TRANSMISSÃO DE CALOR II. Prof. Eduardo C. M. Loureiro, DSc.

Documentos relacionados
EM34B Transferência de Calor 2

EN 2411 Aula 13 Trocadores de calor Método MLDT

Transferência de Calor

Classificação de Trocadores de Calor

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 3: TROCADORES DE CALOR. DIMENSIONAMENTO DE TROCADOR BITUBULAR E TUBO E CARCAÇA.

11S.1 Método da Média Log das Diferenças de Temperatura para Trocadores de Calor com Múltiplos Passes e com Escoamento Cruzado

ENG 3006 TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1 o SEMESTRE DE Capítulo 11 Trocadores de Calor

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 3: TROCADORES DE CALOR. DIMENSIONAMENTO DE TROCADOR BITUBULAR E TUBO E CARCAÇA.

Aula 24 Trocadores de Calor

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro. Distribuição de temperatura na camada limite para um fluido escoando sobre uma placa aquecida.

TRANSMISSÃO DE CALOR II. Prof. Eduardo C. M. Loureiro, DSc.

Trocadores de Calor Método MLDT. Prof. Simões

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE Faculdade de Engenharia. Aula prática Nº 13. Prof. Dr. Engº Jorge Nhambiu & Engº Paxis Roque 1

Capítulo 7: Escoamento Interno

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

Universidade do Vale do Rio dos Sinos PPGEM Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica

MECÂNICA DOS FLUIDOS I Engenharia Mecânica e Naval 1º Teste 30 de Outubro de 2015, 18h00m Duração: 2 horas

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

A 1 a lei da termodinâmica para um sistema transiente é:

Módulo VI - Processos Isentrópicos Eficiência Isentrópica em Turbinas, Bombas, Bocais e Compressores.

Capítulo 4 TROCADORES DE CALOR: INTRODUÇÃO 08/2010

U = 1.5 m/s T m,e = 20 o C T p < 200 o C

Módulo V Balanço de Entropia para Sistemas Fechados. Balanço de Entropia para Volume de Controle.

Trocadores de Calor Método da Efetividade (NUT) Prof. Simões

Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles)

LISTA DE EXERCÍCIOS 3

Refrigeração e Ar Condicionado

Efetividade do Trocador de Calor:

EM34F Termodinâmica A

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos

Dispositivos com escoamento em regime permanente

29/11/2010 DEFINIÇÃO:

Refrigeração e Ar Condicionado

Diferença Média de Temperatura entre os Fluidos

Transferência de Calor

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração

TROCADOR DE CALOR BITUBULAR

PME 3344 Exercícios - Ciclos

Disciplina : Termodinâmica. Aula 13 Análise da massa e energia aplicadas a volumes de controle - Regime Transiente

PME 3344 Exercícios - Ciclos

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

Prova do Processo Seletivo do PPGEM - 15 de junho de Código do candidato. Instruções

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

CONTEÚDOS PROGRAMADOS (Energia Solar - EEK508)

Grupos formados por três alunos da disciplina. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

4. Resultados Parâmetros de desempenho Variáveis de controle Tipo de nanopartícula

PME2398 Termodinâmica e suas Aplicações 1 o semestre / 2015 Profs. Bruno Souza Carmo e Antonio Luiz Pacífico. Gabarito da Prova 3

Lista de Exercícios Solução em Sala

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor

Utilizado quando se necessita rejeitar calor a baixas temperaturas. O uso do AR como meio de resfriamento tem as seguintes vantagens:

1ª Lei da Termodinâmica lei da conservação de energia

Coletores solares planos

Figura Refervedor tipo caldeira.

Colégio Técnico de Lorena (COTEL)

Transferência de Calor

CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 03 / 2015

ÁREA DE ESTUDO: CÓDIGO 16 TERMODINÂMICA APLICADA, MECÂNICA DOS FLUIDOS E OPERAÇÕES UNITÁRIAS

Componentes dos ciclos termodinâmicos

ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS

(ebulição ou condensação) Obs: desconfie de valores muito discrepantes dos delimitados pelas faixas de grandeza acima!

