CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PLANTAS JOVENS DE LARANJA VALÊNCIA SUBMETIDAS A ESTRESSE CONTÍNUO E INTERMITENTE 1

Documentos relacionados
POTENCIAL DE ÁGUA NA FOLHA DE PLANTAS JOVENS DE LARANJA VALÊNCIA SUBMETIDAS A ESTRESSE CONTÍNUO E INTERMITENTE 1

ÁREA FOLIAR DE CITRUS IRRIGADO POR GOTEJAMENTO SOB ESTRESSE HÍDRICO CONTÍNUO E INTERMITENTE 1 RESUMO

FLUXO DE SEIVA DE PIMENTA TABASCO SUBMETIDA A DÉFICIT HÍDRICO NO CICLO DE PRODUÇÃO E APÓS PERÍODO SEM RESTRIÇÃO HÍDRICA *

PROJETO DE PESQUISA. Mestrad o Doutora do. Thaís Nascimento Meneses Maurício Antônio Coelho Filho

NÍVEIS E TEMPO DE ESTRESSE HIDRICO PARA A MANGUEIRA UBÁ NA CHAPADA DIAMANTINA, BA

TRANSPIRAÇÃO DE PLANTAS JOVENS DE LARANJEIRA VALÊNCIA SOB PORTA-ENXERTO LIMÃO CRAVO E CITRUMELO SWINGLE EM DOIS TIPOS DE SOLO 1

DETERMINAÇÃO DO ÍON NITRATO E PH NO TOMATEIRO SOB NÍVEIS DE SALINIDADE DO SOLO

VARIAÇÃO NO ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO DURANTE O CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO

Índice de clorofila em variedades de cana-de-açúcar tardia, sob condições irrigadas e de sequeiro

CRESCIMENTO DE PASSIFLORA EDULIS SOB SECAMENTO PARCIAL DO SISTEMA RADICULAR D. M. MELO 6

RESPOSTA FOTOSSINTÉTICA DE PLANTAS DE MILHO SAFRINHA EM DIFERENTES ESTÁDIOS E HORÁRIOS DE AVALIAÇÃO

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA FOTOSSÍNTESE NO CULTIVO DO FEIJOEIRO EM RELAÇÃO À UMIDADE DO SOLO

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO FONOLITO VIA MINERAL EM LARANJEIRAS ADULTAS

AVALIAÇÃO ECOLÔGICA DA UTILIZAÇÃO DE ESGOTO DOMÉSTICO TRATADO NA PERFORMANCE DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO

CONCENTRAÇÃO DE CAPSACININA E DIHIDROCAPSAICINA EM PLANTAS DE PIMENTA TABASCO EM FUNÇÃO DE DOSES DE CO 2, APLICADAS VIA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO.

AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO TARDIA DE COBALTO, NA ABSCISÃO DE FLORES E COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM (Vigna unguiculata).

Vegetar ou frutificar? Eis a questão

Conseqüências fisiológicas do manejo inadequado da irrigação em citros: fotossíntese, crescimento e florescimento

LAVAGEM DE REGULADOR CRESCIMENTO EM FOLHAS DO ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DE DOSES *

CRESCIMENTO DE PLANTAS DE GIRASSÓIS ORNAMENTAIS IRRIGAÇÃO COM ÁGUA RESIDUÁRIA 1

APLICAÇÃO DE MESOTRIONE, MESOTRIONE MAIS ATRAZINE E GLYPHOSATE SOBRE PLANTAS DE LARANJA

INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA NA CULTURA DA RÚCULA EM CULTIVO ORGÂNICO INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE LARANJA SANGUÍNEA

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão- ConBAP 2014 São Pedro - SP, 14 a 17 de setembro de 2014

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1047

A.K. S. do Nascimento 1, P. D. Fernandes 2, J. F. Suassuna 3, M. S. da S. Sousa 3 A. C. M. de Oliveira 4

RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE.

DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA RADICULAR DE PLANTAS JOVENS DE LIMA ÁCIDA TAHITI SOB DIFERENTES NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS COMERCIAIS NO CRESCIMENTO DE SEIS PORTA-ENXERTOS CÍTRICOS INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1

CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS, ACAMAMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO ARROZ-DE-SEQUEIRO (Oryza sativa L.), CONDUZIDA SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS.

