Diagnóstico do estilo e da qualidade de vida de trabalhadores em uma organização federal

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Transcrição:

Diagnóstico do estilo e da qualidade de vida de trabalhadores em uma organização federal Luciana da Silva Timossi (UTFPR) lu_lirani@yahoo.com.br Antonio Carlos de Francisco (UTFPR) acfrancisco@pg.cefetpr.br Ariel Orlei Michaloski (UTFPR) ariel@interponta.com.br Antonio Augusto de Paula Xavier (UTFPR) augustox@cefetpr.br Resumo: O objetivo deste trabalho foi: realizar um diagnóstico do perfil do estilo de vida e da qualidade de vida de servidores em uma organização federal. O instrumento utilizado foi o Perfil do Estilo de vida, sob a forma de questionário, aplicado a uma população de 32 pessoas. Foram abordados na análise os principais fatores que influenciam na qualidade de vida e na saúde dos indivíduos como: nutrição, atividade física, comportamentos relacionados prevenção da saúde, convívio social e estresse. Conclui-se que os fatores presentes no estilo de vida dos servidores federais mais negligenciados são: a alimentação e a atividade física. Por fim este estudo salienta a importância e os benefícios de se ampliar a compreensão sobre o estilo de vida, dentro e fora das organizações de trabalho, e sua íntima relação com a qualidade de vida e com a saúde. Palavras-chave: Estilo de Vida; Qualidade de Vida; Saúde Organizacional. 1. Introdução Os primeiros conceitos sobre Qualidade de vida (QV) inicialmente preocupavam-se com questões materiais na vida dos indivíduos como salário, bens conseguidos, sucesso na área profissional, ou seja, priorizavam fatores externos. Atualmente, percebe-se uma abordagem um pouco diferenciada, apontando uma valorização de fatores inerentes ao ser humano como grau de satisfação, realização tanto profissional como pessoal, bom relacionamento com a sociedade e acesso a cultura e ao lazer como exemplos reais de bem estar. Devido a influência do estilo de vida e da atividade física na saúde das pessoas e principalmente dos trabalhadores, este assunto se torna preocupação, pois baixos níveis de saúde e bem-estar podem provocar consequências tanto para o indivíduo quanto para a organização (AÑES, 2003). Pesquisas em vários países, incluindo o Brasil, mostram que o estilo de vida, coloca-se como um dos fatores mais importantes e determinantes da QV e saúde de indivíduos, grupos e comunidades (NAHAS, 2001). A QV refere-se ao viver sendo bom e compensador em pelo menos quatro áreas: social, afetiva, profissional e área da saúde, tendo o indivíduo para ser portador de boa Qualidade de Vida ter sucesso em todas elas (LIPP, 1996). Mesmo com a grande quantidade de informações disponíveis sobre o estilo de vida e suas conseqüências para a saúde, percebe-se que um número considerável de pessoas insiste em negligenciar alguns ou muitos aspectos do seu estilo de vida. Nahas (2001, p. 11) define que o estilo de vida é um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas. O objetivo deste estudo é realizar um diagnóstico do perfil do estilo de vida e da QV presentes em servidores federais. Apontando a influência dos hábitos diários, definidos como sendo o estilo de vida, na QV e seu reflexo na saúde. Entre os hábitos diários, também deve ser incluído o trabalho, já que as pessoas passam boa parte do seu dia nele e acabam por definir as demais horas do dia em sua função. 1

Neste contexto através deste estudo de caso aplicado, exploratório e qualitativo pretendeu-se responder a seguinte questão de pesquisa: Como é o perfil do estilo de vida e a qualidade de vida de servidores em uma organização federal? Ressaltando a importância para o indivíduo, para a organização de trabalho e para a sociedade em geral, do valor de optar por um estilo de vida saudável, que contemple atividade física regular, dieta baseada em alimentos saudáveis, comportamento preventivo relacionado ao estresse e a prevenção de doenças degenerativas. 