ROTEIRO DO PROJETO: DIMENSIONAMENTO DE UM TROCADOR DE CALOR

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 10: ESTERILIZAÇÃO. Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AULA 4: - DIMENSIONAMENTO DE TROCADORES DE CALOR A

VIII.10 - EXERCÍCIOS SOBRE CONDUÇÃO EM REGIME PERMANENTE

Lista de Exercícios para P2

4. Redução de dados Modelo matemático

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE UM CONDENSADOR A AR

Condensadores. Principais Tipos. Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial

O procedimento de cálculo da força de atrito é sumarizado a seguir: área da seção transversal do conduíte/canal perímetro molhado do conduíte/canal

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS AULA 9-11 SISTEMAS DE POTÊNCIA A GÁS

Balanço de Energia em Combustão

Máquinas Térmicas. Transferência de Calor na Caldeira

5. Análise dos Resultados

Capítulo 5: Análise através de volume de controle

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

Exercícios e exemplos de sala de aula Parte 1

AULA 25 TRANSFERÊNCIA DE CALOR COMBINADA E BLINDAGEM DE RADIAÇÃO TÉRMICA

2 º Semestre 2017/2018 (MAero, MeMec, MeAmbi, Nav) 1º Exame, 12 de Junho de 2018, Duração: 3h

b A eficiência térmica de um ciclo é medida pela relação entre o trabalho do ciclo e o calor que nele é adicionado.

Convecção Forçada Externa

Sistemas térmicos. Engenharia Mecânica. Profa. Jacqueline Copetti Sala C02-239

Refrigeração e Ar Condicionado

Aula 20 Convecção Forçada:

Capítulo 7: Escoamento Interno

Cap. 4: Análise de Volume de Controle

Transferência de calor por convecção

Termodinâmica Seção 05-1ª Lei da Termodinâmica para Volume de Controle

TERMODINÂMICA E ESTRUTURA DA MATÉRIA

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a ar

DIMENSIONAMENTO DE TROCADOR DE CALOR PARA VAPORIZAÇÃO DE ETANOL COMO COMBUSTIVEL EM MOTOR CICLO OTTO

Transferência de Calor

Introdução. Exergia ou Disponibilidade máximo trabalho útil que pode ser obtido de um sistema em um determinado estado e em um ambiente especificado.

Objetivos da terceira aula da unidade 6

Exercício 136 Dado: Exercício 137

ESTE Aula 2- Introdução à convecção. As equações de camada limite

Exame de Transmissão de Calor Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial 30 de Janeiro de º Semestre

Transcrição:

TRANSMISSÃO DE CALOR II Pro. Eduardo C. M. Loureiro, DSc.

Euação da energia para processos contínuos em regime permane: W V m u pv gz V u pv gz Se desprezamos a troca de calor re o trocador de calor e a vizinhança, e as mudanças de energia potencial e cinética do sistema, temos: m i i e m i i,,,, Onde i é a alpia do luido. Se os luidos não passam por uma mudança de ase e se orem admitidos calores especíicos constantes: m c T T e m c T T p,,, p,,, Uma extensão da lei do resriamo de Newton poderia ser aplicada à dierença de temperatura re o luido ue e o rio: T T T UAT m Onde U é o coeicie global de transerência de calor, A é a área de transerência e ΔT m é uma média apropriada de dierenças de temperaturas, já ue ΔT varia com a posição no trocador de calor.

TROCADOR DE CALOR COM ESCOAMENTO PARALELO Inicialme a dierença de temperaturas é muito grande, mas diminui com o aumo de x; A temperatura do luido rio nunca vai ser superior à do luido ue.

TROCADOR DE CALOR COM ESCOAMENTO PARALELO Inicialme a dierença de temperaturas é muito grande, mas diminui com o aumo de x; A temperatura do luido rio nunca vai ser superior à do luido ue. Pode-se azer um balanço de energia nos elemos dierenciais nos luidos ue e rio, sujeitos às seguintes considerações: O trocador de calor encontra-se isolado termicame da vizinhança; A condução axial ao longo dos tubos é desprezível; Mudanças nas energias cinéticas e potencial são desprezíveis; Os calores especíicos dos luidos são constantes; O coeicie global de transerência de calor é constante. Aplicando-se um balanço de energia em cada um dos elemos dierenciais: d mc p, C d m cp, C Onde C e C são as taxas de capacidade caloríica dos luidos ue e rio. Estas expressões podem ser integradas ao longo do trocador de calor ornecendo os balanços de energia globais: m c T T m c T T p,,, p,,,

