CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO CSA º C01-C /2 INTRODUÇÃO

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO CSA 1017 4 4º C01-C03 2016/2 INTRODUÇÃO A questa o da determinac a o dos custos dos produtos e servic os, os esforc os para reduzi-los e a consequente tomada de decisa o empresarial que torne a empresa mais competitiva ha de cadas ve m desafiando executivos e acade micos. O tema, contudo, continua em constante evoluc a o, demandando novas te cnicas de gesta o que exigem o correspondente aperfeic oamento dos sistemas de custeio. Quando nos primo rdios do se culo passado surgiu a forma tradicional de calcular os custos, pouco se tinha de automatizac a o, e os computadores ainda estavam nascendo. A determinac a o dos custos ou das despesas que incidem diretamente nos produtos e por isso mesmo sa o denominados de diretos teoricamente e simples de ser obtida. O problema surge quando se deseja saber quanto cada produto/servic o consome dos recursos indiretos que existem como suporte a s operac o es. Esse esforc o de custeio, ou seja, de apropriac a o/alocac a o dos custos/despesas indiretas aos produtos passa por rateios baseados em volume da contabilidade tradicional de custos por absorc a o, pelo custeio direto, pelo custeio baseado em atividades (ABC/ABM), pelo custeio meta, passando por outros instrumentos metodolo gicos como teoria das restric o es, custeio kaizen, custeio do ciclo de vida, ate os dias atuais, onde uma nova forma de produzir (lean manufacturing manufatura lean) ganha corpo, e, com ela, o custeio do fluxo de valor. Nele, a causa das distorc o es, os preocupantes rateios, e praticamente eliminada, pois, em cada um dos fluxos de valor, os custos/despesas (diretos e indiretos) que ai incidem se comportam como se diretos fossem. Os gerentes reclamam que usam o custo para tomada de deciso es em ac o es como prec o, lucratividade do produto ou de terceirizac a o. Assim, nem sempre as companhias podem precificar um produto com base no custo (custo mais lucro). Cada vez mais o prec o e fixado pelo que o cliente deseja pagar (custo baseado em valor), estando subordinado, todavia, ao que o mercado estabelece, ou seja, o cliente deseja pagar o prec o definido pelas leis do mercado desde que seja igual ou inferior ao prec o baseado no valor criado. Isso na o invalida a necessidade de se conhecerem os custos dos produtos ou dos produtos do fluxo de valor. Mesmo porque se o mercado dita o prec o, importante conhecer o custo meta limitador das operac o es, acima do qual o nego cio da empresa naquele mercado estara em sérios apuros. A CONTABILIDADE DE CUSTOS E O CONTROLLER DE CUSTOS Definição - Contabilidade de Custos e o ramo aplicado da Cie ncia Conta bil que fornece aos administradores as informac o es quantitativas (fi sicas e moneta rias) que eles precisam para se desincumbirem de suas func o es de determinac a o da rentabilidade operacional, de avaliac a o dos elementos patrimoniais, do controle das operac o es, do planejamento e da tomada de deciso es tanto a curto como a longo prazo, tanto deciso es operacionais, ta ticas como estrate gicas. Outro conceito

bastante empregado e o ramo aplicado da Contabilidade que coleta, acumula, analisa, interpreta e relata as informac o es conta beis de uma atividade para os responsa veis pela sua direc a o. O trabalho da contabilidade de custos deve ser bastante flexi vel para fornecer informações sob medida para os administradores. Os objetos da contabilidade de custos sa o de va rios tipos: a empresa, os produtos, os servic os, os estoques, os departamentos, as atividades, os processos, os estudos especiais, os planos alternativos, as campanhas e as promoc o es. O objetivo principal da Contabilidade de custos e produzir informac o es que atendam a s necessidades da administrac a o: determinac a o da rentabilidade, controle das operac o es, planejamento e tomada de deciso es. A Contabilidade de Custos e o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões. A Contabilidade de Custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidades produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre muitos outros. Neste ponto, reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais de grande poder informativo. Em seguida, a Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitadas. Outra particularidade da Contabilidade de Custos e que ela trabalha dados operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados (futuros), padronizados e produzidos. Aqui reside, também, uma das fortes vantagens da Contabilidade de Custos. Ela pode (e deve) fornecer informações de custos diferentes para atender a necessidades gerenciais diferentes. São muitas as necessidades gerenciais. Apenas como forma de atender a uma exigência didática, os estudiosos classificaram as necessidades gerenciais em três grandes grupos: a) informações que servem para a determinação da rentabilidade e do desempenho das diversas atividades da entidade; b) informações que auxiliam a gerenciar a planejar, a controlar e administrar o desenvolvimento das operações; c) informações para a tomada de decisões.

