. 2.4. INDÚSTRIA / ÁREAS TIPO I Áreas ocupadas por indústria A existência de s vocacionados somente para zona industrial, irá contribuir para a qualificação do meio urbano, visto estar preparado para a ampliação das existentes assim como receber novas unidades. 2.5. ESPAÇOS VERDES / ÁREAS TIPO V Áreas onde se pretende assegurar o desempenho dos processos ecológicos contemplando modelos de desenvolvimento sustentáveis e viáveis complementares com a função urbana de enquadramento paisagístico, recreio e lazer A estrutura verde urbana compreende o conjunto de áreas verdes, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização ambiental do espaço urbano com o objetivo de se criarem condições atrativas para usos relacionados com a cultura, desporto, recreio lazer, integrando equipamentos e infraestruturas de carácter estruturante bem como outras de apoio à fruição do espaço. Este tipo de estrutura integrada no espaço urbano contribui para a requalificação urbana e para a valorização ambiental do espaço, conferindo unidade e integrando o espaço urbano em consolidação, potenciando a sua utilização por parte da população, traduzindo-se em mais valias quer em termos do reforço da urbanidade, quer em termos ambientais. 2.6. ESPAÇOS USO ESPECIAL-TURISMO / ÁREAS TIPO T Áreas onde se pretende desenvolver ações relacionadas com o Turismo A tipologia do Turismo corresponde ao objetivo de se criarem condições para o desenvolvimento Turístico. Este tipo de estrutura integrada no espaço urbanizável contribui para assegurar áreas tendo enquanto o potencial de desenvolvimento turístico do concelho. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 7

3. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PDM 3.1. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS POR TIPO 3.1.1. Acertos / Tipo A Quadro 1. Áreas a Excluir do Tipo A Código Área (m 2 ) Atual Propost o A1 2897,49 Agrícol a AR Área contígua ao perímetro urbano em vigor do Troviscal destinada à conformação do limite do aglomerado rural proposto à face dos arruamentos infraestruturados e das parcelas edificadas existentes. Código anterior: A6 Total 2897,49 AR Aglomerado Rural As áreas a excluir que constituem acertos, perfazem um total de 0,29 hectares. 3.1.2. Colmatação / Tipo C Quadro 2. Áreas a Excluir do Tipo C. Código Área (m 2 ) Atual Área destinada à conformação do limite do aglomerado rural proposto de Pisões com vista à C1 2560,45 Florestal AR integração de preexistência construtiva servida por arruamento infraestruturado e de modo a Código anterior: C10 conferir capacidade edificatória do outro lado do arruamento. Área destinada à delimitação de Área de Edificação Dispersa em Pera pautada por C2 8726,97 Florestal AED preexistências construtivas e servida por arruamento infraestruturado. Pretende estabelecer Código anterior: C14a a continuidade de uma área com apetência para a edificação em detrimento de outras. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 8

Código Área (m 2 ) Atual Área destinada ao ajuste do perímetro urbano em vigor de Vilar de forma a possibilitar a integração de preexistências construtivas servidas por C3 12687,52 Florestal arruamentos infraestruturados e a edificação de parcelas servidas por esses arruamentos Código anterior: C22c promovendo desta forma a nucleação do aglomerado em área com apetência urbanística em detrimento de outras. C4 1195,78 Florestal Área destinada ao ajuste do perímetro urbano em vigor de Vilar de forma a possibilitar a edificação de parcela servida por arruamento infraestruturado e a promover a colmatação do perímetro urbano proposto. Código anterior: C22e C5 980,65 Área contígua ao perímetro urbano em vigor de Sapateira destinada ao ajuste do perímetro à face do arruamento infraestruturado existente. Código anterior: C22h Área destinada ao ajuste do perímetro urbano em vigor de Sapateira de forma a possibilitar a C6 7621,36 edificação de parcelas servidas por arruamentos infraestruturados promovendo desta forma a Código anterior: C24 nucleação do aglomerado em área com apetência urbanística em detrimento de outras. Área destinada ao ajuste do perímetro urbano em vigor de Sapateira de forma a possibilitar a C7 8033,46 Florestal edificação de parcelas servidas por arruamentos infraestruturados promovendo desta forma a Código anterior: C25 nucleação do aglomerado em área com apetência urbanística em detrimento de outras. Área contígua a preexistências construtivas destinada à colmatação do perímetro urbano de C8 3381,4 Florestal Ameal possibilitando a edificação de parcelas servida por arruamento infraestruturado tal como sucede do outro lado da via. Estabelece ligação Código anterior: C79 entre os aglomerados de Ameal e de Castanheira de Pera. Área destinada à delimitação de de reconversão urbana com preexistências C9 38,59 ERU construtivas e servida por arruamento infraestruturado. Pretende estabelecer a Código anterior: C7 continuidade de uma área com apetência para a edificação. Área destinada à delimitação de de urbano Multifamiliar de baixa densidade com C10 10795,42 EUMD preexistências construtivas e servida por arruamento infraestruturado. Pretende estabelecer Código anterior: C8a a continuidade de uma área com apetência para a edificação. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 9