2. Qualidade de vida A QV é um tema muito discutido atualmente, mesmo assim, não há um conceito único que seja capaz de abordar os vários fatores que interferem ou influenciam na QV das pessoas, comunidades e populações. Segundo Fleck et al. (1999) o termo QV foi usado em seu início pelo então presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson no ano de 1964, quando este declarou que os objetivos não podem ser medidos através dos balanços dos bancos. Eles só podem ser medidos através da QV que porporcionam as pessoas. A partir disso, o tema vem sendo muito empregado por governos, instituições, empresas, em propagandas publicitárias, ou em qualquer objeto ou assunto em que se pretenda agregar a idéia de benefício a saúde humana. No entanto o excesso do uso do termo acabou por gerar uma certa banalização do real sentido que possui a QV. Em 1994, a QV foi definida pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus ojetivos, expectativas, padrões e preocupações. Nahas (2001, p. 5) complementa afirmando que o conceito de qualidade de vida é diferente de pessoa para pessoa e tende a mudar ao longo da vida de cada um. Falar em QV é pensar no caminho da longevidade, sendo seu elemento chave, além de suprir necessidades básicas, melhorar seu estilo de vida, tendo hábitos saudáveis, realizando atividade física, tendo relacionamentos estáveis e duradouros, dieta saudável, pois só assim teremos adultos saudáveis hoje e idosos amanhã.(guiselini, 1996). De forma generalizada a QV está intimamente relacionada a fatores como: estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiraes, disposição, prazer e espiritualidade dos indivíduos (NAHAS, 2001). Mesmo sendo um termo multiinterpretado, o concenso que se faz em torno do tema é que a QV é a somatória de fatores na vida de uma pessoa, ou no seu cotidiano. Esses fatores podem ser interpretados como o estilo de vida ao qual a pessoa pratica, que por sua vez, determina a caracterização de sua saúde e também de sua responsabilidade sobre ela, já que representa o conjunto de suas escolhas diárias. Mais do que nunca as escolhas e decisões cotidianas, ou seja, o estilo de vida tem afetado e determinado à maneira como viver, com ou sem saúde e por quanto tempo (NAHAS, 2001). Comumente as pessoas só costumam prestar mais atenção em seu estado de saúde quando algo não vai bem e o corpo mostra sintomas disso. 3. Estilo de vida saudável: uma necessidade muitas vezes negligenciada Um estilo de vida saudável se faz uma necessidade porque é um dos fatores, se não o principal fator, que influencia na QV e consequentemente na saúde das pessoas. E está sendo negligenciado porque o ser humano vem agindo contra si mesmo, estipulando prioridades em sua vida as quais geralmente não incluem levar uma vida saudável. 2

A Organização Mundial da Saúde define estilo de vida como sendo a forma de vida baseada em padrões identificáveis de comportamento, os quais são determinados pela interação de papéis entre as características pessoais do indivíduo e as condições de vida sócio-econômicas e ambientais, o estilo de vida está relacionado com diversos aspectos que refletem as atitudes os valores e as oportunidades na vida das pessoas (WHO, 1998). Muitas pessoas estão deixando em último plano a preocupação com seu patrimônio mais precioso, seu corpo, tornando sua maior necessidade a de ser culturalmente desenvolvido o que pressupõe o domínio de uma série de conhecimentos a aptidões, mas sem hábitos saudáveis (GUISELINI, 1996). Nahas (2001, p. 14) diz que Muita coisa tem sido dita e escrita sobre a importância de um estilo de vida saudável para as pessoas de todas as idades. Entretanto, apesar de todas as evidências científicas acumuladas, um grande número de pessoas ainda parece desinformado ou desinteressado nos efeitos a médio e longo prazo da prática de atividades físicas regulares, de uma nutrição equilibrada e de outros comportamentos relacionados à saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados em 2000 atravéz da Secretaria de Políticas de Saúde, o atual estilo de vida é responsável por 54% dos riscos de morte por infarto, e 