Nas grandes empresas, principalmente as industriais, o componente Contabilidade de Custos deve ficar subordinado a uma controladoria ou a uma diretoria financeira e tera, nesse caso, o mesmo ni vel do componente Contabilidade. Na o obstante essa semelhanc a de ni veis, a Contabilidade de Custos devera trabalhar em sintonia com a Contabilidade, recebendo desta orientação em termos de politicas, diretrizes, crite rios e procedimentos. Em muitos casos, devera haver perfeita integração e coordenação entre os dois componentes. O responsa vel pela Contabilidade de Custos, sendo esta um ramo da cie ncia conta bil, devera ser um contabilista registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Esse procedimento, embora natural, esta formalizado na Resolução CFC nº 560/83, que dispõe sobre as prerrogativas profissionais. Na o obstante, e, ainda, frequente o emprego de outros profissionais no comando dessa atividade contábil. E, algumas vezes, encontramos antigos operários transformados em especialistas de custos, dirigindo a Contabilidade de Custos, com base em sua experiência no processo industrial e em seu amplo conhecimento das operações da entidade. Os objetivos da Contabilidade de Custos serão fixados de acordo com as necessidades apresentadas pelos diversos níveis gerenciais. Embora o controller de custos não estabeleça previamente quais são os objetivos de sua atividade, a grande maioria dos estudiosos do assunto os estabelece apenas para atender a exigências de ordem didática, uma classificação de objetivos em três grandes grupos, ja citados anteriormente. Sa o eles: (a) o objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido bem amplo, que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos os sentidos; (b) o objetivo que se traduz pelo controle dos custos das operac o es de cada atividade no sentido de minimiza -lós pela comparação constante entre os dados previamente estabelecidos (como orçamentos, estimações e padrões) e os dados que realmente ocorreram. A procura pela redução de custos deve passar obrigatoriamente pela analise das causas das variac o es ocorridas. Tais causas sempre sa o decorre ncia de disfunc o es operacionais. O objetivo final e descobrir esses erros, avalia -lós economicamente e propor medidas corretivas; (c) o objetivo de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada de decisões. Sa o muitos os objetos da Contabilidade de Custos. Na o ha uma quantidade determinada. Os objetos formam o campo de atuação da Contabilidade de Custos. Os objetos mais conhecidos são os seguintes: a entidade, como um todo, seus componentes organizacionais (administrativos e operacionais), os produtos e bens que fabrica para si própria e para venda e os serviços, faturáveis ou não, que realiza. Entretanto, existem muitos outros, de mesma significação. Entre eles podemos citar os estoques, as campanhas, as promoções, os estudos e as atividades especiais, os segmentos de distribuição, as atividades e as operações desde as menores ate as maiores, os planos e alternativas operacionais. Cada um desses objetos, salvo as atividades e operações mais detalhadas, tem um responsável. Isso quer dizer que a direção da entidade, através do processo de delegação, entregou o comando do objeto a uma pessoa que devera basicamente estabelecer seus objetivos e os controles sobre o atingimento desses objetivos e os custos que devera praticar. Exemplo: suponhamos que a Contabilidade de Custos esteja estudando os custos do Departamento de Recursos Humanos de uma entidade. Esse departamento, portanto, sera um objeto da Contabilidade de Custos dentro da ideia que estamos desenvolvendo. Havera um responsa vel pelo departamento. O que faz essa pessoa? Estabelece, de acordo com os objetivos maiores da entidade, seus pro prios objetivos, isto e, onde vai chegar ao final de um peri odo. Esses objetivos

