Neoplasias de células melanocíticas PATOLOGIA II Aula Prática nº10 O termo NEVO é normalmente usado na linguagem médica com dois significados: I - O mais comum refere-se à lesão cutânea resultante da hiperplasia focal de melanócitos, muitas vezes pigmentados, que se dispõem em ninhos ou tecas. Correspondem ao que na linguagem comum se designa por sinais e que em inglês se designa por moles. Embora de localização cutânea na maioria das vezes, os nevos melânicos também podem aparecer noutros órgãos: mucosa digestiva, vulva, vagina, próstata, etc. Nesta perspectiva, o nevo pode ser olhado como neoplasia benigna de melanócitos
II - O termo nevo também pode ser usado em sentido mais lato e abrangente como significando qualquer alteração cutânea, localizada, que resulte de proliferação aumentada e malformativa de tecidos normalmente presentes nesse local: nevos sebáceos, nevos angiomatosos, nevos fibrosos. Nevos melânicos
Nevos melânicos múltiplos Características dos nevos melânicos comuns Pequenos (< 6 mm) Pigmentação castanha uniforme Maculares (planos) ou papulares (elevados) Bordos regulares e bem definidos
Diferentes formas de nevos melânicos. O assinalado com seta é acrómico. A B C D Epiderme Derme Tecido celular subcutâneo NEVOS MELÂNICOS: Classificação de acordo com a localização A Nevo intraepidérmico; C Nevo composto B Nevo juncional; D Nevo intradérmico
Nevos melânicos - variantes Nevo melânico intradérmico, acrómico
Nevo melânico intradérmico (observar na derme ninhos de células névicas tecas) Nevo melânico: células névicas a crescer entre os anexos cutâneos (indica uma possível origem congénita)
Nevo melânico composto pigmentado Características dos nevos melânicos displásicos / atípicos Maiores que os NMC (> 5 mm) Múltiplos Forma macular ou ligeiramente elevados, por vezes com aspecto em alvo (zona central mais elevada e pigmentada) Coloração heterogénea Bordo irregular
Nevos displásicos Identificar as cicatrizes cirúrgicas de exéreses anteriores. Biótipo susceptível, com muitas lesões melânicas Nevo displásico
Fases evolutivas do melanoma Fase de crescimento radial Crescimento das células neoplásicas na epiderme e junção dermo-epidérmica (melanoma in situ) ou com invasão superficial da derme papilar (mas sem capacidade de proliferação neste compartimento) Fase de crescimento vertical Formação de um nódulo tumoral que traduz a aquisição de capacidade proliferativa por parte das células neoplásicas, sendo este um pré-requisito para a progressão da lesão (invasão em profundidade e metastização).
Tipos clínicopatológicos de melanoma (segundo o padrão de crescimento radial) Melanoma de disseminação superficial Melanoma lentiginoso Próprio da pele acral, com padrão de disseminação de tipo lentiginoso Melanoma nodular Células neoplásicas justapostas, sem formar ninhos Melanoma acral Ninhos de células na junção dermo-epidérmica Sem fase de crescimento radial identificável Tipos especiais (desmoplásico, de células balonizantes, etc) Melanoma de disseminação superficial Melanoma acral Melanoma lentiginoso Melanoma nodular
A B A Melanoma de crescimento superficial: Contornos irregulares, crescimento infiltrativo, pigmentação desigual B Melanoma com nódulo saliente, polipoide e irregular sobre uma mancha pigmentada de crescimento superficial Melanoma de disseminação superficial
Melanoma: ver pigmentação, infiltração linfoide crescimento superficial e profundo, atipia citológica Epiderme I II III IV V (a) (b) Derme Tecido celular subcutâneo MELANOMA: Níveis de Clark a) Derme papilar b) Derme reticular
Espessura tumoral (Breslow) Lâminas para observar P2-A10-L1 P2-A10-L2 P2-A10-L3 P2-A10-L4 P2-A10-L5 P2-A10-L6 P2-A10-L7 P2-A10-L8 P2-A10-L9 Nevo melânico juncional Nevo melânico composto Nevo melânico intradérmico Nevo azul Nevo melânico atípico Melanoma lentiginoso Melanoma de disseminação superficial Melanoma acral Melanoma nodular