50 % por risco de morte por derrame cerebral, que constituem as principais causas de morte no Brasil. Os pricipais fatores que influenciam no estilo e vida abordam: o componente nutricional, o componente atividade física, o comportamento preventivo, convívio e relacionamento com a sociedade, presença e controle do estresse (TUBINO, 2002; NAHAS, 2004; RIBEIRO, 2004). São esses também os fatores considerados modificáveis pelo indivíduo, e que se negligenciados, afetam nossa saúde de maneira negativa. A atitude de transformar fatores que hoje atuam como negativos, em atitudes e ações positivas depende de uma mudança comportamental impulsionada pela motivação e pela definição de novas de prioridade e valores de vida, onde o indivíduo deixa de olhar para o que é exterior, passando a valorizar o cuidar de si. A saúde não é algo externo, uma vez que pertence as pessoas; não é um estado fixo, pois modifica-se a cada isntante, é algo que se acrescenta e está relacionada com a realidade vivida, não é algo concretamente atingido, mas alguma coisa que se pretende alcançar. (DEJOURS, 1989). A partir disso, pode-se então pensar que estilo de vida saudável são metas a serem estipuladas, perseguidas e principalmente cumpridas, na busca de uma boa QV e consequentemente de uma vida com saúde. 4. Metodologia: o estudo de caso O presente estudo foi realizado em uma regional da Receita Federal, no município de Ponta Grossa, Paraná. A instituição conta ao todo com 122 colaboradores, sendo que, 85 são servidores federais e 37 são colaboradores terceirizados. Para a coleta de dados foram selecionados somente os servidores federais. Ao todo, a mostra consistiu de 32 pessoas, entre homens e mulheres, onde média de idade é de 39 anos, e o tempo médio de atuação dos servidores na instituição é de 15 anos. O grau de escolaridade aponta que todos os servidores possuem curso superior. As principais tarefas desempenhadas são caracterizadas em sua maioria por funções administrativas, principalmente administrativas fiscais, algumas atividades envolvem também atendimento ao público contribuinte. Todas as funções exigem alto grau de atenção, somado a 3

alta sobrecarga de trabalho, pois a grande maioria dos servidores trabalha com uma demanda maior que sua capacidade laboral. O turno de trabalho compreende ao todo 8 horas diárias, 5 dias por semana, sendo distribuído da seguinte forma: inicio as 8:00 horas até as 12:00 horas, com 90 minutos de intervalo para almoço, retornando as 13:30 horas até as 17:30 horas. No perído da tarde admite-se uma pequena pausa para lanche. A organização conta com um programa de ginástica laboral e ergonomia iniciado em maio de 2005, com o objetivo de proporcionar melhores condições e conforto no ambiente de trabalho e reduzir o número de afastamentos. Também foram objetivos do programa ergonômico, principalmente através da ginástica laboral criar um ambiente mais descontraído, minimizando o nível de estresse e promover a integração e motivação entre os servidores. A ginástica laboral é disponibilizada a todos os colaboradores, e ocorre duas vezes por semana, no período vespertino, com duração de 30 minutos cada. Durante as pausas, são desenvolvidas atividades de alongamento, fortalecimento muscular localizado, principalmente dos grupos musculares mais solicitados durante a jornada que são: costas, ombros, membros superiores e musculatura cervical. Simultaneamente aos exercícios é realizado um trabalho de relaxamento, prevenção e combate ao estresse utilizando música, exercícios respiratórios e dinâmicas de grupo. 