TROCADOR DE CALOR COM ESCOAMENTO PARALELO Repetindo as euações: d mc p, C d m cp, C m c T T m c T T p,,, p,,, A transerência de calor através da área da também pode ser descrita como: d UTdA T T T Na orma dierencial: ( d T) d T T C U T T ln UA T, T, C T da, T, UA d C C T UA ln T C C T T T T,,,, d C C T T UA ln T T

TROCADOR DE CALOR COM ESCOAMENTO PARALELO Então, chega-se à conclusão ue a dierença de temperaturas média apropriada é uma média logarítmica das dierenças de temperatura: ou T T UA ln T T UA T ml onde T ml T ln T T T lnt T T T T T Escoamo paralelo T T,, T T,, T T,, T T,,

TROCADOR DE CALOR COM ESCOAMENTO CONTRACORRENTE A variação na dierença de temperaturas ao longo de x não é, em posição alguma, tão grande uanto na região de rada de um trocador com escoamo paralelo. A temperatura de saída do luido rio pode, agora, ser maior ue a temperatura de saída do luido ue. A partir de uma análise semelhante à eita para o trocador de calor de escoamo paralelo, pode-se mostrar ue as euações abaixo também são válidas para os trocadores com escoamo contracorre. T T UA ln T T UA T ml ALTERA! T T Escoamo contracorre T T,, T T,, T T,, T T,, T ml T ln T T T lnt T T T

CONDIÇÕES OPERACIONAIS ESPECIAIS Quando o luido ue possui uma taxa de capacidade caloríica muito maior ue a do luido rio, a temperatura do luido ue permanece aproximadame constante ao longo de todo o trocador de calor, enuanto a temperatura do luido rio auma. A mesma condição é alcançada se o luido ue or um vapor condensando. A condensação acontece a uma temperatura constante e, para todas as inalidades práticas C

CONDIÇÕES OPERACIONAIS ESPECIAIS Em um evaporador ou em uma caldeira, é o luido rio ue muda de ase e permanece a uma temperatura praticame constante, neste caso, C. O mesmo eeito é obtido sem mudança de ase se C C

CONDIÇÕES OPERACIONAIS ESPECIAIS Quando as taxas de capacidades caloríicas são iguais em um trocador de escoamo contracorre o comportamo é o mostrado na igura. A dierença de temperatura deve ser ão uma constante ao longo de todo o trocador. T T T ml

EXEMPLO Um trocador de calor bitubular (tubos concêntricos) com coniguração contracorre é utilizado para resriar o óleo lubriicante de um grande motor de turbina a gás industrial. A vazão mássica da água de resriamo através do tubo interno (D i = 5mm) é de 0, kg/s, enuanto ue a vazão do óleo através da região anular (D e = 45mm) é de 0, kg/s. O óleo e a água ram a temperaturas de 00 e 30 o C, respectivame. Qual deve ser o comprimo do trocador se a temperatura de saída do óleo deve ser de 60 o C? DADOS: U = 38, W/m K; Óleo, 80 o C: c p = 3 J/kgK Água, 35 o C: c p = 478 J/kgK

EXEMPLO O trocador de calor do exemplo anterior é substituído por um trocador de placas, compacto, ue é constituído por um conjunto de placas inas de metal, separadas por N espaços (canais) de espessura a. Os escoamos de óleo e de água são subdivididos em N/ corres individuais, com água e óleo escoando em sidos opostos em canais alternados. É desejável ue o conjunto tenha a orma cúbica, com uma dimensão característica externa igual a L. Determine as dimensões externas do trocador de calor como uma unção do número de canais re as placas, sendo as vazões, as temperaturas de rada e a temperatura de saída do óleo desejada as mesmas do exemplo anterior. Compare as uedas de pressão nas corres de óleo e de água no trocador de calor tipo placas com as uedas de pressão nas corres do exemplo anterior, se orem especiicados 60 canais re placas.