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

GERMINAÇÃO DE GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS VARIEDADES DE CITROS EM DIFERENTES PERÍODOS DE TEMPO E EMISSÃO DO TUBO POLÍNICO RESUMO

Produção de Mudas de Melancia em Bandejas sob Diferentes Substratos.

MAMONA IRRIGADA COM ÁGUA RESIDUÁRIA DE LATÍCINIO E ADUBADA COM COMPOSTOS ORGÂNICOS

MACRONUTRIENTES NO TECIDO FOLIAR DE PLANTAS DE PINHÃO MANSO IRRIGADO SUBMETIDAS A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

CRESCIMENTO DE VARIEDADES DE SORGO FORRAGEIRO SUBMETIDO A FRAÇÕES DE LIXIVIAÇÕES COM EFLUENTE SALINO DA PISCICULTURA

PARAMETROS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA CULTURA DO PIMENTÃO

FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO SILICATADA

MANEJO DE IRRIGAÇÃO REGINA CÉLIA DE MATOS PIRES FLÁVIO B. ARRUDA. Instituto Agronômico (IAC) Bebedouro 2003

INFLUENCIA DA IRRIGAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA FIGUEIRA NA REGIÃO DE SEROPÉDICA-RJ

COMPORTAMENTO DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO FOLIAR DE QUATRO GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE RESTRIÇÃO HÍDRICA

EFEITO DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE MILHO EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE DE SECA EM CASA DE VEGETAÇÃO

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

EFEITO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA BUCHA VEGETAL

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DO TOMATEIRO IRRIGADO *

INFLUÊNCIA DO NÍVEL FREÁTICO NOS PARÂMETROS PRODUTIVOS E FISIOLÓGICOS DA CULTURA DO RABANETE EFFECT OF GROUNDWATER LEVEL ON RADISH CULTURE YIELD

EFEITO DA APLICAÇÃO DE DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO NOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO DO CAFEEIRO (Coffea arabica L.) EM VARRE-SAI, RJ 1

DESENVOLVIMENTO INICIAL DO CAJUEIRO SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS

DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

MEDIDAS DA TRANSPIRAÇÃO EM PORTA-ENXERTOS DE CITROS*

TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE FÓSFORO E ÁGUA DISPONÍVEL

CRESCIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ALGODOEIRO SOB EFEITO DE GA 3 (*)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 965

O Clima e o desenvolvimento dos citros

ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE BERINJELA CULTIVADO EM AMBIENTE PROTEGIDO SOB NÍVEIS DE REPOSIÇÃO HÍDRICA

Avaliação dos parâmetros dos colmos da cana-de-açúcar, segunda folha, submetida a níveis de irrigação e adubação

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

MATURAÇÃO E PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO CONILON SUBMETIDO Á DIFERENTES ÉPOCAS DE IRRIGAÇÃO 2º ANO AGRÍCOLA

Desenvolvimento vegetativo de mudas de rabanete em diferentes substratos orgânicos

ANALYSIS OF THE DEVELOPMENT OF AMERICAN LETTUCE UNDER DIFFERENT IRRIGATION LEVELS

EFEITO DA SALINIDADE E LUMINOSIDADE NO CRESCIMENTO INICIAL DE Plectrantus amboinicus (LOUR.) SPRENG

TROCAS GASOSAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS SUBMETIDAS À INTERAÇÃO SALINIDADE E DÉFICIT HÍDRICO

CRESCIMENTO DO MELOEIRO SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE NITROGÊNIO

Produtividade e rentabilidade da cebola em função do tipo de muda e de cultivares

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1224

Palavras-chave: Capacidade de armazenamento; Sementes; Germinação.

MORFOLOGIA DO GIRASSOL CULTIVADO COM DÉFICITS DE IRRIGAÇÃO EM SEUS ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO

EFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO SOBRE O DESEMPENHO DE VARIEDADES DO FEIJÃO-FAVA (Phaseolus lunatus L.).