4.1 Instrumento Para fornecer os indicadores do Estilo de Vida foi escolhido e utilizado o Perfil do Estilo de Vida, derivado do modelo do Pentáculo do Bem Estar (NAHAS, 2000). Este instrumento aborda na forma de questionário, os cinco aspectos que segundo Nahas, são fundamentais no estilo de vida das pessoas. Ao todo são quinze itens a serem respondidos, com uma escala que varia de zero (0) a três (3) pontos, onde o zero (0) representa ausência total de tal característica no estilo de vida e o três (3), representa a completa realização do comportamento citado. Os cinco principais aspectos que o questionário aborda são: TABELA 1- Aspectos fundamentais no estilo de vida Aspectos considerados fundamentais Dimensões abrangentes 1- Nutrição Abrange o número de refeições diárias e a quantidade de ingestão de frutas e alimentos gordurosos; 2- Atividade Física Envolve o número de vezes por semana que realiza atividade física, tempo da atividade em minutos e sua intensidade; 3- Comportamento Preventivo Compreende o cuidado e acompanhamento da pressão arterial e colesterol, hábitos em relação ao fumo, consumo de álcool e respeito às normas de trânsito; 4- Relacionamentos Abrange os relacionamentos sociais, amigos, atividades em grupo, participação em associações e em sua comunidade; 5- Stress Indaga sobre o controle emocional, disposição de tempo para relaxar e tempo dedicado ao lazer; Fonte: Nahas, M. V.(2001, p. 13) A interpretação deste instrumento pode ser feita individualmente ou coletivamente. A idéia geral é permitir que o indivíduo ou o grupo possa identificar seu comportamento, positivo ou negativo, em relação aos cinco aspectos analisados. Quanto mais os escores respondidos se aproximam do zero, mais atenção o indivíduo deve vir a ter em relação aquele item, pois se tratando de qualidade de vida, comportamentos 4

negativos podem produzir ou potencializar os riscos e malefícios a saúde a médio e longo prazo. 5. Análise dos dados 5.1 Componente: alimentação Após a Segunda Guerra ocorreram mudanças no quadro econômico, nutricional e no perfil epidemiológico da população em geral. A partir deste período houve um aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como: doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade que permitiram correlações de causa com a alimentação, redução da atividade física e outros aspectos vinculados à vida urbana (MENDONÇA, 2004). 60% 56% 50% 47% 47% 40% 30% 22% 28% 22% 16% 20% 13% 16% 10% 3% 6% 0% Frutas e Verduras Alimentos Gordurosos e Doces De 4 a 5 Refeições Variadas não faz parte as vezes quase sempre sempre FIGURA 1- Componente nutrição Através dos dados extraídos da primeira pergunta, pode-se observar que a população em questão apresenta um baixo consumo de frutas e verduras na alimentação diária. No que se refere a segunda pergunta Você evita ingerir alimentos gordurosos e doces percebe-se que a grande maioria (6% e 56%), consome esses alimentos com uma frequência maior que a indicada para uma alimentação saudável. Na terceira pergunta: Você faz de 4 a 5 refeições variadas ao dia nota-se que apenas uma pequena parcela tem essa atitude como hábito. Em geral no quesito nutrição a amostra apresenta um perfil negativo, o que sugere uma necessidade de mudança neste comportamento. O estilo de alimentação, praticado pelos servidores analisados, se encaixa no perfil de alimentação ocidentalizada. A qual é baseda principalmente em em alimentos ricos em carboidratos simples, lípídios e proteínas de oriem animal e poucos alimentos in natura, como frutas e hotaliças (TEIXEIRA et al., 2006 e MENDONÇA, 2004). Relacionando a hábitos alimentares, nutrição e saúde, Teixeira et al. (2006, p. 142) em seu estudo sobre o Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros afirma que: a alimentação ocidentalizada, com execesso de proteínas e gorduras de origem animal, confere maior risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) quando comparada à alimentação vegetariana, em especial a hipertensão arterial, diabete, dislipidemia, aterosclerose e obesidade. Uma boa alimentação deve ser antes de tudo agradável ao paladar, observando-se o equilíbrio dos aspectos calóricos e a inclusão dos nutrientes essencias (NAHAS, 2001). Priorizar qualidade em vez de quantidade, e equilibrar a ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras de acordo com as necessidade diárias individuias são atitudes simples que tornam a alimentação mais balanceada e saudável. 5

