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Transcrição:

Objetivos Compreender o perfil de um criativo potencial; Gerar soluções favoráveis para acontecimentos inusitados; Criar um repertório vasto em ambientes diversificados e estimulantes para ampliar as idéias; Memorizar e vivenciar todas as experiências, base da imaginação-criação. 1. Perfil dos Criativos Potenciais Criativos Potenciais possuem uma vasta gama de interesses culturais, intelectuais e estéticos. Indivíduos com conhecimentos originados em contextos variados têm mais probabilidade de encontrar conceitos novos, enriquecendo, assim, as associações entre as idéias. São bastante abertos aos estímulos novos, complexos e ambíguos que estão ao seu redor. Pessoas receptivas estarão necessariamente expostas a um largo espectro de idéias potenciais durante a fase de incubação do processo criativo. São capazes de ter atenção desfocada. Isso permite que a mente preste atenção, de modo negligente, em mais de uma idéia ou estímulos simultaneamente, mesmo quando essas cognições e percepções não têm uma relação óbvia entre si. Tendem a trabalhar em vários projetos inter-relacionados ao mesmo tempo, pulando para frente e para trás de acordo com o que parecer mais promissor no momento. 2

Criadores talentosos são aqueles suficientemente flexíveis para aproveitar oportunidades inesperadas. São independentes, autônomos, não convencionais e talvez até iconoclastas (atacam crenças preestabelecidas ou instituições veneradas ou são contra qualquer tradição). Como conseqüência, irão impor menos limitações a idéias que inicialmente pareçam absurdas. Um grande nome, exemplo de ser criativo, é Leonardo Da Vinci. Ele era tudo isso descrito acima e mais um pouco! Pesquise mais a respeito dele no site do wikipedia (em português): http://pt.wikipedia.org/wiki/leonardo_da_vinci 2. Comunicação Visual em Eventos Assim como ocorre com o olhar sobre uma obra de arte, o olhar sobre o evento também possui uma entrada. Quando olhamos uma pintura, por exemplo, o que observamos em primeiro lugar? Este é o ponto de partida. Alguns especialistas dizem que o olhar caminha pelo canto superior esquerdo. Já outros apontam o centro do quadro ou ainda o canto superior direito. E há aqueles que indicam a visão do todo como entrada inicial no universo criativo do artista. 3

Em eventos, o ponto de entrada é o Contato Visual. O que o público visualiza primeiramente no evento? Em exposições de arte, pode ser uma grande escultura ou painel colocados do lado de fora do prédio onde se realiza o evento. Em uma apresentação de balé, os primeiros movimentos, o cenário, a música. Num concerto, os primeiros acordes. No evento esportivo, o espetáculo das torcidas, a entrada em campo das equipes, a beleza arquitetônica do estádio ou ginásio esportivo. SIMONTON, Keith Dean. A Origem do Gênio. Rio de Janeiro: Record, 2002. ROOT-BERNSTEIN, Robert & Michele. Centelhas de Gênios. São Paulo: Nobel, 2001. BUZAN, Tony. The Mind Map Book. Plume, 1994. OECH, Roger Von. Um Chute na Rotina. São Paulo: Cultura, 1994 LARA, Diogo. Temperamento Forte e Bipolaridade. Armazém de Imagens, 2004. 3. Gerando Imagens Podemos começar educando a imaginação. Os bons estudantes podem ser derrotados na profissão escolhida por não associarem o trabalho acadêmico à realidade, o que pode ser fatal ao pensamento criativo. Só olhar ao redor, mesmo gradualmente, não basta. Parte da atitude de ver é saber o que olhar ou procurar. 4

"Colecionar objetos, sejam selos, insetos, gravuras, etc, também é uma forma de desenvolver a acuidade visual. O colecionador aprende a fazer distinções cada vez mais sutis, treinando a mente para descobrir e avaliar conhecimentos." O poder de pensar visualmente se torna essencial. Tanto pintores, que se expressam em formas e cores, quanto coreógrafos e escritores precisam da visualização para comunicar suas idéias. Transformar habilidades e idéias adquiridas de diversos modos proporciona maiores perspectivas de sucesso do que as adquiridas de contexto específicos, padronizados. Em qualquer esforço criativo, você irá encontrar insights transformados de vivências passadas, compilando diversos instrumentos, ferramentas de pensamento e diferentes linguagens expressivas... "Idéias especializadas são limitantes." "Eles deveriam pedir para a gente pagar na saída", foi a conclusão da designer Renata Galvão, ao experimentar o sistema de "pague quanto der", em vigor no Teatro Arena em São Paulo, com o espetáculo Arena Conta Danton. Na bilheteria, um texto da Cia Livre, responsável pela peça, esclarece que o valor que o espectador decidir desembolsar "é ingresso, não é contribuição". A decisão de deixar a platéia definir quanto pagar vem da convicção da companhia de que "há um público que quer ir ao teatro, mas não vai por causa do valor do ingresso", como afirma a diretora da peça, Cibele Forjaz. 5

O nosso repertório visual, nossa memória é essencial para a criação. Nada é totalmente novo! A criatividade é centrada na imaginação e a base da imaginação é a experiência. Assim, não dá para criar uma civilização ou uma história absolutamente nova, pois a base sempre será o que se conheceu pelos sentidos. O segredo é treinar o cérebro para fazer o maior número de associações possível. A criatividade é algo que se deve à interação entre algumas de nossas memórias e coisas que acontecem depois, com as quais tropeçamos. "Feliz e criativo é aquele que se dá conta de que tropeçou e daí inventa algo. Infeliz é aquele que cai de cara para o chão". 6

MELO NETO, Francisco Paulo de. Criatividade em eventos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2001. O PRAZER de Conhecer. Revista Galileu. Criatividade. São Paulo, Globo, 2004. PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e Cultura Brasileira. São Paulo: Ática, 1989. Referências Culturais Teatro Arena em São Paulo - Espetáculo: Arena Conta Danton 7

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