Código Área (m 2 ) Atual Área destinada à delimitação de de C11 ERMDU urbano Multifamiliar - Solo Urbanizável servida por arruamento infraestruturado. Pretende estabelecer a continuidade de uma área com apetência para a Novo pedido edificação. C12 EUMD Área destinada à delimitação de de urbano Multifamiliar de média densidade servida por arruamento infraestruturado. Pretende estabelecer a continuidade de uma área com apetência para a edificação e turismo. Parte do pedido com código T1, ajustado com proposta de ordenamento Área contígua ao perímetro urbano de Gestosa Fundeira destinada à delimitação de aglomerado rural de forma a possibilitar a integração de C13 536,02 Florestal AR preexistências construtivas e parcelas servidas por arruamento infraestruturado promovendo Código anterior: C33b, desta forma a colmatação do aglomerado em área com apetência urbanística em detrimento de outras. Área destinada ao ajuste do perímetro urbano em vigor a norte de Várzea de forma a possibilitar a C14 19541,56 edificação de parcelas servidas por arruamentos infraestruturados promovendo desta forma a Código anterior: C11 nucleação do aglomerado em área com apetência urbanística em detrimento de outras. Total 81921,64 - de Baixa Densidade ERU - Residenciais de Reconversão Urbana EUMD s Residenciais Multifamiliares de Média Densidade ERMDU s Residenciais de Média Densidade Urbanizável AR Aglomerado Rural AED Área Edificação Dispersa De modo a conformar o tecido urbano, propõe-se a exclusão de 8,19 hectares da RAN. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 10

3.1.3. Incongruência / Tipo INC Quadro 3. Áreas a Excluir do Tipo INC Código Área (m 2 ) Atual INC1 4204,23 Código anterior: INC1 INC2 9083,47 Código anterior: INC5 INC3 7135,48 AED Código anterior: INC7 INC4 8261,22 AR Código anterior: INC11 INC5 2192,64 Código anterior: INC12 INC6 125,27 Código anterior: INC26 INC7 946,99 EUMD Código anterior: INC27 INC8 1206,4 EUMD Código anterior: INC8 INC9 649,37 EUMD Código anterior: INC13 INC10 EUMD Parte do pedido com código T1, ajustado com proposta de ordenamento INC11 728,55 ERU Código anterior: INC10 INC12 673,4 AR Código anterior: INC25 INC13 117,94 AR Código anterior: INC20b INC14 1432,35 AR Código anterior: INC20a INC15 13693,97 AR Código anterior: INC24 Total 42168,61 - de Baixa Densidade ERU - Residenciais de Reconversão Urbana EUMD s Residenciais Multifamiliares de Média Densidade AR Aglomerado Rural AED Área Edificação Dispersa As áreas a excluir por constituírem Incongruências perfazem um total de 4,22 hectares da RAN. 3.1.4. Indústria / Tipo I Quadro 4. Áreas a Excluir do Tipo I Código Área (m 2 ) Atual I1 5544,23 EAE Área que se pretende a exclusão destinada à ampliação da indústria existente Código anterior: I1 Total 5544,23 EAE - s Atividades Económicas As áreas a excluir para de Atividades Económicas perfazem um total de 0,55 hectares da RAN. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 11

3.1.5. s Verdes / Tipo V Quadro 5. Áreas a Excluir do Tipo V Código Área (m 2 ) Atual V1 2865,03 V Área incluída na delimitação dos s verdes com o objetivo de se Código anterior: V1 V2 18568,04 V criarem condições atrativas para usos relacionados com a cultura, desporto e Código anterior: V2 V3 2047,23 V lazer. Localizam-se principalmente ao longo da Ribeira de Pera e na envolvente da Praia das Rocas. Código anterior: V3 Total 27704,45 V - s Verde As áreas a excluir para s Verdes perfazem um total de 2,77 hectares da RAN. 3.2. ESPAÇOS USO ESPECIAL - TURISMO / TIPO T Quadro 6. Áreas a Excluir do Tipo T Código Área (m 2 ) Atual T1 20291,28 T Área com vista à definição de uma área de ocupação turística com vista ao desenvolvimento da estratégia turística preconizada pelo Municipio Código anterior: T1 Total 20291,28 T s Especial - Turismo As áreas a excluir para s de Especial - Turismo perfazem um total de 2,03 hectares da RAN. lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 12

4. SÍNTESE DAS ÁREAS A EXCLUIR No quadro seguinte esta representado a síntese das áreas a excluir, podemos assim constatar que propõe-se a exclusão de 25,48 hectares que corresponde a 8,9% da RAN em vigor. Quadro 7. Síntese das Áreas a Excluir Total Tipo de Exclusão Áreas a Excluir (ha) Áreas a Excluir (%) A Acertos 0,29 0,10 C Colmatações 8,19 2,85 INC- Incongruências 4,22 1,47 I - Industria 0,55 0,19 V s Verdes 2,77 0,96 T - Turismo 2,03 0,71 Total 18,05 6,28 A área da RAN em vigor (com 287,46ha) ocupa 4,3% da área total do Município de Castanheira de Pera (com 6677,6ha). Com os pedidos de exclusão (de 18,05ha) a área da RAN Final (269,41 ha) irá ocupar 4,03% no Município. Quadro 8. Relação RAN em Vigor / RAN Final RAN em Vigor (ha) RAN Final (ha) 287,46 269,41 lugar do plano, gest ão do t errit ório e c ult ura 13