devera o estar bem definidos e ate mesmo quantificados. Para realizar o que esta prevendo, o responsa vel (quem esta no comando do departamento) tera que realizar despesas e sera auxiliado por outros departamentos da mesma entidade. O controle dessas despesas e desse auxi lio sera feito pelo responsável através das funções de previsão, registro, acumulação, organização, analise, interpretação, tomada de decisões e de medidas corretivas. Na verdade, a esse conjunto de func o es, os estudiosos da o o nome de administrac a o. Onde entra a Contabilidade de Custos? A Contabilidade de Custos, em virtude de sua competência e por ser, junto com a Contabilidade, o maior e mais completo banco de dados existente dentro da entidade, fara o registro, a acumulac a o e a organização dos dados, transformando-os em informações e, em conjunto com o usuário (o responsável pelo Departamento de Recursos Humanos), realizara as previso es, a analise e a interpretac a o das informac o es. De acordo com as informac o es recebidas, o responsa vel pelo Departamento de Recursos Humanos tomara as medidas que julgar corretas para a correc a o de rumos e que, adicionalmente, se necessário, formara o a base para a tomada de deciso es econo micas. O que acontece com o Departamento de Recursos Humanos acontece, do mesmo modo, com qualquer objeto da Contabilidade de Custos. De acordo com as necessidades gerenciais, apresentadas pelos diversos ni veis gerenciais, a Contabilidade de Custos vai-se organizar em termos de sistemas de acumulac a o de dados, de crite rios de avaliac a o e de apropriac a o dos custos a seus portadores (componentes organizacionais, atividades e operac o es, servic os e produtos e outros objetos do custeio), para produzir relato rios que satisfac am a s exige ncias dos diversos usua rios. Para as finalidades de Contabilidade de Custos, os sistemas sa o o conjunto coordenado de o rga os, pessoas, procedimentos, crite rios de avaliac a o e de apropriac a o, conceitos, princi pios, objetivos, fluxos e relato rios, que vai coletar os dados de diversas fontes e transforma -los em informac o es. A Contabilidade de Custos, diante das necessidades gerenciais apresentadas pelos diversos objetos (entidade, produtos, servic os, componentes organizacionais etc.), prepara relato rios que contem os tipos de custos que va o atender a s exige ncias de seus usua rios. Portanto, a Contabilidade de Custos, ao tratar os custos de modo diferente, cria tipos de custos diferentes. O controller olha os custos de modo diferente, dependendo da necessidade gerencial a que quer atender. Uma das formas mais empregadas, que talvez seja o fundamento da Contabilidade de Custos para muitos estudiosos, e baseada no princi pio da causac a o, ou seja, a preocupac a o em atribuir os custos a seus portadores finais. Isso significa que os custos sera o classificados em diretos e indiretos, dependendo da dificuldade existente para sua apropriac a o. Outra forma de olhar os custos e verificar sua variabilidade diante de uma varia vel operacional, normalmente fi sica, que represente a atividade desenvolvida pelo objeto do custeio. Se olharmos os custos, por outro lado, pela o tica de sua releva ncia, teremos novos tipos de custos. E preciso, para tanto, estabelecer, com clareza, as condic o es necessa rias para que um custo seja relevante. Os exemplos mais comuns sa o os custos de oportunidade e os custos imputa veis. Atualmente, em virtude da preocupac a o cada vez maior pela qualidade total, aparecem os custos da qualidade. Alguns sa o produzidos. O controller de custos na verdade e um especialista da informac a o. Tanto e assim que a Contabilidade de Custos, como, tambe m, a pro pria Contabilidade Geral, sa o consideradas componentes de um sistema mais amplo de informac o es. Desse modo, o controller de custos, antes mesmo de desenvolver sua atividade, devera conhecer o processo produtivo e as relac o es entre os diversos setores da entidade. O processo produtivo deve ser olhado de modo global inicialmente. Ele vai desde o planejamento da produc a o,

considerando planilhas e orc amentos, ate a expedic a o dos produtos para os clientes, passando por todas as fases de controle. E preciso que o controlador de custos conhec a muito bem o que acontece dentro do ambiente ou do campo de atuac a o da Contabilidade de Custos. Deve conhecer o como e o porque de cada atividade. Deve ter visa o clara do ciclo operacional. Muitas vezes, e recomenda vel que o controlador de custos, antes de comec ar a trabalhar, fac a um esta gio nos diversos componentes operacionais e administrativos da entidade para entender melhor as atividades. Por outro lado, e seguindo a mesma lo gica exposta no para grafo anterior, o controlador de custos devera desenvolver ac o es para familiarizar os usua rios da Contabilidade de Custos com princi pios, crite rios e procedimentos ba sicos conta beis. Normalmente, esses usua