5.2 Componente: atividade física No quesito que envolve atividade física o perfil geral foi negativo, os resultados do primeiro questionamento mostram que: somente 22% pratica atividade física regular, o restante 78%, pode ser classificado como sedentário. Na segunda pergunta sobre: Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvem força e alongamento muscular pode-se perceber que 41% afirmam relalizar, esse resultado se mostra possível porque a organização oferece a ginástica laboral aos servidores. 45% 40% 35% 30% 20% 15% 10% 5% 0% 34% 34% 31% 13% 22% 30 min. Atv. Física 5 x semana 16% 9% 41% 2 x semana atv. Força e along. 13% 41% 28% 19% Transporte: caminha ou pedala FIGURA 2- Componente atividade física não faz parte as vezes quase sempre sempre Considera-se sedentário um indivíduo que realiza um mínimo de atividade física, com um gasto energético somando: trabalho, lazer, atividades domésticas e locomoção, inferior a 500Kcal por semana. Para ser considerada moderadamente ativa uma pessoa deve realizar atividades físicas pelo menos 5 vezes por semana, no mínimo trinta minutos ao dia, o que corresponde a um gasto mínimo de 1000 Kcal (Nahas, 2001). Para Nahas (2001, p. 25) A inatividade física representa uma causa importante de debilidade, de reduzida qualidade de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas e ainda acrescenta que no Brasil, cerca de 67% da população adulta não é ativa o suficiente. Segundo o Instituto Americano de Pesquisa do Câncer (apud Nahas 2001, p.11) Poucas coisas na vida são mais importantes do que a saúde. E poucas coisas são tão essenciais para a saúde e o bem-estar como a atividade física. Os efeitos benéficos da atividade física sobre a saúde, já não são mais discutidos, pois eles já foram comprovados a algum tempo. A prática tanto de atividade física quanto exercícios físicos deve ser estimulada pelas organizações de trabalho, pois colaboradores saudáveis têm aumentada a capacidade de responder positivamente ao trabalho. 6

5.3 Componente: comportamento preventivo 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 9% 34% 31% Conhece PA e Colesterol 63% 16% 13% 9% Evita fumo e álcool 0% 0% 19% 81% Respeita Normas Trânsito FIGURA 3- Componente comportamento preventivo não faz parte as vezes quase sempre sempre Com relação ao comportamento preventivo, fica evidente através dos valores dos escores respondidos, um perfil positivo, onde 34% e 31%, responderam respectivamente quase sempre e sempre, que possuem conhecimento dos seus índices de colesterol e pressão arterial. O controle sobre as práticas de fumo, o consumo de álcool e o respeito às normas de trânsito também se mostram positivos, indicando, portanto um comportamento preventivo adequado. Neste contexto, o comportamento preventivo se apresenta muito importante na prevenção e nos cuidados relacionados as doenças crônico degenerativas. Em um estudo sobre causas múltiplas de morte por doeças crônico degenerativas Rezende, et. al. (2004, p. 1227) aponta as principais causas encontradas e sua razão. TABELA 2 Número de óbitos por causa de morte, segundo total de menções, causa básica e razão. Mortes naturais. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 1998. Causa da morte Total de menções (m) Causa básica (b) Razão (m/b) Diabetes mellitus 813 291 2,79 Obesidade 43 8 5.38 Doenças hipertensivas 1.309 296 4,42 Doenças isquêmicas do coração 1.332 1.083 1,23 Doenças cerebrovasculares 1.669 1.255 1,33 Arterosclerose 260 52 5,00 Insuficiência renal 701 121 5,79 Total 6127 3.106 1,97 Total de menções = causas múltiplas Fonte: Rezende, et. al. (2004, p. 1227). Rezende, et. al. (2004, p. 1230) acrescenta ainda que, Os resultados encontrados reforçam a utilidade das causas múltiplas de morte para melhorar as informações em mortalidade e evidenciam importantes associações tais como doenças hipertencivas e cerebrovasculares, obesidade e diebetes ou doenças isquêmicas do coração, informações estas que possibilitam planejar, priorizar e reavaliar as ações de saúde. O acompanhamento e se necessário o controle dos níveis de colesterol e da pressão arterial, bem como o consumo moderado e responsável de bebidas alcoólicas, somado ao hábito de não fumar, são atitudes que se encaixam no comportamento preventivo e que favorecem a QV e contribuem positivamente na saúde. 7