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 888

TÍTULO: BIOESTIMULANTES APLICADOS VIA FOLIAR EM CAFEEIROS COFFEA ARABICA EM PRODUÇÃO EM MINAS GERAIS

Desenvolvimento vegetativo e acúmulo de massa seca com a adubação de porta-enxertos cítricos cultivados em tubetes - NOTA - ISSN

TOLERÂNCIA À SECA EM GENÓTIPOS DE MAMONA*

MORFOLOGIA DE CULTIVARES CONTRASTANTES DE AMENDOIM: EFEITOS DA DEFICIÊNCIA HÍDRICA E ESPAÇAMENTOS ENTRE LINHAS

Evapotranspiração da Cultura da Berinjela Irrigada com Diferentes Concentrações de Sais na Água.

EFEITOS DO BORO EM CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADA EM ALGUNS SOLOS DO MUNICÍPIO DE PIRACICABA- II CANA-SOCA ( 1 ). M. O. C. DO BRASIL SOBRINHO, A. ESPIRONELO

CRESCIMENTO DE BANANEIRA GRAND NAINE SOB FERTIRRIGAÇÃO GROWTH OF BANANA GRAND NAINE UNDER FERTIRRIGATION

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO ADUBADO COM ESCÓRIA SIDERÚRGICA

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

ÍNDICE DE CLOROFILA FALKER E TEOR DE NITROGÊNIO EM FOLHAS DE COBERTURAS DE INVERNO, FEIJÃO E MILHO EM SUCESSÃO NO SUL DE MINAS GERAIS

EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE MARACUJÁ CV. AMARELO GIGANTE SUBMETIDO A SECAMENTO PARCIAL DO SISTEMA RADICULAR. D. M. Melo 6

Efeito do estresse por encharcamento no ciclo reprodutivo, no número de afilhos e no rendimento de grãos em trigo

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

CARACTERIZAÇÃO DO CRESCIMENTO DE PROGÊNIES DE CAJUEIRO

INFLUÊNCIA DA SUPRESSÃO DA IRRIGAÇÃO NOS DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS DO FEIJÃO-CAUPI

EROSÃO EM ENTRESSULCOS E EM SULCOS SOB DIFERENTES TIPOS DE PREPARO DO SOLO E MANEJO DE RESÍDUOS CULTURAIS

EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA PELA MAMONEIRA SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO*

Resposta do Quiabeiro à Aplicação de Doses Crescentes de Cloreto de Mepiquat.

VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA EM LATOSSOLO VERMELHO- AMARELO DISTRÓFICO SOB DIFERENTES CULTIVOS

RELAÇÕES HÍDRICAS EM DUAS CULTIVARES DE BETERRABA SOB DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE

XVI ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 17 a 20 de outubro de 2016

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CAMPO DO SOLO EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO E CAMPO

EFEITO DO ÁCIDO ACÉTICO SOBRE A GERMINAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ARROZ 1. INTRODUÇÃO

SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

Transcrição:

CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PLANTAS JOVENS DE LARANJA VALÊNCIA SUBMETIDAS A ESTRESSE CONTÍNUO E INTERMITENTE 1 E. F. Fraga Júnior 2, R. Mauri 2 ; D. P. V. Leal 3 ; F. S. Barbosa 2 ; L. M. Vellame 3 ; R. D. Coelho 4 RESUMO: Apesar do estresse hídrico ser importante para o florescimento, condições extremas deste tipo de estresse podem prejudicar o desenvolvimento e a fixação dos frutos na planta posteriormente ao período de florescimento. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo estudar o efeito do estresse hídrico e da fração de área molhada (100% e 12,5%) no crescimento vegetativo da laranjeira Valência, sob dois tipos solo e dois porta-enxertos. O experimento foi conduzido na área de pesquisa do Departamento de Engenharia de Biossistemas na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) em ambiente protegido. Foi utilizado o delineamento em esquema fatorial 2 x 2 x 2 x 2 com os tratamentos dispostos em faixas, totalizando 16 tratamentos, constituídos da combinação de dois tipos de solos (argiloso e franco-arenoso), dois porta-enxertos (limoeiro Cravo e citrumelo Swingle ), duas frações de área molhada (100% e 12,5%) e dois níveis de deficiência hídrica: 1) Estresse Hídrico Contínuo (suspensão da irrigação por 30 dias) 2) Estresse Hídrico Intermitente (sub-lâmina) - aplicação de 30% da ET0. Determinou-se a área foliar das plantas antes e após o período de estresse. Em termos de área foliar, o estresse contínuo promoveu uma maior desfolha das plantas, sendo significativa a diferença entre os tipos de solo, as condições de estresses e a interação tipo de solo e porta-enxertos. PALAVRAS-CHAVE: Deficiência hídrica; Indução floral; laranja; Irrigação. VEGETATIVE GROWTH OF YOUNG PLANTS OF ORANGE 'VALENCIA' UNDER CONTINUOUS AND INTERMITTENT STRESS SUMMARY: However, despite a certain level of water stress is important for the flowering, excessive water stress can impair the development and fruit set in the plant. This paper aims to study the effect of water stress and the fraction of wetted area (100% and 12.5%) in Valencia orange tree vegetative growth under two soil types and two rootstocks. The experiment was conducted at the Department of Biosystems Engineering at the School of Agriculture "Luiz de 1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor 2 Doutorando do Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ-USP 3 Prof. Dr., IFSertão 4 Prof. Dr., Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ-USP