rios na o se utilizam de modo adequado das informac o es conta beis porque desconhecem como elas sa o organizadas e suas verdadeiras potencialidades. A Contabilidade de Custos, em algumas deciso es, utiliza-se de instrumentos matema ticos e estati sticos que tornam mais u teis e exatas as informac o es produzidas. O controlador de custos deve estar familiarizado com essas te cnicas, pelo menos para poder entender-se com os especialistas nesses assuntos, quando eles sa o chamados para ajudar na soluc a o de problemas, na manipulac a o de dados coletados e na preparac a o de informac o es, sempre que as te cnicas matema ticas e estati sticas sejam necessa rias. Os sistemas de custeio sa o estabelecidos em conformidade com as necessidades dos usua rios e segundo a natureza das operac o es e das atividades da entidade. O controlador de custos devera, em conjunto com o usua rio, analisar qual o melhor sistema a ser implantado. Os sistemas permitira o a acumulac a o dos custos por objeto de custeio e atendera o, atrave s do fornecimento de informac o es especi ficas, a s diversas necessidades gerenciais. Os objetivos da Contabilidade de Custos na verdade sera o os objetivos dos diversos tipos de usua rios. Tais usua rios, sera o os responsa veis pelos objetos do custeio ou, em alguns casos, sera o os usua rios externos a entidade. Um dos usua rios externos mais conhecidos e que vem desde muito tempo influenciando e dando contornos exclusivos ao trabalho da Contabilidade de Custos e o governo. Essa influe ncia e ta o marcante que a maioria das pessoas que na o conhece as verdadeiras finalidades da Contabilidade de Custos (e tambe m da Contabilidade Geral) pensa que o controller de custos somente desenvolve seu trabalho para atender ao governo. Na grande maioria das entidades, ele, em harmonia com o contador geral, implanta exclusivamente sistemas de acumulac a o de custos para fornecer as informac o es solicitadas pelo governo, principalmente na a rea fiscal. O governo, no entanto, e apenas mais um usua rio. E na o deve ser considerado o mais importante; na verdade, o conjunto dos usua rios internos que administra a entidade e que sera o mais importante e para ele e que o controlador de custos devera implantar seus sistemas de custeio. DEFINIÇÕES Gasto (expenditure) sacrifi cio, normalmente em moeda, que a entidade faz para a obtenc a o de um produto ou servic o; o sacrifi cio pode ser a entrega de numera rio ou a assunc a o de um

compromisso de pagar em data posterior; o gasto nessa fase e sempre um feno meno financeiro. Os gastos podem ser de dois tipos: gastos de investimento (gastos desembolsados ou compromissados na compra de objetos e servic os que va o proporcionar benefi cios por mais de um ano) e gastos de consumo (gastos realizados para a compra de objetos ou servic os que sera o consumidos em peri odo menor do que um ano); em seguida, os gastos sera o classificados como custos/despesas, principalmente no caso de gastos de consumo. Os gastos, que sera o classificadas como custos, destinam-se a fabricac a o de um produto ou a realizac a o de um servic o; aqueles na o identificados com um produto ou um servic o sa o consideradas como destinadas a produc a o de receitas e sera o definidas como despesas do peri odo. Custos (costs) representam os consumos de recursos feitos por algue m com a finalidade de produzir ou realizar produtos ou servic os. A palavra custos isolada na o significa muita coisa para os analistas. E preciso que haja uma qualificac a o qualquer. Por exemplo: custos diretos, custos apropriados, custos fixos, custos desembolsados, custos controla veis, custos-padra o, custos afundados (sunk costs), custos de oportunidade (opportunity costs), custos imputados (imputed costs), custo de vendas, custos comerciais e custos administrativos, entre outros. E o valor dos fatores de produc a o consumidos pelas empresas nas atividades de fabricac a o e de distribuic a o. Os custos incluem os gastos assumidos ou desembolsados. Os custos podem tambe m incluir, para as finalidades de ana lises especiais, os gastos imputados (na o desembolsa veis) ou impli citos que se originam do uso dos recursos pro prios da empresa. Por exemplo: o aluguel estimado do pre dio pro prio da empresa e os juros do capital pro prio da empresa. Sa o os sacrifi cios que alguma pessoa faz para adquirir um objeto qualquer ou para atingir algum