5.4 Componente: relacionamentos O item relacionamento do questionário prioriza o lado social da pessoa. A dimensão social abrange tudo o que se refere aos valores de vida, crenças, papel da família, o trabalho, grupos e comunidades, posição geográfica e cultural ao qual a pessoa se insere (LIMONGI- FRANÇA, 1996). 45% 40% 35% 30% 20% 15% 10% 5% 0% 3% 22% 34% 41% Satisfação c/ Amigos e Relacionamentos 38% 34% 31% 28% 9% 9% Lazer Ativo na Comunidade FIGURA 4- Componente relacionamentos não faz parte as vezes quase sempre sempre Através dos dados referentes a esse componente, pode-se perceber que o fator convívio social dos servidores federais apresenta um valor alto, sugerindo um comportamento positivo. Ao analisarmos a primeira questão: Você procura cultivar amigos e está sempre satisfeito com seus relacionamentos 34% e 41% responderam positivamente. Na questão relacionada a lazer Seu lazer inclui encontros com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações ou entidades sociais mostra que somente uma pequena parcela 9% não tem essa atitude no seu estilo de vida. Esse dado também indica que os servidores estão tendo um cuidado adequado com o seu lazer e com o convívio social. Segundo Pontes et. al. (2004, p.04) a saúde está profundamente relacionada com a forma como interagimos com a natureza e organizamos a vida social, ou seja o processo de adoecimento não está no homem como natureza pura mas, como algo também produzido socialmente. 5.5 Componente: stress Por sí só o estresse não corresponde um fator negativo, é apenas uma capacidade de reação natural do organismo a algum estímulo, que passa a interferir negativamente de acordo com a individualidade de cada sujeito. O estresse ocorre quando o organismo responde com o corpo, com a mente e com o coração às condições inadequadas de vida de forma contínua ou muito intensa (LIMONGI- FRANÇA, 1996). 8

50% 45% 40% 35% 30% 20% 15% 10% 5% 0% 19% 19% 31% 31% Reserva 5 min/dia relaxar 13% 34% 47% 6% Discussão sem alterar-se 9% 28% 38% Equilibra tempo trabalho/lazer FIGURA 5- Componente controle do stress não faz parte as vezes quase sempre sempre Os índices encontrados na população pesquisada sugerem um perfil positivo. Ao analisarmos as três perguntas pode-se perceber que: 62% quase sempre ou sempre reservam ao menos 5 minutos diários para relaxar; 38% e quase sempre ou sempre conseguem equilibrar trabalho e lazer; mas 13% e 34% respectivamente não conseguem ou conseguem somente às vezes manter uma discussão sem alterar-se demasiadamente. Apesar do perfil mostrar uma tendência positiva, alguns cuidados relativos a prevenção do stress, principalmente no ambiente de trabalho devem ser tomados. Já que grande parte dos servidores encontra-se sob constantes fontes geradoras de tensão. Para Nahas (2001, p. 09) Há evidências de que as pessoas que têm um estilo de vida mais ativo tendem a ter uma auto-estima e uma percepção de bem-estar psicológico positivos. Mesmos vivendo sob muitos estímulos estressantes é importante que as pessoas encontrem meios para relaxar e buscar um estado de equilíbrio psicológico, porque o estresse quando crônico pode resultar em queda na produtividade laboral e afetar fisicamente e socialmente de modo negativo. 