Queiroz" (ESALQ / USP) in a protected environment. It was used a completely randomized design (CRD) in a factorial 2 x 2 x 2 x 2 with treatments arranged in strips, totaling 16 treatments combinations, consisting of two soil types (clay and sandy loam), two-door grafts (Rangpur lime and citrumelo 'Swingle'), two fractions of wetted area (100% and 12,5%) and two levels of water stress: 1) Continuous Stress (suspension of irrigation for 30 days) 2) Intermittent Stress (deficit irrigation: 30% ET0). In terms of leaf area, the continuous stress promoted a greater leaf loss of plants, with a significant difference between soil types, stress types and the interaction of soil type and rootstock. KEYWORDS: Water stress; Floral induction; orange; Irrigation. INTRODUÇÃO O estresse nas plantas induz mudanças e respostas em todos os níveis funcionais do vegetal, sendo um fator externo que interage com a produção agrícola. Para que ocorra a indução floral em citros as plantas necessitam de algum tipo de estresse. Esse estresse é ocasionado principalmente por déficit hídrico (estresse hídrico) e baixas temperaturas. Entretanto, apesar da necessidade de considerar o estresse hídrico para o florescimento, condições extremas de seca podem prejudicar o desenvolvimento e produção, necessitando irrigação para amenizar efeitos drásticos (CASTRO, 1994). Dessa forma, fundamentando-se na hipótese de que um estresse menos severo, na forma de irrigação intermitente, causa menores danos à cultura, proporcionando um menor módulo do potencial de água na folha, comparado com um estresse contínuo e prolongado, o presente trabalho tem como objetivo estudar o efeito do estresse hídrico e da fração de área molhada (100% e 12,5%) no crescimento vegetativo da laranjeira Valência, sob dois tipos solo e porta enxertos de citrumelo Swingle e limão Cravo. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido de outubro de 2010 à setembro de 2011, no Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), em ambiente protegido, situado no município de Piracicaba - SP, com as seguintes coordenadas geográficas: latitude 22º 42 32 S, longitude 47º 37 45 W e altitude de 548 m (Datum WGS84). Foram distribuídas, em uma área útil de 160 m 2, 56 caixas de cimento amianto de 500 L, distribuídas em quatro faixas com 14 caixas cada. Foi utilizado o delineamento em esquema fatorial 2 x 2 x 2 x 2 com os tratamentos dispostos em faixas, totalizando 16 tratamentos, constituídos da combinação de: dois tipos de solos (argiloso e franco-arenoso), dois porta-enxertos ( limoeiro Cravo e citrumelo Swingle ), duas frações de área molhada (100% e 12,5%) e dois níveis de deficiência hídrica: 1) Estresse Contínuo (suspensão da irrigação por 30 dias) 2) Estresse intermitente (sub-lâmina) - aplicação de 30% da ET0 -. A unidade experimental é representada por uma caixa contendo uma planta de laranja. A área foliar de cada folha foi calculada pela eq. 1 (COELHO FILHO et al., 2005). A 0,72 C L (eq. 1) Foram realizadas medidas de área foliar no início e no final das avaliações (agosto 2011 e outubro 2011). Foi contado o número total de folhas de todas as plantas e