objetivo. O custo pode ser entendido, ainda, como o gasto relacionado a um bem ou servic o utilizado para a produc a o de outros bens e servic os. Nesta acepc a o, o termo custo refere-se ao valor moneta rio do consumo de qualquer fator de produc a o utilizado na consecuc a o de um bem ou servic o. E o valor dos fatores de produc a o consumidos pelas empresas nas atividades de fabricac a o e de distribuic a o. Custo unita rio (unit cost) e o custo de uma unidade produzida; e o resultado da divisa o do somato rio dos custos de produc a o de um peri odo pela quantidade de produtos fabricada nesse peri odo. O custo unita rio tambe m e denominado de custo me dio. Ele e o resultado de uma simples operac a o. Divide-se o total de um custo, ou dos custos, relacionados a determinado peri odo ou a um processo ou atividade, pelo volume de produc a o (que pode ser medido em unidades produzidas ou qualquer outra que a Contabilidade achar mais u til e mais sintonizada com as finalidades do estudo). Suponha que, numa fa brica que produziu por encomenda 1.000 va lvulas, o custo total acumulado no carta o de custo tenha sido de $ 120.000. O custo unita rio dessa produc a o sera ($ 120.000/1.000 va lvulas) de $ 120,00 por va lvula. Os contadores de custos devem estar atentos a s desvantagens do uso do custo unita rio em suas ana lises. Esses cuidados esta o manifestados no livro de Charles T. Horngren e outros, Contabilidade de Custos, LTC Editora, 2000. Custo direto (direct cost) e o custo que pode ser facilmente identificado ao objeto que esta sendo custeado. Esse objeto pode ser a empresa, um produto, um processo, uma atividade, um servic o, um departamento, um programa, uma promoc a o, um cliente, um fornecedor e muitos outros. Na o ha relac a o definitiva entre a diretibilidade de um custo e sua variabilidade. Sa o dois conceitos distintos. Um recurso pode ser diretamente identificado com uma atividade: o consumo do recurso sera um custo direto para a atividade. Entretanto, esse custo (ou seja, o consumo ou a aplicac a o do recurso) pode na o ser varia vel em relac a o a alguma varia vel inerente a atividade e que esta sendo tomada como refere ncia. Muitos autores definem o custo direto como aquele que e facilmente identificado com a unidade do produto. Essa definic a o, no entanto, apesar de correta, na o abrange todos os casos como qualquer definic a o que se preza o faz. Assim, fica mais exato e compreensivo dizer que o custo direto e aquele que e facilmente identificado com o objeto cujo custo total estamos querendo determinar. Desse modo, numa escola, quando o diretor quer determinar quanto

esta lhe custando operar a secretaria, o sala rio (mais encargos) da secreta ria sera um custo direto porque ele e facilmente identificado como objeto do custeio: a secretaria. No entanto, se o diretor desejasse que o contador de custos determinasse o custo de um curso que o cole gio vem mantendo, o sala rio (mais os encargos) da secreta ria seria considerado indireto, porque o objeto do custeio mudou, mas o sala rio continuou o mesmo. Nesse caso, o sala rio (mais os encargos), pela sua grande dificuldade de identificac a o com os cursos que o cole gio vem mantendo, sera um custo indireto em relac a o a esses objetos do custeio. Normalmente, no processo produtivo os materiais relevantes que entram na composic a o dos produtos sa o considerados como custos diretos quando no s estamos desejando calcular os custos totais dos produtos. O mesmo acontece com a ma o-deobra diretamente envolvida na fabricac a o dos produtos, quando o seu valor for considerado relevante. Custos indiretos (indirect costs) e todo o custo que na o pode ser identificado facilmente com uma unidade de produto. Essa definic a o, bem como a definic a o de custos diretos (direct costs), apresentada pelos autores, esta o corretas, mas na o sa o compreensivas, isto e, na o sa o abrangentes. Um custo e indireto quando na o pode ser identificado diretamente aos seus portadores finais, isto e, aos objetos que consomem os recursos ou a s atividades que geraram esses custos. Em suma: o custo e indireto quando na o pode ser facilmente debitado ao objeto, cujos custos estamos querendo calcular. Em relac a o a esse objeto, alguns custos sera o diretos e outros sera o indiretos. Os custos indiretos em sua grande maioria sa o custos comuns a dois ou mais objetos do custeio; portanto, a