6. Conclusão Pode-se concluir que o estilo de vida encontrado como padrão para os servidores analisados indica um perfil negativo referente a alimentação, com uma frequência de consumo de alimentos gordurosos e doces acima do indicado. Apresenta também um perfil igualmente negativo no que se refere a atividade física com 78% dos servidores considerados sedentários. Nos ítens comportamento preventivo e componente relacionamentos observa-se um perfil positivo para ambos, onde 65% da amostra tem conhecimento e acompanha a pressão arterial e os índices de colesterol, ao mesmo tempo que cultivam relacionamentos sociais agradáveis e se preocupam com o lazer. No ítem relativo ao estresse apesar do perfil apresentar uma tendência positiva, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente nas questões que se referem ao ambiente laboral, pois o trabalho característicos dos servidores avaliados oferece muitas fontes geradoras de tensão. Mesmo que três dos fatores, de um total de cinco, apresentem como resultados estilos de vida positivos, o resultado geral não deve ser classificado como positivo por completo. Pois a alimentação e a atividade física, tão importantes na QV geral, apresentaram valores bem abaixo do indicado, podendo desse modo contribuir para o surgimento ou o agravamento de doenças crônicos degenerativas. Desta maneira, o conhecimento do Perfil do estilo de vida de trabalhadores se faz importante e necessário, para fundamentar programas de orientação e 9

promoção à saúde no trabalho. Propõe-se para a instituição pesquisada a aplicação de atividades voltadas para a orientação e promoção de um estilo de vida saudável, enfocando práticas diárias positivas para a saúde, principalmente voltadas para a alimentação e a atividade física. 7. Referências Bibliográficas AÑES, C. R. R. Sistema de avaliação para a promoção e gestão do estilo de vida saudável e da aptidão física relacionada à saúde de policiais militares. Florianópolis, 2003. 144 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) Universidade Federal de Santa Cataria. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas da Saúde. O que é o agita Brasil. Brasília: Programa Nacional de promoção da Atividade Física, 2000. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sps/areastecnicas/promocao/agita%20brasil.htm. Acesso em: 31 jul. 2006. DEJOURS, C. Por um novo conceito de saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. São Paulo, Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v.14, n.54, p. 7-14, 1989. FLECK, M. P. A.; et. al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação da qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 21, n.1, p.19-28, 1999. GUISELINI, M. A. Qualidade de vida. 2. ed. São Paulo: Gente, 1996. LIMONGI-FRANÇA, A. C. Indicadores empresariais de qualidade de vida no trabalho esforço empresarial e satisfação dos empregados no ambiente de manufatura com certificação ISSO 9000. São Paulo, 1996. Tese (Doutorado em Administração) Universidade de São Paulo. LIPP, M.; ROCHA, J.C. Stress, hipertensão e qualidade de vida. São Paulo: Papirus, 1996. MENDONÇA, C. P.; ANJOS, L. A. Aspectos das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 3, p. 698-709, 2004. NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2. ed. Londrina: Midiograf, 2001. NAHAS, M. V.; BARROS, M. V. G.; FRANCALACCI, V. L. O pentáculo do bem-estar: base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Londrina, v.5, n.2, p. 48-59, 2000. PONTES, S. K.; ZANOROTTI, V. R. C.; BENTO, P.E.G. A relação entre saúde e trabalho no contexto organizacional. In: XI SIMPEP, 2004, Bauru, São Paulo. p. 1-10. REZENDE, E. M.; SAMPAIO, I. B. M.; ISHITANI, L. H. Causas múltiplas de morte por doenças crônicodegenerativas: uma análise multidimensional. Caderno de Saúde Pública, v. 20, n. 5, p. 1223-1231, set-out. 2004. RIBEIRO, J. L. P. Avaliações das intenções comportamentais relacionadas com a promoção e proteção da saúde e com a prevenção das doenças. Análise Psicológica. v. 2, n. 22, p. 387-397, jun. 2004. TEIXEIRA, R. C. M. A.; et al. Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros: Grande Vitória- ES. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.9, n.1, p. 131-143, 2006. THE WHOQOL GROUP. The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W, editors. Quality of life assessment international perspectives. Heidelberg: Springer Verlag, p.41-60, 1994. TUBINO, M. A qualidade de vida e sua complexidade. IN: Esportes como fator de qualidade de vida, Piracicaba: Unimep, 2002. WHO. Word Health Organization. Health promotion glossary. Genebra, 1998. 10