considerando uma amostragem ideal de 14,29% (1 a cada 7 folhas) das plantas mediu-se o comprimento C (m) e largura L (m) das folhas. Esse percentual foi estipulado com base na distribuição de frequência dos dados obtidos da planta considerada representativa, para um erro na estimativa menor que 5% (VELLAME, 2010). RESULTADOS E DISCUSSÃO Para este parâmetro houve diferenças quanto à época avaliada (antes (AF1) e depois do estresse (AF2), devido a desfolha, conforme a Figura 1, quando considera-se a imposição do estresse (Tabela 1). A A B Figura 1 Planta antes (A) e após (B) a imposição dos estresses Tabela 1 - Resumo da análise de variância para a área foliar para as plantas submetidas aos diferentes tratamentos testados FV Estatística F GL AF 1 AF 2 Solo 1 0,49 ns 11,07** Estresse 1 2,13 ns 15,51** Aw 1 2,75 ns 0,74 ns PE 1 7,665** 1,61 ns Solo x PE 1 2,52 ns 0,005* Resíduo 32 - - CV (%) 20,52 33,45 * Significativo a 5% de probabilidade, **Significativo à 1% de probabilidade ns não significativo Pode-se observar que houve variação, para AF1, entre os porta-enxertos utilizados. Entretanto, para a AF2 houve diferença significativa entre os tipos de solo, as condições de estresses e na interação entre os tipos de solo e porta-enxertos. Abaixo, será apresentado o desdobramento destas interações. B

De maneira geral, antes da imposição dos tratamentos, a variabilidade de área foliar é pequena, porém, há uma maior área foliar entre os porta-enxertos (15% maior para Swingle), possivelmente devido a ao potencial de exploração em ambiente reduzido (Tabela 2). Tabela 2 - Análise de médias referente à área foliar inicial (m²) em função do porta-enxerto Tratamento Área foliar (m²) Limão Cravo 6,88 b Citrumelo Swingle 8,11 a Ao final da imposição do estresse, a área foliar foi amostrada novamente, sendo verificada interação significativa entre porta-enxertos e nível de estresse submetido, conforme a Tabela 3. Tabela 3 - Análise de médias referente ao área foliar final (m²) em função do tipo estresse Tratamento Área Foliar (m²) Estresse Contínuo 3,55 b Estresse Intermitente 5,22 a A avaliação isolada do tipo de solo quanto a área foliar final é apresentada na Tabela 4. Tabela 4 - Análise de médias referente ao área foliar final (m²) em função do tipo de solo Tratamento Área Foliar (m²) Arenoso 3,68 b Argiloso 5,09 a Observando os resultados, observa-se que o solo argiloso apresentou maior concentração foliar na condição de estresse hídrico, diferindo do solo arenoso, devido à maior queda de folhas neste último. Taiz e Zeiger (2004) mencionam que as plantas apresentam mecanismos para amenizar os efeitos do estresse hídrico sobre o crescimento vegetal, entre os quais citam a redução da área foliar, uma vez que a redução do turgor das células é o mais precoce efeito biofísico significante do estresse hídrico, que afeta diretamente a expansão foliar e juntamente com a senescência das folhas, a planta reduz a perda de água por transpiração. CONCLUSÕES O estresse contínuo promoveu uma maior desfolha das plantas, sendo significativa a diferença entre os tipos de solo, as condições de estresses e a interação tipo de solo e porta-enxertos. O solo argiloso apresenta maior concentração foliar na condição de estresse hídrico. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pelo apoio financeiro a esta pesquisa, através do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCTEI).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, P.R.C. Comportamento do Citros sob déficit hídrico. Laranja, v. 2, n.15, p.139-154,1994. COELHO FILHO, M.A.; ANGELOCCI, L.R.; CAMPECHE, L.F.S.M.; FOLEGATTI, M.V.; BERNARDES, M.S.B. Field determination of young acid lime plants transpiration by the stem heat balance method. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 62, n. 3, p. 240-247, 2005. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.449-484. VELLAME, L.M. Relações hídricas e frutificação de plantas cítricas jovens com redução de área molhada do solo. 2010. 130 p. Tese (Doutorado em Ciências) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010.