dificuldade de identifica -los faz com que os contadores de custos usem rateios, tornando imprecisos os custos totais desses objetos. Custos indiretos de fabricac a o e a denominac a o que se da ao conjunto de todas as despesas e custos indiretos relacionados a a rea industrial e que na o podem ser identificados aos objetos do custeio, no caso os processos, os servic os, as atividades e os produtos, salvo se a administrac a o estiver disposta a oferecer recursos materiais, humanos e de tempo para estabelecer instrumentos sofisticados para determinar uma identificac a o mais precisa. Custo fixo (fixed cost) e o custo que na o se modifica com as mudanc as da varia vel tomada como refere ncia. Vamos tomar como exemplo o corpo de bombeiros do munici pio de Quixera quenquen. A corporac a o tem um custo fixo que representa a prontida o. Esse custo, qualquer que seja a atividade, dentro de determinado peri odo, por exemplo, um me s, na o se altera. Estamos tomando como varia vel o montante de atividades. Em relac a o a esse marco referencial, os custos de prontida o do corpo de bombeiros na o se modificam. Entretanto, se mudarmos o marco de refere ncia, pode ser que os custos de prontida o se modifiquem. Exemplo: se aumentarmos o contingente e os equipamentos, os custos de prontida o certamente se modificara o no total, passando para outro patamar. Nesse caso particular, os custos permanecera o fixos diante das atividades, embora ocupando outro ni vel no total. Vejamos outro exemplo. A ma quina A tem depreciac a o anual de $ 2.000, na o importa quantas horas trabalhe, pois o ca lculo do montante depreciado e feito pelo me todo do Imposto de Renda, tambe m chamado de me todo da linha reta. Nesse caso, a depreciac a o e um custo fixo. No entanto, se mudarmos o me todo de ca lculo, passando a afirmar que o desgaste da ma quina se da em relac a o ao nu mero de horas trabalhadas, enta o teremos um custo varia vel em relac a o a essas horas. Para a economia, e o gasto com qualquer fator fixo de produção. Custos varia veis (variable costs) e o custo que muda segundo a variac a o de uma medida tomada como refere ncia. Essa medida e chamada hoje de direcionador de custos. Anteriormente era denominada de fator governante (segundo o estudioso americano Gordon Shillinglaw). Um exemplo bem simples mostra o que podem ser os custos varia veis: suponha que estejamos medindo a variabilidade dos custos de material de um produto qualquer; sabemos que os custos de material (que sa o custos varia veis) devem variar de acordo com a variac a o das quantidades

produzidas; no caso, as quantidades produzidas sa o o direcionador de custos ou o fator governante. Sa o os custos que, no total, variam de acordo com a unidade de medida tomada como varia vel operacional independente, ou seja, aquela varia vel que determina os valores do item de custos varia veis. Observem que nos referimos a ide ia de que a ana lise e feita para o total do custo, porque o custo varia vel e fixo por unidade da varia vel tomada como base. Sa o os custos de produc a o que variam diretamente com o nu mero de unidades produzidas, geralmente custo direto da ma o-de-obra e os custos diretos de material. Sa o os custos de todos os insumos que a firma aumenta no curto prazo de modo a produzir mais. Despesa (expense) a definic a o mais encontrada nos textos te cnicos e a que encara as despesas como a valorizac a o moneta ria do consumo de recursos que e feito para a obtenc a o de receitas ou de algum benefi cio. Essa definic a o e muito importante para esclarecer a diferenc a entre gastos, custos, despesas e perdas. E o gasto desembolsado ou assumido por uma entidade para a compra de servic os ou bens que sera o utilizados no curso normal das operac o es. Segundo alguns estudiosos, quando os gastos sa o destinados a operac o es de fabricac a o, eles sa o considerados como custos. As despesas sa o decorrentes dos gastos que a empresa realiza; os gastos sa o classificados em gastos de investimentos e gastos de consumo; os gastos de consumo sa o as despesas, no sentido de que todas elas se destinam a obtenc a o de receita; quando as despesas sa o direcionadas para a fabricac a o ou para a realizac a o de um servic o ou mesmo para o custeio de um objeto qualquer, a despesa sera classificada como custo de fabricac a o ou produc a o, custo dos servic os ou custo do objeto, respectivamente.